Depois de HP escrita por DudaDudix


Capítulo 32
Mudança




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P.O.V Sarah

—Alexander, é mesmo você?— Digo, com a voz rouca e ainda meio desnorteada.

Ele se vira, assustado de ouvir minha voz tão cedo assim. Ele corre até a poltrona onde estava e se ajoelha, colocando suas mãos em cima das minhas, me assustando.

Afinal, porque estava sendo tão gentil e doce comigo quando me humilhou na nossa última conversa?

—Sim, Sarah, sou eu.— Disse ele, olhando no fundo dos meus olhos, me confundindo mais ainda.

Foi quando me lembro que havia sido sequestrada por ele e trazida até aqui, então, me levanto da cadeira em um impulso, derrubando o cobertor, e furiosamente digo:

—Qual foi a necessidade de ter me sequestrado? O que você quer comigo, Alexander? Você é realmente uma caixa de surpresas!

Ele se levanta e diz:

—Te trouxe aqui para te proteger! Há uma guerr...

— Me proteger?— Gritei, o cortando.— Na nossa última conversa foi tão frio comigo e vem com essa história de proteção?

— Eu precisava que você não gostasse de mim, para te proteger! — Ele disse

— Trate de se explicar! Não vejo sentido algum nessa história!

— É o que eu estou tentando fazer, mas você não me deixa! — Disse ele, brigando comigo.

— Ok então. — E sentei. — Agora explique-se.

Ele respirou fundo, se preparando para contar uma longa história.

— Bom, primeiramente... — Ele puxou a manga esquerda de seu robe e mostrou a pele de seu braço. Havia nele uma tatuagem, a tatuagem dos comensais da morte.

Entrei em choque. Estava me apaixonando por um comensal, uma coisa que eu nunca pensei que fosse acontecer na minha vida.

— Como você... —Disse, perdendo a voz no meio da frase.

— Calma, deixe-me terminar a explicação.— Ele disse, enquanto soltava a manga do robe, cobrindo aquela tatuagem maligna.— Eu nunca acreditei nas coisas que os Comensais acreditam, eu fui marcado com esta horrível marca quando eu tinha somente 5 anos. Meus pais são bruxos de sangue puro, eles eram Comensais muito leais a Você-Sabe-Quem, mas trabalhavam nos bastidores, por isso nunca foram descobertos e punidos.— Ele fez uma pausa, respirando profundamente de novo. Dava para perceber nitidamente que ele odiava tocar nesse assunto.

— Meus pais tentaram de tudo para colocar estas ideias cruéis na minha cabeça, mas eu nunca acreditei em nada disso, somente fingia para eles que era um “verdadeiro comensal”, para ver se me deixavam em paz, pois me espancavam quando eu dizia que não concordava. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Como eles achavam que eu tinha estas convicções, eles me obrigaram a participar desta emboscada, embora eu seja totalmente contra. Já estava sendo planejada desde quando John virou o monitor da Sonserina. Eu realmente não tinha escolha, ou era participar deste plano cruel, ou era morrer espancado pelos meus pais e correr o risco de ser torturado por um dos alunos Comensais. Tentei adiar o plano o máximo o possível, até consegui adiar 3 meses, mas acabou sendo impossível evitar o plano, então cá estou eu, tentando deixar seguras pelo menos as pessoas com quem eu me importo, já que não pude evitar o plano.

Tento digerir todas estas informações rapidamente, mas são muitas coisas ao mesmo tempo, me deixando chocadas.

— Mas me fale, porquê você foi tão frio comigo naquele dia? Você acabou de dizer que se importa comigo.— Perguntei, ainda chocada.

— É que eu achava melhor te deixar longe de mim, para te proteger de todas essas coisas e também da total e completa bagunça que sou eu. Eu realmente gosto muito de você, Sarah.— Ele disse, completamente envergonhado.

Não, não pode ser. Primeiro eu descubro que o menino que eu estava me apaixonando é um comensal, mesmo que não tenha culpa disso. Depois eu descubro que ele também está gostando de mim? É mesmo essa a minha vida?

—Alexander, eu...— Tento dizer algo, mas me faltam palavras.

—Não precisa dizer nada, só o fato de saber que estou esclarecido me traz uma imensa felicidade. Eu sei que talvez você não me perdoe, que é realmente horrível o jeito que eu te tratei, mas pense, foi o melhor que eu consegui pensar para poder te deixar segura.— Ele diz, olhando novamente no fundo dos meus olhos, desta vez, corando.

—Aceitam um chá, crianças? Sinto que precisarão de energia para o que está por vir. —Disse Hagrid, com uma bandeja e duas xícaras.

—Muito obrigada, Hagrid.— Digo, pegando a xícara e tomando um gole.— Alexander, de qualquer jeito, não posso deixar meus amigos de lado, eles precisam de toda a ajuda que conseguirem! Eu temo pela vida deles.

—Não, Sarah, por favor, não vá! Também temo pela sua vida.

—Junte-se a nós, Alexander! Com certeza meus amigos irão entender suas circunstâncias e irão aceita-lo!

—Sarah, é muito complicado mesmo, eu com certeza serei deserdado por minha família, sem contar que os Comensais que restarem irão me perseguir até o fim dos meus dias.

—Já sei! Seja um infiltrado nosso! Trabalhe no meio deles para sabota-los! Enquanto eles acham que você está do lado deles, nos ajude!

—Isso é muito perigoso, Sarah. Pode muito bem não dar certo.

—Tudo isso é muito perigoso, Alexander. Mas pense, prefere morrer como um comensal, sabendo que não acredita em nada que eles acreditam, ou morrer por algo que você acredita?

—Tem razão, Sarah. — Ele pensou por alguns minutos, até que disse:

—Quer saber? Foda-se, estou dentro.

Nesta hora, pareceu que um peso saiu de minhas costas e meu coração ficou mais leve.

—Que Merlin nos ajude. Hagrid, muito obrigada pelo chá, ajudou demais.

—Não há de que, Sarah! Estarei ao lado de vocês na batalha, junto com minhas criaturas maravilhosas.

E levantei da poltrona. Na mesma hora, Alexander levantou do sofá e caminhou até a porta, esperando meu sinal para abri-lá. Respirei fundo e fechei os olhos, sabendo que veria coisas que pensei que nunca veria na minha vida. Teria que batalhar pela minha vida e pela vida de meus amigos e aliados. Se eu estava preparada? Claro que não, nunca fui uma boa aluna de feitiços. Mas chegou a hora de mostrar tudo que eu aprendi em Hogwarts.

Abri os olhos e olhei para Alexander, fazendo um sinal de sim com a cabeça, mostrando-o que poderia abrir a porta. Nunca me senti tão assustada, mas teria que superar isso.


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