A Outra Potter 2 - Onde demônios se escondem escrita por Alice Porto


Capítulo 7
Duda Dursley: será ele o verdadeiro?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi! Fui rápida dessa vez, não fui? Haha, claro que eu fui u.u Postei ontem e postei hoje de novo! Ah, mas hoje é um dia tão preguiçoso que nem me deu vontade de levantar da cama. Mas as pessoas precisam trabalhar, né? Ainda não comecei no meu novo emprego, na verdade começo somente em fevereiro, então estou de férias ^^ Mas temos uma cozinha para arrumar. Fizemos tudo aos poucos, mas devo admitir que nos perdemos no meio da arrumação. Uma achou o leite condensado, outra achou chocolate em pó e a outra achou um pote de margarina. No fim fizemos brigadeiro, alugamos um filme (tem uma locadora na esquina, isso não é incrível?) e chamamos umas meninas que moram no apartamento do lado do nosso! Foi show, mas então me bateu uma vontade de escrever, e cá estou eu, escrevendo e aproveitando essa chuva DELÍCIA que tá caindo aqui no RS. E vocês, tão bem? Espero que estejam, seus lindos!

* Obrigada por todos os comentários, gente! Amei cada um deles, e guardei com muito carinho no meu s2

* Espero que gostem do cap! Enganei vocês que acharam que ela ia na casa do Sr. Slughorn! Haha! Mas ela vai ir, mas não hoje.Sabe o que é? Não resisti a tentação de colocar a cena do filme no meio da história, mas eu não podia pular a cena do livro também. Então eu farei as duas, porque eu, sinceramente, acho que será cômico se ela aparecer no meio de uma possibilidade de encontro para o Sr. Potter.

* Nesse cap, muito provavelmente, vocês irão notar que a frieza e as habilidades de Lawren, como a calma e a percepção para as coisas estão voltando aos poucos. Ela não está sendo tão impulsiva nesse capítulo, e, sinto em dizer para quem gosta da Lawrence mais atirada e dócil, que a nossa Lawrence lá do início de AOP1 vai voltar, e nem Draco e Daniel conseguirá mudar muita coisa na personalidade dela nesse ano escolar.

* Bem, eu espero que gostem do cap. Começou um temporal desgraçado agora, então se não respondi algum comentário, é porque faltou luz. Beijo, beijo! Xoxo s2 s2 s2

* Ah! Comente, compartilhem para os amigos, recomendem, favoritem!

And then... Now!



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Andava calmamente pelas ruas com um copo de isopor na mão, enquanto bebericava seu chocolate quente e lia o papel que tinha em mãos. Assim que recebera a carta, Snape aparatara com ela para a casa do padrinho, que tinha mais informações sobre o que deveria ser feito. Ela tomara um banho quente e vestira roupas secas, enquanto contemplava a alma sem vida do beco, e o céu ainda nublado, mas que já não chovia.

Colocara uma calça jeans clara, um All Star branco e uma regata da mesma cor, enquanto fazia uma pequena trancinha em uma mecha do cabelo, e passou do outro lado da cabeça, para fazer uma tiara com o próprio cabelo. Passou um rímel incolor, e antes de sair, contemplou suas íris esmeraldinas mais uma vez, notando que estavam de um verde muito escuro.

Remo lhe dera o papel e disse que não sabia de nada, e que Dumbledore mandara não abrir até que Lawren chegasse. O Lupin e Snape não haviam trocado palavras, mas ela sabia que assim que saísse, o padrinho agiria como se Lawrence fosse propriedade dele. E isso a deixava irritadiça.

Passara em uma cafeteria antes de ir para o local indicado e comprara aquele chocolate quente, enquanto contemplava as unhas bem pintadas entre uma cor nude e rosa bebê. Pagou a atendente e saiu andando, e foi assim que chegara onde estava com o vento batendo de um jeito gostoso e seu corpo.

Não sabia que tipo de roupa deveria usar naquela casa, e nem como deveria agir. Mas estava nervosa. Lera mais de cinco vezes o papel que Dumbledore dera a Remo, e havia decorado com atenção tudo que deveria fazer. Mexeu desconfortavelmente no cabelo, tentando esquecer o comprimento por pelo menos um momento, e bufou por causa do medo bobo.

Quando chegou à rua que deveria chegar, nos arredores de Londres, mas não mais na cidade, respirou fundo colocando o café no lixo que tinha na esquina da rua. Remo aparatara até lá com ela (a terceira vez em um dia), e agora ela se via tremendo, encarando a casa que deveria bater a porta. Estava na cidadezinha de Surrey (que automaticamente lhe lembrou de Daniel), mais precisamente na Rua dos Alfeneiros, em Little Whinging.

Tinha assuntos a tratar com sua família.

Bufou, revirando os olhos e entrando no quintal bem cuidado da casa dos Dursley. Estavam em meio a mais um verão infernal em Surrey, mesmo não chegando perto do verão do ano anterior, e por isso a grama estava seca. Mas mesmo seca, continuava mais bem cuidada que a grama dos vizinhos. Caminhou a passos calmos até a porta, e bateu três vezes, sem hesitar. Não gostava de campainhas. O barulho que faziam era irritante.

Esperou alguns momentos até alguém mexer na fechadura e abrir a porta receosamente.

A pessoa que a encarava era grande, alta e gorda. Não era bonito, nem mesmo relativamente charmoso ou atraente. Não tinha olhos confiáveis e nem tinha cara de ser inteligente, ainda mais pelo jeito que olhava a ruiva.

– Olá... - falou olhando em volta, esperando mais alguém por perto daquela garota bonita - Posso ajudá-la, florzinha?

Com o ano que passara, Lawrence havia mudado consideravelmente. Antes, seu corpo era magro e sem muitas curvas, já que fazia anos que não praticava esportes. Mas com o quadribol e a AD, adquiriu curvas mais esbeltas e bonitas. Sem falar que a menina já tinha mais cara de mulher, e não de garota de catorze anos. Tinha o legítimo corpo violão, os seios haviam crescido (o que dava para reparar muito com o decote da regata), o rosto ficara sem espinhas e seu cabelo curto lhe dava uma cara mais madura.

Sorriu com os dentes brancos e parelhos, mas logo ficou séria, mostrando que realmente não gostara do apelido que seu primo havia acabado de lhe dar.

– Pode, pode sim. Estou procurando o Sr. e a Sra. Dursley, junto com o sobrinho deles, Harry Potter. - falou, sem muito interesse em Duda.

Duda franziu as sobrancelhas.

– Harry está lá em cima. Ele é só um magricelo sem sal, o que você quer com ele? - perguntou confuso, dando espaço para a ruiva entrar - Não pode ser comigo o assunto?

– Concordo com você… - fez uma cara confusa.

– Duda. Meu nome é Duda Dursley. - ele disse, oferecendo a mão, que a menina rejeitou sem dar bola.

– Concordo com você, Duda. Ele é um sem sal e magricelo, mas o assunto só pode ser com ele e com seus pais. - falou, seguindo Duda para dentro.

– Certo, então. Mãe, pai! Tem uma menina querendo falar com vocês… - ele falou, chamando a atenção dos pais que estavam na cozinha, lançando um sorrisinho malicioso para Lawren.

Quando os dois apareceram, Petúnia fez a cara mais assustada que poderia fazer. Abriu a boca para falar alguma coisa, mas seus lábios tremeram e balbuciaram algo, olhando para a menina assustada. Lawren olhou para ela com expectativa, esperando que falasse algo, enquanto o Sr. Dursley esperava pela mesma coisa. Mas Petúnia não falara nada. Quem dissera algo foi o menino atrás dos dois.

– Lawrence? - perguntou, abrindo espaço entre os tios, olhando a menina confuso.

– Olá, Potter. - acenou para o menino, que soltou o ar que estava contendo e sorriu alegremente, correndo para os braços da menina, enquanto afagava seus cabelos.

– Desculpe-me por aquele dia. - ele sussurrou - Eu sei que fui um idiota. Desculpe por isso, eu não sei o que estava pensando quando eu disse aquilo. Pensei que estivesse machucada. - ele falou ainda sussurrando, em meio ao abraço, enquanto Lawren ficava parada, estática.

– Por que eu estaria machucada? - perguntou se separando do abraço.

– Saiu no jornal o atentado ao Sr. Olivaras. Testemunhas disseram que lhe viram e que logo depois um vulto preto lhe levou. Achei que fosse um comensal. - ele falou, enquanto a menina semicerrou os olhos e o encarou desconfiada.

– Não seja bobo, Potter. Até parece que um comensal me pegaria assim. Foi Snape o tal do vulto preto. Não vai me apresentar para a sua família? - perguntou.

– Estou tentando raciocinar aqui. - falou Duda - Até uma semana atrás, você estava celebrando dois meses de namoro com outra ruiva. Você já está com outra? - perguntou indignado o primo, enquanto Lawren o olhava.

– Claro que não. Merlin me livre de namorar esse babaca. - falou a ruiva, revirando os olhos e fazendo cara de nojo - Mas ele e a outra ruiva não estão mais juntos. A outra ruiva é a minha amiga. - falou - Vamos, Harry. As apresentações.

– Lilian. - sussurrou Petúnia - Ela é a cara da Lilian. Igual. Somente o cabelo diferente, mas o rosto, os olhos, até mesmo o jeito apressado de falar...

– Bem, é claro que ela se parece com a minha mãe, tia Petúnia. Ela é filha dela. – falou Harry, com um sorrisinho no rosto, vendo os tios e o primo gaguejarem algumas coisas.

– Não seja maldoso, Potter. – disse Lawren, aparentando estar cansada do joguinho do irmão – Vá com calma. Há cinco minutos eles só tinham um Potter vivo na família. – disse a menina, suspirando – Sou Lawrence. Legal conhecê-los. Até aceitaria um chá, mas o que vim fazer aqui é rápido. – completou, com um sorrisinho.

– Outra filha? Minha irmã teve outra filha? – falou a tia confusa – A carta que recebi há dezesseis anos falava, com todas as palavras, que era somente um menino sob a nossa responsabilidade. Não iremos cuidar de outra! – exclamou nervosa, mordendo os lábios logo após isso.

Lawrence a encarou seriamente, revirando os olhos, e andando até a sala, sentando-se em uma poltrona. Olhou em volta, vendo fotos e mais fotos de Duda. O papel ainda estava na sua mão, e ela o colocou na sua bolsa branca com a frase “Cats are my bag”. Mordeu o lábio inferior, e cruzou as pernas, mexendo no cabelo sem nem mesmo ver que fazia isso.

– Por que não se sentam? Temos alguns assuntos a tratar, e não queria demorar muito. – falou, apontando para as poltronas.

Harry se sentou na poltrona ao lado da de Lawren imediatamente. Duda, mais receoso, sentou no outro lado da poltrona da ruiva, e seus tios, com os lábios trêmulos, sentaram-se desconfortavelmente no sofá na frente dessa poltrona. A ruiva sorriu singelamente, suspirando e olhando para eles. Tio Válter não falara nada até o momento, e a ruiva nem estava achando tão difícil como Snape disse que seria.

– Respondendo a sua afirmação anterior, Petúnia: não se preocupe. Ao contrário de Harry, eu tenho mais liberdade para fazer o que quero, e não preciso ficar sob os cuidados de ninguém daqui. – o irmão dela apertou os dedos contra a poltrona, irritado.

– O que você quer, Lawrence? – murmurou contrariado – Por um momento achei que iria morar conosco, já que saiu do hospital, mas parece que nem me visitar você veio.

A menina deu um sorrisinho, olhando para o irmão. Tão bobo.

– Lhe visitar? Não se iluda, Potter. Nem mesmo somos amigos. Para falar a verdade, eu acreditava que nos considerávamos somente pessoas com os mesmos pais. Não sei de onde surgiu a ideia de que eu me importava com você, mas não fique se remoendo por dentro só porque isso não é verdade. – falou seriamente, olhando o irmão nos olhos. Ouviu a risada de Duda atrás de si.

– Então por qual motivo está aqui? – grunhiu irritado, e a menina suspirou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

– Ordens de Dumbledore. – falou.

– Que eu saiba, nem no hospital conseguia cumprir as ordens dos médicos. Desde quando cumpre ordens de outras pessoas? – perguntou com um sorrisinho vitorioso.

– Desde que entramos em uma guerra e toda informação repassada sigilosamente com sucesso é importante. – respondeu séria, e olhando para os tios - Bem, creio que meu irmão já deve ter dito a vocês, e se não disse, certamente ouviram nessa discussão qual é a nossa situação atual no mundo dos bruxos.

– Não queremos saber nada do mundo de vocês! Gente do seu tipo não tem nada a ver com nenhum de nós! – falou Tio Válter, cuspindo enquanto falava.

– Acontece... Válter, correto? Nunca pediríamos ajuda de vocês se essa guerra não envolvesse a todos. Infelizmente, não é só os bruxos que estão em perigo. Trouxas, pessoas não mágicas no caso, como vocês, estão em risco também. Tom Riddle não está brincando. Todos esses assassinatos, a polêmica envolvendo o ministro de vocês, tudo é...

– O mundo de vocês está no meio de todas essas tragédias? – perguntou Duda, parecendo mais interessado.

Lawren o analisou minuciosamente. Pelas informações de Dumbledore, o garoto tinha muito medo de bruxos e geralmente balbuciava coisas sem sentido a conversa inteira. Mas esse ali não parecia o garoto que deveria estar ali. Sem falar que o primo havia sido atacado por um dementador. Ele deveria estar no mínimo, atormentado. Semicerrou os olhos, e depois deu um sorrisinho.

Na semana anterior, Gina dissera que Duda havia lhe cantado. Mas Duda não deveria nem mesmo raciocinar direito depois do ocorrido com os dementadores. Na porta, naquele mesmo dia, o garoto olhou em volta procurando mais alguém, como se estivesse desconfiado de, e depois a chamou de florzinha. Por que um garoto que deveria estar atordoado estava agindo de forma tão interessada, como se estivesse... Tentando arrancar informações?

E mais: o Duda real, o Duda que fora atacado e que deveria estar louco, nem mesmo conseguiria diferenciar duas ruivas no período de uma semana, e nem mesmo conseguiria se lembrar quantos meses de namoro Harry estaria completando com Gina.

Ele deveria ser um idiota.

Normalizou sua expressão, mexendo mais uma vez em seu cabelo. Assentiu, olhando fixamente para o garoto, e depois deu uma risada fingidamente nervosa.

– Ah, sim. Estão. – confirmou com palavras – Retomando o assunto: o ministro está tentando normalizar a situação, mas ele é um idiota. Não consegue mover uma peça de dominó sem derrubar o jogo inteiro. Então Dumbledore me mandou aqui, porque ele quer dar um recado em meu nome.

– E qual seria ele? – perguntou Petúnia, contrariada.

– E por que ele não veio pessoalmente? – perguntou Harry, com inveja de Dumbledore confiar informações sigilosas a irmã e não a ele.

– Ele tem assuntos mais importantes. Dumbledore sabe que Harry está incomodando vocês nessa casa, mas ele pede que esperem somente mais um ano até que a maioridade bruxa dele seja atingida.

– Não. Duda é mais velho que ele e não atingirá a maioridade ainda. – falou Petúnia.

– A maioridade bruxa é dezessete anos, mãe. – falou Duda, revirando os olhos.

Lawrence olhou para o primo pelo canto do olho e deu um sorrisinho.

– Exatamente. Como sabem, essa casa fornece proteção contra ataques de comensais, como a carta que recebeu de Dumbledore fala, Petúnia, e como os comensais estão atrás de nós dois, ele pede que pelo menos até o próximo verão Harry possa ficar aqui.

– Mas eu não quero. – falou Harry.

– Não é sobre querer ou não. É sobre sua proteção. – falou a ruiva, calmamente.

– E você? Qual é a sua proteção? – perguntou, irritado.

– A minha proteção é voltar para a casa onde vivi a minha vida inteira. No caso, ela é em Boston, e eu não sei se estou a fim de voltar para as Américas. – revirou os olhos – Bem, depois disso, Harry sumirá da vida de vocês, e vocês serão levados para um lugar seguro, como recompensa pelos anos que cuidaram dele. Não ousem dizer que não. O mundo bruxo entrará em uma guerra feia, e não pensem que serão poupados dela se ficarem por aqui. As primeiras pessoas trouxas que serão procuradas é vocês, porque vocês sabem os detalhes dos planos.

A mulher bufou contrariada e trêmula. Assentiu calmamente, e Lawren sabia que ela pensava em somente uma pessoa: Duda. Faria isso pelo filho, e por mais ninguém. Cuidaria de Harry para a própria segurança de Duda. Somente por isso. Válter concordou pelo mesmo motivo, apesar de não tão calmamente. Murmurou alguns xingamentos e ficou vermelho de raiva.

– E quando levarão Harry para a casa dos Weasley? – perguntou Duda, e Lawrence sorriu internamente, olhando para o primo pelo canto do olho, franzindo as sobrancelhas e fazendo sua melhor cara de desentendida.

– Desculpe-me, Duda... Mas eu não me lembro de ter dito que levaríamos Harry para a casa dela. Nem mesmo me lembro de ter dito que o levaríamos a algum lugar. Somente que vocês serão levados. – falou, sabendo que conseguira.

Assistiu com satisfação o rosto dele ficando pálido.


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Notas finais do capítulo

Vestimentas da Law-Law: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=145692743&.locale=pt-br

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