Acordei-me com minha mãe me chamando. Haviam só se passado 3 dias desde que voltem de Los Angeles e ela já estava pegando no meu pé.

–Melissa Vasconcelos Andrade se você não acordar nesse momento...

– Tá mãe! Á interrompi. - Ok mas são 7:00 da manhã ainda. Deixe-me aproveitar meu último dia de férias vai?

– Nada disso! Você vai ter que se acostumar porque o Medeiros Cunha não é brinquedo não! Agora vamos levante-se, seu irmão está lhe esperando pra vocês irem ao supermercado. Ela falou isso e simplesmente saiu. Bufei de raiva. Porém não tinha outro jeito mesmo. Fui tomar banho, escovei os dentes, fiz minhas necessidades, vestir uma roupa simples e com meus cabelos fiz um rabo de cavalo, calcei meu all star e desci para tomar café.

Comi bem rápido pois meu irmão não parava de me perturbar para irmos logo ao supermercado. Sinceramente eu tinha acordado de mau humor, aquele dia era pra ser somente de descanso. Entrei dentro do carro de cara emburrada, Matias logo percebeu e me provocou.

–Ei chatinha? Que cara mais feia essa tua.

– Somos irmãos ner?! Então posso dizer que isso é hereditário.

Ele levantou as mãos em sinal de rendição e não falou mais nada até chegarmos ao local.

–Pirralha? Deixa de ser besta vai? Para de fazer esse bico e entra logo. Ele riu e entrou no supermercado eu o acompanhei ainda mau humorada.

Compramos tudo o que tinha na lista da nossa mãe. Quando finalmente chegamos ao caixa meu irmão lembrou-se de uma coisa.

–Mel me esquecei de comprar meu barbeador! Vai lá rapidinho.

– Porque você não vai?

– Porque eu que vou pagar tudo e também tenho que tomar de conta das nossas coisas pra nenhum espertinho pegar o nosso lugar!

Sinceramente eu estava de TPM nunca fiquei tão irritada como eu estava naquele dia. Para acabar logo com aquela discussão sem sentido fui rapidamente pegar o barbeador. Eu estava tão apressada para sair logo daquele lugar que acabei sem querer me esbarrando com um garoto que derrubou todas as suas compras no chão.

–Olha por onde anda garota idiota!

Minha raiva aumentou mais ainda.

–Eu não te vi otário! E alias você devia prestar mais atenção nas pessoas apressadas a sua volta e tomar cuidado!

Claro que eu sabia que estava errada, porém eu não admitiria isso na frente daquele garoto otário. Ele foi tão grosso comigo. De repente o menino se levantou e pode perceber em seus olhos cor de mel que me lembravam tanto uma pessoa, muita raiva. Ele pegou meu braço, o que me fez tremer e disse:

–Olha aqui mocinha ninguém nunca falou assim comigo!

– Então sou a primeira a enfrentá-lo

Ele deu uma gargalhada que todos ao redor perceberam. Ouvi uma voz chamar meu nome e eu sabia que era meu amado irmão que me salvou na hora exata.

–Algum problema aqui irmãzinha? Matias encarava o desconhecido com um olhar mortal o que me fez querer ir.

– Não nenhum Matias! Vamos embora!

– ok. E deixamos o Senhor Grosso e convencido para trás

Pagamos nossas compras e fomos ao carro. Eu pressentia que meu irmão ia me fazer um questionário de perguntas sobre o tal garoto porém ele não falou nada no caminho todo até chegarmos em casa.

–Até que enfim vocês chegaram! Falou minha mãe um pouco zangada.

– Tivemos um imprevisto mas já estamos aqui mamãe! Meu irmão disse dando um beijo na testa dela.

– Ok! Perdoo vocês! Podem subir se quiserem, que eu organizo tudo aqui. Falou ela toda sorridente.

– Tá certo mãe! Estou cansada mesmo. Tchau. Falei subindo as escadas correndo para o meu quarto.

Como está manhã foi longa! Ain mais que raiva desse garoto. E seus olhos? Lembram-me alguém. Esforcei-me para me lembrar só que não consegui. Acabei dormindo tentando questionar de onde eram os olhos do Sr. Simpatia.

Despertei-me com minha mãe me chamando pro almoço que estava pronto! Cocei os olhos e desci. Tomei um susto ao ver a Manu em minha sala conversando com Matias.

–Manu? O que você está fazendo aqui?

– Eu vim falar com você Mel! Preciso te contar uma coisa.

– Tá certo você pode falar depois que almoçarmos. Alias Manu você quer almoçar conosco?. Eu realmente estava com muita fome.

– Eu adoraria Mel.

– Então vamos comer! Falou meu irmão se direcionando a cozinha.

Depois que almoçamos e eu já estava disposta e com as energias adquiridas. Minha amiga e eu fomos até o meu quarto. Sentei- me na cama e dei uma cadeira para ela.

–Bom agora você pode falar!

– É sobre o Christopher.

Levantei-me um pouco desconcertada. Quando eu finalmente estava me distraindo e divertindo sem a ajuda desse garoto ele aparece pra me atormentar e estragar minha felicidade.

–Ah sobre ele! O que tem?

– É que o Chris já está aqui na nossa cidade! E ele já se matriculou na nossa escola. Quer dizer na minha e das meninas. Mas o problema não está ai.

– E onde está?

– Ele está o tempo todo mandando mensagens pra mim! Não para de me telefonar chorando dizendo que me ama e que precisa de mim. O ponto é que o Chris ainda não sabe sobre mim e o Arthur!

– E o que você pretende fazer?

– Eu preciso de você! Quero que me diga o que fazer!

Nesse momento senti minha mão gelar. Mas eu precisava acabar com aquela história, pois afinal tudo estava ligado a mim eu querendo ou não

–Quando ele telefonar outra vez fale com ele e diga que foi tudo um erro. Manda o mesmo retornar para Los Angeles. O Christopher vai entender. Eu o conheço bem amiga. Falei com uma dor em meu coração.

Manu me abraçou muito feliz por minha ajuda! E disse:

–Eu não sei o que faria sem você amiga! Porém eu preciso saber de uma coisa que fica me atormentando. Ela respirou fundo. - Você o ama amiga?

Fiquei sem ar. Falar do Christopher realmente não me fazia bem. Mas e ai eu falava ou não falava pra Manu o que sinto por ele?