Acordei fraca e debilitada em um quarto estranho. Gaara estava lá, escondido igual uma sombra naquele quarto escuro.

— Se sentindo bem mon amour ?

— O que você fez comigo ?

— Eu dei alguns sedativos para você ficar calminha até nossa festa de casamento que irá começar em uma hora.

— Eu não vou me casar com você.

— É claro que você vai. Temos uma ligação de sangue. Agora você faz o que eu mando.

— Não faço não.

— Claro que faz. Venha aqui e me beije.

Eu me segurei, mas meu corpo parecia não me obedecer. Fui arrastada pela gravidade e senti vontade de vomitar ao minha boca encostar-se à dele.

— Agora se arrume para o nosso casamento. Fique linda — Ele disse saindo e mandando empregadas para me ajudar.

Elas me deixaram linda, mas eu não conseguia parar de chorar. Eu não quero me casar com ele. As empregadas me levaram até um enorme corredor todo branco. Elas me mandaram ir até as portas duplas no final do corredor. Eu ia correr, mas lá estava Gaara.

— Venha até mim.

E mais uma vez meu corpo me desobedeceu e eu caminhei direto para o perigo. Ele agarrou minha mão e entramos no salão lotado de gente. Eles nos aplaudiam e parabenizavam enquanto Gaara sorria e eu chorava de tristeza. Ficamos de frente para o altar e o padre começou a cerimônia.

De repente as portas foram abertas com violência e lá estava ele. Sasuke. Até que enfim. Ino também estava lá. Ela jogou uma magia em Gaara e me mandou correr até eles, mas meu corpo não me obedecia. Maldito Gaara. Ele mandou guardas atacarem Sasuke e Ino, mas eles rapidamente se livraram dos guardas. Sasuke parecia realmente irritado depois de descobrir da minha ligação de sangue com Gaara e depois de ele me mandar beijá-lo.

Gaara caminhou vagarosamente até Sasuke e eles começaram a luta. Gaara lutava sujo, mas Sasuke era bem mais forte.

Gaara foi com suas garras até Sasuke e fez um rasgo no seu peito, mas Sasuke pareceu nem sentir o corte que logo se curou, ele deu uma rasteira no ruivo que caiu de costas, enquanto Sasuke partia para cima com socos extremamente fortes.

Ino correu até mim.

— Vamos Sakura!

— Eu não consigo Ino. Gaara me mandou ficar aqui — Eu disse entre lágrimas — O meu corpo não me obedece.

— Vou tentar dar um jeito nisso.

Ino recitou mais e mais feitiços, mas nenhum serviu para me libertar.

— Droga! Eu tenho que pensar em uma solução.

Enquanto isso a luta de Sasuke e Gaara havia se tornado mais violenta ainda. Eles estavam banhados em sangue e já haviam destruído metade do salão, eles proferiam olhares de ódio um para o outro.

Sasuke socou com tamanha força que Gaara foi parar no outro cômodo deixando um enorme buraco na parece. Ino correu até lá e lançou uma magia que fechou a parede com um campo magnético que Gaara estava tendo dificuldades de passar. Ela sussurou algo no ouvido de Sasuke e ele veio até mim.

— Você está machucada ? — Ele me perguntou.

— Era eu quem devia perguntar isso a você. Você está banhado em sangue. Tem certeza e que está bem ?

— Estou. Vou tirar logo você daqui.

— Não tem como. Você viu. Gaara me mandou ficar aqui. O meu corpo não me obedece.

— Há uma maneira — Ao dizer isso ele agarrou minha cintura.

Ficamos nos olhando com desejo e ele finalmente me beijou. Assim que a sua boca encostou-se à minha entrei em um estado de profundo êxtase. O gosto dele é muito bom, nossas língua se juntaram e começaram a dançar juntas até que ele mordeu minha língua e tomou meu sangue. Fiquei sem ar e ele teve que se afastar de mim. Eu estava ofegante.

— Agora você tem uma ligação de sangue comigo e não com ele — Disse Sasuke — Ino ! Leve-a daqui em segurança.

Nesse momento Ino me pegou e saiu me arrastando pelo corredor.

— Espere ! Mas e você ?

— Eu ficarei bem — Dizendo isso ele me deu um breve selinho e correu para onde estava Gaara.

Ino me levou para o corredor e fez um portal. Eu pisquei os olhos e assim que os abri novamente não estava mais lá. Estávamos de volta à casa de Sasuke na clareira.

— Ino! Temos que voltar lá! Não podemos deixar Sasuke sozinho lá! — Eu disse desesperada.

— O portal ainda vai ficar aberto uns cinco minutos. Ele ainda tem tempo.