A Outra Potter 2 - Onde demônios se escondem escrita por Alice Porto


Capítulo 14
A batalha de cada um


Notas iniciais do capítulo

~quem está se virando nos 30 para desviar dos crucios?~

Oi... Tudo bem? Mds, que vergonha de mim mesma. Não creio que fiz isso de novo. Desculpa :/

* Mas e então? Tudo bem com vocês mesmo? Vou explicar o motivo de ter demorado tanto. Faculdade de medicina cobra muito esforço da gente, de verdade. E eu não tinha muita ideia do que deveria escrever, então pensei em tirar um tempo para mim mesma para refrescar a mente e ter novas ideias para construir o rumo da história. Desculpem mesmo, eu não pretendia demorar tanto.

* Como prometi, dei notícias de Draco nesse capítulo. E o fim desse capítulo trará uma notícia boa para Lawrence.

* Muuuuita gente me perguntou quando eles vão pra Hoggy Hogwaaaaaarts: vai demorar um pouco, mas vou tentar agilizar o processo.

* Continuem me mandando as sugestões de músicas, por favor! Nessa eu usei Hey Jude, dos Beatles, mas preciso de novas sugestões.

* Próximo cap: A casa de Daniel

* Comentem, favoritem, recomendem, por favor! Sei que não mereço, mas é legal pra incentivar :D

* Beijos! Xoxo s2 Amo vocês, e vale a pena lembrar que eu não vou desistir de AOP. Posso demorar, mas não vou desistir. Juro.

* AAAAAAH! Perguntinha que sempre quis fazer e sempre esqueço: de que estado vocês são? Se tem algum gaúcho... MDS, amo vocês. Gente gaúcha é muito querida, gente, vocês não têm ideia :D Não conheço o pessoas dos outros estados, mas gente gaúcha, eu aplaudo de pé!

* Beeeeeeijos!



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E qualquer vez que você sentir a dor

Ei, Jude, vá com calma

Não carregue o mundo nos seus ombros

Hey Jude - The Beatles

– Lawrence? O que houve? - perguntou Daniel, aparentemente preocupado com o estado da amiga, que encarava o nada com as pupilas dilatadas.

– Que? - retrucou confusa - Não houve nada, por que está me perguntando isso? - completou com um sorrisinho amarelo.

– Tem certeza que está bem…? Você ia falar algo, e do nada parou e ficou com essa cara… - falou desconfiado, com a sobrancelha arqueada, tentando claramente roubar alguma informação.

Lawrence sorriu, mesmo sabendo que um sorriso não tiraria a desconfiança de Daniel. Não podia mentir para o melhor amigo, e ela achava que estava mais do que na hora de contar ao amigo que Snape e ela estavam trabalhando com o isolamento mental. Talvez ele pudesse ajudar.

Mas mesmo assim, não poderia contar para ele sem contar a Draco.

Então suspirou e se levantou, indo em direção a janela e observando o vazio do beco, e os cacos de vidro ao longe, da loja do Olivaras. As risadas da loja de Fred e Jorge não chegavam ao seu quarto, e ela sabia muito bem que querer o som de risadas era pedir demais até mesmo para uma Potter.

Daniel se levantou junto dela, colocando o álbum em cima da cama, porém ainda aberto. Ele mordeu o lábio inferior ao ver a menina de costas, e olhou para o chão. A ruiva olhou pelo canto do olho o menino, e sentiu remorso por não ter revelado a verdade antes.

– Nós sabemos que está escondendo algo. Eu e Draco. - ele começou.

– Dan… - ela se virou, tentando contestar.

– Não. Deixe-me falar porque eu não acho que vou ter coragem de tocar nesse assunto novamente. Nós lhe conhecemos, Lawren. Você pode até esconder tudo que está sentindo, você pode até tentar guardar segredos. Pode tentar, nós não lhe condenamos por isso. Mas nós sempre saberemos. Você está escondendo algo, e nós não entendemos o motivo. Não sabemos se está guardando um segredo para nos proteger, se não confia na gente… Não sabemos. Mas isso é frustrante. Você está se destruindo para conseguir algo, e não nos deixa nem tentar ajudar.... E sim, nós poderíamos ler a sua mente e descobrir o que é, mas se você não nos contou, é porque tem um motivo. Não queremos quebrar essa parede que você construiu para nos manter afastados disso, mas queríamos que você abrisse uma porta para que pudéssemos ajudar…

Lawrence baixou a cabeça e agarrou a barra da blusa enquanto respirava fundo. Tirou uma mecha de cabelo da frente do olho, e ergueu as íris esmeraldinas para encarar o melhor amigo. Sorriu de canto e relaxou os ombros, indo até à cama e sentando.

– Eu não sabia que vocês estavam tão frustrados com isso. Desde quando sabem? - perguntou, vendo o amigo sentar do seu lado e olhar para qualquer lugar menos seus olhos.

– Há um tempo. Já estávamos desconfiados quando começou a visitar a seção reservada, mas naquele dia da visita da Umbridge na aula do Snape, que você falou que visitava o Snape porque queria me fazer uma festa surpresa, foi o dia que ficou aparente que estava realmente escondendo algo da gente. Ficamos esperando que contasse, mas você ficou cada dia mais distante e inventando cada vez mais mentiras...

– Sinto muito. - ela falou, sorrindo para o amigo e colocando a mão em seu ombro - Eu não tinha ideia de que estava fazendo isso. Eu confio em vocês, mas o problema é que esse é um assunto... Delicado, digamos, para o Draco. Você sabe que eu não posso lhe contar uma coisa sem contar ao Draco também, e o Snape também me pediu para não mencionar nada para vocês, pelo menos por agora.

Daniel franziu as sobrancelhas em um sinal claro de confusão, e suas pupilas dilataram mil vezes com a ideia que passou por sua cabeça.

– Lawrence... Remo não estava certo sobre você e Snape, não é? - perguntou hesitante, ligeiramente cauteloso.

– O que? - a expressão de choque pareceu acalmar o amigo - Não, claro que não. Não
é esse o assunto delicado para Draco!

– Desculpa, mas foi a primeira ideia que me passou pela cabeça. Mas se isso não
tem nada a ver, por que Snape está envolvido no meio disso?

Lawrence suspirou e passou a mão pelos cabelos, enquanto cruzava as mãos em uma expressão cansada, apesar de ter dormido a tarde inteira. Levantou e espiou o corredor, ouvindo as vozes animadas na cozinha, com uma gargalhada contagiante de Clarissa.

– Parece que sua mãe está se divertindo...

– Remo deve ter oferecido vinho.

– Não duvido. - ela deu um sorriso de canto e fechou a porta, respirando fundo - Tudo bem. Se eu lhe contar, você tem que me prometer que Draco não saberá disso. Ele
com certeza vai tentar intervir de alguma maneira, eu sei que vai. Isso ainda é um assunto delicado pra ambos. Eu e ele.

– Você quer que eu minta? - perguntou aos sussurros, horrorizado - Mentir para o meu melhor amigo?

– Meu também. - ela retrucou, olhando para a porta e rezando para que Remo não
ouvisse - Ninguém mais sabe sobre isso. Nem mesmo Gina. Eu não quero que minta para Draco, quero que omita.

– Ele vai perceber que estamos escondendo algo.

– Daniel, isso não vai ser para sempre, eu prometo. Mas por hora, o Draco não pode saber o que está acontecendo.

O loiro suspirou e bagunçou os cabelos, indeciso. Mordeu o lábio inferior e esfregou as mãos uma contra a outra.

– De qualquer forma, encontrei o Draco hoje... E ele estava estranho. Não sei se quero conversar com ele por um tempo.

Daniel franziu as sobrancelhas e baixou os olhos, coçando a nuca. O olhar de choque de Lawrence foi a única coisa que o fez encarar seu rosto.

– Você sabe. Você sabe o que está acontecendo com Draco e não me disse nada.

– Todos têm segredos. Mas Draco não fez nada do que você está pensando. Ele não nos traiu. Só está passando por um momento difícil. Depois do que houve no ministério o pai dele perdeu toda a credibilidade com Voldemort, e agora ele está ameaçando a família de Draco.

– E o que Draco está fazendo sobre isso?

– Draco pode até fingir que não se importa com a família, mas os pais sempre foram tudo que ele teve. Ele foi mimado até o último fio de cabelo. Não é fácil para ele, simplesmente dar as costas e fingir que nada está acontecendo. Não é nem com o pai a situação. É a mãe. Ele sabe que a mãe dele só virou uma comensal por amor ao pai, e não por maldade. Ele está tentando convencê-la a fugir com ele, para algum lugar que nem Voldemort seria capaz de achar. Mas ela não quer.

– E por que Draco não contou isso para mim? – perguntou a ruiva, levemente magoada.

– Ah, Lawrence... Você realmente não entende o quanto Draco gosta e se importa contigo. Você já tem que carregar o peso de uma guerra nos seus ombros, ele acha que não vale a pena fazer você se preocupar com as brigas familiares dele.

– Ele é meu melhor amigo, claro que vale a pena! – sussurrou, com medo de que Remo e Clarissa ouvissem.

– Ele achou melhor que você não soubesse. Por favor, não conte para ele que eu lhe contei.

– Contar como? Você não viu o jeito que ele me tratou hoje. – ela disse, suspirando e tirando o cabelo do rosto.

Suspirou, escorando-se na porta e escorregando até o chão. Colocou as mãos no rosto, e deixou transparecer, finalmente, a preocupação com o amigo. Ele deveria ter contado. Ela teria apoiado, ela teria entendido. Não é fácil se separar dos pais, ainda mais para Draco, que sempre os teve por perto, dando atenção. Tudo bem que eles estavam ausentes e frios após a volta de Voldemort, mas ela sabia que no fundo do coração dos Malfoy, existia um sentimento enorme de amor e afeto por Draco. Todo pai ama seu filho. Não deveria ser assim?

– Quando foi a última vez que falou com ele? – perguntou.

– Ontem eu enviei uma resposta para ele, mas a carta não deve ter chegado ainda. Eu estava na França quando enviei a coruja.

Ela ficou quieta. A comunicação por carta já demorava demasiadamente quando estavam na mesma cidade, imagina em países diferentes. Com a garota no hospital e Daniel na França, Draco devia estar completamente sozinho. Era muito para um garoto de 16 anos suportar.

– Snape e eu estamos trabalhando juntos numa pesquisa que pode trazer bons efeitos quando e guerra eclodir de verdade. – ela começou, se rendendo – Não queria que Draco soubesse disso por dois motivos: eu o usei como cobaia mais de uma vez, sem ele saber, porque ele é o único capaz de ajudar. E o assunto ainda é muito delicado para ele.

– Cobaia...? Você não está me dizendo que as pesquisas são sobre... – começou Daniel, se ajeitando de uma forma cautelosa na cama.

– Sim, sobre o isolamento mental. O que aconteceu com Draco me afetou muito emocionalmente, Daniel. Eu não poderia suportar ver isso acontecer com você, Snape, ou pior ainda, Draco novamente. Mas eu sei que Draco não apoiaria.

– É óbvio que não apoiaria, Lawrence, ele já se lembra pouco do que aconteceu quando estava trancado na própria mente, e o que ele se lembra ele luta para esquecer.

– Eu sei... Eu sei. Mas... Daniel, eu já tenho uma pista importante que pode levar a um antídoto. Eu preciso de um único detalhe para salvar muita gente que for atingida por esse feitiço. Draco pode ficar sem saber por mais um tempo...

Daniel mexeu no cabelo nervosamente e encarou os olhos esmeraldinos da Potter.

– Lawrence... olha. Eu concordo que o que você tem em mente é brilhante e pode ajudar muita gente. Mas usar Draco sem a permissão dele? Nós achamos que ele não aprovaria, mas quem sabe? Talvez ele coopere, ajude. Ainda acho melhor você contar a ele. Isso, além de deixar ele a par da situação, aumentaria o elo de confiança entre vocês.

A ruiva respirou fundo, e assentiu calmamente. Daniel sabia o que isso significava. Ela ia pensar sobre o assunto.

– Mas então... Conta mais sobre isso. O que vocês já têm, por certo, definitivo? – perguntou o menino, se levantando e sentando-se no tapete, na frente da amiga.

– Bem, sabemos que raiz de asfódelo, que aparentemente deveria melhorar a situação para todo mundo, deixa as pessoas em um estado muito pior. Elas começam a ter uma espécie de reação alérgica, com esse feitiço. Snape acha que esse feitiço pode ser muito antigo mesmo, talvez tenha existido antes mesmo da criação de Hogwarts, não se sabe. Sabemos que o feitiço pode ter outros nomes, por ser antigo, como Trancas da Mente, ou qualquer outro sinônimo. Caféina ajuda.

– Cafeína? – peguntou Daniel descrente.

– Sim! Cafeína! E, como raiz de asfódelo não ajuda, e cafeína sim, chegamos a conclusão de que esse feitiço faz o nosso sistema imunitário ler as informações ao contrário, digamos. O que deveria ajudar, piora, e o que deveria piorar, melhora. Considerando que eles já tinham um antídoto muito tempo atrás, temos a ideia de que se acharmos a receita, somente substituímos raiz de asfódelo ou bezoar, por cafeína. E, nas pessoas que já são alérgicas a raiz de afódelo originalmente, usamos asfódelo mesmo.

– Lawrence... Isso é brilhante! Vocês já têm todas as informações necessárias, só precisam da receita... – ele disse, e ela assentiu.

– E eu sei quem pode nos ajudar nisso. – ela sorriu, com os olhos brilhando.

– Quem? – perguntou Daniel confuso.

– Marlene McKinnon. Ou melhor... O livro de poções que ela carregava sempre. Remo disse que tinha poções e antídotos tão antigos que pouca gente imaginou que poderia existir, mas Marlene conhecia. Ela fazia isso como um hobby, um passatempo, nunca pensou em entregar isso a um hospital, por isso está perdido.

– E quem pode ser a primeira pessoa com quem devemos conversar? Para saber disso.

– Primeiramente Snape. Ele precisa saber da minha ideia. E mesmo eles não tendo sido amigos, Snape estudava com ela. Talvez fossem dupla em poções, nunca se sabe. No sei quem era o professor de poções na época. - ela comentou, pegando o álbum da ordem e olhando.

– Depois, com muita cautela para que ele não desconfie de nada, precisamos falar com Remo. Posso cuidar disso, ele fala de Marlene como se sentisse saudade, se eu começar a perguntar sobre a Ordem Original ele vai me contar sem desconfiar.

– Certo, Snape e Remo. Eu não sei se isso ajudaria, mas acho que se descobríssemos quem era o professor, talvez conseguíssemos algo.

– Ótima ideia. E, se nenhum fosse de grande utilidade, não sei o que poderíamos fazer. Se Sirius estivesse vivo, e meus pais e Frank e Alice…

– Frank e Alice ainda estão vivos. - falou Daniel.

– Bem, eu sei que estão vivos. Mas não falam nada, segundo Remo. Não ajudariam muito.

– E se você entrasse na mente deles? Talvez funcione.

– A mente dos torturados que sobreviveram com sequelas é um emaranhado de fios que não tem nenhum tipo de ligação. Eu vi isso num livro da seção reservada. E mesmo assim, isso seria um desrespeito com a família de Neville.

– Eu sei, mas não custa tentar. Poderíamos falar com Neville ou o responsável por ele. E se existe algum lugar lúcido na mente deles? Onde eles podem nos ajudar. Nos ouvir. Não custa tentar, e pelo menos poderíamos deixar de depender de Draco.

– Tudo bem, mas se usarmos a mente deles, vai ser como última opção, ouviu?

– Certo, última opção, juro! - ele riu - Você finalmente me contou algo antes de contar para Draco. Agora sou um aliado, estou me sentindo importante, sabe. - ele disse.

Lawrence sorriu e se esticou para tirou uma mecha loira da frente dos olhos do amigo. Ele havia crescido tanto desde o evento na floresta. Estava mais sério, estava mais maduro. Ela podia contar com ele agora, porque ele saberia ajudá-la.

– Obrigada por tudo. Mesmo. Eu acho que eu estava precisando compartilhar isso com alguém mesmo.

Daniel sorriu e pegou o braço da amiga, puxando-a para seu peito. Deitou sua cabeça ali, e os dois ficaram ali, deitados, com os dedos de Daniel afagando seu cabelo. Os braços do amigo abraçavam seus ombros e a mantinham protegida.

– Você tem alguma ideia de que nas 24 horas do meu dia, eu passo pensando em você, Draco e minha família? E às vezes eu me pego pensando, Lawrence, como você consegue se manter tão forte o tempo inteiro? Você acredita que tem a missão de carregar o peso do mundo nos ombros só porque é A eleita, junto com o irmão, mas não é bem assim, Law. Não é. Você tem amigos, que estão sempre atrás de você para lhe amparar em qualquer situação, é só olhar para trás que estaremos lá. E você pode compartilhar seus problemas com a gente, porque amigos estão aqui para te ajudar a suportar o peso disso. Uma hora isso desaba se você carregar tudo sozinha.

Lawren ficou quieta diante das palavras do amigo. Não havia o que dizer quando Daniel Surrey, o menino que via graça em tudo, estava certo. Ela achava engraçado o fato de manter sua armadura de pessoa sem emoções na frente de Gina ou Remo, mas tirar ela na frente de Daniel e Draco. E mesmo assim, por que ela não compartilhava as coisas com eles, por que ainda era tão dura consigo mesma?

– Ei, bonitinhos, podemos entrar? - falou uma voz feminina do lado de fora da porta, sendo claramente a mãe de Daniel.

– Entrem! - falou Lawrence de volta, se ajeitando no chão ao lado de Daniel, mas com a cabeça escorada em seu ombro.

– Vamos embora, Dan? - falou Clarissa, com um sorriso dócil - Já faz três horas que estamos aqui e já está noite. - ela disse.

– Por que não jantam aqui? - perguntou Lawrence, com um sorriso - Não acha uma boa ideia, Remo?

– Oh, Lawrence, é realmente adorável sua ideia, mas… - falou Remo meio encabulado, não tendo certeza se deveria negar o pedido da afilhada.

– O que Remo quer dizer é que em tempos como esse, não é seguro ficar andando por aí de noite, querida. - falou a Sra. Surrey, tristemente - Poderíamos aparatar, mas Daniel e eu voltamos hoje da França, e nós dois estamos cansados.

– Ah, bem… Se for assim, tudo certo. Haverão outras oportunidades. - sorriu.

– Mas, eu já falei com o seu padrinho sobre isso, e ele não viu grandes problemas. Daniel ainda não está sabendo disso, mas… Semana que vem eu terei que fazer uma viagem no fim de semana, para a França de novo, e passar uma semana lá resolvendo alguns problemas da avó de Daniel. Não queria que Daniel ficasse sozinho em casa, então estava pensando… Você não quer passar a semana lá com ele? É uma casa extremamente segura, não haveria problemas, e de qualquer forma, Remo estaria lá uma vez por dia para garantir que tudo está bem. Como eu sei que adolescentes adoram passar um tempo sozinhos, e confio nos dois, acho que não haveria problemas. E tem televisão, vocês podem olhar filmes e ouvir música. O que acha, Lawrence?

A garota estava radiante. Olhava para Daniel que estava estático e sorridente também, e deu uma risada gostosa olhando para o padrinho.

– Tem certeza de que está tudo bem se eu for? - perguntou contente.

– Bem, sei o quanto você gosta de Daniel, e você já tem quase 16 anos, tem responsabilidade suficiente, eu acho. Não tem problemas não, desde que tenha juízo. - ele disse com um sorriso de canto, olhando para o álbum em cima da cama - Marlene e eu constumávamos fazer a mesma coisa, então sei o quanto é divertido.

– Remo… Meu Merlin, obrigada! - ela riu, dando um abraço apertado no padrinho e olhando para Daniel - Viu isso? Vamos passar uma semana juntos e sozinhos! Muita Dora Aventureira! - ela exclamou, animada.

– Não sei o que é isso, mas sei que vou adorar!

As risadas foram o som daquela noite. E mesmo depois de Daniel ir embora, o sorriso ainda predominada no rosto de Lawrence, enquanto ela olhava o beco pela janela, e via uma rua um pouco mais colorida ao céu estrelado.


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Notas finais do capítulo

Beijos!