Osanana Blue: Memórias de um passado. escrita por Delirium


Capítulo 1
Capítulo um – Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Essa fic ficará em HIATUS temporário até eu terminar de postar "a pianista", então se contentem com esse prólogo :3
Colocarei o prólogo como o primeiro capítulo, sáporque? Porque definitivamente eu ODEIO números fora de ordem, tipo, eu coloco o primeiro capítulo no nyah com nome de prólogo e a contagem entre o número e o título do capítulo ficam errados.Por favor, me entendam.Não sou a rainha do português, mas isso não é motivo pra ficar "burrando", certo? kkkSó avisei isso aqui para entenderem que eu escrevo razoavelmente bem, mas vez ou outra deixo uma palavrinha errada escapar, então...Espero que gostem, será uma fic bem amorzinho, SEM insinuação sexual, SEM safadezas, será no melhor estilo anime shoujo, então... :B heheEnjoooy!



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As aulas sempre passam devagar quando se tem um objetivo que vem logo após a elas e sinceramente, o relógio parecia ter travado um segundo antes de dar o sinal. E gloriosamente ele surgiu estridente, quebrando minha agonia. As vozes animadas de meus amigos de classe se despedindo... O arrastar das cadeiras para trás e depois sendo empurradas para frente...

– Até amanhã Gumi-chan! – algumas colegas despediram-se e sem retirar os olhos do meu material que caía dentro da bolsa de tiracolo, eu me despedi, tentando equilibrar um lápis entre os lábios e minhas palavras de adeus.

Meu nome é Megumi Megpoid e estou no primeiro ano do ensino médio. Muitas mudanças ocorreram por conta das turmas, já que agora eu era oficialmente uma senpai. Era engraçado ver uma dúzia de estudantes do fundamental se curvando para mim e me chamando de Megpoid-senpai, pedindo informações sobre a escola como eu fiz tantas vezes para os mais velhos e possíveis ex-alunos de meu colégio.

Ter quinze anos era mágico e ao mesmo tempo estranho. Mudanças vieram por dentro e por fora... Bem, algumas coisas não mudaram.

Corri até o banheiro antes que o fechassem, ajeitei minha franja charmosamente para a direita, entretanto não adiantava: ela sempre teimava em escorrer para frente. As meninas adoravam o corte que havia naturalmente saído errado quando tentei fazê-lo sozinha com a tesoura da mamãe, um espelho e a revista de moda “Garota Poderosa”. Resultado: torto e parecendo bumbum de cachorro.

Mamãe habilidosa como sempre, conseguiu ajeitá-lo, deixando a parte posterior curta e duas mechas da frente compridas e para completar consertou a franja e agora está do jeito que está: verde e curtinho.

Sorri para o espelho e com minhas mãos toquei minhas bochechas. Estariam elas quentes ou eram apenas minhas mãos que estavam geladas demais? De fato eu estava nervosa. Comecei com aquela bobagem, porém algo me fazia ir lá. Sempre me puxando dia após dia até finalmente encontrá-lo com sua bolsa verde, a bicicleta e seu sorriso idiota. O sorriso tão chato que eu gostava de ver, que pertencia a Akira Noguchi. Meu rosto corou ainda mais. Direi que é por conta do calor, afinal é verão.

(...)

– Finalmente a rainha de Sião apareceu! Sinceramente, não sei por que ainda te espero.

– Foi você quem se ofereceu para me levar para casa, idiota!

Parabéns Gumi, esse seu jeito de menino com toda a certeza do mundo irá atraí-lo! Argh. Ele riu e apertou minha bochecha. Depois de alguns segundos tentando não babar enquanto eu reclamava de dor e pedia para ele parar, finalmente Akira-kun soltou a pele da bochecha esquerda que provavelmente estava avermelhada no lugar do aperto.

Bufei e cruzei os braços. Nossos passos ecoavam pelas ruas de paralelepípedos, demorei tanto para encontrá-lo que todos os demais estudantes foram para suas casas. Com a frase de “as ruas são perigosas, eu te levarei para casa”, concordei que ele me levasse até em casa.

É melhor que ir sozinha, é bom sentir seu cheirinho de amaciante que sempre emana de suas roupas impecavelmente limpas e bem passadas, e era melhor ainda rir de alguma bobagem que ele me dizia. Era perfeito saber que ele não mudou em nada, continuou sendo o mesmo menino de sempre, que fazia as mesmas caretas quando me provocava, ou quando se sentia envergonhado ele simplesmente corava, arregalava os olhos e erguia a sobrancelha direita. Ele fora fiel a si mesmo, permaneceu sendo tão legal quanto era quando criança e acho que era disso que eu me orgulhava tanto.

Quando eu o olhava, via o mesmo garoto de cabelos castanhos e bagunçados e olhos igualmente castanhos que bagunçavam tudo o que eu organizava em mim. Ele me irritava e me tirava o fôlego, e do sério também. De longe o reconheci entre as pessoas da escola e... Sabe quando você encontra algo que sente que pertenceu a você há muito tempo e então bate aquele sentimento que simplesmente não tem como explicar, apenas vem e nos preenche? Ele era pura nostalgia e o melhor momento de todo o meu passado.

– Você está quieta.

– Hm. Só estou refletindo – respondi alisando meu braço direito com a mão esquerda.

De fato eu estava quieta, porém se eu dissesse algo sairia extremamente forçado e bem... Ele sempre sabia quando eu estava mentindo, o melhor seria dizer a verdade, pois já está sendo difícil demais esconder todo esse sentimento dentro de mim. Minha grosseria e birra infantil encobrem a admiração que sinto por ele. O sol estava quase se pondo e a colina já estava quase próxima a nós.

– Refletindo? Qual seria o motivo do seu silêncio, porque normalmente você não calaria a boca nem se fosse para te salvar – ele gargalhou, pois a provocação me atingiu e eu o encarei com um olhar que significava “mais uma palavra e você morre!”.

– Sobre subir nessa colina, ver o sol se por... Eu realmente não sei se subir aqui valerá a pena. Já é o dia quarenta e cinco.

– Megumi, você sabe muito bem que só acontecerá se você subir por cinquenta e um dias, então vamos ver o que acontece, porque sinceramente eu acho isso uma bobagem.

– Você me anima e me desanima ao mesmo tempo, seu tonto!

(...)

Uma mancha colorida ficou impregnada bem no centro de minha visão. Olhar o sol se por era incrível, entretanto causava pequenos danos à minha retina. Era lindo, era azul, cor de rosa e laranja também. A alguns passos atrás estava Akira-kun, mirando meu pequeno ritual.

“O quão desesperada você está?”

“É como se fosse uma oração!”.

Rapidamente o sol desapareceu na linha da cidade, deixando tudo em um tom de azul fosco, era crepúsculo. Com um suspiro girei os calcanhares e encontrei o olhar compreensivo e quente dele. Sorri e dei de ombros. Era o fim do dia quarenta e cinco.

Estávamos em silêncio e apenas o som da corrente da bicicleta e os pequenos chacoalhões que fazia as partes antigas rangerem era o que podíamos ouvir. Meus pensamentos estavam tão distantes... Rodeavam todos os momentos de nossa infância feliz, dos risos e de como eu havia descoberto que sentia algo por Akira-kun. Minha casa chegou e nos despedimos com acenos.

Fechei a porta sem causar algum barulho, para mamãe não notar minha demora, porém não adiantava: ela fingia que não ouvia, entretanto sabia muito bem que eu estava chegando tarde por algum motivo e deduzia que era com certeza o filho mais velho dos Noguchi. Subi as escadas e as meias abafavam o ruído de meus passos. Da janela aberta eu ainda pude ver Akira-kun subindo a rua inclinada, pedalando de pé para pegar impulso.

Ele sempre me consolou quando meu coração estava partido e eu espero com todas as forças que meus sentimentos o alcancem.


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Notas finais do capítulo

Fim do prólogo! Espero que tenham entendido tudo o que eu quis apresentar. Saiu bem curtinho em relação aos capítulos que eu normalmente escrevo, então se algum dos capítulos sair gigante, não se assustem, é o meu normal hahaha.Olha, isso aqui é a recriação de uma história existente, porém mudei alguns detalhes e etc. mas todos os direitos da ideia que engloba a história pertencem ao compositor e produtor Last Note.Obrigado por lerem até aqui e não se esqueçam de se apresentar e dizer o que estão gostando e o que não estão achando tão legal assim.Sayounara-bye-bye!



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