A Outra Potter 2 - Onde demônios se escondem escrita por Alice Porto


Capítulo 21
Aquele que você fortalece é o mesmo que lhe enfraquece


Notas iniciais do capítulo

Oieee! Tô rápida ultimamente, não? Queria agradecer por tooooodos os comentários! Gente, vocês são incríveis! Obrigada por tudo! Esse cap, devo admitir, me deixou animada para escrever, porque ali a Lawrence vai perceber que Snape está confiando coisas importantes a ela. O fim do cap, aliás, partiu meu coração.
* Cap que vem vai demorar um pouquinho pra vir, e eu sinto muito. É que vou viajar amanhã, e para onde eu vou não tem internet! Mas tô de volta lá por sexta-feira, e posto no mesmo dia! Pode crer!
Espero que gostem do cap! Fiz especialmente para vocês.



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A casa estava silenciosa quando Lawren abriu os olhos, e Fred estava parado de pé com os olhos fechados, esperando algum tipo de ordem. A ruiva sorriu animada, vendo que tudo havia dado certo, e em alguns segundos Snape estava parado na porta do quarto com a varinha empunhada.

– O que…? - ele começou, e Lawrence colocou a mão na frente da boca de Snape, indicando para que ficasse em silêncio.

– Ele não sabe quem é que mora aqui. - pronunciou as palavras sem som algum.

– Snape? - falou Fred de olhos fechados - Lawrence, eu tenho aula com ele há anos, eu sei até o barulho dos passos dele. - completou, ainda de olhos fechados.

A ruiva revirou os olhos.

– Volte para o Beco, Fred. Ficarei bem aqui. - e assim que disse isso, o Weasley aparatou - Era o único jeito de chegar aqui, desculpe. - ela disse.

– O que você me pediu logo após de sair da enfermaria quando descolocou o ombro no jogo de quadribol? - perguntou Snape, com a varinha empunhada.

– Para que me ensinasse as mágicas curativas.

– O que eu disse? - perguntou.

– Não, obviamente. - revirou os olhos - Mas eu sou convincente.

Ele deu um sorriso de canto e baixou o braço, virando-se e descendo as escadas. Lawren foi atrás dele, sem falar nada, e sentou-se no sofá quando ele fez a mesma coisa.

– Temos duas horas. Rabicho voltará por volta do meio-dia, e já é dez horas.

– Rabicho? - perguntou confusa - O que ele faz aqui?

– Voldemort mandou que ficasse aqui comigo como uma espécie de auxiliar. Um ignorante, se quer saber o que eu penso, mas não posso fazer nada sobre isso sem que desconfiem. - disse sério, conjurando duas xícaras e servindo-as com café, que estava na mesa de centro - Fico feliz que tenha me mandado a mensagem com tanta cautela, indo direto ao assunto.

– Eu sinto muito por isso, não é do meu feitio me arriscar sem motivos, mas eu precisava saber.

– Você tem se arriscado sem motivos muito, ultimamente. - disse Snape calmo, bebericando o café e olhando para a aluna - Hogwarts muda as pessoas. - completou vagamente, como se lembrasse de algo.

– Eu sei. - assentiu, como se estivesse arrependida - Pensei que tivesse aprendido a lição depois de Daniel, mas parece que não. Draco descobriu sobre o isolamento mental, e não, não foi eu ou Daniel que contamos. - Snape pareceu descontente por um segundo, mas não deixou transparecer por muito tempo.

– Foi descuidada, suponho. - disse Snape, deduzindo.

– Sim. - falou arrependida - Deixei meu caderno em cima da mesa da sala um dia antes de Draco chegar. Não sabia que ele estaria por lá, por isso nem me cuidei muito com isso. Ele achou e leu tudo. Está miseravelmente bravo comigo e Daniel.

– Eu não esquentaria a cabeça com isso, Potter. - o professor disse sério, e ela o olhou confusa - Draco se importa demais com você para gastar o próprio tempo magoado. Cedo ou tarde ele vai esquecer isso. Se eu fosse você esquentava a cabeça com outras coisas.

Lawren sentiu o coração ficar cada vez mais comprimido ao ponto de colocá-lo em um pote e dar de presente de dia dos namorados. Bebericou o café, fingindo não estar muito preocupada com tudo.

– Que outras coisas? - perguntou.

– Voldemort se enfureceu com a família Malfoy. Bellatrix é a única que se escapa em meio ao caos. Quando souberam que Draco fugiu, pensaram em vir atrás dele, mas eu consegui segurar por mais um tempo sem desconfiarem. Vocês precisarão parar de depender de mim para a proteção de Draco, e eu sinto muito. Mas Voldemort vai começar a ficar desconfiado de todas as minhas desculpas. Dessa vez eu consegui convencê-los a não ir atrás dele porque disse que era provável que haveriam aurores zelando por Draco, mas logo eles irão fazer algum plano para “resgate”.

– Por que querem tanto Draco? - perguntou Lawrence - Digo, antes eu até entendia! O escândalo da família Malfoy ter um traidor seria demais para o ego de Lúcio aguentar, mas agora que a droga já está feita, não vejo motivos para insistir.

Snape sorriu tristemente.

– Draco sabe mais do que deveria, Lawren. E o único jeito de mantê-lo calado é controlando suas ações por meio da marca. - disse - Ele pode fingir que não sabe muita coisa para você e Daniel, e eu sei que ele finge, mas ele sabe de muita coisa. Ele não era um prisioneiro na mansão Malfoy. Podia andar livremente pelos corredores, e só precisava ficar dentro do quarto durante as reuniões. Ele é um garoto esperto, e Voldemort reconhece isso.

Lawrence assentiu.

– Preciso que me garanta que se pegarem Draco, não irão matá-lo. - falou séria.

Snape olhou para Lawrence com olhos curiosos, mas não fez nada além de balançar a cabeça em negação. Botou a xícara na mesa de centro e suspirou.

– Não tenho como garantir isso, mas tenho como garantir que se pegarem ele, não será poupado da marca. Teremos uma reunião da Ordem hoje, e vou convocar aurores o mais rápido o possível para a segurança dele, mas enquanto isso não acontece, preciso que você e Daniel mantenham-no dentro da casa dele. Entendeu?

– Sim. - sussurrou preocupada.

– Vamos protegê-lo. - afirmou Snape - Agora, medidas de segurança. Você é a pessoas mais atenta aos detalhes até mesmo quando distraída, então devo pedir que mantenha essa atenção até mesmo dobrada se puder. Se você sentir que algo está errado, qualquer coisa. Frio súbito, silêncio mórbido, luzes piscando ou movimentos estranhos no céu, você irá para dentro de algum cômodo da casa e trancará a porta com a varinha. Se fizer isso com a varinha, nem alohomora abrirá, entendeu? - ela assentiu prestando atenção - Quero que pegue todas as facas possíveis e mantenha contigo, e se o cômodo que estiver houver fogo ou água, melhor ainda. Sua varinha, sempre contigo, assim como os seus amigos devem saber disso.

– Certo. - ela disse - Preferencialmente também um cômodo com lareira pra eu mandar uma mensagem para a toca.

– Exato, e nessa mensagem, Gina tem que vir junto. Vocês duas são mais fortes juntas, uma fortalece a outra. Ela é essencial, e você tem que fazer Molly entender isso de alguma maneira.

– A Sra. Weasley não precisa entender, a Gina vem por conta própria. - Lawren disse, revirando os olhos.

– Tudo bem. Essa parte você entendeu. Agora eu preciso ensinar a você um feitiço que poderá salvar vocês dos comensais pelo tempo necessário. Se trata de um feitiço muito complexo, mas duvido que não consiga fazer. Se chama Fidelius. Ele esconde lugares, até mesmo casas, e faz com que somente o guardião do segredo saiba onde está. Não sugiro que use isso na casa de Daniel porque seria algo… Ahm… Estranho, talvez, a casa estar lá num minuto e em outro desaparecer. Mas use isso em um cômodo, e pode ter certeza que, a não ser que o guardião do segredo conte, ninguém saberá onde está.

– Certo, anote num papel que eu aprendo. - respondeu a ruiva, enquanto observava o professor se levantando e indo em direção a uma escrivaninha no canto da sala e pegando uma pena e um pergaminho - E quem será o guardião?

– Você será a fiel do segredo. Agora, preste atenção. Fidelius é um feitiço muito poderoso, tão poderoso que até mesmo sua família usou-o para se esconder de Voldemort, e só descobriram porque confiaram o segredo a pessoa errada. - falou Severo com desgosto, e Lawrence prendeu a respiração.

Devia ser algo muito complicado para Snape, estar vivendo na casa com a pessoa culpada de ter matado sua mãe. Mas não perguntou nada sobre isso, porque não aparentava ser o assunto mais importante naquele momento.

– Sim, entendo.

– O segredo será guardado no lugar mais íntimo do seu coração, um lugar que só você é capaz de acessar. As vidas de Draco e Daniel estão nas suas mãos com esse feitiço. Tem certeza que quer se a guardiã?

– Se for pela proteção deles, eu aceito tudo.

– É assim que se fala! - falou Snape animado - Escute bem. O feitiço só pode ser quebrado por você. Você pode contar o segredo para outras pessoas, mas ele só será aparente se você o quebrar. Não sugiro que quebre por um tempo. Assim que chegar em casa, quero que tente em algum cômodo da casa, vá testando. É um feitiço complicado, não conseguirá de primeira.

– E não existe maneira alguma de, sabe, nos achar com esse feitiço? - pergunta apreensiva, segurando a bainha do vestido.

– Não. Mas existe uma maneira de chegarem perto de você. De qualquer jeito, sem saberem o endereço ou serem o fiel do segredo, eles não conseguirão entrar. Se chama Feitiço Tabu, e é uma espécie de rastreador. Procuram por certa palavra dita em determinado local, e conseguem chegar perto de você através disso. Até mesmo conseguem desativar encantamentos mais simples, como de invisibilidade. Se procurarem pela palavra “Fidelius”, saberão a casa em que isso foi dito, mas não a localização correta. Você continuará protegida.

– Certo. Devo usar o Abaffiato? - pergunta.

– Deve. Ele permite que falem sem que percebam que estão falando, e isso combina uma estratégia. - ele falou.

– Beleza. - ela disse - Obrigada, Snape.

– Não agradeça. - ele falou - Isso não é só pela proteção de Draco. - ele disse sincero - Você é a eleita, não posso lhe deixar em perigo. - ele falou sério, arranhando a garganta.

– Ah… Com certeza… A eleita. - falou decepcionada com os motivos de Snape - Hum… Outra coisa. Preciso de outro favor seu.

– O que?

– Voldemort está tentando se comunicar comigo. Tenho tido sonhos ruins, e a cicatriz começou a arder. - disse - Preciso que me ensine oclumência.

Snape assentiu sério.

– Esse era um dos meus planos, na verdade, para o início das aulas. Acha que consegue esperar até lá? - perguntou e a ruiva assentiu - Temos cerca de meia hora restante até se tornar arriscado demais. Faça Fred ficar calado sobre o que aconteceu, entendeu?

– Sim, não se preocupe. Ele não falará nada.

Snape assentiu, se levantando e indo em direção a estante, aparentando procurar alguma coisa dentre os livros. Na prateleira mais alta, bem no canto, ele achou um livro com lombada vermelha com letras douradas impressas. Era um livro grosso, de cerca de 700 páginas de letras miúdas. Ele segurou esse livro em uma das mãos enquanto procurava outro.

O outro foi achado na prateleira mais baixa, com uma lombada verde e alguns símbolos desenhados. Não havia letras, somente símbolos e alguns desenhos. A capa do livro, pelo que vira de longe, não tinha nada além de desenhos, e isso deixou Lawrence curiosa. Snape segurou os dois livros com uma das mãos enquanto procurava outra coisa na estante.

Acabou por tirar uma pasta grossa, com várias folhas dentro. Sorriu ao olhar esse e se virou animado para Lawrence. Ela tinha um olhar duvidoso e um pouco amedrontado, pois achava que sabia o que o professor ia fazer.

– Não. - ela começou - Não, não, não…

– O que? - o professor perguntou rindo - Nem disse nada!

– Eu lhe conheço o suficiente para saber o que pretende com essa bíblia. - Lawren falou na defensiva - De jeito nenhum!

– Está na hora de um pouco de teoria. - ele falou sério - Nem vem, Potter, você adora ler.

– Não essa… Essa… Enciclopédia. - falou gaguejando - Por favor. - pediu sussurrando - Não me faça ler isso.

– Lawrence. Você quer melhorar nas mágicas elementais e curativas ou não? - perguntou Snape seriamente.

– Quero, mas como teoria poderia me ajudar? - perguntou se rendendo, pegando mais café enquanto observava o professor se sentar na poltrona mais uma vez e largando os livros e a pasta no colo.

– Por que você não tenta ler e depois me fala se não ajuda? - ele propõe e ela bufa, olhando para o lado e cruzando os braços - Se isso não lhe ajudar em nada, você pode transformar o número de páginas desses livros em socos na minha cara. - disse com um sorriso de canto no rosto, vendo Lawrence o olhar pelo canto do olho e se virando para ele.

– Snape, eu nunca daria um soco na sua cara, não seja bobo. - Lawrence falou revirando os olhos e depois rindo - Tudo bem, vou ler. Mas saiba que ficarei muito irritada se isso não me ajudar em nada.

O professor riu dando os dois livros e ficando com a pasta no colo. Lawren pegou-os e analisou a capa. O livro vermelho tinha o título escrito em letras grandes e douradas, com o nome “Mágicas curativas de todos os tipos” e, em letras minúsculas o subtítulo “ideal para estudantes de medibruxaria”. Franziu a sobrancelha olhando o professor.

– Queria ser medibruxo? - perguntou, abrindo o livro e vendo as páginas meio amareladas e com o cheiro típico de livro velho.

– Desde pequeno. Mas no fim acabei por ser professor de poções, e gosto do que faço. Mágicas curativas são só um hobby. - Snape disse sério - Lilian me apoiava muito nisso. Ser medibruxo, ajudar pessoas… Mas depois do que eu disse a ela, desisti da profissão porque não tinha mais ninguém que me motivasse a ser isso.

– Mas você ainda pode tentar! Digo, é um ótimo bruxo e sabe as mágicas curativas tão bem… - falou Lawren, e Snape sorriu.

– Agradeço pelo elogio, mas estou bem onde estou.

A ruiva deu de ombros olhando o segundo livro, que era verde e tinha alguns desenhos em runas na frente. Não tinha o dicionário de runas consigo, mas conseguia saber só de olhar os desenhos que aquele livro falava sobre mágicas elementais. Sorriu agradecida, e depois pareceu curiosa, mas deixou a curiosidade de lado.

– Qual é a da pasta? - perguntou, empilhando os livros no colo e colocando a xícara de café na mesa de centro.

– A pasta é o que vai fazer você me agradecer pelo resto de sua vida. - Snape disse sorrindo - Como você comentou comigo sobre sua curiosidade em Marlene McKinnon, me dei ao luxo de fazer algumas pesquisar para você.

– Está brincando. - disse Lawrence incrédula - Isso tudo é…

– Sobre ela. Sim. - falou Snape sorrindo e alcançando a pasta para Lawren - Voldemort costumava ter, ahm, pastas particulares para cada auror, onde guardavam as informações sobre eles. Data de nascimento, pais, tipo sanguíneo, cor dos olhos, cor do cabelo, parceiro de poções, círculo de amizade, tudo relevante desde que a pessoa nascera. São muito bem guardadas, devo dizer, mas tive uma pequena ajuda de Rabicho. Dei uma boa desculpa, ele nunca desconfiaria. E bem, peguei informações de Hogwarts também. Fylch guarda pastas confidenciais sobre cada aluno, acredita? Dei uma lida nos documentos, mas não analisei tudo. Acho que isso pode lhe ajudar um pouco…

– Merlin, Snape! Isso é perfeito! - sussurrou Lawrence abrindo a pasta e pegando alguns papéis - Tem de tudo por aqui. Tudo! Eu nunca vou conseguir lhe agradecer. Acho que quando eu morrer vou bater na sua casa lá no paraíso todo dia de manhã para lhe agradecer. Isso é incrível… Tem até fotos! - disse com os olhos brilhando e logo depois olhando para o professor animada - Muito, muito obrigada!

– Não precisa agradecer. E não se preocupe em devolver, eu tirei cópia de tudo e devolvi os originais para Rabicho. Ele nem desconfiou de nada, eu disse que era um trabalho secreto com Voldemort e que ele não deveria dirigir nenhuma palavra sobre isso ao “Lord” se ele não quisesse cair duro no chão. Acho que ele acreditou, porque não parou de tremer por pelo menos quinze minutos.

Lawrence riu e fechou a pasta, ainda com um sorriso enorme no rosto. Se levantou e ajeitou o vestido, colocando todos os livros dentro da própria bolsa e olhando para Snape com certo carinho quando ele se levantou e ficou de pé na sua frente.

– Obrigada mesmo! - disse o olhando - Acho que agora precisamos ir, não? Você vai me levar até Daniel?

– Eu aparato com você dentro da casa, se precisar. Só preciso que memorize o local.

– Sem problemas. - a Potter respondeu, fechando os olhos e dando a mão para Snape.

Em segundos, tudo começou a girar e quando abriram os olhos, estavam dentro do quarto de hóspedes na casa do Surrey. Estava tudo silencioso, somente um som de televisão ligada no andar de baixo. Ela sorriu se separando de Snape e colocando a bolsa em cima da cama.

– Agora preciso ir. Nos falamos quando der. - Snape disse, e a ruiva assentiu - Boa sorte com Draco.

– Obrigada. - ela respondeu voltando ao olhar triste habitual, e Snape baixou o olhar para não vê-la assim.

– Até mais.

– Não! Espera. - o professor a olhou com curiosidade - Desculpe a pergunta repentina, mas não consigo evitar. Qual é seu elemento? - perguntou, não conseguindo se conter. Snape sorriu - Digo, todos os bruxos têm seu próprio elemento de natureza, mas não são todos os bruxos que conseguem desenvolvê-lo, não?

– Sim. - assentiu Snape - O meu é terra. - ele suspirou - Você sabia que há uma lenda que fala que pessoas com natureza de elementos que fortalecem um ao outro, costumam ser grandes cúmplices desde sempre? Você e Gina, por exemplo. Não são amigas, mas se dão bem. Você e Luna, que é vento também. Não são amigas, mas você não tem absolutamente nada contra ela. Mas obviamente isso não é verdade. Digo, se fosse, seria meio paradoxal. Vento fortalece fogo, mas fogo enfraquece o vento.

– Bem, realmente. O que fortalece a terra, professor? - perguntou curiosa, ouvindo barulho nas escadas, mas ignorando. Snape suspirou com um sorriso de canto.

– Água. Água fortalece terra, terra enfraquece água. Sabe de algo que me chamou a atenção desde o início? - perguntou.

– O que?

– Você e Lilian. Ambas são água. - Snape disse, e seu tom de voz mudou para um tom mais triste - Vocês duas me fazem mais forte. E eu sou aquele que destrói tudo que vocês têm. - ele completou tristemente - A gente se fala, Lawren. - foi tudo que disse antes de aparatar.


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Notas finais do capítulo

Cara, mó pena do Snape. É que sabe o que tá acontecendo? Ele ainda pensa em como magoou a Lily e a fez vulnerável, e ele tem medo que isso vá acontecer com a Lawren também, porque, no fundo, ele acredita mesmo que isso vai acontecer. E eu não vou negar. Mas isso é spoiler do fim da fic, não posso falar! Espero que tenham gostado! Beijos!