Proof of love escrita por Vitória Lucas


Capítulo 7
Farofeiros


Notas iniciais do capítulo

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Por Verônica.

Acordei, coisa que eu não queria fazer a essa hora, pois pretendia dormir por muito mais tempo, com as crianças pulando na cama e gritando que iriam a praia.

– Parem de pular, eu quero dormir !! –Tampei os ouvidos com o travesseiro e me enfiei dentro da coberta. Eles pararam e desceram da cama e logo depois alguém puxou a coberta, olhei pro lado e o Jonas estava jogando a coberta lá no outro canto do quarto.

– Bom dia, meu amor! – Ele estava rindo pois sabia que eu odiava acordar cedo, principalmente com tanto barulho.

– Bom dia, mamãe! – As crianças disseram uma depois da outra. Elas estavam do lado do Jonas e já estavam arrumadas para ir a praia.

– Ainda não acredito que você não acordou com esse povo lá fora fazendo barulho...

– Que povo que ta ai?

– Os ex-Marras da Taquara. Agora levanta e se troca que só falta você.

– Quem disse que eu vou? Eu vou ficar aqui e dormir mais um pouco, depois encontro vocês lá... – Tampei meu rosto com o travesseiro. Senti alguém me puxar da cama e me colocar sobre o ombro e comecei a me debater. – Jonas, para !! Me põe no chão!! Jonas !!! – As crianças estavam rindo enquanto ele me levava para o banheiro.

– Eu tentei, juro que eu tentei te acordar de uma forma delicada, mas você só acorda, realmente, depois de um banho. Então... – Ele começou a ligar o chuveiro.
– Jonas Marra se você me molhar eu vou te dar uns tapas na... – Nem terminei a frase e ele me colocou na banheira.

– Operação evacuar! Crianças é hora de correr! – E eles saíram correndo me deixando com roupa dentro da banheira a não sei que horas da manhã. Pelo menos a água estava quente. Sai do banho enrolada na toalha e em cima da cama tinha uma bandeja de café da manhã com suco, pãezinhos de queijo, frutas e um brigadeiro no canto. Sorri, ele se lembrou do meu brigadeiro. Eu sempre comia um brigadeiro, ou mais, de manhã. Comi tudo que tinha na bandeja. Me troquei e fui pra sala. Estava todo mundo sentado no sofá me esperando. Nem precisei anunciar a minha presença.

– Amém! A Bela Adormecida acordou ! Vamos, peguem as coisas... – Glaucia disse enquanto levantava e ia até a porta. Os outros também resmungaram alguma coisa sobre eu demorar pra acordar. Eles que chegam cedo demais e ainda reclamam.

Fomos até o lado de fora e percebi a falta de Jonas, mas logo ele apareceu com o Danilo cada um com uma prancha.

– O tio Jonas, se tem certeza que vai levar isso?? – Danilo disse enquanto colocava a prancha encostada no carro.

– Primeiro, tira a prancha do chão, sua anta, isso risca. Segundo, eu vou levar, e para de perguntar as coisas menino! – Ele colocou as pranchas em cima do carro.

– Papai eu vou surfar com você! – Pedro disse já pulando. – E eu também !! – Helo acompanhou.

– Esse ai não conseguia pegar uma onda... vivia caindo! – Glaucia disse rindo, e todo mundo riu também, menos o Jonas.

– Isso não é uma prancha de surf...

– É o que então? – Marisa perguntou.

– Uma prancha de stand up, Jonas? – Matias respondeu meio receoso.

– Isso. Agora parem vocês também de fazer perguntas e vamos logo.

Fomos em três carros, o primeiro estava eu, o Jonas e as crianças, no segundo a Danuza e o Matias, e no último o Silvio, a Marisa, a Glaucia e o Danilo. Depois de uns 20 minutos chegamos a praia e começamos a descarregar as coisas. O Jonas praticamente só trouxe protetor solar e toalhas, enquanto o Silvio descarregava um monte de coisa do carro. Depois escolhemos um lugar e montamos a barraca, as cadeiras e os guarda-sóis.

– Mamãe eu quero ir pra água! – Helo grudou na minha perna.

– Meus amores, já vou passar protetor em vocês. Deixa só o papai trazer. – Sentei nas cadeiras com eles e logo o Jonas chegou com os protetores. Eu passei no Pedro e ele na Helo. E depois eu passei no Jonas e ele em mim.

– Agora nós vamos? – O Pedro perguntou.

– Mãaae, estou indo pra água.

– Toma cuidado com meus netinhos, Jonas.

– Ok, Lalaucia. –Ele olhou pra ela com o olhar sapeca. Ela odiava o apelido “Lalaucia”.

Jonas começou a correr com as crianças em direção ao mar. Eu preferi ir de vagar apreciando os três correndo e brincando, é impossível não sorrir com a cena.

– Mamãe, vem logo! – Helo disse. Eles havia me esperado pra entrar no mar.

Mal cheguei perto da água e eles começaram a jogar água em mim. Joguei água neles também, não adiantou muito porque eram três contra uma. Hoje eles tinham se juntado contra mim. Nós entramos de vez no mar e ficamos lá brincando, logo todos entraram na água, menos a Gláucia e a Marisa. Ficamos lá até que a Marisa nos chamou pra comer alguma coisa. Na barraca tinha sanduíches, sucos, e aperitivos. Jonas abriu uma vasilha e começou a rir. Que louco. Abriu de novo e riu mais ainda.

– Vocês não perdem o costume de pobre. Vocês trouxeram frango com farofa!! – E apontou pra vasilha. Eu, a Danuza, o Matias e o Danilo começamos a rir também. Farofeiros de carteirinha.

– Foi o Nacho que fez, Jonas. Não é a nossa de pobre não, isso ai ta um nível bem a cima. - Nós não parávamos de rir. – Quem pediu foi o Silvio!

– Farofeiros!! – Jonas disse depois que parou de rir. - Farofeiros de carteirinha. - Caímos na gargalhada.

Nós comemos e estávamos descansando, enquanto as crianças brincavam na areia. O Jonas estava deitado do meu lado na cadeira de praia, na realidade estávamos espremidos na cadeira. Enquanto ele afagava meus cabelos molhados eu cai no sono. Acordei com os beijos do Jonas no meu pescoço.

– Vem, eu quero te mostrar uma coisa. – Me puxou para que eu levantasse.

Ele pegou a prancha e me deus os remos para que eu levasse.

– Eu não vou ir nesse treco não, as ondas vão me derrubar.

– Amor, nós vamos num lugar mais calmo. – Segurou minha mão enquanto pegava a prancha com a outra mão. – Vamos.

Nós caminhamos até chegar em uma rocha enorme que indicava o fim daquela praia, lá a água era calma.

– Eu não vou subir nisso não. – Protestei quando estávamos entrando na água.

– Para de ser medrosa! – Puxou minha mão e eu o acompanhei .

Nós entramos na água, quando ela ficou na altura dos joelhos ele pegou os remos e subiu em cima da prancha e eu me sentei no meio dela, de frente pra ele.

– Vou te mostrar o melhor pôr do sol daqui do Rio. – E começou a remar.
Ele remou até estarmos um pouco longe da costa, onde tínhamos uma bela visão do grande e poderoso Sole se sentou ao meu lado.

– Aqui é lindo. – Disse maravilhada.

– Eu vinha aqui com o meu pai. Na época nós remávamos até aqui e ficávamos admirando o Sol se pondo... Nem minha mãe sabe disso. Só nós dois vínhamos aqui.

– É um lugar especial pra você... – Completei. Ele puxou minha cintura pra perto dele.

– A ultima vez que vim aqui, fiz uma promessa. – Ele fitava o Sol. – Prometi a meu pai que só traria alguém muito importante pra cá. Na correria dos dias em que estive com você me lembrei desse lugar, queria vir aqui com você apenas pra dizer “Te amo” e que independente de qualquer coisa eu vou estar ao seu lado, sempre. – Ele olhou pra mim. – Verônica, eu poderia te pedir em casamento, aqui e agora, pois aqui é o local ideal, mas não é o momento. Tudo o que nós passamos até agora é pra nós mostrar que somos fortes, mas creio que ainda tem muita coisa por vir. Quando elas vierem, lembre-se do bobo apaixonado que estava aqui com você, lembre-se de tudo que já enfrentamos, dos nossos filhos, lembre-se de mim. Um dia nós voltaremos aqui, e nesse dia eu irei pedir você em casamento, pois tudo vai ter passado e nós iremos viver o nosso “Felizes para sempre” . – Eu estava com os olhos marejados, e quando ele viu que eu não responderia porque não tinha palavras para me expressar, me beijo delicadamente.

– Eu te amo – Disse depois do beijo.

– Eu também te amo!

Nós nos abraçamos de lado e ficamos ali, vendo o grandioso Sol se recolhendo.


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Notas finais do capítulo

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