Fake Girlfriend escrita por Marie


Capítulo 6
Capítulo 5 - Fakers gonna fake fake fake


Notas iniciais do capítulo

OI OI OI
O CAPÍTULO PODE NÃO ESTAR MUITO LEGAL, MAS TEM UM TRECHINHO POV JOSH
EU SEI QUE TO POSTANDO TARDE, MAS DISSE PARA ALGUMAS LEITORAS RESPONDENDO REVIEWS QUE EU POSTARIA HOJE, ENTÃO ESTÁ POSTADO ABIGAS
I REGRET NOTHING ~hell yeah~

Gente, quando minhas aulas começarem vai ser uma merda, viu sinhô?
Quero mais férias
não fiz nada útil nesses dois meses
quero dormir mais
quero mais tempo pra fazer nada
queria estar morta

boa leitura e a gente se vê lá embaixo;



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Beatrice.

Bem, eu não sabia que tinha uma concorrente. E eu não poderia dizer “à altura”, porque ela é, no mínimo, quinze centímetros mais alta que eu. Vadia, vadia, vadia.

Cheryl Mason era uma amiga colorida de Josh, até que eles resolveram parar quando ela começou a namorar. Josh disse que ela era legal e dava conselhos muito bons para ele.

– E eu sou o quê? Um saco de farinha? – perguntei sozinha e com raiva, fechando a porta do armário da cozinha com tanta força que as dobradiças se soltaram e a peça foi ao chão. Gritei de susto. Meus pais não estavam em casa, então peguei um post it amarelo, e rabisquei no papel “quando vi já estava assim”. Depois subi para o meu quarto, coloquei meu moletom, uma música calma no ouvido e me dobrei de dor por causa da cólica desgraçada que estava sentindo.

Joguei-me na cama e enquanto me contorcia em posição fetal tentei procurar algum defeito óbvio naquela garota. Além de ser muito alta – inveja – muito ruiva – inveja – muito sardenta – inveja – e ter os olhos muito verdes – inveja inveja inveja – a vadia tinha beijado o Josh. Mas eu não estava com inveja dela por ter beijado o Josh, só raiva mesmo. Essa oferecida não pode ser chamada de amiga! Eu sou a amiga mais verdadeira que ele tem! Que droga!

Tirei uma barra de chocolate debaixo do travesseiro e comecei a morder, refletindo se ligaria ou não para Josh.

Por fim, meus dedos se moveram contra a minha vontade para o aparelho e de forma inconsciente procurei o nome dele na lista. Ah, aí está você.

Ele atendeu no terceiro toque.

– Que foi?

Doce que nem limão.

– Só liguei pra te dizer que eu te odeio. Então, eu te odeio. Tchau.

Desliguei e comecei a chorar, porque eu estava sendo ridícula. Tudo bem, eu sabia que Josh tinha mais amigos, mas não imaginei que fossem amigos tão legais assim. E eu sei que pareço uma criança mimada, mas ele é o meu – único – amigo. Além do Lulu, é claro. Se der para chamar aquela coisa de amigo.

LULU!

Procurei o número dele na minha lista telefônica.

– Lulu, minha vida, meu amor, meu tudo... – comecei a falar.

Então, uma voz feminina me fez pular e quase morrer de vergonha.

An... Vou passar pra ele.

Jesus, que mico!

Depois de alguns segundos, Lulu começou a falar.

Quem disse que você pode cantar minha mamãe, sua tarada?

– Achei que fosse você, cabeçudo. Vem aqui em casa pra gente dar uma festa do pijama.

Desde quando você faz festas do pijama?

– Desde agora. Então vem logo porque minha paciência tá curta.

Ele resmungou e desligou.

Bem, antes de alguém perguntar o motivo de Josh não estar aqui, é que depois de dez dias fora de casa a mãe dele ligou chorando pedindo que ele voltasse. Josh me enviou um torpedo dizendo que as primeiras vinte e quatro horas haviam sido tranquilas. Do resto, eu não sabia de nada.

E como já estava completando quase quarenta e oito horas desde que “saímos” meu celular se enchera de mensagens de meninas psicopatas ordenando que eu saísse da vida de Josh, várias de outras vadias dizendo que eram melhores que eu, e a maioria de garotos do nosso colégio perguntando se eu tinha um triângulo mágico no meio das pernas, e se podiam me testar a qualquer hora.

Eu estou sozinha, carente, desinformada, caluniada e com cólica. A vida é maravilhosa.

(...)

– Não acredito que você vai me fazer engordar, sua vadia – amaldiçoou Lulu enquanto atacava o quarto brownie.

– Vou te fazer virar uma bola, e sem peso nenhum na consciência – admiti. Ele me fuzilou com o olhar, mas continuou comendo. Então, tive uma ideia. – Hey! Quer fazer um monte de porcaria gordurosa pra gente comer?

– Só se for agora.

Corremos para a cozinha e abrimos o estoque secreto do meu pai. Peguei um saco de batatas fritas congeladas, hambúrgueres, leite condensado, achocolatado em pó, uma coca de dois litros, dois tubos de Pringles e balas puxa-puxa. Depois era só reabastecer, o coroa nem ia dar falta.

Lulu colocou o óleo para esquentar e fui fazer brigadeiro. Eu já tinha terminado quando o óleo – que estava em fogo alto – superaqueceu e a panela começou a pegar fogo.

– FODEU! – berrou Lulu e começou a correr de um lado para o outro que nem uma barata tonta.

Então, ele ficou histérico e começou a gritar, e logo eu fiz o mesmo. Lulu encheu um copo de liquidificador a seu alcance de água e jogou no óleo, só que isso só fez o fogo aumentar. Dei um tapa na cabeça dele e ele começou a chorar de desespero.

– Um extintor! Tem um extintor por aqui! – me lembrei, comemorando.

– ENTÃO PEGA LOGO ANTES QUE A CASA TORRE COM A GENTE DENTRO, IMBECIL!

– Ah, boa ideia.

Peguei o extintor no armário de baixo e quase não consegui segurar aquele troço, que pesava que nem rocha. Enquanto isso, Lulu gritava “A gente vai morrer!”. Pra fazê-lo calar a boca, lhe dei um chute na canela e de forma muito desgovernada procurei a trava daquilo.

– ACHA A TRAVA, MULHER!

– ME DESCULPE SE NÃO SEI ONDE ELA FICA, JÁ QUE NUNCA PRECISEI USAR EXTINTORES DE INCÊNDIO QUANDO NINGUÉM QUE MORA NESSA CASA É INCOMPETENTE O SUFICIENTE PARA POR FOGO NA COZINHA! – retruquei, super mal humorada e finalmente achando a trava. Liberei a coisinha e a fumaça branca de Deus saiu pela mangueira. Em dois segundos, o fogaréu tinha sumido.

Lulu e eu nos entreolhamos. Ambos descabelados, ofegantes e como se tivéssemos corrido uma maratona de quarenta quilômetros. E então, desatamos a rir.

– Ah, minha nossa, a gente quase se fode de verdade – ele suspirou, se contorcendo de rir no chão.

– Pois é, - falei, me recuperando. Levantei e dei um chute na bunda dele. – Nunca mais deixo você mexer com fogo na sua vida, tá certo?

– É justo – respondeu, ainda rindo.

(...)

– Me conta uma aventura sexual maluca sua? – pedi, lambendo a colher do brigadeiro enquanto observava o Lulu ser uma fofura com um monte de chocolate espalhado na boca. Agora estávamos sentados no tapete felpudo do meu quarto, assistindo Meninas Malvadas. Estava na parte em que Cady fazia de tudo para mostrar para o namorado de Regina que ela era uma puta salafrária que traía ele.

Lulu se assustou com a pergunta. Mas se recompôs. Então, respondeu, pensativo:

– Conto, mas só se você tirar umas fotos comigo.

– Odeio tirar foto – fiz careta.

– Josh me falou, mas daqui dez anos você vai ser mais velha e mais feia ainda do que já é, e não vai ter nada para lembrar como você algum dia foi menos horrível.

– Nossa, você parece que trabalha para levantar a autoestima da gente – reclamei.

– Pois é, mas você vai tirar foto comigo e com vontade!

E eu podia não ceder?

Lulu abriu dois botões da blusa do meu pijama, revelando o começo do sutiã, bagunçou meu cabelo e passou batom rosa pink em mim. Pela primeira vez na vida, deixei ele me tratar que nem uma boneca sem reclamar. Depois, pegou o celular dele, e antes de fazer beicinho com a mão em mim, e eu nele, gritou:

– SELFIE!

Um, dois, três, cinquenta flashes. Eu fiz cara de brava, de chateada, até de safada. Pulei nas costas do Lulu, ficamos deitados com as cabeças encostadas, fizemos pose de modelo, e depois ele tirou uma foto me encoxando. Ri, quando ele me abaixou e ficou por trás de mim, apontando para o meu Sul. Depois, a gente gravou um vídeo cantando I Knew You Were Trouble, e apesar dos berros desafinados e da evidente frustração que ambos tínhamos em só dar conta de fazer aquele cacarejo horroroso, nos divertimos. Quando chegamos a segunda ponte para o refrão, Lulu engasgou e quase morri de rir. Ri tanto que solucei, e só consegui parar com aquela crise depois de três copos d’água.

– Vou mandar as fotos para o Josh.

– CÊ TÁ LOUCÃO, É? – gritei. – Ele vai me zoar pra sempre. Não, não faça isso.

– Credo gata, que escândalo.

– Você me deve o relato de uma aventura sexual agora – sorri, dando pulinhos de animação.

– Depooooois – ele protestou.

Poucos segundos depois, antes de eu falar qualquer outra coisa, meu celular apitou. Era um torpedo da minha mãe, dizendo que o carro tinha quebrado e ela e o papai só voltariam para casa em três horas.

– Lulu? A gente tem a casa só para nós dois por mais três horas!

Ele não respondeu, apenas ligou o beats e colocou Shake It Off para tocar. Depois, subiu na minha cama e começou a pular nela.

(...)

Joshua.

Mal conseguia segurar direito aqueles binóculos inúteis. Graças a uma inútil que não conseguia me segurar direito.

– Quer parar de ser viadinha e segurar direito essa escada, antes que eu leve um tombo astronômico? Obrigado, de nada.

A cabeleira rubra de Cheryl pareceu ganhar ainda mais cor quando ela me lançou um olhar emputecido. Encolhi-me. Nada nesse mundo me assustava mais que a Bea e ela de TPM, prontas para meterem as garras.

– Escuta aqui, moleque lazarento, se você continuar me enchendo o saco eu mesma vou fazer o favor de soltar essa escada velha e ver com gosto você se espatifar todo errado no chão.

– Calma mulher, que valentia – retruquei, mas sem tirar os olhos da janela do quarto da Bea. Ela e Lulu estavam dançando que nem duas lagartixas possuídas por lombrigas.

Haha, legal.

– Eles estão dançando agora que nem duas lagartixas possuídas por lombrigas.

– Quê? Deixa eu ver! – Cheryl gritou, quase destruindo nosso disfarce. A maldita soltou a escada e em dois segundos eu abracei o concreto. – Epa – lançou-me um olhar envergonhado.

– Demoniazinha – murmurei, morrendo.

Ela apenas deu de ombros e com facilidade, subiu no galho da árvore que estava nos camuflando. Pegou os binóculos e assistiu a tudo sem me dar moral, soltando risadinhas de vez em quando.

– Eles estão tirando a roupa! – Cheryl exclamou para mim. Em dois segundos levantei.

– Onde? Sai, quero ver.

– Peguei você! E você ainda diz que não vai tirar proveito nenhum do namorinho falso com essa garota!

Fiquei vermelho e contra os protestos dela, tentei a arrancar da árvore. Só que a infeliz me deu um soco na cara e acabei me desconcentrando e caindo com ela em cima de mim.

– IDIOTA! – ela praguejou, e infelizmente, foi logo quando a música parou de tocar.

Bea e Lulu mostraram as caras na janela.

– Josh? – perguntou Lulu, surpreso demais para rir daquela situação.

– Cheryl? – perguntou Bea, mas com mais desagrado.

– Surpresa! – tentei sorrir, mas meu nariz começou a gotejar sangue onde Cheryl me atingira.

(...)

Beatrice.

– Vocês estavam espionando a gente há quanto tempo? – perguntei, observando Josh pegar uma gaze e colocar no nariz. Bem feito para ele.

– Foram só uns quinze minutos – respondeu Cheryl. Eu não perguntei para você, foguinho. – Eu fui obrigada, só para você saber – emendou olhando diretamente nos meus olhos.

Suspirei. Lulu estava descabelado como eu, e parecia chateado por temos interrompido nossas gordices e danças malucas por causa de uma dupla metida a Sherlock Holmes e Dr. Watson.

– Voyeurismo é crime – fungou Lulu, olhando seriamente para os dois.

– Dançar mal também é – devolveu Josh.

– Parece que alguém não se contentou apenas com um soco, quer levar um chute nos países baixos – grunhi para Josh.

– Minha nossa, é pedir muito ter um pouco de paz de espírito? – ele perguntou, jogando as mãos para cima.

Cheryl bufou.

– Vocês vão continuar a festinha particular com a gente ou não?

Direta ela, hein?

(...)

Acabamos novamente em meu quarto. Cheryl estava espiando meu guarda-roupa.

– Acabou a inspeção, senhorita? – perguntei taciturnamente.

– Para de ser vaca, você sabe que vamos acabar convivendo muito a partir de agora, não sabe? Pois é. Eu sou outra parte do plano para ajudar o relacionamento de vocês parecer o mais real possível.

– Daqui a pouco Los Angeles inteira vai saber dessa merda desse plano. Josh, isso vai dar merda, desiste da sua vida e vira mendigo ao invés de tentar conseguir algum respeito dos seus pais – falou Lulu para ele.

– Calem a boca, seus desgraçados. Vocês vão me deixar louco!

– Duas semanas atrás eu estava em total controle da minha vida, é, nem todo mundo tem o que quer, Josh – provoquei-o ainda mais. Ele jogou um travesseiro em mim.

– Eu já tenho um roteiro – disse Lulu, depois de algum tempo de silêncio. – Eu acho que daqui uns dois dias a gente pode contar aos pais do Josh.

– Não – interrompeu Cheryl.

– Não estou gostando da intrusão dessa pessoa – reclamou Lulu.

– Não, você tem que admitir: é muito cedo. Talvez devêssemos focar em fazer um pré-romance deles e divulgar nas redes sociais de ambos. Uma coisa mais “amizade colorida” digamos assim. Não pode parecer muito de repente, porque simplesmente não dá. Vocês vão sair por duas semanas, e aí a gente pode oficializar com status no facebook. Depois claro, de falar com os pais do Josh.

– E os meus pais? Vocês sempre se esquecem deles, devem achar que sou órfã – ironizei.

– Eles vão ser vítimas da farsa também – disse Lulu prontamente.

– Nossa, quanta consideração por eles – ironizei de novo.

– Petulância comovente a sua – bombardeou Cheryl para mim.

– Ah, cala a boca. Vocês bolam o plano e eu Josh seguimos, simples assim. Nossa, minha submissão imediata tá me assustando – declarei.

Ninguém me deu ouvidos; todos começaram a discutir como se eu não estivesse ali.

Peguei o travesseiro que Josh havia jogado em mim e abafei um grito nele.


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Notas finais do capítulo

Gente eu sinto que acelerei muito no início e agora to enrolando pra caralho zzzzzzzzzzzzzzz
Não se preocupem, vou dar um jeito nisso, mas não deixem a fic flopar, flw vlw
Vocês se manifestaram mais no último capítulo :DDDDDDDDDDDDD
Continuem assim.
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quero comer massa de bolo crua
tchau
xx