A Outra Potter 2 - Onde demônios se escondem escrita por Alice Porto


Capítulo 16
A colega de Severo Snape


Notas iniciais do capítulo

EEEEEI! Não demorei dessa vez! Não tanto! Acabou que eu não consegui o descanso esperado para o meu fim de semana passado e o feriado, e eu sinto muito por isso. Mas já tinha parte do capítulo pronto, então só terminei. Não consegui colocar a casa do Dan de novo, mas eu juro que no próximo tem. Os meus capítulos tão ficando muito grandes, por algum motivo :/

* Gente, POA tá um desastre por causa da chuva. Na verdade por todo RS tá assim. Rio Pardo, uma cidade daqui, já decretou estado de calamidade pública. Tá uma situação bem triste por aqui, de verdade :/

* Esse capítulo tá bem extrovertido, e os próximos capítulos vão ser mais ou menos no mesmo estilo, até voltar o drama. Pois é, o que é uma história sem drama? O que é AOP sem drama? Tô bem animada para escrever o próximo capítulo, então acho que não vai demorar.

* Espero que gostem do cap, e agora, de verdade: o próximo capítulo é "A casa de Daniel".

* Draco vai aparecer logo para nossa felicidade... :3 (não vou dizer quando porque sou má)

* Explicando a frase do início do capítulo, caso não entendam. Quero dizer com ela que, em tempos de guerra, é uma infelicidade, um desastre, que os comensais, Voldemort, Malfoys e todo o resto (doidos) guiem os cegos, que seria o resto da nação bruxa que está de olhos vendados e mãos atadas sem nem mesmo saber (e no meio deles, Draco, que está sendo guiado pela família desde sempre ao lado ruim).

* Obrigada por todos os comentários! Comentem nesse, favoritem, RECOMENDEM, PORQUE SIM, tô brincando... recomendem se querem... Mas seria legal ^^

* Beijos!



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É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos.

Shakespeare

O café que Lawrence pedira chegou em menos de cinco minutos. O atendimento do local, apesar do nome, era simpático e eficiente. Não deixou a ruiva irritada,e nem mesmo constrangeu Snape como as mulheres estavam fazendo dentro do local, o que deixou o homem bem mais confortável quando a mulher disse “qualquer coisa chamem”, com um sorriso direcionado aos dois, e saiu.

Lawren não dirigira nenhuma palavra a Snape nesse intervalo de tempo entre o pedido e a entrega. Somente abrira o caderno e anotava cada vez mais coisas. O homem somente observava para o lado de fora da janela os carros indo e voltando, enquanto o comércio abria as portas. Era 10 horas da manhã, e o sol já estava alto.

– Nunca gostei muito do clima de Londres. - comentou Lawren, quando o café chegou e a atendente foi embora - Muito seco, nunca está frio ou quente, nada definindo. Sem falar nesse vento horrendo que tem sempre por aqui. Gostava mais de Boston.

– Bem, certamente Gina deve gostar desse vento. - respondeu Snape, e Lawren olhou em seus olhos séria. Ele tinha um sorriso de canto na boca, que claramente indicava que estava fazendo uma piada.

– Essa foi a pior piada que eu ouvi hoje. - ela disse, rindo.

– Eu sei, nunca fui muito bom em piadas. - falou Snape com um suspiro - Mas não tenho muito tempo para discutir sobre o tempo. Devo pensar que veio aqui para se desculpar pelo comportamento que teve comigo e seu padrinho semana passada? - perguntou, dessa vez sério.

– Não, não deve. Vim aqui para falar sobre uma coisa que mais séria do que minhas negligências. - ela falou indiferente a decepção do professor - Mas se quer que eu me desculpe, tudo bem, finja que me desculpei. Estou aqui para falar de outra coisa.

– O que? - perguntou o homem, ignorando o tom rude da aluna.

– Eu contei a Daniel. Sobre o que estamos fazendo. - ela disse, e Snape abriu a boca para protestar - Não precisa dizer absolutamente nada. Sei que me pediu para não comentar com ninguém sobre isso, mas a situação era delicada. Ou eu contava, ou Daniel ficava bravo comigo pelo resto da guerra. Estou falando sério, ele estava… Muito chateado com o fato de que estava omitindo algo. Olha, me desculpa, eu não deveria ter contado… Mas ele jurou que não contaria a ninguém, e eu confio nele.

Snape suspirou, passando a mão no cabelo, pensando. Lawrence bebericou o café enquanto isso, e captou através do espelho que havia na parede da entrada, duas mulheres atrás de si, sussurrando risonhas, olhando constantemente para a mesa em que estava sentada com Snape. Uma delas se levantou, decidida, e ajeitou a saia que usava. A ruiva suspirou. Era questão de tempo até tomar coragem e interromper seus assuntos com o professor.

– Tudo bem. - ele disse com um sorriso singelo - Não estou bravo com você. Já fez coisas piores sem minha permissão, como entrar em uma floresta cheia de comensais com dois patetas atrás. - ela riu, colocando a mão na nuca e alisando a cicatriz - Ou indo ao ministério da magia para salvar alguém importante para seu irmão. Sendo sincero, que acreditava que contaria bem antes aos seus amigos. Demorou, até.

– Não contei ao Draco. - ela disse, desviando seu olhar dos olhos do professor enquanto falava do amigo - Ele está com problemas, não ajudaria em nada contar isso a ele.

– Olhe… Isso é assunto da Ordem, então não comente com ninguém além de Daniel, certo? - ela assentiu - As reuniões com Voldemort são na casa dos Malfoy, então é habitual que eu esteja lá. - Lawren prendeu a respiração.

– E Draco..? Ele está sendo forçado a participar das reuniões? - perguntou com ligeiro desespero.

– Não. Voldemort ficou enfurecido quando soube que ele estava no meio do ataque ao ministério, lhe ajudando. Mas ele é perspicaz. Tem planos para Draco, e eu não acho que Draco possa ficar lá muito tempo sem ser convencido pelos pais a ser parte dos Comensais. Estou tentando intervir na situação sem parecer suspeito, arranjando desculpas para que não coloquem a marca no braço de Draco. Até agora estão aceitando minhas sugestões, mas eu não posso me meter tanto ao ponto de desconfiarem de mim. - ele falou aos sussurros, cuidando para que ninguém ouvisse - Já relatei isso a Ordem, e principalmente a Dumbledore. Estou fazendo o que posso para proteger ele, Lawren… - ele disse baixinho, ao ver a aluna baixar o rosto preste a chorar.

Mas não foi isso que ele viu em seu rosto quando ela o levantou e olhou para a luz vinda da janela. Os olhos úmidos, sim, mas repletos de raiva nas íris esmeraldinas tão escuras que chegavam a ser de um verde musgo. O símbolo que já estava habituado a aparecer em seus olhos estava lá, tão minúsculo que era quase imperceptível. Ela olhou para o professor, e deixou o símbolo ir embora. Era capaz de controlá-lo, e não o queria naquele momento. Sorriu de canto, com a mão segurando a xícara de forma tão forte que poderia quebrar se concentrasse sua magia ali.

– Obrigada. Tenho certeza que Draco está em boas mãos com você por perto. - ela disse, e ia complementar o que dizia quando a mulher loira que se levantara apareceu do seu lado, com um sorriso nada envergonhado.

– Desculpa… Mas qual é o seu nome? - ela disse, fingindo estar envergonhada, colocando os cabelos lisos para trás e deixando o decote aparecer. Olhava diretamente para Snape.

– Ah… - ele disse, olhando ligeiramente para Lawrence, que somente tomava um gole do café e observava a cena com um sorriso levemente irritado. Não queria ser interrompida naquele momento. - Severo Snape.

– Eu não acredito! - ela disse, com falsa felicidade - Severo, quanto tempo! Não se lembra de mim? Sarah? Sarah Hastings. Da escola. - ela disse, abraçando Snape e sentando-se do seu lado - Meu Deus, eu me lembro de você. No quinto ano.

Lawrence revirou os olhos, encarando a janela e tentando fingir que se não desse atenção, a mulher sumiria. Mas isso não aconteceu. Muito pelo contrário, a mulher virou-se para a ruiva e com um sorriso dissimulado falou com Severo novamente, que começava a responder o que havia dito.

– Eu não…

– É sua filha? - perguntou, e a ruiva achou que era hora de entrar em ação.

– Sou sim. Lawrence Snape, prazer. - sorriu falsamente, olhando para o professor que a encarava horrorizado - Estudou em Hogwarts também? - perguntou curiosa.

– Ah, sim. Estudei. - ela disse, crendo que a menina e o professor estavam caindo em sua história - Estudei lá por muito tempo.

– Sério? Meu pai está dando aulas lá hoje em dia. Qual era sua matéria predileta? - perguntou, tomando um gole do chá e mirando o caderno em cima da mesa, pensando que ainda tinha muito tempo para conversar com o professor.

– Biologia, definitivamente. O que você está lecionando, Sev? - perguntou, subitamente íntima do homem e encostando de leve a mão em seu ombro.

– Ahm… Química. - respondeu dando um sorriso amarelo - Sarah Hastings? Olha… Srta. Hastings, eu realmente não me…

– Ah, não seja grosseiro, pai. - falou Lawrence, querendo ver o olhar de confusão no rosto da mulher assim que retomassem o assunto - Deixe a Srta. Hastings sentada em nossa mesa enquanto conversamos? Espero que não se importe se continuarmos nosso assunto, é que estávamos bem no meio de um assunto importante. - ela disse animada - Mas pode sentar-se conosco, sem problemas. Adoraríamos uma companhia, ainda mais uma amiga de infância do meu pai. E estudou biologia em Hogwarts! - falou, como se debochasse da escolha de matéria predileta. Uma vez que Hogwarts não tinha aulas de biologia.

– Ah, com certeza não me importo de me sentar com vocês. Adoraria, na verdade. - ela disse, olhando para Snape com satisfação.

– Ótimo! - Lawren sorriu, olhando o professor, que suspirou decidindo entrar no jogo da pupila - Como eu ia dizendo, pai… Estava conversando com Daniel recentemente, e ambos concordamos que poderíamos achar alguma resposta sobre o Isolamento Mental no diário de Marlene McKinnon. - ela disse direta, dispensando enrolações. A mulher, ao lado de Snape, aparentava estar curiosa com o rumo da conversa, mas Snape, por outro lado, estava completamente confuso e, quem sabe, desgostoso.

– Me lembro dela… Só não entendo o motivo de que um simples diário com algumas anotações poderia nos ajudar.

– Diários de garotas contém mais segredos do que pode imaginar, Severo. Aposto que sua filha deve ter um. - ela disse amavelmente, tentando se dar bem com Lawren. A ruiva sorriu olhando para ela, e pegando seu caderno do Mickey.

– Na verdade, sou mais das anotações do que confissões. - falou indiferente, e olhou para Snape - Remo me disse que ela tinha em mãos sempre um diário, uma espécie de caderno que nem o meu, com anotações com todos os tipos de poções e antídotos que ela pudesse achar na biblioteca ou na parte restrita. - ela disse, e ia continuar quando a mulher a interrompeu novamente.

– Desculpe… Poções? - perguntou, extremamente confusa.

– É.. Isso mesmo. - disse Lawren, e olhou para Snape, continuando - Eu acredito que, como ela passava grande parte do tempo procurando por coisas novas e não por algo específico como estamos procurando, talvez ela tenha isso em seu diário. Anotado, esquecido em uma folha de papel qualquer. É possível, não? - perguntou.

– Sim… Pensando dessa forma, eu realmente me lembro dela, andando por aí sempre com um caderno marrom com uma espécie de capa em volta dele, de fibras e couro. Era algo que aparentava bem antigo. - ele disse - Eu não conversava muito com ela. Ela estava sempre grudada nos Marotos, porque era prima de James, melhor amiga de Remo e namorada de Sirius. Sem falar que grande amiga de Lilian. Às vezes, quando Lily queria falar comigo, ela vinha junto, mas nunca ficava muito por perto. - ele disse - Não éramos próximos. - ele disse por fim.

– Marlene? De Hogwarts? Me lembro totalmente dela. Nós dois não gostávamos dela juntos, Sev. Se lembra? - perguntou Sarah Hastings mais uma vez, tentando acompanhar o raciocínio dessa conversa maluca.

– Claro. Ambos éramos da Ravenclaw, lembra? - ele perguntou animado e ela, mesmo confusa, assentiu rindo histericamente. Lawrence olhou significativa para Snape, como se dissesse “viu, você também sabe fazer piadas”.

– É uma pena que eu tenha ido para a Gryffindor. Sempre quis ser lufana. - Lawren disse tristemente, e ela conseguia ver que o desespero da mulher com os nomes estranhos que apareciam era cada vez maior - Mas, continuando, pai: eu realmente tinha esperança de que ela fosse sua colega de poções, e de que talvez você soubesse de alguma coisa. - falou decepcionada, riscando um tópico do seu caderno, e depois olhando - Se você mal se lembra quem ela era, julgo que seria perguntar demais quem era o colega de poções dela. Digo… O professor costumava juntar Slytherins com Gryffindors? - perguntou, olhando de canto para a mulher, que olhava para a amiga desesperada, como se quisesse fugir da conversa.

Snape ficou pensativo por um momento. Olhou para fora, como se tentasse se lembrar de uma memória distante e detalhada demais para ser lembrada; o que, na realidade, era verdade. Era algo de muitos anos antes, e ele não era amigo de Marlene para saber quem era sua dupla de poções.

– Era um Gryffindor. - disse Snape, por fim - Slughorn nunca juntava Slytherins e Gryffindors. Tenho certeza de que era um da casa do leão… Agora, quem…? - ele coçou a cabeça, tentando lembrar de todos os jeitos - Tenho quase certeza de que a menina era loira de cabelos muitos longos, mas talvez seu padrinho saiba. Digo, eles eram melhores amigos. Pergunte como quem não quer nada, ele vai responder maravilhado, como se tu quisesse relembrar o passado de seus pais. - Snape engoliu em seco, olhando para a mulher de canto - Sua mãe, eu quis dizer. Sua mãe, porque seu pai está bem aqui… - ele disse, e Lawrence soube na hora que Snape poderia ser um bom mentiroso se planejasse isso, mas se fosse pra improvisar, ele era terrivelmente ruim.

– Para mim chega! - a mulher falou aos sussurros - Vocês são loucos. Digo, eu vim aqui para tentar um relacionamento com um homem bonito, e vocês me começam a falar de Hogwarts, poções, Spthryn, Tavernaw, pufana, Gryttinow, e agora você fala como se não fosse pai dela, e depois se corrige e diz que é… Doidos! Doidinhos! - falou, pegando a própria bolsa e saindo às pressas com a amiga que aparentemente tinha pago a conta.

– Nossa… Até que foi rápido… Achei que ela ia continuar tentando acompanhar a conversa sem parecer deslocada. - falou a ruiva indiferente e fria, tomando o último gole de café e olhando o professor - Sem graça.

– Você é a única doida da história. É óbvio que ela reagiria assim. É uma trouxa. - falou Snape, terminando o café e se levantando com a aluna, deixando o dinheiro na mesa e saindo com ela - Por isso que eu nunca quis ter filhos. - ele resmungou, e ela riu.

– Você deveria admitir que me adorou como filha por uma hora. - ela disse, e depois ficou séria novamente - Mas continuando o assunto, que eu tenho tempo, mas tenho muita coisa para fazer nesse tempo. E você também não pode levantar suspeitas. Vou falar com Remo sobre isso, e tentar arranjar alguma informação. Daniel comentou que poderíamos tentar falar com os pais de Neville. Eles eram amigos de Marlene, talvez…

– Estão no hospital, não valeriam de muita coisa. - Snape disse, sem nenhum tipo de tristeza na voz - Isso seria meio cruel com a família, mas talvez você devesse tentar mesmo assim. Quem sabe haja lucidez em algum canto de suas mentes? - ele perguntou, parando na esquina - Mas use isso como última opção, se nenhuma outra tiver adiantado.

– Tudo bem. Acho que era isso, Snape. Eu só queria saber se você aprovava. - ela disse.

– Bem, eu aprovo. - ele concordou, e ela sorriu.

– Ah… Bem, não sei se você tem tudo que coletamos até agora anotado, mas eu tinha tudo no meu bloquinho anterior, e como eu comprei um caderno novo, eu passei todas as anotações para ele. Não se se você quer as folhas antigas do bloquinho para você… - ela comentou, colocando um fiapo de cabelo atrás da orelha e vasculhando a bolsa.

Snape olhou para ela de uma forma terna, enquanto ela não via seu olhar. Estava muito concentrada procurando os papéis na bolsa, que não reparou se ele estava sério ou sorria. Se estivesse olhando, teria visto que seu sorriso era singelo ao olhar para ela, e que seus olhos ficavam mais brilhantes quando via ela sã e salva, falante e com vontade de mudar o mundo com as próprias mãos.

– Bem, é claro que eu gostaria de suas anotações… - ele respondeu, assim que ela o olhou desconfiada, porque ele não respondia.

– Aqui estão. - ela disse séria, com os olhos analisando bem sua face, enquanto entregava os papéis - Estava observando alguma coisa? - perguntou, sem conter a curiosidade.

– Estava. - ele disse com um sorriso - Mas não vou falar o que era. - falou com um sorriso debochado quando via seu olhar indignado - Tenha um bom dia, Evans. Vê se não volta para casa machucada dessa vez. - disse, entrando em uma ruela sem saída e aparatando, sem deixar um mínimo resquício de que alguém estivera lá.

***

Quando sábado amanheceu em um dia quente com raios dourados, Lawrence já estava de pé para acompanhar o nascer do dia. Não havia dormido direito a noite inteira, mais por ansiedade do que por qualquer outra coisa. Sua bolsa preta com alguns desenhos brancos na frente já estava pronta com todas as coisas que precisaria. Havia mandado uma carta para Daniel para saber que hora eles viriam, e ele respondera que seria o mais cedo o possível, o que a deixou muito animada.

A úncia pitada de desânimo que havia em seu rosto era o fato de que escrevera uma carta para Draco e não houvera resposta alguma. Sabia que ele provavelmente não poderia falar com ninguém, mas mesmo assim, isso a deixou um pouco para baixo e muito, muito preocupada.

Já havia tomado banho e colocado uma calça jeans azul clara com uma regata soltinha verde musgo, que combinada com seus olhos esmeraldinos. Ela tinha uma aura feliz enquanto atava os tênis e saía do quarto às oito da manhã, esperando animada pela chegada do amigo.

– Deveria dormir mais um pouco… - disse Remo, tomando um café na frente de pilhas e pilhas de pergaminho - Coisas da ordem… E o pior que vou ter que deixar tudo isso para depois que os efeitos da lua passarem. - ele falou tristemente, e ela sorriu de maneira acolhedora.

– Vai ser uma lua calma. Você vai ver. - ela disse.

– Como eu ia falando… Deveria dormir mais um pouco. Daniel vai demorar para… - nisso, o som da porta batendo ouviu-se, e Lawrence saltou com um pulo do sofá, rindo hiperativa - Chegar. - Remo completou, revirando os olhos vendo a animação da afilhada e indo direto para a porta, abrindo, com a varinha empunhada.

– Ela tentou me matar, se afogou uma vez, salvou outra pessoa de um afogamento uma vez também, nos fez ficar acordados com ela aprendendo mágicas curativas, passou três dias na mente de Draco, a minha filha com ela se chamaria Carly, mas nosso casamento não duraria porque eu me mudaria pra França com uma nova mulher, e ela… - ia continuar quando Lawrence o interrompeu.

– Tudo bem, Remo, é ele. - ela falou rindo, observando o padrinho sorrir singelamente para o loiro.

– Como vai, Daniel? - perguntou.

– Eu estou ótimo, Sr. Lupin. - ele falou cortês, abraçando a amiga fortemente e se oferecendo para segurar sua bolsa - Você está…

– Nem mais uma palavra. - falou o padrinho severo, sabendo que viria um “linda”, “gata”, “sexy” por aí - Não na minha frente. - ele disse brincando e piscando para a sobrinha - Está com pressa, Daniel? Posso fazer um chá. - ele perguntou, mas Lawrence sabia que ele queria que fossem embora. Tinha muito trabalho para fazer e os primeiros sinais da lua cheia, como olheiras e aparência doente, estavam aparecendo (apesar da garota acreditar que parte disso se devia ao cansaço).

– Não, nós já vamos indo, Remo. Sabemos que precisa trabalhar, não vamos atrapalhar. - ela disse, abraçando o padrinho e indo para fora da porta, junto com o amigo.

– Tudo bem. Se cuidem, e não esqueça de mandar uma mensagem por pó de flu para a Toca se precisarem de ajuda. E me mande cartas. - ele disse, com o café na mão, sorrindo.

– Certo. Até semana que vem, Remo! - ela disse, descendo as escadas com Daniel, querendo sair do Beco o mais rápido possível - E para onde estamos indo, Sr. Surrey? - perguntou a menina animada, olhando para o amigo assim que saíram no beco, indo em direção ao Caldeirão Furado.

– Para onde? Você já vai descobrir.


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Notas finais do capítulo

Look Lawren: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=179509973

Beijos!