A Outra Potter 2 - Onde demônios se escondem escrita por Alice Porto


Capítulo 29
A namorada de Harry?


Notas iniciais do capítulo

Ooooie!
COmo prometido, cap novo na quinta-feira, apesar de estar quase no finzinho do dia, né? O próximo vídeo seria sábado, mas vou viajar esse fim de semana, então eu não garanto absolutamente nada para vocês, já vou avisando. Uhsuahuahasu! Mas vou tentar, juro! Durante a viagem vou levar o note e escrever.

* Quero agradecer pelos comentários do cap passado. Sério, amo vocês.

* Espero que gostem do cap! Agora temos cerca de dois caps para voltarmos para Hogwarts. Sei que vai parecer desnecessária essa parte inicial sem Hogwarts, mas acreditem, não é.

* Comentem, favoritem, recomendem, porque agora eu voltei para voltar mesmo! Beijooooooooo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/564506/chapter/29

O Caldeirão Furado estava parcialmente vazio quando Lawrence adentrou o estabelecimento. Porém, as poucas pessoas que haviam lá dentro, não paravam de encará-la. Ela procurou não olhar para ninguém. Cumprimentou Tom com seriedade e seguiu para a “entrada”, que dava para uma rua em Londres.

Continuou andando apressada pelas ruas, mas percebeu que não tinha ideia de como era Londres. Respirou fundo olhando em volta e decidindo perguntar a uma mulher que estava sentada no banco a frente de uma praça onde poderia pegar o metrô. Ela lhe informou que a estação não ficava muito longe, apenas três quarteirões de onde a Potter estava.

Após agradecer, continuou a andar com seriedade pelas ruas, notando que já estava tarde. Passou apressada por várias pessoas, mas ninguém parecia dar atenção para sua pressa.

Percebeu que já havia escurecido quando estava a um quarteirão do metrô e as luzes das ruas estavam todas acesas. Havia movimento na rua, e desceu as escadas da estação correndo. Era 19:20, o encontro com Dumbledore havia sido marcado às 20 horas em ponto, sendo que o velho havia exigido pontualidade de ambos.

O coração começou a palpitar. Como agiria na frente de Harry? Afinal, estava com certa raiva do irmão seja lá qual fosse o próprio motivo. O tempo começou a esfriar e a garota começou a se arrepender de estar somente um com blusa de manga curta que mal tapava a própria barriga.

Ao chegar na estação mesmo, olhou ao redor procurando por uma lanchonete. Havia um grande mural com todos os pontos e paradas do metrô, mostrando sua rota, e o estômago de Lawrence embrulhou ao perceber que Harry poderia estar em qualquer um deles. Ela arfou, fechando os olhos e secando o suor das próprias mãos.

“Calma, Lawrence, aquele babaca vai estar aqui”.

Virou-se e olhou a estação, à procura de alguma lanchonete. O metrô das 19:30 acabara de parar e as pessoas adentravam com pressa. No geral, a estação tinha alguns pilares de concreto, roletas, uma parede enorme e bem lá no finzinho, quase ao lado dos banheiros, uma lanchonete.

A garota sentiu o coração ficar apertado. A lanchonete tinha vidros bem limpos e algumas letras verdes à adesivo coladas na fachada, dando o nome do local. Dentro, não havia ninguém além de um menino que lia um jornal aparentemente concentrado.

Sorriu de canto e singelamente. Por algum motivo, ver o irmão, mesmo com raiva dele, a deixara mais calma. Ver ele significava que ele estava bem, correto? Começou a andar em direção a lanchonete, com uma mão segurando firmemente a bolsa.

Quando estava a poucos passos da porta do estabelecimento parou abruptamente. Seus olhos se arregalaram e não sabia se entrava ou se dava meia volta para que Harry não notasse que estava ali. A garçonete do local, uma mulher negra alta de cabelo crespo bonito, com uma pele que chegava a brilhar de tão macia, parou em frente a sua mesa e começou a conversar com um sorriso encantador nos lábios.

Lawrence abriu a boca em um perfeito “o”. Ela estava totalmente flertando com ele, e ele estava totalmente deixando. E Cho? E Gina? E a consideração? Riu da própria lerdeza ao pensar que o irmão não era menino ao ponto de flertar uma menina quando ela também estava dando em cima. Bateu na própria testa, bufando. O Potter não queria nem ver a Chang pintada de ouro, e Gina parara de dar atenção totalmente ao Harry. De fato, Lawren achava muito provável que a Weasley estivesse tendo uma leve queda pelo seu melhor amigo, Daniel. Não deixava de ser conveniente, assim poderiam ficar mais tempo juntas e poderiam conversar sobre mágicas elementais.

Num instante, lembrou-se do aviso de Dumbledore sobre pontualidade, e percebeu que tinham somente 25 minutos para encontrá-lo, sendo que não seria fácil convencê-lo a sair de lá sem fazê-lo desconfiar que era um comensal. Respirou fundo revirando os olhos.

“Odeio ser a que atrapalha os casais.”.

Dirigiu-se para a porta e abriu. Era de empurrar. Parou na entrada e olhou em volta, percebendo que a garota só conversava com seu irmão porque estava sozinha no local. De certo esse era o dia de ela tomar conta da lanchonete. Colocou seu melhor sorriso no rosto e tentou esquecer que estava irritada com o próprio irmão.

Andou em direção ao garoto, que estava de costas para ela, enquanto a garçonete conversava com ele sem dar muita atenção para a ruiva, como se realmente estivesse a atendê-lo. Chegou por trás do irmão e abaixou-se suficientemente a altura do seu ouvido, recebendo um olhar confuso da menina na sua frente e deixando-se sorrir um pouquinho. Poderia tentar fazer ciúmes nela. Não era uma má ideia.

— Não deveria ler nosso jornal na frente dos outros. - sussurrou no ouvido do irmão, deliciando-se com o som da própria risada ao ver que o menino deu um salto da própria cadeira instintivamente, tirando a varinha do bolso e mirando na irmã, que sustentava um sorriso engraçado no rosto - Que é isso, Harry? Vai me atacar com um pedaço de pau, é? - enfrentou com a sobrancelha arqueada, induzindo o irmão a usar a varinha na frente de um trouxa, que por sinal estava com os olhos arregalados sem saber o que fazer.

— O que faz aqui? - ele perguntou, forçando-se a guardar a própria varinha, mesmo ainda estando desconfiado - Para alguém que diz não querer me ver, você tem aparecido bastante ao meu encontro.

A ruiva bufou.

— Dumbledore. - respondeu - Não vai me apresentar? - perguntou com um sorriso para a menina - Fez esse vexame na frente da moça e depois nem pede desculpa.

— Você… Não me disse que tinha namorada. - ele murmurou um pouco confusa, olhando para o Potter, que abriu a boca em choque, sem saber bem o que dizer.

— Ela é burra ou o quê? - Lawrence perguntou a Harry, revirando os olhos e olhando para a garota - Está vendo estes orbes esverdeados lindos que eu tenho e que infelizmente ele também tem? Então, vem da mesma mãe. - concluiu bufando, sentando-se na mesa - Quero um Mocaccino, por favor.

— Espere… Ela é sua irmã? - a garota perguntou dando um leve chilique, sem entender muito bem.

A ruiva revirou os olhos, pegando o jornal do irmão e olhando as principais manchetes enquanto ouvia parcialmente o irmão explicando a situação para a garota em um grande resumo.

— Enfim, ela provavelmente está aqui porque é importante, mas assim que ela for embora podemos conversar. - ele tentou ser otimista. A Potter riu.

— Eu não daria tanta garantia para a menina, Harry. Estamos falando de Dumbledore. Ele provavelmente vai pedir para que façamos algo e depois nos enviará para a toca. Estão todos lá. Draco, Daniel, Hermione…

— Hermione está lá? - perguntou confuso - Pensei que ela estivesse na casa dela. Na última car… Ligação que ela me fez, não havia comentado comigo sobre estar lá.

— Estava preocupada contigo. Pela demora de resposta das tentativas de contato. Quando chegarmos na Toca, você pode esclarecer para ela que está bem, né? Ela ficou toda irritada comigo quando eu sugeri que você era só um babaca que não gosta de falar sobre sentimentos. - a Potter disse, escorando a cabeça na mão e dando um sorriso para o irmão.

— Aparentemente somos iguais nisso. Não queria ter deixado ela preocupada, é só…

— Hermione? Quem é Hermione? - perguntou a menina da lanchonete levemente enciumada.

— Uau, você já começou mal, huh? - a Potter perguntou, notando que a garçonete não traria o seu mocaccino de maneira alguma - Hermione é a garota que Harry não substitui por nenhuma namorada. Tipo a irmã dele. Então não tenta implicar com ela que não vai dar certo. - respondeu, tomando um pouco do café do irmão - Argh, esse é o tipo de café que Gryffindors tomam? E depois se dizem corajosos.

— Mas você é a irmã dele. Então ela não tem como ser como uma irmã. - a garçonete disse, ainda tentando entender.

A Potter revirou os olhos olhando para o irmão.

— Explica para ela que nos odiamos, por favor. - murmurou, já odiando a garota de alguma maneira - Sério que vai trocar o mulherão que é a Gina por isso? - continuou murmurando, mas dessa vez inaudivelmente.

O irmão suspirou.

— Será que poderia nos deixar sozinhos por um instante? Acho que o assunto é importante. - ele disse para ela, que concordou, se retirando um pouco revoltada.

— Aproveita e traz meu mocaccino! - gritou - Na conta dele, por favor.

— Tá, Lawrence, deu de cena. O que você quer? - ele perguntou, e a Potter notou que estava irritado. Seu sorriso debochado se fechou e notou que já não era mais hora de brincadeira.

Molhou os lábios levemente com a língua e colocou uma mecha ruiva atrás da orelha, esfregando os olhos com os dedos e deixando suas feições cansadas se apossarem de seu rosto. Largou as mãos em cima da mesa e olhou para os olhos verdes do irmão, tão iguais aos seus, e por algum motivo toda a raiva que sentia dele voltou, mas ela não tinha vontade de fazer nada sobre ela. Queria só deixá-la passar, porque tinha a impressão de que o irmão era o único que não estava tentando fazê-la ser algo que não era, naquele exato instante.

— Dumbledore mandou uma carta para mim. Ele quer que nos encontremos com ele agora às 20 horas, com pontualidade, aqui na estação. Não sei para quê, nem sei se é mesmo ele, mas é confidencial. Ninguém pode saber. Se não for ele, pelo menos estamos juntos. E eu comentei com Gina também para onde estava indo, então se por acaso não voltarmos, for uma armadilha, ela vai saber onde fomos pelo menos.

— Certo… - o irmão concordou - Qual foi a primeira coisa que fez ao me encontrar? - perguntou e a ruiva deixou-se dar uma risada singela.

— Estava demorando. - murmurou - Eu esbarrei em ti no Beco Diagonal. Você me pediu desculpa, mas eu te insultei. Eu estava com Carrie e você com suas sombras ambulantes. Quando foi a primeira vez que demonstramos… - ela começou, mas pareceu desistir da pergunta - Esquece, sei que…

— No natal. Se era o que queria saber. - ele respondeu, e estava olhando fundo nos olhos da irmã. Ela assentiu seriamente, desviando o olhar assim que a menina chegava com o mocaccino.

— Sâo 19:50. Acho que já deveríamos ir. - disse, pegando o copo de isopor e agradecendo a menina com o olhar.

— Certo. - o irmão concordou.

— Já vão? - perguntou a garçonete confusa - Pensei que ficaria para o fim do meu turno. Para irmos para a minha casa, fazer um…

A ruiva virou a cabeça com um olhar assustado para o irmão, como se perguntasse “você realmente estava planejando ir para a casa dela hoje?”. Harry olhou de volta para ela como se dissesse “sai daqui que eu preciso conversar um negócio com ela, eu te explico depois, para de me olhar assim”. A irmã revirou os olhos, colocando um dedo dentro da boca como se quisesse vomitar ao sair do local, e ficou parada do lado de fora, olhando a conversa dos dois.

Não sabia o que ela falava, mas parecia estar chateada. Harry parecia querer resolver a situação com calma, colocando uma mão no seu braço. Olhou para o irmão com impaciência. Ele percebeu que ela olhava pela fachada, e logo depois a garçonete também havia virado para observar. A Potter arqueou uma sobrancelha desafiadoramente, sem entender o motivo dos dois a olharem. Olhou os lábios da menina quando ela falou, entendendo certinho um:

— … mas ela disse que vocês se odeiam. - como se fizesse manha.

Harry pareceu relutante para responder. A irmã ficou curiosa com a resposta, mas ele virou-se para dá-la. Bufou, e fechou os olhos, avistando o local que deveriam se encontrar com Dumbledore ao longe quando os abriu, ao sentir o toque leve do irmão no seu braço. Começaram a andar na direção do velho.

— Você realmente ia… - começou.

— Não. - ele disse olhando-a nos olhos com um sorriso singelo - Se quer saber se eu ia transar com a menina. Não ia. Íamos somente jantar.

— Garçonete à milanesa de prato principal? - perguntou com deboche.

— Olha, dependendo da roupa que ela estiver usando posso considerar.

— Você é nojento. - disse com convicção, revirando os olhos.

— É genética. Deve ser por isso que você nasceu assim também. - ele retrucou rindo.

— Vá se ferrar.

— Não posso, preciso ser pontual nos encontros com Dumbledore.

Ela parou e olhou no seu rosto com raiva. Cerrou os punhos e sentiu os olhos ficarem úmidos de tanta ira. O semblante do irmão ficou sério.

— Okay, eu já havia reparado que estava estranha, mas achei que fosse só paranoia minha. Mas você realmente está brava comigo por algum motivo. Quer falar sobre isso? - perguntou.

— Não quero falar sobre nada. Você só me irrita. Vamos. - voltou a andar, tentando ignorar a onda de braveza que enchera seu corpo.

O garoto voltou a andar e parou ao seu lado assim que chegaram ao ponto de encontro com Dumbledore. Ele ainda não estava lá. Faltavam dois minutos. Ele olhou nos olhos da irmã. Seus orbes estavam verde musgo, úmidos. Ela não parecia querer chorar, e sim parecia se conter para não gritar algo no rosto dele. O Potter suspirou.

— Pergunte logo o que quer saber… - ele disse tentando se preparar para os berros da ruiva. Mas o que saiu de sua garganta foi só um fiapo de voz, repleta de rancor.

— O que você disse para ela quando ela lhe falou que achava que nos odiávamos? - ela perguntou, com sarcasmo.

O garoto ficou confuso.

— A verdade, obviamente. - ele disse, como se realmente estivesse na cara.

— Ah…

— Eu disse que…

— Desculpe interromper a conversa, mas temos algo importante para fazer, pessoal! - disse o velho aparatando na frente dos dois com um sorriso singelo - Vamos encontrar uma pessoa muito importante para todos do mundo bruxo, e em breve entenderão o motivo. Desculpe fazer tudo isso tão de ultimato, mas só descobri sua localização hoje. ENtão me perdoem a pressa, mas precisamos ir.

Os dois irmãos se olharam em assentiram, logo entendendo que precisavam pegar no braço do homem, pois iriam aparatar. Logo estavam no local desejado.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Look Lawren: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=208437121&new_publish=on&.locale=pt-br

Beijos!