A Outra Potter 2 - Onde demônios se escondem escrita por Alice Porto


Capítulo 24
Comensais nos Surrey


Notas iniciais do capítulo

Ooooie! Voltei! Como não tenho muito a dizer, vou ser breve!

* Obrigada pelos comentários do cap anterior! Fantasminhas, comentem! Fico feliz quando aparecem ^^

* Tô pensando em fazer um trailer pra fanfic (de novo) porque conseguir baixar o aplicativo! Tô bem animada, mas não sei. O que vocês acham?

* Fiquei surpresa com o número de gente (todos) que queriam Gina e Daniel, uheuehueh

* Espero que gostem! Beijos!



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Bocejou tomando o último gole de café e sentindo a própria barriga roncar. Leu o último parágrafo das folhas e colocou-a na pilha de lidos, se espreguiçando e esticando as pernas, olhando os amigos dormindo no sofá. Eles haviam terminado de ler há pelo menos uma hora, e estavam dormindo desde então. Fazia mais ou menos meia hora que os vizinhos da diagonal estavam com o som no último volume, e a brisa que soprava do lado de fora da janela quando estavam na sala da lareira tornara-se numa tempestade que deixara a casa mais abafada ainda.

– Merlin, já é seis da tarde. - falou consigo mesma, subindo as escadas e indo para a parte de cima da casa.

Chegou na parte de cima e pegou roupas pro tomar um banho. Se direcionou ao banheiro e passou uns quinze minutos no chuveiro, lavando o cabelo e pensando. Os documentos que Snape conseguira foram de grande utilidade, ela não conseguia entender o por quê de ele continuar se maltradando depois de todo bem que fez. Ao sair do banho, seus pensamentos continuavam no homem.

Colocou o short e a blusa amarela acima do umbigo que pegara de dentro do armário e com um movimento de varinha, o cabelo estava seco. Jogou uma água no rosto e colocou o chinelo, abrindo a porta e descendo as escadas um pouco mais acordada. Olhou os amigos e viu que ainda dormiam. Sorriu para os dois e revirou os olhos, indo em direção a cozinha e pegando um grande pedaço de bolo e botando mais café para coar. Abriu a geladeira com o bolo ainda na mão e olhou o que tinha para comer. Nada. Que tipo de casa era aquela?

Bufou e fechou a porta, olhando os números de telefone de pizzarias ou lancherias onde poderia pegar algo para comer. Acabou por não achar nada na geladeira e partiu para as gavetas, achando uma agenda dentro da primeira que abriu. Sentou-se no balcão, ainda comendo o bolo, e deu uma olhada na agenda.

– Eu aceitava de boas um Starbucks agora. - murmurou pensando em Boston.

– O que é isso? - perguntou Draco de repente acordado e sentando-se de frente para Lawren.

– Um Anne’s Caffé aprimorado. - disse - E bem maior. É uma franquia. - concluiu, levantando-se e pegando uma xícara de café para os dois - Com fome? - perguntou, alcançando a xícara e um pedaço de bolo.

– Morrendo de fome. - ele respondeu, atacando o bolo como se fosse o último pedaço que calhasse a ver na vida.

– Estava pensando em ligar para uma pizzaria ou algo assim para pedir algo para comer.

– Eu topo de…

– Ssh… - ela interrompeu-o olhando em volta.

– O que…? - começou o garoto confuso, mas a ruiva colocou a própria mão na frente da boca de Draco, indicando para que ficasse quieto.

– Não notou? - murmurou baixinho - A rua ficou silenciosa de repente, mas o vizinho estava dando uma festa até agora.

– Talvez a festa só tenha acabado. - respondeu o garoto aos sussurros, e ela negou em silêncio, levantando-se e indo até a porta de vidro da parte de trás.

– A tempestade acalmou.

– Lawrence, comensais não podem fazer a chuva parar.

– Não podem, mas assim fica mais fácil para atacarem. A visão fica mais clara para eles, mas nós estamos cegos quando está escuro lá fora. Acorde Daniel. Tem algo errado.

– Lawrence, não tem nada de errado. - disse Draco incrédulo, mas indo acordar o amigo mesmo assim - Você está paranóica.

– Draco, há dois minutos o vizinho estava dando uma festa enorme, e agora nem um mísero estalo tem na rua. E estava abafado há dois minutos, você quer me explicar o motivo de estar frio agora? - sussurrou, trancando a porta de trás com a varinha e apagando as luzes.

– Que cheiro é esse? - falou Daniel antes mesmo que Draco pudesse contestar - Parece cheiro de fogo…. E por que as luzes estão apagadas?

– Cale a boca. - sussurrou Lawren - Vocês fizeram o feitiço contra aparatação?

– Sim, logo que você se trancou na sala da lareira. - respondeu Draco.

– Querem me contar o que está acontecendo? - sussurrou Daniel - E por que tem cheiro de fogo? - perguntou de novo.

– Ah, Merlin… - disse Draco com os olhos arregalados olhando para um ponto as costas de Lawren - O que é isso?

Quando a Potter se virou, se deparou com todas as bocas do fogão acesas. Ela respirou fundo ao ver aquilo, e andou cautelosamente até lá, com a varinha empunhada, e desligou todas elas.

– É muito cedo, Merlin… - ela murmurou - Peguem suas varinhas, rápido. Vamos para a sala da lareira agora. Eles estão vindo.

Nesse segundo Daniel e Draco dispararam para cima das escadas correndo, e Lawren pegou os papéis de Marlene e os cadernos para anotação, olhando para as escadas apreensivamente. Suspirou e se arriscou a fechar os olhos, segurando a varinha com destreza, mas leveza. Se concentrou na palma da mão e imaginou o mesmo fio de antes saindo de dentro dela.

– Cokeworth.

E quase que imediatamente a varinha estava interligada a sua mão. No mesmo instante os garotos apareceram na parte de baixo e os três correram para dentro da sala da lareira, trancando portas e janelas com a varinha.

– Daniel, você precisa ir lá fora para ver se o feitiço vai funcionar. Se funcionar, você pensa nas seguintes palavras: “Casa dos Surrey, 123, entre Surrey e Londres, sala da lareira”, e a porta aparecerá na sua frente. Tome cuidado. - disse a ruiva o loiro assentiu seriamente, destrancando a porta e saindo com a varinha empunhada.

Respirou fundo e olhou com os olhos aguados para a porta. Se algo ocorresse com Daniel, nunca se perdoaria. Empunhou a varinha para a porta e fechou os olhos, se concentrando ao máximo e soltando a respiração calmamente, antes de dizer aos sussurros, com uma calma repentina.

– Fidelius.

***

Olhou apreensiva para a porta e logo depois para Draco. Estava apavorada. Respirou fundo andando de um lado para o outro, sem deixar de pensar que o amigo estava demorando demais. Quando estava prestes a abrir a porta para ver se havia acontecido alguma coisa, ele abriu a porta com um sorriso satisfeito e trancou a porta com a varinha. Uma expressão aliviada passou pelo semblante de todos, mas ninguém ousou dizer nada.

– Abaffiato. - disse Lawren, e logo foi para a lareira apressada.

Pegou o pó de flu e jogou um pouco na lareira, com as mãos tremendo. Logo o fogo verde iluminou a lareira inteira. Parou antes de gritar e colocou a mão na boca, parecendo apavorada. Olhou para os amigos.

– Preciso sair. - disse.

– O que? - disse Daniel apavorado - Está ficando louca? Tem comensais vindo para a casa, logo eles irão aparecer, você nem ouse sair por aquela porta.

– O livro de comensais está lá em cima, é informação confidencial da ordem, não posso deixar lá. - ela disse - Preciso sair. - completou convicta indo para a porta - Não tranquem quando eu sair, senão não terei como entrar. Se vocês ouvirem os comensais entrando na casa, não abram ou saiam, eu darei meu jeito. Não vou demorar um minuto.

E assim destrancou a porta e saiu, olhando para os lados e saindo correndo para cima das escadas. Já estava arfando quando chegou na parte de cima, e entrou dentro do quarto sem ligar as luzes. Abriu o armário e revirou todas suas roupas, a procura dos xerox encadernados. Arfou apavorada, não se lembrando onde colocara. Revirou as folhas de escrivaninha e tentou se lembrar em meio a tudo que acontecia onde colocara o livro.

– Na bolsa, onde está a minha bolsa preta? - perguntou para si mesma, procurando em baixo da cama e vendo a bolsa onde colocara as roupas para passar os dias na casa do amigo bem no canto. Esticou o braço para pegá-la ao memso tempo que ouviu passos para dentro do quarto.

Entrou para baixo da cama e prendeu a respiração, com a varinha firme e sua mão. “Não feche os olhos”, foi o que pensou, observando a porta se abrir e uma pessoa entrar apressada.

– Lawren? Onde você está, por Merlin? - sussurrou a pessoa, e Lawren saiu de baixo da cama com a varinha empunhada.

– Eu lhe disse para não sair de lá, Draco. Especialmente você, caramba! - disse nervosa, pegando a bolsa e abrindo, pegando o livro/caderno dentro.

– Você disse que não demoraria um minuto, já se foram três. Agora vamos! - sussurrou pegando na mão da ruiva e puxando-a junto com destreza.

Logo ambos corriam para o andar de baixo, e a ruiva pegou o próprio celular ao pessar pela mesa de centro, respirando fundo e parando na frente da parede onde deveria haver uma porta. Fechou os olhos, pensando.

“Casa dos Surrey, 123, entre Surrey e Londres, sala da lareira”.

Ao abrir os olhos, uma porta se materializava na sua frente. Draco abriu os olhos logo depois e abriu a porta, deixando-a aberta para que Lawrence entrasse logo depois, às pressas. Assim que trancou a porta atrás de si com um movimento de varinha, ouviu vidros se estilhaçando do lado de fora indicando que alguém havia entrado na casa.

– Uau. - disse soltando o ar que estava contendo, aliviada - Essa foi por muito pouco. - completou olhando o caderno na própria mão e colocando-o entre os livros da biblioteca.

Os loiros assentiram, sem ter tempo de ficar irritador com a ruiva. Logo a Potter estava correndo para a lareira e pegando o pó de flu, jogando-a dentro dela e gritando:

– A toca! - logo a cozinha dos Weasley apareceu quando colocou sua cabeça para dentro da lareira, e lá, ninguém mais que a Sra. Weasley e Gina se encontravam, aparentemente discutindo - Sra. Weasley! - disse Lawren, tentando se manter o mais calma o possível.

– Lawren, querida! O que houve? - disse a senhora, chegando mais perto da lareira para ouvir a ruiva - Gina, vá para o seu quarto.

– Não! Sra. Weasley, é essencial que a Gina ouça. - disse Lawren - Os comensais atacaram a casa de Daniel, estamos escondidos pelo feitiço Fidelius pelo tempo determinado, mas precisamos de reforço. Se puder chamar o Sr. Weasley, o Olho-Tonto, Remo, Tonks, qualquer pessoa que pudesse ajudar, eu ficaria grata!

A mulher pareceu apavorada por um instante, mas logo se recompôs e olhou para os lados, como se estivesse procurando por alguém.

– Lawren querida, a reunião da Ordem vai começar só daqui a meia hora, é nessa hora que o pessoal vai chegar e eu vou poder passar o comunicado para eles. Antes disso, nem tenho como. Vocês não querem vir aqui? Só algumas lareiras conseguem acesso a Toca.

– Temos que ficar aqui, os comensais estão atrás de Draco. Levá-lo ali seria colocar a ordem inteira em perigo. Podemos esperar por meia hora, mas por favor, venham. - disse por fim.

– Tudo bem, mantenha contato, e caso qualquer coisa aconteça, venham para cá imediatamente.

– Beleza. Sra. Weasley… Sei que a senhora não gosta, mas preciso de Gina aqui comigo. - disse.

– O que? Claro que não! Gina tem só 15 anos, Lawrence, da última vez que ela foi lhe ajudar…

– Aquela vez foi diferente, estávamos sendo atacados diretamente, por enquanto estamos protegidos. - disse Lawren - Sra. Weasley… Gina me faz mais forte, acredite você ou não… Se algo acontecer, só teremos uma chance contra os comensais com Gina.

– Que diferença uma menina de 15 anos terá numa batalha? - perguntou a Sra. Weasley, rispidamente.

– Você não tem ideia do potencial de sua filha. - tentou.

– Ela não vai. Sinto muito, Lawrence. - disse.

– Eu vou sim. - retrucou Gina com arrogância, pegando a própria varinha em cima da mesa e virando-se para a mãe, que a encarava apavorada - Me dê licença.

– Você só tem 15 anos, eu ainda mando em você. - disse a mulher.

– Você me trata como uma criança, não como uma garota de 15. Você precisa entender que ainda manda em mim, mas eu tenho força e maturidade o suficiente para decidir se quero lutar por algo ou não. E no momento, eu quero. Então, se a senhora me der licença, tudo vai ocorrer bem, mas se não der… Eu terei que pedir ajuda a Fred e Jorge, e você sabe que eles me ajudam. - disse duramente, sem mudar a expressão fria do rosto.

– Gina, não diga isso… - tentou a Sra. Weasley, mas a garota não deu ouvidos. Se agachou na frente da lareira, ficando cara a cara com Lawrence.

– Qual a localização exata de vocês? - perguntou.

– Casa dos Surrey, 123, entre Surrey e Londres, sala da lareira. Venha rápido. - disse, e depois olhou para a ruiva mais velha, que se levantara e olhava desesperadamente a situação - Sei que vai me odiar por isso, Sra. Weasley. Mas preciso da ajuda de Gina. Sinto muito.

E assim tirou a cabeça da lareira, virando-se para Draco e Daniel, que haviam se sentado nas almofadas e aguardavam para que parasse de falar com ela. Do lado de fora da sala da lareira, estava um barulho sem fim. Vidros se quebrando, coisas colidindo contra a parede, gritos e risadas.

– Tudo bem, gente. Agora estamos protegidos.


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Notas finais do capítulo

Look Lawren: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=187428325

E aí? Beijos!