Fake Girlfriend escrita por Marie


Capítulo 3
Capítulo 2 - Shopping


Notas iniciais do capítulo

Oins oins gente.
Acharam que eu nunca mais ia postar? Haha, pois é. Eu não tinha terminado o bimestre ainda, e na correria para não ficar devendo ponto, quase não tive cabeça para escrever.
MAS E AÍ VADJEAS
PASSEI DE ANO
TIREI DEZ EM FÍSICA, GEOGRAFIA, INGLÊS, SOCIOLOGIA, FILOSOFIA E ARTE (as últimas três são fáceis mas não aceito comentários sobre, então shiu).

Boa leitura.
Nos falamos lá no final do capítulo :)



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Beatrice.

– Salto alto? Espera, não posso ser uma daquelas menininhas fofinhas que usam roupas coloridas e sapatilhas brilhantes, sem estar sujeita a usar algo que me deixa propícia a vários tipos de acidente? – perguntei, engolindo em seco.

– A gente não te faria usar salto alto se você não fosse um dos anões que saiu do conto de fadas da Branca de Neve – Josh debochou. Lulu deu risada.

– Quem você acha que ela seria? O Dengoso ou o Zangado?

– Os dois, com uma mistura do Soneca.

– Ainda estou aqui! – elevei um pouco a voz.

Incrível, porque ter amigos é só passar vergonha? Talvez eu não deva ter nenhum amigo. Ou arranjar novos. Mas não sou boa em fazer amigos, então acho que vou adotar um animal de estimação.

Josh, Lulu, e obviamente, eu, estávamos esparramados um para cada canto do meu quarto. Lulu estava confortavelmente deitado na minha cama e brincava de ser sexy usando o meu dossel para isso, enquanto Josh estava sentado no meu pufe e eu estava deitada no chão.

Apelidamos o meu quarto, carinhosamente, de “Quartel General do Clubinho da Maldade”.

Mentira, é menos complicado. É “Quarto Para Se Ter Ideias Incríveis Para Ajudar o Josh”, com a simples sigla QPSTIIPAOJ.

– Seus preguiçosos malditos, levantem essas bundas daí e me ajudem a planejar o plano mais fabuloso do mundo – Lulu reclamou.

– O Lulu já beijou uma garota? – perguntei, para ninguém em particular.

– Não, mas pego mais caras que você.

Puta que pariu, quanta suavidade.

– Agradeço o coice – retruquei. – Ótimo, entendi que você quer que esse plano dê completamente certo. Primeiro, um jogo de perguntas. Os dois podem responder a uma mesma pergunta, ou simplesmente comentar. Entendeu? Não? Então vamos na prática mesmo.

– Beleza – Lulu deu de ombros.

– Okay. Há quantos anos você conhece o Josh?

– Dois e meio.

– Dez. Há, ganhei essa! – falei, fingindo animação na voz, como se fosse a melhor coisa do mundo. Josh me chutou. – Sua vez, Lulu.

Pela visão periférica pude vê-lo se mexer animadamente, ele deitou de bruços, e eu fiz o mesmo, então podíamos nos encarar. Josh se inclinou, mostrando interesse.

– Qual foi o namoro mais longo que o Josh teve?

– Boatos dizem que foram três dias. A namorada insuportável dele surtou quando Josh me apresentou a ela – reprimi uma risada com a lembrança.

– E é aí que a Bea erra! – Josh se intrometeu. – Eu já namorei uma garota por três semanas, se bem que foi falso... Era pra te irritar. Foi naquele mês em que ficamos brigados.

– Se seus relacionamentos duradouros são baseados em mentiras, deveria se casar uma lésbica assumida – disse, fitando as unhas.

– Okay, primeiro ponto em que os pais de Josh têm razão: ele é um mulherengo filho da mãe. Incapaz de assumir compromisso – disse Lulu.

– Um cachorro desgraçado que usa as bonitinhas e descarta depois – emendei.

– Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui – meu amigo fungou, fingindo estar magoado.

– Sobre o que mais os pais do Josh reclamaram? – perguntou Lulu.

– Notas péssimas – afirmei.

– Vamos te ensinar a colar, então – Lulu olhou para Josh.

– Oi? De jeito nenhum, amor. Ele vai estudar comigo pra ser gente, ser sucedido e ter grana. O que as mulheres gostam mais que rostinhos bonitos é dinheiro. E rostinho bonito acaba quando você entra na meia-idade, então só sobra o dinheiro mesmo. Não quero Josh quebrado e feio me pedindo money quando eu for rica, linda e bem casada em Paris – afirmei.

– Não viaja nos horizontes da imaginação, Alice – retrucou, com um sorrisinho de escárnio.

– Josh, não é tão difícil quanto parece. Eu juro que posso te ajudar – falei.

Lulu se virou para mim.

– Qual foi a outra coisa?

– Se não me falha a memória, os pais dele disseram que ele é tão desorganizado, mas tão desorganizado, que tem urubu fazendo campana no quarto dele.

– Não foram bem essas palavras.

– Dá no mesmo.

Lulu fechou os olhos por uns instantes terríveis.

– Okay, eu vou reformular a Bea pra ser a nova gostosona dessa bagaça, ela vai te ajudar com as notas, mas só tenho algo a te dizer, meu filho, naquele quarto seu não trisco em uma meia.

– Tá, tá, seus bundões. Eu vou começar a virar maníaco por organização que nem vocês dois – Josh revirou os olhos.

Lulu sorriu.

– Bea, posso falar com seus pais? – perguntou, e lancei a ele um olhar descrente. – Prometo não assustá-los.

Suspirei e assenti.

(...)

– Já ouviu falar em cartão de fidelidade? É o que sua mãe mais tem nas lojas mais incríveis do shopping mais foda de Los Angeles. E por que você não se aproveita dessas vantagens? Porque é trouxa – Lulu sorriu diabolicamente enquanto fitava a bolsa de cartões da minha mãe, ao mesmo tempo em que Josh dirigia, pela segunda vez no mesmo dia, o carro do meu papai. Eu quase chorava toda vez que os pneus se moviam dois centímetros no asfalto.

– Ela é fresca. E certinha. E não se arrisca de jeito nenhum.

– Ah, estou me arriscando o suficiente por você estar dirigindo o carro do meu pai, segura sua onda aí – reclamei, também porque Lulu tinha atado minhas mãos para Josh afivelar o cinto de segurança em mim, e isso me deixou louca da vida.

Suspirei quando entramos no estacionamento gigantesco daquele maldito shopping gigantesco. Era a segunda vez que eu ia para aquele lugar no mesmo dia, ando parecendo até as patricinhas da minha escola. Que nojo.

Levamos dez minutos para achar uma vaga. Josh começou a se irritar, e eu fiquei com medo de abrir a boca para ele e pedir que voltássemos para casa, ele acabasse perdendo a paciência e me estrangulasse.

Estávamos entrando, quando Lulu puxou minha mão assim que avistou a Juicy e Josh começou a desviar de nós dois. Puxei-o pelo capuz.

– Se você tá achando que vai se safar desse castigo, está muito enganado, colega – trinquei os dentes e Josh bufou, acompanhando a mim e o amigo insano dele à primeira loja de muitas outras.

– Você não tem um moletom da Juicy. Você não merece viver, meu bem – Lulu inutilmente comentou.

Josh e eu ficamos sentados, enquanto Lulu ziguezagueava pelas araras de roupas e manequins, como se estivesse no paraíso. Ele pegou uma sacola e começou a jogar várias peças lá dentro, pretas, rosas, mescladas...

Não me leve a mal, se eu tivesse paciência e saco, me vestiria melhor. Mas eu não me sinto bonita o suficiente para me enfiar nessas coisas bonitas, como fazem as outras garotas. E estou bem assim.

Pelo menos, por enquanto, estou.

– Provadoooor! – Lulu sorriu ao jogar uns trinta quilos de poliéster, veludo e cetim em mim.

– A melhor parte – ironizei.

Josh, Lulu e eu – o trio da pesada – nos encaminhamos aos provadores. Josh, novamente tomou chá de banco, só que sozinho. Lulu entrara comigo numa cabine e trancou a porta com uma excitação não muito bem mascarada e completamente sinistra.

– Sempre soube que você queria meu corpo nu – comentei.

Lulu revirou os olhos e sinalizou que eu tirasse a roupa.

– Você quer mesmo tirar minha virgindade, não é? Eu tenho um V onde você quer um P, só para ficar sabendo – avisei enquanto tirava minha blusa verde ridícula e os shorts desfiados.

– Querida, eu tenho alergia a uma perseguida, só para ficar sabendo – retrucou, pegando seu primeiro conjunto.

Era um top rosa e branco e uma calça de cintura tão baixa que mostrava as alças da minha calcinha.

– Ficou perfeito, mas a gente vai comprar novas roupas íntimas para você.

– Mas vão o caralho – resmunguei.

– Seria uma pena se eu tivesse combinado com sua mãe que ela iria jogar todas as suas roupas num saco preto para colocar em doação.

– Eu te odeio, Lulu. Eu te odeio mesmo.

(...)

Depois de passar na Zara, Dior, Giorgio Armani, Prada, Gucci, Victoria’s Secret e todas as lojas caras que só pais ricos de gente desocupada como eu podiam bancar, Lulu, que contratara dois carregadores para as mais de vinte sacolas de joalherias, sapatarias, grifes e lojas de cosméticos que eu nunca saberia como usar, resolveu me dar um descanso e finalmente fomos para a praça de alimentação.

Josh parecia mais exausto que eu.

– Esse dia foi muito menininha. Meu Deus, agora entendi porque amo a Bea, ela nunca me fez passar por isso.

– Cala a boca, seu tratante – Lulu reclamou. – Sua falsa gata vai ficar num nível tão alto que até você vai ser um caminhãozinho minúsculo para ela.

Dei risada, e esta logo se transformou numa espécie de choro engasgado.

– Puta que pariu, ser mulher dar trabalho. Quero ter um pênis.

Lulu e Josh riram do meu comentário idiota, e meu celular apitou. Era uma mensagem da minha mãe.

Desculpa amor, mas eu não resisti, imagina só nós duas usando Louboutins? Seria épico!

PS: Não mate seus amigos, como amor, mamãe.”

Ah, ela me atira na cova dos leões e depois manda mensagem carinhosa? Comovente.

Bem, graças ao complô de Josh, Lulu e minha mãe, em breve eu estaria usando vestidos, saias, saltos altos, sapatilhas, conjuntos de lingerie e roupas que eu jamais usaria antes.

Mas graças ao meu bom Deus, Lulu poupou minhas camisetas de banda, meus converses, e até comprou novos para mim.

Eu devorei um subway melt de trinta centímetros sem ter dó. Os meninos fizeram o mesmo pedido. Depois, nós três, junto com os carregadores, fomos levar as compras para o carro.

– Obrigada, Deus – choraminguei. – Acabou!

Lulu deu uma risada diabólica atrás de mim. Senti um arrepio gelado na minha coluna.

– Oi? Amor, transformação tem mais subetapas do que você sonha em imaginar. Amanhã a gente vai te levar num salão de beleza. Pois é, enquanto você piscava, eu marquei um horário – soprou um beijo para mim.

Josh e eu empalidecemos ao mesmo tempo.

– Espero que um dia eu precise de uma ajuda super cabulosa e só tenha você para me ajudar, como está fazendo comigo agora – lancei um olhar para Josh.

– Ah, mas parece que você ainda vai precisar – Josh engoliu em seco, dando partida.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou muito precipitado pra escrever sobre as compras agora. Mas quando eu vi já tinha feito isso tudo, e nada mais justo que postar depois desse tempaço. Mas vou tentar não fazer as coisas correrem muito.
Ah, obrigada aos dez babys que estão acompanhando, mas só vi metade de vocês aqui gentem ( ._.), favoritem, comentem, não me deixem no vácuo, eu sou legal - não sou legal, mas tenho um gosto musical legal.
Ah, não uso roupas legais tbm 2bjs para quem aí for igual à Bea.
Comentem creanças
xx



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