The Magic Never End. escrita por CupCakeAzul


Capítulo 5
Olho por olho, dente por dente.


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente. Então né, acabei de descobrir que não, ferias não são sinonimo de criatividade mais aguçada e menos tarefas. No sábado fui em um evento (Muito TOP) e cheguei em casa 2:00 da manhã já caindo na cama. No domingo acordei ás sete da manhã pra ir pra igreja e a tarde dormi tudo o que podia. Acordei com preguiça e nem toquei no notebook. E o resto foi falta de criatividade mesmo.
Enfim, o capitulo tá xoxo pra caramba, mas eu consegui postar (Aleluia).
Boa leitura.



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POV: Travis.

“Pois é galerinha, estamos no fim de mais um programa (Coros de Ahhh). E nós sabemos o que vem no fim do programa não sabemos? E aqui vai a frase da Green Eyes de hoje:
A gente aprende a aceitar a vida como a vida se apresenta. Fazer cada dia valer a pena...
Tirei do meu filme favoito, e tenho quase certeza de que é o seu também, o nosso querido clássico Titanic.
Tchau Tchau Jujubas, e até o próximo programa.”

Tirei os fones de ouvidos e desliguei o rádio, mas continuei deitado na cama, refletindo.” A gente aprende a aceitar a vida como a vida se apresenta. Fazer cada dia valer a pena...”, Titanic, era o filme preferido da Kay. Na verdade era o filme preferido de quase toda a população mundial, mas não o meu. Com certeza não.

Eu não vejo graça em filmes que o mocinho ou a bela dama morre no final. Titanic, Romeu e Julieta, ET Cetera, ET Cetera. Eles se amam, fazem de tudo, vencem qualquer coisa, e morrem. A mocinha ou o galã fica desolado, às vezes até se mata, e eles não ficam juntos. De que adiantou? NADA. Vai arrumar outro e viver feliz pra sempre, fim. Tão... Tão... Previsível. Não gosto de coisas previsíveis.

E assim chegamos a um ponto: é por isso que eu gostava (Lê-se: AMO) da Kay. Ela pode ser varias coisas: esquentada, fresca, perfeccionista, nerd, linda. Mas se tem uma coisa que ela insistiu em não ser, é previsível. Você nunca sabe se ela ira ficar nervosa, feliz, triste, indignada, surpresa, se iria se assustar. Com ela é tudo na hora, tipo, BOOOM, aconteceu e você não sabia, sambei na sua cara.

Agora, voltando ao mundo real. Eu e Will estávamos indo até uma lanchonete pra almoçar. Mas tem um detalhe: ele insistiu em trazer a namoradinha e eu, como sempre, fiquei Alone. Escolhemos uma mesa e eles se sentaram de frente pra mim.

Estaria tudo beleza e na paz se 1-) A namorada dele não fosse a Gardner 2-) Se eles fossem um casal normal e, por ultimo mas não sem importância 3-) Eles parassem de se pegar pelo menos um minuto. Minha Diabetes já estava no limite quando Will me chamou a atenção.

–Ei, cara. Você vai ficar com essa cara o dia todo?

–Eu só tenho essa, animal.

–Tá precisando trocar. – Will riu e Katie o acompanhou. – Agora fala sério, em quem ou no que você está pensando?

É meio obvio que eu não iria responder que eu estava pensando em mil e uma maneiras de assassinar Will Solace simplesmente por ele namorar a Katie, então tive que contar uma meia verdade, afinal esse assunto também não saia da minha mente.

–Você ouviu o programa da Green Eyes hoje? Super inspiradora aquela frase.

Vi Katie arregalar os olhos e olhar para o celular, disfarçando.

–Claro que eu ouvi, eu não perco um episodio. Você gosta Kay?

–Hm... Ah, claro, claro. Ela é, hm, muito, err, fofa não acham? Eu tenho que ligar pra Miranda pra, hm, ela me pediu pra ligar quando chegasse e... Eu já volto.

Katie foi pra fora, já digitando um numero no teclado do celular.

–Eu não acredito que com tantas garotas no mundo você escolheu justo a que descreve Green Eyes como fofo. Ela é estranha.

–Ela é a minha namorada, Travis. – Will deu um tapa na minha cabeça. – Você tem que aceitar, é tão difícil assim? Vocês podiam se dar bem. Algum motivo pra isso que você não me contou?

Ele me olhou nos olhos, uma das sobrancelhas levantada. Will, definitivamente, não sabia do que aconteceu. Ele chegou da Califórnia direto na minha turma da faculdade de comunicação. Era inteligente, bonitão, o tipo de cara que era disputado entre todas as garotas. Acabou se tornando meu amigo depois que percebeu que nenhum outro garoto o queria por perto por conta de “concorrência”, e adivinha pra quem sobrou né? Claro que pro otário aqui.

–Puuuf, claro que não? Tirou isso da onde? Eu, em.

–Qual é Travis? Eu vi muito bem você me fuzilando com os olhos.

–Quem não fuzilaria? Você traz a sua namoradinha em um almoço com um amigo, fica se pegando com ela, eu fico de vela. Se fosse uma namorada normal. Beleza, legal. Mas nãããão. Tem que ser a única garota da faculdade que é pirada. Afinal, ela cursa Matemática. Que tipo de pessoa se livra da Matemática do ensino médio pra fazer faculdade de Matemática?

–O que você acha que as pessoas cursam pra dar aulas de matemática pra gente no ensino médio Travis?

–Exatamente! Se as pessoas loucas não cursassem Matemática, não existiriam professores loucos de Matemática e nós não precisaríamos encontrar o valor de X. Entendeu minha teoria?

Will me olhou como se eu fosse um panda roxo com tutu cor de rosa dançando bale. Ouvimos o “Tlim-Tlim” agradável que vinha das portas e avistei Katie voltando e se se sentando à mesa, com um sorriso afetado no rosto. Ainda com o celular em mãos.

POV: Katie.

Quando ouvi Travis falar da Green Eyes, eu gelei. Eu sei, eu tenho muitos ouvintes, nenhum deles sabe ao certo quem eu sou, mas tenho. Porem, entre todos eles, eu nunca em toda a minha vida imaginei que Travis fosse um deles. O programa contava com musicas POP, frases inspiradoras e até conselhos amorosos. O único menino que eu realmente sabia que ouvia o programa era o T.S, ou seja: Will (ou eu acho que é ele). Afinal, eu já tinha pegado alguns grafites com minhas frases. Mas Travis, ele realmente não era do tipo que gostava de programas á moda antiga, pelo menos era o que eu achava, até hoje. Não sabia nem que ele sabia como funcionava um rádio,

Peguei meu telefone e sai pra fora da cafeteria, me certificando de tomar uma certa distancia da mesma e que não havia ninguém conhecido por perto. Logo disquei o numero de Miranda, que atendeu no segundo toque.

–Você não vai acreditar Miranda. Travis “Sei-Lá-Das-Quantas” ouve o meu programa, você acredita?

–Nossa Katie, você me assusta pra isso? Uma par de gente ouve o seu programa.

–Eu sei, mas ele é diferente, ele... ele... Aaah. Ele só não pode. Isso vai contra as leis da Física.

–Claro que pode, a rádio é aberta pra todo o Brooklyn. E o que Física tem a ver com isso?

–Tá, tá. Eu vou desligar antes que eles notem que eu estou demorando demais e decidam me procurar. Tchau tchau.

Desliguei antes que Miranda dissesse mais alguma coisa e voltei pra o meu lugar.

Conversa vai, conversa vem. Uns beijos aqui, uns amassos acolá (Com o Will, não pensem besteira). Travis emburrado Pra cá, Travis emburrado pra lá, Travis emburrado pra todo o lado, ia ia ô. Só sei que depois do que pareceram séculos, Will apertou minha mão e perguntou se poderíamos ir embora. Me levantei de imediato, um pouco animada demais. Ele pagou a conta e saímos da cafeteria, Travis alguns passos pra trás.

–Linda, eu vou pegar meu carro no estacionamento, me espera aqui okay? – Will disse.

–Okay. – Respondi.

–Okay? Okay. ­– Ouvi Travis dizer atrás de mim, a voz afetada como quem sente nojo. – Vocês me dão Diabetes.

–Cala a boca.

–Katie, Katie. Tão ingênua. Você acha que com você apenas me “mandando” calar a boca eu vou obedecer? Não sou mais seu cachorrinho. – Travis parecia irritado, levemente magoado e com alguma outra sensação que eu não conseguia identificar. Ele estava tão perto que eu poderia saber qual a marca de sua pasta de dentes – Olha aqui, tudo bem, eu já superei tudo o que você fez comigo, já superei a traição. Agora, ficar se pegando com o meu melhor amigo bem na minha frente. Isso já é tortura Katie, tortura. Olha, eu não quero atrapalhar a vida do Will nem nada, mas se você chegar perto de fazer com ele o que você fez comigo...

–Vai me ameaçar agora? – O interrompi – E que historia é essa de traição? Foi você que me deixou sozinha presa naquele inferno. E quer saber que se dane você eu nem sei por que eu sofri por causa disso. Nunca mais fala comigo tá legal?

Girei os calcanhares e fui embora sem deixar Travis dizer nem mais uma palavra, as lágrimas já rolaram por meu rosto. Eu não queria saber de mais nada. Não queria entender o que ele tinha dito. Só queria me trancar no meu quarto e chorar. Só isso.

Levantei a cabeça e enxuguei as lágrimas com as mangas do moletom azul. Eu não iria mais chorar, ou pelo menos tentar, por hora. Só até o baile de Miranda. Aguentaria, por ela. Miranda era minha vida. Meus pais trabalhavam como loucos e viviam brigando. Ela era meu apoio e eu era o dela. E, nesse momento, ela precisava de mim mais do que tudo, assim como eu também precisava do dela.


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Notas finais do capítulo

Tchau Tchau.



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