Diário de um Anjo Negro escrita por Jenny BiPuPiJiCo


Capítulo 19
Mais um capítulo do diário e o beijo do demônio


Notas iniciais do capítulo

Hamburgo, Alemanha, 7 dias antes
P.O.V. Demetria Hayley
Carolyn se foi e tudo voltou ao normal. Quer dizer, não é todo dia que uma garota aparece do nada falando que conhece você e que seu namorado é amigo dela e do mesmo modo, some. Bem, sinceramente, fiquei curiosa quanto á ela. Gostei dela, ela me parece ser uma garota forte de espírito e de potencial. Só de olhar pra ela senti um pouco de medo e ao mesmo tempo, calma.
Sem ela ou Ash aqui, me sinto sozinha. O apartamento é enorme demais pra uma pessoa. “Será que é assim que Ash se sentia aqui?” Suspiro profundamente e volto pra cozinha, tenho que limpar essa bagunça. Quando termino, volto ao banheiro e me olho no espelho. Vejo que meu cabelo está ressecado, com pontas quebradiças e a tinta vermelha está desbotada e fora que a raiz já cresceu um palmo. Ele tá metade castanho-escuro, sua cor natural e metade vermelho, a cor que tingi antes de ser levada pra aquele hospital maldito. Estremeço só de me lembrar daquele lugar.
Decido que tenho que cuidar do meu cabelo. Vou até o quarto e procuro no guarda-roupa e nas roupas de Ash se ele deixou algum dinheiro. Nada. Vou até o criado-mudo e encontro 200 euros. “Serve. Bem, ele comprou tudo que necessito então, não tem problema eu gastar isso aqui.” Pego o dinheiro e coloco no bolso do short. Amarro meu cabelo num coque e procuro um sapato. Achei uma bota que vai até o joelho, sem salto. Á coloco e vejo que é do meu número. “Se não foi Ash que comprou ela, alguma vadia deixou aqui. Ou ele pegou de suas amigas. Tanto faz...” Vou até a porta do apartamento e vejo que a chave está pendurada num grampo ao lado. Pego ela e saio.
Desço as escadas porque preciso me exercitar. Chego à portaria e o porteiro me olha com uma cara estranha.
— Boa tarde... – digo, baixando a cabeça.
— Boa tarde senhorita, o senhor Ashley disse-me que o que você precisasse, poderia falar comigo. Quer alguma coisa?
— Ah, não precisa se importar... Eu só vou até o supermercado aqui perto. Eu sei onde é. Juro que não demoro. Se acontecer alguma coisa, por favor, avise ao Ashley.
— Tudo bem... – eu saio antes que ele diga mais alguma coisa. Eu sei que não é seguro, mas vou ser rápida. Saio do prédio e olho pros lado, vasculhando se há algum policial ou algo assim. Nada. Saio pra calçada e cinco minutos depois, encontro uma lojinha de cosméticos. “Perfeito. Dever ter tinta.” Eu entro e vou direto na seção “CABELOS”. Pego um descolorante, uma tinta rosa e uma azul claro. Pego também shampoo, condicionador e uma máscara de hidratação e vou até o caixa. Não há fila, o que é bom. A moça do caixa passa tudo bem rápido.
— 69 euros senhora. – dou uma nota de 100 e ela me dá o troco. Saio da loja e olho pros lado de novo. Nada. Volto pro prédio.
— Viu? Não demorei. – falo pro porteiro, mostrando as sacolas e ele dá um sorriso. Subo de elevador. No terceiro andar, um cara entra, mas não fala nada. Paro no meu andar, entro no apartamento. Está tudo normal. Vou direto pro banheiro e começo o trabalho.
Meu cabelo está um pouco abaixo do ombro, mas muito feio. Lavo ele e dou uma banho de creme. Acho uma tesoura na gaveta e começo a cortá-lo. Deixo ele na altura do meu queixo. Descoloro-o deixando quase branco. Começo a pintá-lo de azul, apenas na parte de trás e depois rosa, no restante. Duas horas depois, ele está completamente pronto. Analiso meu trabalho. “Perfeito. Ninguém vai me reconhecer assim, talvez.”
De repente, escuto um barulho no quarto. De janela abrindo e depois um estrondo. Alguma coisa caiu no chão, grande. Meu coração dispara, por reflexo, pego a tesoura colocando-a de forma que eu fosse atacar alguém. A coisa se arrasta pelo quarto. Saio do banheiro e vou me aproximando do quarto, vejo que a porta está encostada pela metade. Não dá pra ver nem a cama nem a janela. Escuto a cama rangendo. A coisa deitou nela. A cada passo me aproximo mais da porta, quando chego nela, eu paro. Começo escutar claramente ruídos como se fossem gemidos, de dor. Empurro a porta e ela lentamente vai se afastando. Então, eu vejo penas cheias de sangue no chão e em cima da cama, Ashley. Todo cheio de sangue. Suas asas estão encolhidas, ele está de barriga pra baixo, nem se mexe. Largo a tesoura e corro até ele.
— ASHH!! – eu sacudo ele, mas ele não reage. – Ashley! Diz alguma coisa! ASH!! – de repente, ele solta um grito e se levanta, sentando na cama. Seus olhos estão brilhando, aos poucos volta ao normal. Ele me olha com eles arregalados.
— Demi... Ah, me desculpe... Não queria te assustar... Estou muito fraco e nem... Pensei em te procurar ou algo... Assim... – ele cai de frente, na cama, e eu o seguro.
— Recolhe suas asas, tenho que ver seus ferimentos! – ele obedece e com isso, gemendo. “Oh Céus... Suas asas estão quase sem pena alguma e parecem quebradas...” Começo a chorar, imaginando sua dor, imaginando o que eu poderia fazer pra ajuda-lo. – Ash, o que aconteceu?
— Lúcifer nos atacou... Levou Andy... Matou Dani e tirou as asas de Jinxx... Foi horrível... Não consegui ajuda-los... Demi, não sei onde está Carolyn, se ela está segura... E nem posso ajudar agora... Os outros... Não sinto eles... – ele está chorando.
— Shh... Calma, uma coisa de cada vez meu amor. Vamos tratar de suas feridas primeiro e depois você vai ajuda-los. Do que precisa? Ah, comida. Muita comida e descanso. Já volto. – coloco sua cabeça no travesseiro, calmamente. Seu corpo inteiro está cheio de feridas abertas, mas o sague já coagulou. Suas calças estão um trapo, então decido tirá-las, deixando-o de cueca. Rapidamente vou pra cozinha e pego tudo que tem lá, verduras, hambúrgueres, sanduíches, doces, brigadeiro, água e com um pouco de dificuldade, coloco em cima do criado-mudo. Forço-o a sentar. Ele está com os olhos fechados e a cada toque, ele solta um gemido ou enruga a cara.
— Calma... Toma. – dou água pra ele num copo e aos poucos ele bebe. Pega a comida e vou dando pra ele. Passo o resto da tarde fazendo isso e vejo que suas feridas começaram a se fechar.
— Demi, chega... Preciso dormir agora... Qualquer coisa, por favor, me acorde. Faça qualquer coisa, me espete, jogue fogo, ou sei lá o que.
— Tudo bem... Descansa meu amor. Vou cuidar de você. – ele sorri e me beija. Em seguida, deita e dorme tranquilamente.
Eu apenas o observo e fico assim durante sete dias.
...



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P.O.V. Jake

Sempre tive inveja dos outros. Conseguiram achar seus amores e eu nem no céu tive essa oportunidade. Ash, ainda sim, conseguiu se apaixonar por Carolyn no céu e na terra encontrar seu verdadeiro amor. E eu? Fico chupando dedo.

Quando Gabee perdeu Davi e Andy perdeu Carolyn, como achávamos, fui consolar apenas Gabee. Devo admitir que foi porque vi uma oportunidade nela, de que ela gostasse de mim e eu me apaixonasse por ela também. Chegamos a transar, mas não rolou nada mais do que uma simples atração. Hoje em dia temos carinho um pelo outro, mas nada mais que isso.

No céu, fiquei atraído por Nick, mas ela disse que estava apaixonada por outro, o Christian. Carolyn sempre teve olhos para ela mesma e isso só mudou quando se aproximou mais de Andy. Dani, eu nunca nem tinha conversado com ela antes de cairmos. E ainda sim, não senti nada por ela. Aqui estou eu. Cercado de mulheres lindas, mas que são apenas minha amigas ou algo assim. E quando tento fazer algo mais do apenas dizer, elas acham que estou com segundas intenções. E na verdade, estou mesmo.

Sinto-me muito sozinho. E a cada vez que vejo meus amigos se beijando, trocando carícias, uma grande raiva e tristeza toma conta de mim. Eu já me confessei pro Andy e pro Jinxx. Eles disseram que me entendem, mas Andrew me avisou que me mataria se eu encostasse um dedo em Carol, ele não pensaria duas vezes nisso. E o mesmo eu imagino com Christian e Ashley. Aquele beijo que Ash deu em Carol, na escola, foi apenas um teste, mas pro azar dele, Andrew não viu dessa forma.

Enfim, aqui estou eu, sozinho com Carolyn, dentro de um carro, á caminho do deserto, por vários dias sendo seu guia, protetor e ajudante e ela nem sequer olha pra mim. Fica ali, colada na janela, olhando pro nada e aposto que está pensando no “senhor Girafa de olhos azuis.” Reviro os olhos quando penso nisso. Volto a me concentrar na estrada. Nesse ritmo, em dez dias consigo atravessar o os dois países que faltam e chego ao Egito.

De repente, Carol começa a se debater e gritar. “Ela estava dormindo?” Sim, seu burro. Já tem 14 horas que estamos na estrada. Ela tá tendo um pesadelo novamente. “Droga! O que eu faço?” Piso fundo no freio e começo a sacudi-la.

_ Carolyn! Acorde! Carolyn!! – ela solta um berro e abre os olhos e dá um pulo que chega a bater a cabeça no teto do carro. – Opa! Calma, calma... Sou eu, Jake... Foi só um pesadelo, calma...

_ Jake... Eu sei que é você... Só... Ah, sei lá... Meu pesadelo foi horrível... – ela faz uma cara de choro.

_ Oh, não chore. Já disse que não gosto de mulheres bonitas chorando. Veja bem, me conte o sonho, talvez isso ajude. – ela me olha, engolindo o choro.

_ Eu vi Andy... Ele estava acorrentado, ajoelhado de frente pro Lúcifer... Não deu pra ouvir nada. Eu estava vendo de cima, como se estivesse voando ou algo assim. Era como se fosse um filme mudo... – ela começa a chorar. “Droga.” – Andy estava muito machucado, suas asas estão baixas e quase sem pena... Ele estava de cabeça baixa enquanto Lúcifer berra alguma coisa pra ele. Ele berra de volta e Lúcifer caminha até ele, colocando suas mãos na cabeça dele... E ele começa a berrar... Eu sei disso porque ele começa a se contorcer e tentar quebrar as correntes... Ele joga a cabeça pra trás e consigo ver sua boca aberta como se estivesse gritando... Mas nada que ele tente, funciona... E então, aqui estou...

_ Droga... A estrelinha está fazendo justamente o que pensávamos Carol.

_ Percebi... – ela enxuga as lágrimas e suspira. Olha pro horizonte e depois pra mim. – Jake, tire os óculos, por favor... Gosto dos seus olhos. – eu tiro. – Bem, que tal continuar dirigindo?

_ Ah, sim... – volto ao volante e ligo o carro novamente. Ela se vira e pega umas bolachas da mochila e come com suco de caixinha. – Está melhor? Veja bem, temos que ser fortes pra enfrentar todas as coisas daqui pra frente, principalmente o Andy.

_ Eu sei Jake. Sim, estou bem... Quer saber, vou ler um dia do diário. – ela pega o caderninho e abre numa página. – Quer ouvir?

_ É... Tudo bem... Mas Andy não acharia ruim?

_ Creio que não. Vamos lá. – ela começa.

“25 de Maio de 1.114

Diário

Finalmente acordei. E devo dizer que cem anos se passaram e essa bosta de humanidade não evoluiu quase nada. E nem quero saber também.

Bem, acordei numa caverna. Nick e os outros me trouxe Gabee e eu pra lá. Eu acordei primeiro que ela e á acordei, e garanto á você que me arrependo disso. Porque logo ela se lembrou do porque que dormimos e começou a chorar e eu também. Os outros nos consolaram até que, aos poucos, começamos a nos acalmar. E aqui estou eu. Sentado num troco de uma árvore caída, de baixo de outra árvore, escrevendo em você. Já estava ficando louco. Voando pra todos os lados a procura de novidades, mesmo que Nick tenha me contado tudo que se passou nesse tempo, queria ver com meus próprios olhos. Mas continua a mesma merda.

Eu só não durmo novamente porque eu ainda tenho fé em alguma coisa. Não tenho certeza do que é, portanto não direi.

Pensando bem, deve ser que tenho fé em meu pai. Ainda. Ele não faz as coisas sem explicações, disso tenho certeza. E não foi culpa dele a perda de minha amada. Ela quis isso, foi a única maneira que encontrou.

Carolyn. Nesses cem anos, eu sonhei com ela. Todos os momentos felizes que passamos, todas as batalhas que travamos um contra o outro ou juntos, e no fim, tudo acabava na morte dela. Dai, começava meus pesadelos. Não sei como, mas sempre um vislumbre dourado aparece e me puxa de novo para as lembranças felizes.

Então, eu vejo seu cabelo lindo, perfeitamente dourado, caindo até seus pés. Seu sorriso tão gracioso direcionado a mim. Aqueles olhos verde-água brilhando de tanta felicidade. Ela corre, na minha direção. Eu a pego e a giro, nos beijando. Ela abre suas asas e eu as minhas e alçamos voo. Inúmeras vezes fazemos isso, dando voltas no mundo, parando às vezes.

É claro que nunca foi tempo de paz. Sempre havia alguma batalha que estragava nossos planos, mas ainda sim, dávamos um jeito de sair por ai e ser felizes de nossa maneira.

Oh, minha Carolyn... Por que você se foi? Por que não me esperou? Poderia ter me gritado, jogado a chave e eu faria isso por você. Mas eu creio que não houve tempo pra nada. Nem mesmo pra Davi. Eu sinto tanto sua falta... É como se você tivesse levado uma parte do meu coração e de nenhuma forma ele se regenera ou pode ser costurado. O vazio toma conta de mim e a vontade que tenho é apenas de tirar minha vida.

Mas não poderei nunca fazer isso. Minha fé não deixa. Aquele restinho de fé que minha vingança será cumprida queima dentro de mim como uma pequena chama que nunca será apagada.

Bem, agora tenho que ir. Nick está me chamando para dar uma volta por ai. Talvez encontramos algo novo ou simplesmente nos divertimos como os humanos.

Andy”

_ Fim. – ela diz, suspirando. Parece que está segurando o choro. Ainda bem.

_ É... Não sei o que dizer.

_ Tudo bem... Jake...

_ Hum...

_ Você nunca namorou ninguém né? – essa doeu. Atingiu bem na parte que me toca. “Valew Carolyn.”

_ É... Tipo, encontrar um grande amor e tals?

_ É.

_ Não. Mas já transei com a Gabee.

_ Ah... Andy me disse que ela tem alguns problemas quanto a isso.

_ Como assim?

_ Ele me disse que uma vez ela estava se sentindo muito sozinha e começou a seduzir todos vocês. Principalmente Jinxx.

_ Ah tá... Não, isso foi porque ela e eu quisemos. Não precisou ela usar os poderes em mim. Tenho alguns problemas também Carol.

_ Você se sente sozinho, não é? – doeu de novo. “Que isso?”

_ Sim...

_ Jake, eu só tô perguntando coisas que já sei. Quero ouvir da sua boca. Mas acho que estou te constrangendo, então não precisa falar.

_ Sabe do que sinto? Desde quan... Andy te contou né?

_ Sim e não.

_ Como assim?

_ Lembre-se que tudo que Andy sente, pensa ou faz, eu sei. Somos ligados uma ao outro... Bem, era assim quando era um anjo.

_ Ah... Olha, você ainda é anjo. Vejo sua aura. Só está meio humanizada e tals. Mas ela ainda tá ai.

_ Sério?

_ Sim.

_ Isso explica muita coisa.

_ Tipo? – olho o indicador de gasolina. Está chegando ao vermelho. O bom é que avisto um posto de gasolina.

_ Os sonhos que na verdade são visões. Pensei que era coisa da chave, mas ela não está comigo e tive esse sonho ainda pouco... É um dos meus poderes. Como devastadora, preciso saber de todas as coisas antes para saber liquidar depois. É por isso que Andy nunca me derrotou, mesmo eu sendo mais fraca. O problema é que não consigo controlar isso como antes, no céu. E só agora me lembro deles. – ela bufa e cruza os braços.

_ Entendi... - caramba, quanta coisa em uma garota só. Olho pra ela. Está olhando pra frente, a pouca luz que vem do relógio do rádio, bate em seus olhos, deixando-os brilhando lindamente. Sua boca carnuda, numa linha reta. Seu pequeno vestido contornando seu belo corpo... – Carol, a gasolina está acabando então vou parar naquele posto, tudo bem?

_ Sim.

_ Aproveita e janta. Ninguém vive de bolachas o resto da vida. – ela solta uma gargalhada. “Ah, como é bom ouvir isso!”

_ Concordo... – paro em frente a uma bomba de gasolina e desço e ela também, indo até a loja de conveniência. Digo para o frentista encher o tanque e vou até uma mesinha que tem ali e sento. Cinco minutos depois, ela volta com uma marmita. – Bem, está quente e com um cheiro ótimo. Você quer?

_ Não, obrigado. Estou bem. – ela senta. Eu a observo comer calmamente. – Já volto. Vou ali conversar com eles. – ela assente. Vou até o frentista que fala que encheu o tanque todo. Uso meus poderes nele fazendo-o esquecer disso e de ter nos visto. Faço o mesmo com a atendente da loja. Volto pra mesa e vejo que Carolyn não está. Começo a procura-la igual um doido. – CAROL!!!

_ Desse jeito você vai acordar todo mundo! Calma, estou aqui. Só fui ao banheiro. – ela aparece, saindo de trás da lojinha. Vem andando calmamente, como num desfile. Eu suspiro de alívio e ao mesmo tempo, saboreando aquela imagem. Ela chega bem perto de mim e sinto um leve aroma de hortelã.

_ Você pegou escova e pasta de dente?

_ Não vai se importar né?

_ Eu não... Eles também não.

_ Não vai pagar?

_ Sem dinheiro, gata. O jeito é usar meus poderes.

_ Ah, Andy fez a mesma coisa.- “Mas que merda! Tudo tem que envolver essa girafa de olhos azuis!!!” Eu não aguento e a puxo pela cintura e a beijo.

Por um momento, ela se debate, tentando se soltar e eu a aperto ainda mais contra meu corpo. Estou ficando realmente excitado com isso. Até que... Ela para de se debater e aceita o beijo. Suas mãos vão se emaranhando entre meus cabelos, fazendo leves movimentos. Eu não aguento mais, então começo passar minhas mãos por todo seu corpo, apertando e ela solta pequenos gemidos entre meus lábios. Paro de beijar sua boca por um segundo e quando ela abre seus olhos, eu começo de novo, mas dessa vez no seu pescoço. Ela se enrosca completamente em mim, cravando suas unhas nas minhas costas. Até que ela para e eu sinto alguma coisa molhada escorrendo por meu ombro. Eu paro e olho pra ela, segurando seu rosto.

_ O que foi? – pergunto.

_ Isso é errado... É como se fosse uma traição... Eu sei que tanto você quanto eu se sentimos sozinhos, mas isso não pode acontecer Jake... E se continuar assim, eu prefiro seguir viagem sozinha, mesmo que seja a pé.

_ Ah, qual é. Eu estava gostando princesa. Por favor, continue. Tenho certeza que seu namorado não vai ligar. – somos interrompidos por outra voz. Eu á reconheço. É de Andy. Tanto Carol quanto eu, nos viramos rapidamente em sua direção. E lá está ele. Em cima do capô do carro, sentado, sorrindo maliciosamente.

...


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Notas finais do capítulo

Tananan, tananan... Espero que tenha gostado. >.
BVBjos, Jenny



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