Minako saiu pisando fundo do pátio em direção à biblioteca, ela achava um absurdo a relação de Aoi com Kyoko, a ruiva sabia que o interesse da Ootsutsuki era o status de estar com o menino mais falado do colégio, seja bem ou mal e fora que ela sabe o quão rica é a família. A No Sabaku conhecia muito pouco sobre Aoi apesar de estudarem juntos por um bom tempo, ela lembra que em uma festa de amigos de seu pai, quando ela estava com 10 anos, ele estava lá ao lado de um homem muito medonho. O Hyuuga estava entediado com tudo e vez ou outra dava um jeito de escapar da multidão, ela achava graça daquilo e queria poder fazer o mesmo, mas sua mãe ficava a arastando de um lado para outro para conhecer algumas amigas dela. Minako sorriu discretamente, mas depois fechou a cara por se pegar pensando em coisas daquele tipo. Segui para a biblioteca.

Chegando lá pegou um livro do tipo fantasia e sentou-se em uma mesa isolada, logo depois chegou outra pessoa e sentou na cadeira em frente à dela, era Konahi, seu colega de estudos e filho da professora de artes Konan. Ele aparenta ser um delinquente juvenil, mas é um menino gentil e adora fazer os outros rirem.

– Olá, Mina-chan.
– Konahi!
– Estudando muito?
– Oh, não, não, estou só passando tempo mesmo.
– Realmente, seu livro está de cabeça para baixo. Acho que estava bem distraída. - O menino sorriu. Minako ficou com o rosto da cor do cabelo, que vergonha!
– Aah, como eu sou idiota.

Os dois conversaram animadamente e zombaram da situação. Certo moreno passou por ali e acabou sentindo um incômodo com aquilo, nunca tinha visto Minako sorrir tão abertamente, ela estava bonita. Trincou os dentes e saiu, ele não tinha nada a ver com aquilo mesmo.

(...)

Certo. Hinata finalmente fechou um contrato com seu chefe, Naruto Uzumaki, iria fazer um teatro perto de sua avó e assim ela não teria o trabalho de marcar encontros arranjados. O anuncio seria feito em algumas semanas, pois Hinata queria conhecer melhor o loiro e para não passar vergonha e fazer com que seu plano vá por água abaixo. Agora tinha outro problema, Sasuke Uchiha. O moreno estaria ali em sua casa no dia seguinte para buscar o filho, que chegou mais irritado que o normal em casa.

– Aoi, venha cá! - Hinata gritou o filho. Ele saiu do quarto e perguntou o que ela queria.– Entregue isso para sua avó - A Hyuuga entregou uma grande caixa vermelha.– Não esqueça o bolo que está na geladeira, é para seu avô, e aquela carteira com uma fita em cima é para o seu tio. São uma lembrancinha e agradecimento por cuidarem de você durante essa semana.
– Mãe, vai ficar tudo bem com você?
– Claro meu filho, estou cheia de trabalho para fazer e sua tia Tenen passará aqui para ver algumas coisas do casamento dela. Quero que - Ela foi interrompida pelo toque do celular.– Argh, quem será? Alô? - Era Naruto, ela ligou avisando que um novo caso estava em aberto, estava ligado ao ministério da agricultura e que seria um caso bem demorado.– Continuando. Quero que se comporte e não dê moral para seu pai se ele vier falar algo sobre mim, ok? Precisarei sair mais cedo que você, então leve a chave reserva. Deixarei o café da manhã pronto e... acho que é isso. - Hinata sorriu docemente.– Eu te amo meu filho. - O adolescente corou, sua mãe era realmente um amor de pessoa.

(...)

Eram nove horas da manhã, quarta-feira, a campainha tocava insistentemente. Aoi levantou com muita preguiça e foi até a porta.

– Achei que já estivesse pronto. Sua mãe está?
– Não, ela foi trabalhar. Entra aí, vou me arrumar.

Sasuke entrou no amplo apartamento e ficou bem impressionado com o que Hinata conquistou, ela realmente era diferente, não era mulher que ficava dependendo da pensão do ex-marido, aliás, ela nem fez questão do dinheiro e disse ao juiz que tinha capacidade de sustentar o filho sozinha.

Enquanto Aoi estava se arrumando, o Uchiha deu uma volta pelo lugar, mas acabou parando em frente a uma cômoda onde tinham diversas fotografia, a maioria eram do Aoi bebê, mas uma delas o fez arregalar os olhos, os jogos internos da Konoha HS. Naquele momento as memórias vieram à tona.

/Flashback/

A disputa está acirrada, o time vermelho precisa fazer mais um gol para ganhar a tão almejada taça. Suigetsu está com a bola, passa para Hidan, Hidan vacila e Sasuke toma a bola. Acho que é a hora, será que o time vermelho ganha essa partida? A torcida vibra, Sasuke passa a bola para Sasori e... UUUH, bola fora!

Bom, não foi dessa vez que o time vermelho ganhou a disputa. Sasuke agradeceu o time e foi para uma parte vazia da escola, sentou-se na escadinha e ficou por lá. Hinata estava de passagem e encontrou o noivo cabisbaixo, sentou ao lado dele e o consolou.

– N-Não se preocupe, Sasuke-kun, você jogou muito bem e segundo lugar nem é tão ruim assim. - A Hyuuga entregou um chocolate para ele. - Toma, é de café e chocolate amargo, não está muito doce. - O Uchiha comeu o bombom que estava na mão de Hinata.
– Você fez muito esforço? O bebê está bem? - Ele deitou a cabeça nas pernas de Hinata e depois acariciou a pequena barriga de apenas dois meses.
– Está tudo bem! O médico disse que era bom eu fazer alguma atividade física. - Sasuke sorriu, mesmo tendo 17 anos de idade estava feliz e eufórico. Hinata era a mulher que ele amava e ela estava gerando uma criança fruto desse amor. Ele seria pai e faria de tudo para ser o melhor!

/Fim do flashback/

– Ei pai, 'tô pronto. - Sasuke despertou, riu minimamente e se xingou mentalmente por não ter cumprido a promessa feita. Queria ter participado dos nove anos passados ao lado de Aoi e também... de Hinata

(...)

Hinata estava em seu escritório e ouvindo atentamente o que o chefe dizia, pelo visto alguém acusou um membro do ministério de ciência e tecnologia de superfaturar a produção de painéis solares para as pequenas propriedades agrícolas do Japão.

– Isso é impossível, quem cuida da parte financeira é a Temari, pedirei a ela que mande o balanço dos três últimos meses. Alguém quer causar discórdia por aqui.
– Eles acusaram que foi durante o período que a vovó Tsunade esteve no cargo. - Naruto acrescentou.
– Nossa, aí é que eles estão realmente enganados, Tsunade-sama era extremamente rigorosa com os contratos que ela assinava, já perdeu diversos patrocínios e potenciais investidores, mas ela estava sempre certa com as escolhas. E eu posso dizer que você é idêntico a sua avó.
– O-Obrigado. – Naruto coçou a nuca, foi um ótimo elogio ser comparado com a “Suprema Tsunade”. – Bom, vou pegar meus relatórios e darei para você analisar, é bom ter todas as provas, não é?
– Obrigada, Naruto-kun! Vai facilitar bastante meu trabalho.

A investigadora prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto, colocou os óculos e apertou com raiva e rapidez as teclas do computador, quem seria o espertinho que queria derrubar Temari ou o Ministério da Ciência e Tecnologia? Ela estava furiosa, muito furiosa, pois ela tomava conta de qualquer tentativa de golpe e checava sempre a situação do seu local de trabalho. Essa pessoa quando for descoberta vai passar por um mini inferno, Hinata não ia deixar isso barato.