The Magic Never End. escrita por CupCakeAzul
Notas iniciais do capítulo
Heey, cupcakes. I'm Here again. Demorei, eu sei, mas ultima semana de aulas e tal... Agora adivinhem?? ESTOU DE FÉRIAS, ou seja, capítulos mais rápidos. Queria agradecer a linda da Karin que comentou meus dois capítulos. Beijos linda.
Espero que gostem do capitulo.
POV: Katie.
–Nunca Miranda! Isso nunca mais vai acontecer. Você já ouviu a palavra nunca? Pois se não ouviu, ouça agora o que eu estou dizendo: nós nunca, NUNCA, vamos voltar a ficar juntos está me ouvindo? NUNCA.
–Foi a mesma coisa que você disse pro Travis?
–Com todas as letras.
Miranda murmurou alguma coisa que eu não consegui entender. Já fazia algum tempo que eu e ela estávamos discutindo sobre o que aconteceu enquanto ela se enfiou em um provador de uma loja entupida de vestidos de gala e Connor foi atrás como um cachorrinho.
–Você também disse que nunca mais ia beijar o Travis. E olha aí.
–Nós definitivamente não nos beijamos.
–Não, só trocaram saliva e correram o risco de transmitir doenças.
–Foi só uma recaída okay?
–Então você admite que tenha uma queda pelo Travis?
–NUNCA.
–Então você nunca vai admitir que tem uma queda por ele por que não gosta de contar seus segredos mais obscuros?
–Miranda, você está sendo impertinente. – Eu disse, querendo mudar de assunto, mas eu mesma não consegui. – Quer dizer, você sabe tudo sobre mim e sabe que eu não gosto mais do Travis.
–Mas já gostou Kay, e muito. Você podia dar uma chance pra ele. E se tudo o que aconteceu, seja lá o que for porque você nunca quis me contar, foi um mal entendido? Já pensou nisso?
–Não Mi, não foi um mal entendido. – Eu disse. A súbita vontade de chorar me apareceu e senti meus olhos marejando e meus pulsos ardendo. – Ele me deixou muito mal, você sabe disso. Não posso negar, eu amava Travis com todas as minhas forças, mas quando ele se foi, elas não estavam mais aqui, tinham ido com ele. – Nesse ponto eu já chorava como um bebe deitada no colo de Miranda com ela acariciando meus cabelos. – Eu, eu não consigo nem lembrar o que aconteceu naquele dia. Não posso. Só de lembrar já me vem o pânico.
–Ei, fica calma. Eu estou aqui com você e Connor também vai estar a partir de agora, apesar de tudo o que você fez né. Isso não vai acontecer de novo. – Miranda me envolveu em seus braços com um abraço apertado.
–Miranda, vamos dar uma volta? Quero sair daqui. – Disse, limpando as lágrimas com as costas das mãos.
–Parabéns em... Essa minha irmã é forte.
–Tá, tá Miranda. Vamos sair logo daqui vai.
Andamos pelas ruas do Brooklyn, sem nenhum destino certo, até que eu vi algo que me deixou totalmente intrigada: um grafite do T.S, com a tinta ainda fresca, mas não era um grafite como todos os outros que ele fazia, com frases inspiradoras e desenhos com significados que ia alem do que qualquer um podia imaginar. Era só um grafite, simples assim, mas poderia dizer que foi o mais bonito que poderia ter visto em toda a minha vida. Na parede, que antes era totalmente branca, agora estampava olhos verdes extremamente grandes e brilhantes. Tinham cada detalhe, pareciam de verdade, o tipo de olhos que você quer tirar de alguém e grudar na sua cara, era simplesmente perfeito, perfeitamente simples. Paralisei e só voltei a realidade quando senti Miranda puxar minha mão com força, me tirando lugar ainda tagarelando sobre algum assunto que não fiz o mínimo esforço de tentar me interessar, estava encantada.
POV: Travis.
Naquela manhã eu acordei inspirado. Acordei, tomei um banho rápido, vesti meus costumeiros jeans, camiseta e tênis de corrida, peguei minha mochila de sprays e corri escadas abaixo, pegando uma maça na fruteira e dando um beijo na bochecha de minha mãe, saindo mais acelerado que um carro de corrida porta a fora. Corri por todo o Brooklyn procurando por uma parede limpa e quando encontrei logo tirei os sprays que precisaria, me lembrando de procurar dois verdes e me deixei levar, minhas mãos voavam como se tivessem vida própria rabiscando algo que só consegui identificar depois de algum tempo, mas continuei com detalhes.
Eu não sabia quanto tempo havia se passado, só sabia que fora o grafite mais demorado que já tinha feito, e também o mais bonito, com certeza o mais bonito. Eu tinha o costume de tentar inspirar as pessoas, colocava frases que te faziam refletir e desenhos de protesto, mas dessa vez poderiam não ter significado algum para outros olhos. Mas pra mim tinha, e muito. Eram os olhos em que muitas vezes me perdi, viajei pra outro mundo. Já eles chorando, sorrindo, tristes, até mesmo enrubescidos, mas principalmente bravos, não diria com raiva, só bravos. Bravos por pegadinhas idiotas, roubos de coisinhas bobas, selinhos roubados e etc... Mas com raiva foi só uma vez, um olhar que eu não desejo pra ninguém quando está raivoso, mas que pode te fazer delirar quando estão alegres. Os olhos de katie Gardner.
Eu não poderia me esquecer novamente. Agora ela estava com o Will, meu melhor amigo por sinal, e seria muito mancada eu admitir que, apesar de tudo, ainda gostava dela. Ainda mais quando ele está do seu lado, mas aquele beijo, ele me atingiu com um nocaute, me fez beijar o lona. Foram dois anos separados, seria o suficiente pra conseguir esquecer, admito que tenha esquecido, até ontem, mas depois do que aconteceu eu recaí, quando vi ela de novo a paixão veio a tona e naquele momento eu soube que o sentimento não tinha ido embora.
FLASHBACK: ON.
Miranda já estava no provador a quase meia hora e o tonto do meu irmão foi atrás. Katie estava sentada duas cadeiras depois da minha lendo um livro cujo minha dislexia aguçada não me deixou descobrir o titulo. Seus grandes olhos verdes estavam maiores ainda com os óculos de grau e ela parecia que não sairia daquela posição nunca mais. Pulei uma cadeira, tentando me aproximar, mas a Katie entendeu meu jogo e pulou uma também, se afastando. Pulei mais uma e ela também. Assim foi até Katie chegar na ponta da fileira, ainda sem tirar os olhos do livro não percebeu e quase caiu, mas eu consegui chegar a tempo de segura-la pela cintura, não conseguindo impedir que o livro caísse. Ela olhou pra mim, seus olhos, ainda raivosos, suavizaram ao se encontrarem com os meus. Sem medo algum me aproximei. Consegui a ouvir engolir seco e a ver fechar os olhos antes de encostar os lábios nos dela, só isso, sem nem mesmo fazer pressão, mas foi o suficiente pra me deixar com mais saudades ainda. Quando pensei em aprofundar, fui interrompido por um grito estridente. Quando olhei paro o lado encontrei uma Miranda com as mão na boca, chocada e meu irmão a abraçando pela cintura. Soltei Katie da mesma hora, me esquecendo completamente de que ela estava suspensa do chão, a fazendo cair em um baque surdo.
“Olha aí, o mundo girando
E a gente se esbarrando outra vez
Olha aí, o meu coração
Indo contra a razão
Sentimento não se desfez
Recaí quando te vi
E a paixão veio à tona
Fui a nocaute, beijei a lona
O meu corpo tremeu
O tempo passou, a vida mudou
Mas eu continuo seu.”
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A música é a Nocaute, Jorge e Mateus. Me inspirei totalmente nela depois que a linda da minha amiga terminou o namoro e chorou com essa música.
Beijokas azuis.