Nothing Left to Lose (HIATUS) escrita por The Stolen Girl


Capítulo 12
You are the guy I'm taking home




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– Charlie, espera!

A voz apenas me fez andar mais rápido, quase correndo. Porém, ele logo me alcança, segurando meu braço. Paro, tentando evitar que ele continue a me segurar.

– O que você quer? – digo antes que ele possa se pronunciar.

– Eu só queria saber por que você está aqui. Não precisava sair correndo assim, eu só vim buscar o Edward. – ele diz enquanto me encara com seus profundos olhos azuis.

– Chas é meu amigo. Vim com ele.

– Amigo? – e me lança um olhar sugestivo, como quem diz “tem certeza disso?”. Imediatamente reviro os olhos e dou as costas, seguindo meu caminho.

– Fico feliz por você, Charlie. É bom saber que não te prejudiquei definitivamente... Me desculpa, mais uma vez.

Me viro, lançando-lhe um último olhar e dizendo:

– Já tivemos esse papo sobre perdão antes.

_________________________

Resolvi vir andando para casa. Sempre que tenho problemas faço das ruas meu consolo, e saio andando por aí. Pelo menos era o que eu costumava fazer antes de substituir isso pelos cigarros. Porém não quero mais recorrer a eles.

Eu sabia que encontrar Nick lá era uma possibilidade, mas como Chas nunca comentara que o pai de Eddie tinha ido até lá, achei que as visitas eram raras e que poderia ver o garoto sem ter de esbarrar com ele. Não sei se acredito em carma ou destino, mas se eles existem, haviam trabalhado um pouco hoje. Dentre tantos dias e horários para busca-lo, ele tinha que ir justo quando estou lá.

“Sei que não está sendo sincera, mas ainda vai conseguir, Charlie. Porque você sempre foi melhor que eu.”

As palavras de Nicolas no dia do nosso reencontro me vêm à cabeça, e não sei exatamente por que, mas penso em Cam. E em como eu não fui boa o suficiente para conseguir perdoá-lo.

Talvez Nick esteja errado, e o perdoar não seja algo alcançável quando se trata de mim. Porém, lá no fundo, sinto que já o perdoei. E que tudo o que ainda pode vir dele, eu sei, de alguma forma, que não irá me afetar. E se isso ocorrer, sei que, além das ruas, terei alguém para me consolar.

Hoje está ventando muito, e infelizmente saí de casa sem um casaco. Por isso, não me surpreendo ao sentir meus braços gelados. Logo que penso em como gostaria de estar em um lugar quentinho, meu celular toca.

– Alô.

– Oi, está tudo bem?

– Está sim, fica tranquilo.

Constato que não menti, e que estou realmente bem, apesar do encontro desagradável.

– Você não deve ter chegado em casa ainda, né? Fique onde está, vou te buscar. Eles já saíram.

– Não precisa, pode fazer suas coisas. Quer dizer, você deve ter algo pra fazer.

– Tenho sim. Te buscar.

Sorrio com isso e acabo por dizer onde estou, em seguida desligando o celular e observando a paisagem enquanto espero por Chas.

_______________________

– Você ama café, não é? – pergunto, sentindo o aroma que vem da cozinha. Sempre que ele vem aqui prepara café.

Ouço ele rindo e sigo até meu pequeno, porém apresentável cômodo a que chamo de cozinha. Talvez o ambiente e o cheiro agradável tenham o poder de me encorajar a fazer coisas estúpidas, então abraço Chas por trás enquanto ele deposita o bule na pia. Bem, talvez não seja algo tão estúpido assim.

Ele tira minhas mãos de seu abdome e vira-se, me olhando. Sorrio pra ele, tentando compreender o que esse rapaz tem, afinal, pra fazer com que eu goste tanto dele.

– Talvez eu ame algo mais além do café.

E eu não sei se devo encarar essas palavras com o peso que elas têm ou se vejo a situação de uma forma mais leve.

Dizer que ama alguém, mesmo que indiretamente, não é qualquer coisa. Parece que as palavras sumiram do meu cérebro, porque não sei o que dizer.

– Não precisa dizer nada. – ele fala, como se de alguma forma pudesse ler meus pensamentos.

Talvez eu já o ame a essas alturas, mas não sei dizer. Meu coração perdeu algumas habilidades depois de Nick, como por exemplo a de decifrar meus próprios sentimentos.

– Pode me fazer um favor? – peço.

– Até dois, se estiver ao meu alcance.

–Fica comigo essa noite.

E a resposta não vem, mas suas mãos em meu rosto e seus lábios nos meus traduzem um “sim”.


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Notas finais do capítulo

Desculpe pra quem ainda está lendo essa história (se tiver alguém), pela demora na atualização e pelo capítulo curtinho. Tentarei aumentar no próximo.
Tradução do título: Você é o cara que estou levando pra casa.
Beijos *-*



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