Nas entrelinhas escrita por Elizabeth Gray


Capítulo 7
5, parte 2


Notas iniciais do capítulo

YEY, aqui está a continuação do capítulo anterior. Prometi não demorar muito e, olhem só, consegui cumprir um prazo! Palmas para mim!

"Não faz mais que sua obrigação, dona Elizabeth". Eu sei ;---;

Enfim, boa leitura a todos!



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Acordei assustado e me deparei com um par de olhos prateados me fitando. Nezumi me olhava com certa aflição, buscando uma resposta em meu olhar. Eu estava ofegante e confuso, mas também estava constrangido. Um sonho. "Isso é apenas um sonho, Alice", pensei. A frase que um dia me acalentou o coração, hoje ressurge para me apresentar à triste realidade. E, por Deus, eu transei a noite toda! Como posso ter sonhos eróticos?

Nezumi me encarava confuso. Abaixei a cabeça. Ele se sentou ao meu lado, deixando a parte superior de seu corpo descoberta. Engoli em seco. Só então percebi que meus dedos ainda se enrolavam na minha parte do lençol, puxando-o contra o peito, cobrindo todo o meu corpo.

— Shion... — Chamou baixo.

Hesitei, desviando o olhar para a paisagem ao redor. E esta era exatamente como no sonho. O sol, a brisa fria, o cheiro da grama molhada pelo orvalho noturno. As velas que nos iluminaram durante a noite agora estavam apagadas, mas refletiam e brilhavam sob a luz do sol. Tudo estava igual, exceto o fato de que agora eu tentava esconder uma ereção de Nezumi. Fitei a árvore constrangido, mas ele tomou meu rosto entre suas mãos. Observou-me por um momento, até que entendeu o que estava acontecendo. Seus olhos brilharam e ele me lançou um sorriso compreensível e amigável.

— Está tudo bem, Shion. Não se preocupe. Isso pode acontecer com qualquer um.

Desviei novamente o olhar. Ele continuou.

— Eu mesmo já passei por isso muitas vezes. Mas não se preocupe. Foi apenas um sonho ruim.

Espere! O quê?

Olhei-o confuso, enquanto acarinhava-me os cabelos.

— Eu vou te proteger, Shion. Prometo. Vou cuidar para que não volte a ter pesadelos.

Espere! O quê?

Ele desviou o olhar para a árvore logo ao lado.

— Oh, Shion. Se você visse a expressão que fazia... — lamentou — você suava tanto e seu rosto estava tão aflito... Você sussurrou meu nome, como se estivesse pedindo para eu te acordar. E foi o que eu fiz — segurou meu rosto entre suas mãos — mas vai ficar tudo bem agora, meu pequeno. Cuidarei de você.

Oh, ele acha que eu estava agitado por causa de um sonho ruim? Isso é... Perfeito! Que sorte a minha! Ele certamente iria me infernizar se descobrisse que eu sonhava com ele. Sim, eu teria que aguentar todos os dias alguma piada sobre isso. Mas ele pensa que foi um pesadelo, certo? Seria mais do que conveniente se ele continuasse a pensar assim. Agora só preciso fazer ele sair daqui pra eu poder me vestir. Talvez se eu pedir algo para comer...

— Nezumi... Não sei o que dizer. Obrigado. Eu te amo tanto - disse com a voz mais doce que pude. Não deixa de ser verdade, mas talvez tenha saído um tanto forçado. Será que ele notou?

— Sim - suspirou.

— O quê?

— Eu também te amo, meu pequeno.

Sorri gentilmente para ele e coloquei a mão sobre minha barriga.

— Oh... — murmurei de forma sugestiva.

— Está com fome?

— Acho que sim.

— Quer que eu busque algo para você comer? — Ora, ora, tudo seguindo como o planejado.

— Sim, quero dizer... Eu não quero abusar de você... — agora meu último movimento... Inclinei levemente a cabeça para o lado e lancei o olhar mais pidão que pude, enquanto fazia um bico e coçava o olho como quem ainda está sonolento. Ele, por sua vez, me fitava admirado.

— Ora, com um pedido assim, como posso recusar?

Bingo.

— Vou pegar algo para você comer, Majestade. Espere aqui.

— Obrigado, Nezumi!

Ele se levantou e estava prestes a sair, quando se virou para mim e caminhou lentamente em minha direção. Segurou meu rosto novamente e olhou fundo em meus olhos quando disse:

— Shion, eu te amo.

Inclinou-se e me beijou. Um simples selar de lábios, que lentamente se estendeu em um beijo mais profundo e demorado. Senti meu pênis latejar. Virei rapidamente a cabeça para o lado e empurrei seu peito para afastá-lo de mim.

— Hum... A-agora não, nezumi. E-Eu... Preciso comer para recuperar a energia.

Ele sorriu e assentiu com a cabeça.

— Certo, certo. Entendo. Bom, estou indo então.

— Okay.

Nezumi, pelo amor de Deus, saia daqui. Eu não posso...

Ele estava de pé pela segunda vez na minha frente e desviei o olhar para a árvore no mesmo instante.

— A propósito... — parou, ainda de costas para mim — não, eu preciso fazer isso.

E, de repente, ele se jogou sobre mim e me envolveu num abraço apertado. Seu membro roçou sobre o meu e, contra todas as minhas vontades, um gemido baixo me fugiu dos lábios. Então ele riu baixo em meu ouvido, sem soltar os braços do meu corpo.

— Shion, o que foi isso? — Perguntou inocente, a voz numa mistura de espanto e curiosidade.

Enrijeci. Meu corpo todo estava paralisado em seus braços.

— Ah... E-Eu... Umm... — tentei balbuciar alguma explicação.

— Shion... — sussurrou ao meu ouvido, a voz tomada por um tom suave e sensual, a respiração quente em minha pele —... faz de novo — pediu, e apertou ainda mais o corpo junto ao meu, roçando o membro em minha ereção. Gemi de novo, agora um pouco mais alto, enquanto enterrava o rosto na curva de seu pescoço.

Apenas sua voz a me chamar daquele jeito já seria o suficiente para eu perder completamente o juízo. Mas essa coisa de “juízo” não existia mais. Nezumi fez questão de me arrancar qualquer resquício dele.

— Shion... — chamou-me novamente, com um tom ainda mais instigante do que o anterior.

— Nezumi... por favor... — E eu estava prestes a me entregar por completo quando seu sussurro se transformou num riso baixo. Um riso... sarcástico.

— Diga, Majestade, no seu sonho... Foi assim que me pediu para continuar?

— O quê? D-Do que está falando? — perguntei confuso.

— Você sabe muito bem do que eu estou falando, Shion — sorriu atrevido — Eu acordei com você gemendo meu nome. Achou mesmo que eu não iria perceber... isto?

Espere! O quê?

— Um sonho ruim, huh? — agarrou firme meu membro. Coloquei a mão sobre a boca para abafar qualquer som que insistia em sair. Lançou-me um olhar malicioso — Ao que me parece, foi um sonho muito bom.

— NEZUMI! P-OR FAVOR... N-NÃO BRINQUE COMIGO...

— Não foi você que começou a brincadeira? Quis tentar atuar, huh? Ótima ideia, devo admitir. Contudo... — agarrou firme minhas coxas e me colocou sentado em seu colo. Eu ainda estava um tanto atordoado quando ele puxou meus cabelos para perto de seu rosto e chupou meu pescoço —... Não tente me vencer em meu próprio jogo, Majestade.

Pronunciou cada letra dessa última palavra. Sua voz sensual e instigante assumia um tom exageradamente devoto, como se ele realmente fosse meu servo. Mas a situação era completamente o contrário e eu sabia disso. Tanto sabia que desisti de tentar evitar. Envolvi seus cabelos com dedos trêmulos e o puxei para um beijo necessitado. Ele deslizou uma das mãos pelas minhas costas e agarrou firme minha cintura, enquanto, com a outra, puxava meus cabelos para trás. Roçou o nariz em meu pescoço, trilhando o caminho até minha orelha. Agarrei firme suas costas e gemi baixo em meio ao beijo, tentando desviar os olhos para qualquer lugar onde não houvesse Nezumi. Mas ele estava por toda parte agora; estava em cada centímetro de mim. Estava nos meus olhos que brilhavam quando se encontravam com os dele; estava nos meus dedos que se recusavam a se afastar de seu corpo; estava na minha pele que ardia e queimava com os toques de seus lábios. Eu ansiava por mais.

— Nezumi... Por favor... — implorei.

Ele apertou minhas bochechas com uma mão, lambeu meus lábios e sussurrou a centímetros deles:

— Pede de novo.

— Nezumi... — gemi malicioso — Por favor...

Ele revirou os olhos e me beijou, enquanto me puxava para ainda mais perto de si.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me todos, mas eu gosto de escrever umas sacanagens XD
E aí, gostaram? Não? Comentem, elogiem, critiquem... Fiquem à vontade!
Muito obrigada a todos que estão acompanhando e até a próxima!



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