– Alô? – A voz grave falou do outro lado da linha.

– Alô?

– Aoi?

– Sim, quem deseja?

– Não reconhece a voz do próprio pai?

– Tsc, o que você quer?

(...)

Mais um dia se foi e Hinata estava a um fio de resolver o caso do Ministério da Educação, ligou para Shino e pediu para que avisasse a Shikamaru sobre o andamento da investigação.

– Então, de acordo com as câmeras de segurança, as transações bancárias e conversas telefônicas os dois principais suspeitos são o próprio ministro e a pessoa que assina com as iniciais N.L ., uma mulher chamada Nana Lyoko.

– Nana Lyoko?

– Sim, nas filmagens do escritório reparei que ela tem cabelos ruivos e curtos.

– Ela é a esposa do ministro! – Indagou Shino.

– Bom, agora é com você Shikamaru, faça uma intimação faça-os dizer tudo! Caso necessário, mandarei as informações para o presidente e assim ele será deposto.

– Ótimo, Hina! Irei para lá imediatamente, logo enviarão seu pagamento. Parabéns por mais um trabalho bem sucedido.

– Nada, sempre que precisar estou a disposição.

Todos saíram da sala e apenas Hinata ficou, iria anotar em sua agenda mais um trabalho feito, fácil, porém teve um bom desfecho. Ao abrir a agenda três fotos caíram de lá, uma nostalgia cresceu em seu coração, mas ela sabia que aquilo não iria voltar. E mais uma vez se viu imersa em pensamentos até que mais uma vez alguém a interrompe, não era Naruto e sim Aoi.

– Filho? O que faz aqui?

– Meu avô quer falar com você. – Hinata levantou-se rapidamente e foi em direção ao pai, o que ele fazia ali?

Hinata foi recepcionar o pai e junto estava Hanabi e Neji. A irmã da Hyuuga estava animada como sempre fora e Neji mantinha as feições calmas.

– Otou-san! Hana! Neji-nii! – Hinata aproximou-se dos três e os abraçou. – O que fazem aqui?

– Hina vou levar o Aoi para a casa da “amiguinha” dele – A mais nova falava com uma voz maliciosa e lançava um olhar suspeito para o sobrinho, enquanto o rapaz de cabelos preto-azulado corava com intensidade – Eu busco ou você?

– Eu irei buscá-lo, não se preocupe.

– Vamos então? – Hanabi jogou as chaves do carro no ar e saiu com o sobrinho. Após isso somente Hinata, Neji e Hiashi ficaram por ali.

– Está muito ocupada?

– Não, acabo de encerrar mais um caso de corrupção.

– Bom, poderia tirar uns minutinhos do seu tempo, preciso falar sobre um assunto importante.

– Tudo bem. Falarei com meu chefe.

A morena voltou para o andar que fica sua sala e foi para o ambiente ao lado, a sala do chefe. Bateu na porta delicadamente e assim que recebeu o aviso para entrar abriu a porta. Naruto estava de um jeito despojado como sempre, ela nunca viu alguém que odiasse tanto gravatas.

– Naruto-kun, se me permitir, posso antecipar meu almoço? Por uma causa justa.

– E qual seria? Se não for intrometimento.

– Meu pai, ele precisa conversar comigo, acredito que seja sobre coisas da empresa dele.

– Okay, pode ir, mas não esqueça que você está me devendo uma tarde na cafeteria, dattebayo! - Hinata riu com a atitude do chefe.

– Hai, hai. Promessa comigo é sempre cumprida! Então estou indo, logo volto.

(...)

– Prontinho Aoi, chegamos na casa da sua amiga! Divirta-se e use proteção.

– TIA! – Hanabi riu até faltar o ar, ela nunca foi uma menina com muito pudor, apesar de possuir um pai bastante conservador.– Eu tenho namorada.

– Ah, aquela loira sem sal filha do Ootsutsuki?

– Sim...

– Ah não, ela é muito enjoada, pior do que a antiga mulher que ficava no pé do seu pai.

– Quem?

– Sakura Haruno. Atualmente ela está MUITO FELIZ ao lado do Kakashi, graças a Kami! Na época do ensino médio era um grude. Bom, depois te conto mais sobre sua mãe e sobre os segredinhos dela, tehee, acho que você tem um trabalho a fazer, não é?

Aoi riu. Ele gosta muito de sua tia, pois ela não tem o mínimo de pudor e não está nem aí se pode sair contando os “podres” da mãe.

– Até outro dia, tia. – Ele saiu do carro e foi até o portão da enorme casa da colega de classe. Apertou a campainha e quem atendeu foi uma pessoa muito intimidadora.

– Quem é você?

(...)

Hinata terminava de almoçar com o pai e o primo, até o momento só conversaram coisas banais e não chegaram ao assunto principal. Assim que acabou de comer, Hiashi já começava a situar sobre o que seria falado.

– Hinata, ele está voltando para Tóquio semana que vem, estava em Nagoya. E ele vai na SUA casa.

– O que?! – Hinata empalideceu, aquilo era inesperado.

– Ele ligou para mim ontem e avisou que fechou alguns contratos com algumas empresas de engenharia por lá, mas o objetivo principal da conversa dele era sobre querer encontrar Aoi. – A morena respirou fundo e baixou o olhar.

– Não posso evitar, ele é o pai afinal. Creio que Aoi não ficará muito feliz com isso.

– O Aoi me contou que o pai ligou hoje bem cedo avisando sobre isso. – Neji interferiu.

– Ele não costuma me contar muitas coisas, guarda os problemas para si. Acho que estou falhando como mãe. – Hinata continuava cabisbaixa.

– Não diga isso, você é uma excelente mãe. Ele está numa fase difícil, você sabe.

– Obrigada, nii-san. – Ela conseguiu esboçar um sorriso mínimo.

– Além desse assunto, tenho outras coisas a dizer. No próximo mês vai acontecer uma festa extraordinária, provavelmente seu chefe falará sobre isso, é o aniversário de 50 anos da Mei Terume. Preciso que vá para conversar com algumas figuras influentes e representar as empresas H & H. Antes que me pergunte o porquê, Neji viajará para a Itália.

– Tudo bem, provavelmente não terei muito trabalho no próximo mês.

– Conto com você. Preciso ir, sua mãe está fechando um acordo e precisa de mim por lá.

Neji e Hiashi levantaram e se despediram de Hinata, que continuo sentada tentando digerir as informações recebidas. Ela teria que encarar aquele frios olhos ônix novamente.