Mais um dia escrita por Feh Camargo


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

estou tentando colocar capitulos grandes. A princípio a ideia era fazer uma short fic... vamos ver no que vai dar haha



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Foi só quando virei o corredor que comecei a ouvir os gritos histéricos de Melanie Stryder, não ia demorar muito e ela ia me alcançar, minhas pernas minúsculas não me ajudaram mas no final ela me jogou no chão e quase me matou me sufocando, se não fossemos quase irmãs acho que o pessoal da escola iria nos separar, mas todo mundo só ficou mesmo olhando. Filhos da mãe. Quase morri nas mãos daquela vaca vingativa

Fui puxada pelos cabelos até o banheiro feminino e, apesar de perder um horário inteiro tentando explicar toda a história para Melanie e tentando convencê-la de que não havia nada entre nós e que provavelmente ele só queria meu dever de casa e batendo nela por puxar meu cabelo. Só podia esperar pela conversa tosca do dia que vem.

Mas até que Melanie levou tudo na medida do drama normal... bem até demais.

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Estava lendo um de meus livros em casa quando meu celular vibrou

Ainda n acredito q vc me escondeu esses encontros casuais antes da aula por seis meses SEIS MESES

– Melanie me mandava em uma mensagem

Eu não os achei relevantes, desculpa

– respondi

RELEVANTES? RELEVANTES? AH, deveria ter te matado mesmo

ela respondeu na mesma hora

Vc não tem um namorado pra vc ir reclamar de mim n?

– digitei de volta

Vai se ferrar Peregrina, deixe o Jared fora disso

ela respondeu

Mandei uma risada e voltei a ler, mas a final o que ele quer? Já não bastasse relembrar minha insignificância todo dia e me queimar pra a Melanie

– aarrrghhhh – gritei – MAS TINHA QUE SER IAN O’SHEA MESMO NÉ?

– PEREGRINA MOON VAI DORMIR AGORA!! – minha mãe gritava de seu quarto

–TAAA- desliguei a luz do quarto e deitei na cama, quando meu celular vibrou de novo

Oi gata, já dormiu? – de número desconhecido

Olhei com cara de nojo pra mensagem, por que só eu recebo essas mensagens de pervertidos no meio da noite?

Ignorei a mensagem e virei na cama. Depois de uns três minutos meu celular tocou de novo

“Af, sou eu loirinha, me responde logo”

Arregalei os olhos

“Onze horas da noite!!!! E como conseguiu meu número? Você agora é tipo um stalker? Porque ta falando comigo agora? O que quer falar comigo amanhã? “

Mandei e me arrependi na mesma hora, meu Deus o cara vai achar que eu sou alguma louca tentei evitar o envio mas ele recebeu e já estava respondendo

“hahahahaha a loirinha dorme cedo, nossa. Contatos. Não eu não sou um stalker, na verdade, só gosto de te irritar. Não estou falando com vc agr, falo com vc desde sempre. Mds que msg longa. Vai pro baile?” – ele respondeu de volta

Segurei a respiração. Por pouco não gritei. Soltei a respiração e respirei profundamente tentando me acalmar de novo e de novo. Peguei o celular para responder

“onze horas NÃO é cedo. Que contatos? Eu sou inexistente nessa escola ngm tem meu número. Vc é um pé no saco, putz. ‘ desde sempre’ tipooo seis meses atrás? Nossa. Deixe de preguiça. Baile é coisa pra os fracos só gente estranha que vai com outras pessoas estranhas que aparece por lá”- mandei.

E reli. E reli de novo. É. Ta bem eu. Okay. Calma Peg.

“Só nos seus sonhos de loirinha que não é cedo. Você não é inexistente pra mim, nem pra um monte de gente. Meu DEUS COMO VC É DRAMÁTICA não quero isso pro nosso relacionamento. Nos falamos desde crianças Peregrina. Nunca escrevi mensagens tão longas na minha vida. Então vc ta dizendo que n é estranha?”

Joguei o celular do outro lado da cama e cobri o rosto sentia o sangue se acumulando. Contei até dez, andei pelo quarto e peguei o celular de novo

“Ian, eu preciso dormir. Obrigada por não sucumbir a minha insignificância. Não sou dramática. QUE RELACIONAMENTO?? Desde crianças????????????????? Chocada por essa declaração, por isso vc é tão ruim em redigir. Sou estranha na medida do possível”

“Peregrina, temos que terminar essa conversa amanhã.

Boa noite baixinha

ps: eu não sou tão ruim assim, vai”

Olhei para o relógio: 12H

Não consegui pregar os olhos.

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Não precisei do despertador essa manhã, estava muito acordada. Não sei o que há comigo. Mas a pergunta mesmo é: O que há com ele?

Levantei irritada.

Quem ele pensa que é pra chegar do nada se achando O Bom???

Gruni. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Melanie avisando que minha mãe ia me levar pra escola. Estava com raiva dela e não sabia o porque. Também não queria ver Jared, e muito menos ter que encarar a “continuação da conversa” antes da aula.

Cheguei à escola e fui me arrastando pro meu armário, estava tentando arruma-lo desde o começo do ano, levava uma coisa nova a cada dia. Peguei o caderno e o estojo e entrei na sala, ninguém mais havia chegado. Coloquei meus fones, meu gorro ajeitei meus óculos e continuei a ler meu livro até a hora da aula começar. Estava perdida em minha leitura quando alguém me interrompeu. Tirei os fones e o olhei já emburrada.

– Que quer?

Ele só ficou me olhando e eu bufei colocando meus fones de volta e voltando a leitura. Não conseguia ler nada em sua presença, mas continuei lendo palavras aleatórias até que ele se levantou e foi embora.

Me senti sozinha

De novo.

Suspirei e a vontade de chorar constante dentro de mim piorou, ela sempre estava ali, a espreita, esperando meu momento de fraqueza, de nervosismo. Respirei fundo e continuei olhando pro livro e meus cachos caíram em meu rosto. Funguei. O professor entrou e a aula começou.

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Quando tocou para o almoço resolvi ir ao banheiro, Mel ia perceber que andei chorando, nem que tivesse sido um pouco. Quando me olhei no espelho a vontade de chorar quase voltou. Eu estava um caco. Olheiras profundas abaixo de meus olhos da noite mal dormida, meu nariz estava vermelho e meu rosto todo estava horrível. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e lavei o rosto. Até que alguém entrou no banheiro, era Lilly. Ela me olhou com pena e começou a mexer na bolsa, voltei a me olhar no espelho

–Toma- ela disse e me virei- é só uma base, mas vai ajudar a disfarçar

Olhei para ela e peguei o objeto de suas mãos

– Obrigada, Lilly

Ela assentiu e entrou em uma das cabines. Coloquei a base e deixei em cima da pia para que ela pegasse de volta, abri a porta do banheiro e sem querer bati em alguém e acabei caindo em cima de seus braços

– ah, desculpe eu.. – olhei me recompondo, era Jared e um arrepio me passou- f-foi sem querer... Oi Jared

Ele sorriu

– Está indo pro refeitório?

– Sim..

– Então eu te acompanho...

–okay

Andamos em silêncio por alguns segundos até que ele falou:

– Hey Peg, será que você pode me ajudar em uma coisa?

– Claro – eu disse sorrindo

– Bem...- ele disse passando a mão no cabelo- eu sei que você adora ler, e é fascinada por essas coisas do espaço e no momento eu tenho que fazer uma redação sobre como seria o mundo se mais planetas com vida fossem descobertos... e eu não tenho ideia por onde começar.. talvez você pudesse me ajudar, se não for pedir demais

Meus olhos se iluminaram

–Claro que ajudaria Jared, eu vivo pensando nessas coisas – dei um riso baixo, penso até demais as vezes.

– Então, eu estava pensando se nos encontrássemos hoje mesmo, pra adiantar todo esse processo – ele sorriu sem graça e eu sorri mais ainda

– Hoje? Aonde? - respondi

– Hmm.. aonde for melhor pra você

– Hmmm, vamos na biblioteca, tenho que fazer algumas pesquisas e devolver alguns livros, tudo bem?

–Tudo bem

–HEEEEY, ai estão as minhas pessoas favoritas do mundo! – Melanie nos esperava na porta da entrada do refeitório- Por onde andaram? Estou com fome

–Oi, amor – Jared disse dando um abraço e um selinho em Melanie- estava conversando com a Peg e ela disse que vai me ajudar com aquela projeto, não é ótimo?

– Maravilhoso - Melanie sorriu e veio me abraçar- não pense que escapou de me dizer o que aconteceu com a conversa com os olhos azuis brilhantes – ela sussurrou e eu olhei pra ela com uma expressão um pouco irritada

–Nós não conversamos – disse e fui para a fila do almoço

Ela veio atrás de mim ainda me olhando

– A gente não conversou tá Melanie? Seja lá o que ele tinha pra me falar, não me falou

– Nem por mensagem? – ela disse e eu encolhi os olhos

– como você sabe das mensagens?

Ela recuou

–aan.. hmmm...

– foi você! Você deu meu número a ele! Que vadia!!

–Ei, não, ele pediu seu número a Jared, dai o Jared veio me perguntar se podia e eu disse que sim

Olhei de Jared para Melanie incrédula e respirei fundo. Não, eu não ia explodir em um refeitório na frente de centenas de alunos.

Peguei meu almoço e fui pisando forte sentar em uma mesa que só tinha um lugar sobrando com alguns conhecidos. Tinha que ficar longe de Melanie por algum tempo. Jared e Melanie me seguiram mas viram que não tinha lugar sobrando

–Peg...- Melanie disse baixinho mas eu a ignorei e continuei olhando de cabeça baixa para a comida. E ai... Ela foi embora.

Eu não estava mais aguentando aquele lugar.


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Notas finais do capítulo

hahaha Peg gamada no impossível do Jared, tadinha. O sobrenome da Peg foi inspirado na Pétalas à Luz da Lua, como ia ficar muito estranho se eu colocasse só "Luz da Lua" e tal.. resolvi colocar só "Moon" que é Lua em inglês.
Sobre as mensagens de texto; sempre leio livros e fanfics em que a existência de celulares é quase inexistente e eu acho isso quase impossível, porque o celular está do nosso lado toda hora e por mais que falemos com uma pessoa todos os dias.. também nos falamos por mensagem e é isso ai, quero mostrar as coisas o mais real possivel muahaha então, as mensagens de texto vão ser bem constantes na história e bem informais com erros e abreviações, do jeitinho que escrevemos na real life. bem, é isso.
O próximo capítulo será postado na segunda feira, quero ter uma noçãozinha de como está indo a fanfic.
Entãaaao, é, é isso.
Adeus



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