Proof of love escrita por Vitória Lucas


Capítulo 8
Visita.




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Por Jonas.

Nós chegamos da praia exaustos, só demos banho nas crianças, tomamos banho e fomos dormir.

Eu dormi durante umas 4 horas e já levantei com disposição pra mais um dia na praia, e iria realmente pra lá se não tivesse que ir pra Califórnia. Eu não quero voltar lá, principalmente se for pra fazer uma "visita" pro LED, aliás, eu nunca mais queria ver esse ser na minha frente. Mas a vida nem sempre sopra a nosso favor, não é mesmo?

Terminei de me arrumar e coloquei as malas no carro. Voltei pra casa me despedi das crianças, que continuaram dormindo, e da Verônica que tinha acordado estava na porta do nosso quarto. Ela me abraçou de lado e me acompanhou até o carro. Antes de entrar no carro eu a beijei.

– Não precisa se despedir assim, menos de uma semana eu to de volta. Sei que eu sou irresistível e que é difícil ficar longe de mim. - Disse convencido e ela me deu um tapa de leve no ombro. - Mas eu tenho que ir se não perco a permissão de decolar. - Beijei sua testa e lhe dei um ultimo selinho antes de entrar no carro.

Edmílson entendeu que já estava tudo "Ok" e deu partida no carro. Vi a Verônica se afastando e afastando, até não a vi mais e me concentrei nos papeis sobre a reunião.

Eu quero voltar, e logo.

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O jatinho pousou e eu só tive que esperar alguns minutos para embarcar no helicóptero. O diretor da prisão era o pai de um funcionário da Marra, e estava atendendo as minhas mordomias para conseguir uma promoção para o filho, então ele improvisou um lugar para pousarmos com o helicóptero. Sobrevoamos uma parte urbana, mas logo avistei o deserto. Depois de um tempo vi o presidio e pousamos na única rua que havia ali perto. A única ligação do presidio com a área urbana. Se alguém fugisse do presidio morreria no deserto ou seguiria aquela rua até chegar a rodovia, que ficava a uns bons quilômetros dali, mas duvido que conseguiria antes que a policia o encontra-se. Desci do helicóptero e logo fui recepcionado pelo diretor, que estava escoltado por três policiais. Ele era gordo, estava de social, e suava pra caramba. Ele veio me abraçar e eu estendi minha mão. Eu não abraçaria aquele cara nem que me pagassem. Ele, percebendo que não o abraçaria, apertou minha mão e sorriu amarelo, pareceu nem se importar por eu não ter o abraçado.

– Jonas Marra!!

– Jo.. !! Jo.. Jos? - Eu realmente não lembrava o nome dele. - Desculpe, como é mesmo o nome do senhor?

– Não é nada. Meu nome é Joseph Cemer! Pai do Joseh Cemer Jr!!

– Sim, Sim. Do seu filho eu me lembro! Muito bom garoto... -Ele pareceu encantado com o meu elogio, ficou me observando com os olhos brilhando, só faltou babar. Eu sorri amarelo. - Podemos entrar?

– Oh, claro.

Nós passamos por uma porta e depois por alguns guardas e uma mulher me barrou, ele a fuzilou com os olhos.

– A bolsa. O que tem dentro dela? - Ela era morena, cabelo preto preso em um rabo de cavalo.

– Uma arma muito letal... - Ela puxou a pistola e iria apontar pra mim, mas eu completei: - Um Marrabook. - Sorri amarelo e ela bufou alto. Joseph riu alto. A piada nem tinha sido tão boa assim.

– Posso ver? - O diretor parou de rir e voltou a fuzila-la novamente. Ele ia intervir, mas eu entreguei a bolsa a ela.

– Claro. Afinal, esse é o seu trabalho... - Dei de ombros.

Ela tirou todas as coisas da minha bolsa ( Marrabook e o Marra tablet) e olhou todos os outros bolsos, colocou as coisas na bolsa novamente e me entregou. Antes que ela fizesse menção de que iria me revistar, o diretor abriu caminho com sua grande pança, fazendo com que a policial saísse da frente.

Nós passamos por alguns portões até chegar a sala do diretor. Ele se sentou na cadeira atrás de uma mesa e eu me sentei na outra, ficando de frente pra ele.

– Água, café, suco ou Whisky ?

– Whisky.

Ele se levantou e serviu um copo pra mim e outro pra ele enquanto eu ligava o meu Marrabook. Tomei o copo de whisky enquanto programa o sistema de câmeras, ninguém teria provas de que eu estive aqui.

– Eu não entendo nada quando meu filho começa a mexer nessas coisas de códigos, igual você esta fazendo... Aliás o que você está fazendo? - O gordo pergunto, levantei meu olhar e ele já estava sentado na sua cadeira de novo.

–Estou conversando com um funcionário da Marra. - Menti. - Mal cheguei aqui e já tenho que resolver problemas...

– Ah, sim. - Ele concordou com a cabeça. - Aqui também é assim, passo um dia fora e já tenho muitos papeis pra ler...

Terminei.

– Pronto. Posso fazer a visita agora?

– Sim, claro. - Se levantou - Eu levo o senhor até lá

Nós saímos da sala e andamos até a cela de visitas. Eu entrei e fiquei lá em pé esperando o Led. Um homem enorme que teve de passar de lado na porta entrou e se sentou. Com o olhar baixo, nem me viu ali. Esse era mesmo o Herval?

– Herval Domingues ou Luis Edmundo Diniz? - Ele enfim olhou pra mim, seu olhar ardeu de raiva quando me viu.

– Jonas Marra! - Ele riu. - Sentiu minha falta?

– Muita saudade !! Você não sabe quanta... - Disse irônico.

– Sente-se a casa é sua, ou quase igual a sua. – Ele tinha um sorriso irônico.

– Até nisso eu sou melhor que você. O presidio pra onde me mandaram era bem melhor que esse. - Me sentei na cadeira na frente dele. - Vamos lá Led... Se eu soubesse que você tinha recuperado seus 100 quilos teria trago um óculos pra você ficar igual antes. - Eu ri e ele tentou se levantar, mas bateu a barriga na mesa e caiu na cadeira. Eu ri mais e ele se controlou. - Eu quero saber quem e aonde esta o sujeito que esta me espionando no Brasil! Se você não disser por bem, vai dizer por mal...


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Notas finais do capítulo

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