The Magic Never End. escrita por CupCakeAzul


Capítulo 7
Princess Fantasy.


Notas iniciais do capítulo

Heey. Não me matem, please, mas eu realmente estava muito ocupada esses dia e não pude postar também por falta de criatividade.
Boa Leitura.



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Definitivamente eu não nasci pra isso, esse negocio de ser menina me incomoda de vez em quando, mas Miranda continua com seu incrível poder de persuasão e me convenceu a me enfiar em um vestido de gala preto (no mínimo ela me deixou colocar um vestido um pouco mais curto) e, por mais irreal que isso possa parecer, me fez largar meu lindo par de All Stars personalizados com canetinhas hidrográficas por um dia e calçar saltos altos que me deixam mais alta e desengonçada do que meus naturais 170 cm permitiam.

Minhas mãos suam frio só de saber que a família Stoll estará em massa na colação de grau (ou na parte chata, como costumo chamar). Bem, o pai de Connor provavelmente vai soltar fogos de artifício quando me ver, afinal a meu término com Tavis não impediu que eu e Hermes continuássemos com a grande amizade que construimos em três anos, ele era quase como um pai, mas ele e Connor são a parte boa da família. Ao contrario do que eu pensei que aconteceria, a mãe de Travis armou um barraco pra cima de mim quando soube o que aconteceu (pela boca de Travis, é claro) e vem infernizando minha vida até hoje com twites típicos de idosas de 50 anos como ela.

Algumas horas se passaram e, as sete e meia em ponto, Wil buzinava com seu recentemente adquirido carro. Saí de casa e logo percebi a personalidade de Will estampada no carro: parecia que ele havia saído de uma creche em que as criancinhas só usam marcadores de texto amarelos.

–Bela carroça – Juro que vi faíscas saírem pelos olhos de Will quando ele me olhou, mas logo se acalmou.

–Uau... você tá... linda. Mas não chame meu bebê de carroça ouviu? Ele me custou muito.

–Muito joelho no chão pra implorar pro seu pai?

–Também. – Rimos um da cara do outro e logo o carro já estrondava ao som de Imagine Dragons.

A escola ficava no bairro vizinho, porque nenhuma escola decente pode ser encontrada onde moramos e, apesar de ser publica não ficava muito atrás de escolas particular dos Estados Unidos. Quando olhei pela janela novamente percebi que o carro desacelerava a velocidade e logo paramos em algum lugar, cujo eu não fazia a mínima ideia de onde era. Ouvi um baque surdo e quando olhei para o meu lado esquerdo vi Will com a cabeça abaixada no volante.

–Como eu pude ser tão burro?

–Como você pode ser tão burro? Will, nós precisamos de comida e os carros precisam de gasolina!

–Eu sei Katie! Eu não sabia que não dava pra chegar okay?

–E você não sabe checar o painel? É bem fácil sabia?

–É claro que sim. Acontece que eu não tive tempo nem mente pra passar no posto.

–Você poderia ter se atrasado dez minutos pra me pegar em casa. Teria compensado mais.

–Tá, tá. Para de falar e me ajuda a fazer alguma coisa.

–Você é o dono do carro.

–Há dois dias. – Will murmurou e saiu do carro – Você poderia levantar a bunda do banco e vir me ajudar! – Ele gritou.

–Eu sou a dama aqui.

–Pouco importa.

Bufei e saí do carro, não sem antes tirar os saltos altos e colocar um par de chinelos uns cinco números maiores do que os meus pés que encontrei ali.

–O que quer que eu faça?

–Me ajuda a tirar o carro do meio da rua, antes que sejamos atropelados.

Bufei mais uma vez e prendi os cabelos em um coque frouxo.

Quinze minutos se passaram e não conseguimos sinal no celular. Que fim de mudo é esse lugar afinal?

–Vamos andar e ver se encontramos alguma loja ou qualquer coisa do tipo. – Will falou, desistindo finalmente de tentar fazer o carro andar sem nem uma gato de gasolina. As mangas de sua camisa social já estavam arregaçadas e a gravata com o nó desleixadamente afrouxado.

Andamos por mais quinze minutos e finalmente encontramos um barzinho de esquina típico de bairros como aqueles: sujo e empoeirado, o letreiro com as luzes apagadas e algumas letras faltando. Não era tão diferente por dentro, o lugar não muito grande contava somente com a luz de uma lâmpada amarelada e o atendente era careca, pançudo e cheirava a gordura.

–Com licença, o senhor poderia me emprestar seu telefone? – Will perguntou, apontando para um telefone antigo e exageradamente vermelho que parecia ser a única coisa realmente limpa naquele lugar.

–Vinte dólares – o homem barrigudo respondeu com a voz preguiçosa.

–O que? – Eu perguntei, aumentando o tem de voz com a indignação.

–São vinte dólares pra usar o telefone. – O atendente respondeu grosseiramente e com um olhar ameaçador e malicioso ao mesmo tempo, o que fez Will segurar minha cintura de forma possessiva, já tirando a carteira do bolso com a outra mão. – Mas só a moça pode usar. – Ele continuou.

–Não Will. – sussurrei no seu ouvido – Isso é roubo.

–Mas nós precisamos Katie.

–Não, a gente pode encontrar alguma outra solução.

–São só vinte dólares.

–Por uma ligação!

Quando vi ele já tinha entregado o dinheiro para o homem mal encarado e estava com o telefone na mão.

–Qual o telefone da Miranda?

Arregalei os olhos.

–Eu não sei.

–Não tem gravado no celular?

–Não, ela trocou ontem.

–E o do Connor?

–Não faço a mínima ideia.

–Okay, pra quem mais podemos ligar?

–Você deve ter o telefone de Travis.

–Kay, não vou te obrigar a fazer isso.

–Não vejo problema nenhum, estamos em uma situação precária.

–Poderia ligar para o Octavian.

–A essa hora ele já deve estar em coma alcoólico.

Will e eu bufamos ao mesmo tempo.

–Tudo bem. – Ele disse e pegou o celular no bolso. Logo eu já estava com o telefone na orelha e ouvia o "pi" irritante da linha do telefone.

–Alô? – Travis atendeu no terceiro toque. Fiquei sem voz na mesma hora e senti meus olhos encherem de lágrimas. – Alô? – Ele repetiu.

–Tra- Travis? – Gaguejei com a voz já embargada pelo choro.

–Katie? – Ele perguntou confuso. – Por que está me ligando?

–Hmm... Você já... Você já chegou na escola?

–Estou a caminho, por quê?

–Eu e... Eu e Will estamos meio que... perdidos.

–O que? Aonde?

–Espera. – Virei para o dono do bar. – Onde estamos?

–Cinco dólares. – Ele respondeu estirando a mão a espera do dinheiro. Will bufou e o pagou.

Repeti o endereço que o atendente informou para Travis.

–Chego em cinco minutos.

Tinha certeza de que Travis piscou ao dizer isso (cuja imagem me causou arrepios) e logo pisou no acelerador, só se preocupando em desligar o celular.

Saímos do bar e eu me sentei no meio fio. Will saiu por alguns minutos e logo voltou com meus saltos altos.

–Prontinho. Sua fantasia de princesa voltou.

Ele piscou.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem os erros e se alguma coisa saiu da história dos outros capítulos, porque faz tempo que não escrevo.
Beijos açucarados.



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