Proof of love escrita por Vitória Lucas


Capítulo 10
"Revenge"




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– Katherine... Eu quero você fora da minha sala... agora!

– Gosto quando você está assim nervosinho... –Ela tentou se aproximar, mas eu a puxei pelo braço de novo.

– O nosso caso foi a quatro anos atrás quando eu ainda estava com a Pâmela. Você acha mesmo que eu viria aqui e nós iriamos continuar o que começamos?

– E no Brasil, em Brasília, não conta? Você me convidou pra ficar uma semana com você lá e eu só fiquei um dia, porque você praticamente me expulsou de lá. Você me deve uma explicação, não acha? – Eu ainda me pergunto o que eu tinha na cabeça quando fiz isso. Trazer uma amante da Califórnia pra passar uma semana comigo sendo que eu estava apaixonado por outra, quem nem era a minha esposa.

– Foi um erro te trazer pro Brasil. Aquela semana era pra eu colocar minha cabeça no lugar, e eu precisava de você pra me fazer esquecer a Verônica, mas ai ela chegou lá e eu percebi que seria difícil esquecer aquela mulher. Então eu mandei você de volta e me entreguei aos sentimentos que tinha por ela.- A encarei e ela olhava para o chão. – As coisas mudaram... Eu não sou o mesmo... – Eu soltei seus braços e no mesmo instante ela me empurrou na cadeira e caiu em cima de mim, me interrompendo.

– Cansei do seu discurso!! – Sorriu malicioso antes de me beijar calorosamente.

Tentava me desvencilhar dela sem machuca-la, mas ela havia me prendido entre ela e a cadeira. Então empurrei ela com toda a minha força e ela caiu no chão e foi escorregando até bater na parede.

– Fora da minha sala, AGORA !! – Gritei a olhando com os olhos faiscando de raiva.

– Eu não acredito que vo...

– Fora, agora !!

Ela continuava senta me encarando incrédula, e eu diria, com um pouco de medo.

– Eu tentei não perder a paciência, mas você não colaborou. Agora levanta e vai embora. Nunca mais ouse me procurar. Entendeu?

Ela se levantou, arrumou a saia e a blusa e me encarou com os olhos marejados pela ultima vez antes de sair.

Murphy havia mandado uma agenda para o assistente da Califórnia. Eu participei de algumas reuniões que realmente importavam, e o melhor, não encontrei Katherine pelos corredores.

Depois que cheguei no hotel tomei um banho relaxante iniciei uma chamada de vídeo com o Murphy.

– Muito obrigado Murphy. Aquele assistente é um incompetente, me fez assistir a apresentação dos novos designs de eletrônicos infantis. Por que eu não te trouxe em Murphy?

– O senhor achou melhor eu ficar e ajudar o Davi, Boss.

– O carregamento do MarraPop 5 já chegou?

– Sim, Boss. Davi já preparou a apresentação, ele falou que iria lhe mandar amanhã.

– Já falou com ele sobre aquilo que te pedi?

Antes que ele pudesse responder a Verônica iniciou uma chamada de vídeo, deixando a tela dividida.

– Boa Noite, amor! – Ela se jogou na cama e o tablete caiu. Eu ri.

– Murphy, depois conversamos. Boa Noite.

– Boa Noite, Boss.

O rosto do indiano sumiu da tela do computador, deixando só a Verônica, que tinha acabado de pegar o tablete do chão, ocupando a tela inteira

– O que a senhorita faz acordada a essa hora?

– To sem sono.

– Você o que?

– To sem sono.

– Pensei que morreria e não escutaria isso. Fala de novo que eu vou gravar.

– Para de ser bobo Jonas. – Ela soltou um sorriso.

– O dia que eu parar de conseguir fazer você rir a nossa relação vai ter acabado.

– Do jeito que você é bobo e eu dou risada fácil, a nossa relação vai ser eterna. – O sorriso agora estava de orelha a orelha. – Você resolveu o problema de hoje mais cedo?

– Uhum. – Comecei a mexer no celular. Típico quando estou meio nervoso.

– E o que era?

Suspirei enquanto colocava o celular de volta na mesa.

– Você me conhece não é mesmo? – Ela concordou. – Tem certeza que quer saber? Se não vai gostar nem um pouco porque...

– Desembucha Jonas.

– Uhm... Bom... É... Katherine é o nome do problema, mas eu já resolvi.

– E como você resolveu? – Ela estava seria agora.

– Eu mandei ela ir embora e não me procurar mais...

– Ela trabalha na Marra?

– Sim. Eu tinha um caso com ela antes de vir para o Brasil, e quando estava ai também. Quer dizer, no começo. Antes da gente. Mais o menos isso... Não falei que você não ia gostar!! Vai ficar com isso na cabeça até eu chegar ai...

– Já esqueci. – Ela sorriu. Mas eu sei que não é verdade.

Apareceu uma notificação no canto da tela indicando que eu havia recebido um email, quem havia enviado era um anônimo. Lá vamos nós de novo. Abri o email enquanto a Verônica tagarelava sobre o tal jantar que ela foi. O assunto era "REVENGE", vinha de um anônimo, só poderia ser James. E de fato era, só havia um anexo, sem título, que eu abri, nele tinha algumas fotos das crianças chegando na casa da minha mãe.

Minha cara teve ter mudado de expressão radicalmente porque logo a Verônica parou de falar e perguntou o que estava acontecendo.

– Cadê as crianças? – Perguntei sem desviar o olhar das fotos.

– Estão na sua mãe, mas porque...

– E o Davi?

– Ta lá também. Jonas você ta me preocupando...

– Liga pra ele e manda ele acionar aquela merda da barreira contra drones.

– Aquela pessoa não... – Concordei com a cabeça antes dela terminar a frase. – Ai meu deus, Jonas.

– Ele não deve ter feito nada, igual as outras vezes. Ele só fez isso pra dizer que continua no comando, o que não é verdade. Se acalma, não é nada demais. Eu vou desligar, porque vou resolver as coisas aqui o mais rápido possível, vou fazer de tudo pra amanhã de noite já estar voltando.

– Aonde você vai?

– Eu vou fazer uma visitinha rápida a alguém.


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Notas finais do capítulo

Sou a favor dos comentários ;)