Diário de um Anjo Negro escrita por Jenny BiPuPiJiCo


Capítulo 13
O Diário de Andy


Notas iniciais do capítulo

Bem, bem, bem...
Estava eu e minha amiga pensando aqui. Que tal eu começar com P.O.V de cada personagem?
Primeiramente contarei a história de cada um e logo depois começarei com os P.O.V deles.
Espero que gostem, se divirtam e chorem também. (rsrsrs) ;)
BVBjos, Jenny ;)
PS: A história toda é composta por mim. Converso com minha amiga pra ela me dizer se as ideias estão boas ou não.



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Eu não conseguia entender o que ele disse. Como assim me dar o diário dele? Eu o fitei profundamente em seus olhos azuis. Ele disse aquilo tranquilamente, mas era inevitável não ter dúvidas. Então eu disse:

_ Explique-se. Eu não estou entendendo.

_ Eu quero que fique com meu diário. Eu sinto que não preciso dele e não quero machucar mais ninguém por causa dele. – ele olhou para o litoral, suas sobrancelhas arqueadas mostravam preocupação. Voltou pra mim novamente. – Minhas lembranças mais importantes estão aqui. Tudo que passei com você, desde o céu, as batalhas, até os dias de hoje. E como eu havia dito antes, este caderno se tornou místico quando o toquei. Talvez a chave o guarde ou você mesma pode carrega-lo aonde quiser.

_ E você quer me dar ele logo agora que sou humana? Andy, você quer que eu o leia?

_ Sim amor, eu quero que você leia. Sentirei-me bem. Tem alguns desejos ai que só você poderia realiza-los. Eu sei que você é humana agora, mas eu sinto que devo deixa-lo com você. Por favor, pegue-o. Vou fazer uma bolsinha pra você carrega-lo ou a gente vai até a cidade por alguns instantes e “compramos” uma. Aliás, não tem como coloca-lo na chave?

_ Provavelmente não. Ela transportaria ele pra outra dimensão e sabe se lá se ela me devolveria. Pelo que percebemos ela tem vida própria, não é mesmo? Eu não apagaria minhas memórias e depois colocaria fragmentos sozinha. – ele riu e me estendeu o Diário. – Bem, vamos “comprar” uma bolsinha primeiro. – eu sorri de volta.

_ Você está cansada da praia né? Eu também. Vamos à cidade. – ele se levantou e guardou o diário nas asas. Me estendeu a mão e eu a peguei. Ele me apertou contra seu corpo, uma mão na minha cintura e outra na minha nuca, acariciando e massageando suavemente. Fechei os olhos e me entreguei a ele. Senti cada toque como se fosse o primeiro. Ele colou seus lábios nos meus, sua língua brigando por passagem em minha boca. Eu estava ficando completamente louca de prazer. Passei minhas mãos por seu pescoço, me agarrando a ele. Suavemente fui massageando sua nuca e dando pequenos puxões em seu cabelo a cada vez que ele me apertava contra seu corpo, sua boca quente e carnuda, invadindo a minha cada vez mais voraz. Eu o escutei dando pequenos rosnados. – Se continuarmos assim, vamos acabar indo pra um motel docinho. – ele disse entre cada beijo.

_ Eu apoio. – ele sorriu e me apertou ainda mais. Eu senti o quanto ele já estava “duro”. Eu queria aquilo de novo. Queria Andy dentro de mim novamente.

_ Mas infelizmente... Hum... Temos que ir a cidade o quanto antes... Pois não sei quando aqueles... Ímbecis... Vão atacar... Uiii...

_ Então vamos. – eu parei de beijá-lo e abri os olhos. Estava triste, mas eu o tinha quando quisesse. Ele me olhou dando aquele lindo sorriso. Estávamos ofegantes.

_ Já estamos chegando docinho. – olhei pra baixo e vi que estávamos bem alto e bem longe da montanha. Já conseguia ver as casas espanholas. “Como não havia percebido que estávamos voando?” Só Andy mesmo para me tirar de meus pensamentos.

Estava com um pouco de medo agora. Como humana, me sinto fraca e inútil. E para piorar, estava com fome e muita sede.

_ Atenção senhora passageira, vou pousar naquele beco escuro perto da feira para nenhum humano notar diferenças, câmbio, desligo. – os humanos não conseguiam nos ver na forma angelical ou demoníaca por causa do Tecido das Dimensões que não os deixa ver magia ou propriedades míticas. Por isso, Andy tinha muito cuidado pra que não me vissem agora. Ficariam loucos se vissem uma garota “flutuando”.

_ Certo capitão, câmbio, desligo. Falei certo?

_ Nem eu sei. – eu ri.

Ele pousou suavemente no beco que tinha falado. Felizmente, este, era largo e ele não bateu suas asas. Me soltou e eu me virei em direção a feira, mas ele me agarrou pela cintura e me deu um beijo.

_ Cuidado. Vou ficar sempre do seu lado, mas vai saber, né?

_ Sim... Andy, estou com fome. Vamos numa lanchonete primeiro ou num restaurante.

_ Ok. Vamos.

Ele segurou minha mão e foi na frente, me puxando. A feira estava lotada de turistas e comerciantes. Tinha de tudo, desde roupas a cestas de frutas, enfeites de cabelo e artesanato. Eu ouvia pessoas tocando gaitas, sanfonas e mais um monte de instrumentos. O ritmo era dançante e dava alegria as pessoas. Mas não foi só isso que me chamou a atenção. O cheiro de comida era inebriante.

_ Aqui. – Andy me levou até um restaurante. Comi o que tinha lá, nem sabia o nome daquelas coisas, mas estavam uma delícia. E de sobremesa, ganhei uma barra de chocolate, que sai comendo. – HAHAHA! Você está linda comendo isso... Quero um beijo.

_ Linda nada! Tô toda suja... Vem cá. – quando ele estava chegando bem perto da minha boca, eu virei o rosto e ele beijou minha bochecha. – Roube-o. – e corri em direção as barracas.

_ EII!! Isso não vale! Volte aqui! – ele berrou, já estava se aproximando de mim. Eu corria e ria entre as pessoas e ele também. Até que parei em frente a uma barraca de vestidos. Eram lindos. Mas eu gostei mais de um. Ele era um vestido rodado, que ia até as coxas, preto com detalhes de renda vermelha. Ele tinha mangas no estilo “baby-look”. Eu me encantei com ele, já que estava vestindo um trapo que um dia chamei de vestido.

_ Quer ele? – Andy me abraçou por trás e sussurrou em meu ouvido.

_ Sim... Ele é lindo!

_ Bem... – ele chamou o vendedor e disse algumas palavras que não consegui ouvir. Talvez estivesse usando seus poderes de manipulação.

O vendedor foi até o vestido e o pegou do cabide e trouxe-o pra mim. Apontou para o vestiário, ao lado da barraca. Eu fui até lá e me troquei. Ficou perfeito. Combinou com minha pele branca e meu cabelo dourado. Deu até mesmo um contraste nos meus olhos. Percebi que meu colar estava em forma de meu nome e também recebia um contraste. Espera. Só agora que notei que estou sem sapatos. Joguei os trapos do outro vestido na lixeira que tinha ali e sai. Encontrei Andy conversando com uma vendedora, ela lhe mostrava uma pequena bolsa de uma alça só.

_ Andy... Me lembrei que não tenho sapatos. Oh... Esta é linda. – peguei a bolsinha que agora estava em sua mão. Ela era preta, com dois fechos e tinha um estrela desenhada em forma de strass. Simples e linda. – Pode ser essa aqui.

_ Tudo bem. – ele olhou pra moça e ela se virou. – Vamos, tem uma barraca ali que vende sapatilhas.

_ Você está usando seus poderes, não é?

_ Sim, por que? Estou sem grana alguma, aliás, euro. – ele pegou na minha mão e me levou até a outra barraca.

_ Porque Lúcifer pode sentir seus poderes e localizar-nos.

_ Bem, esse poderes assim, ele não sente.

_ Tudo bem... – vi uma sapatilha vermelha com uma laço em cima. Peguei-a e experimentei. Perfeita. – Esta aqui.

_ Ótimo. Agora vamos voltar pra praia. Ah, eu comprei mais comida. Está nessa sacola. – ele levantou-a. – E Jake comprou bastante coisa e sobrou alguma coisa. O paler... Quer dizer, Ashley, não comeu tudo. E Gabee também não. – eu ri. Ele realmente não confia no Ash, não depois que ele me beijou.

_ Vamos sim. Tenho que conversar com eles. Eu acho...

_ Conversar sobre o que? – estávamos chegando no beco.

_ Bem, é que eu tive a ideia de unir Ash e Gabee. Para um apagar as angústias do outro e... Hã... De quem amam. Nick está me ajudando e acho que ela falou pro Chris e os outros.

_ Entendi. Vou ajudar também. Apesar de que gosto muito de Gabee. – olhei pra ele furiosa. – O que? Só disse isso porque tipo, Jinxx merece ela muito mais que esse Ash.

_ Jinxx gosta dela?

_ Um pouco. Mas sabe – ele me pegou, segurando firme. Já estávamos no beco. Então, ele alçou voo. – uma vez, ela estava se sentindo muito sozinha e tentou seduzir qualquer cara que passasse por ela. Tentou fazer isso até mesmo comigo, mas não deu certo porque eu sou cegamente apaixonado por você e blá blá blá. Ela seduziu até mesmo Chris e Nick quase matou ela quando a viu em cima dele. Se não fosse eu, ela não estaria viva. Enfim, ela conseguiu seduzir Jinxx e o levou pra “cama”. Desde então ele tem uma “queda” por ela. Mas... Não sei se é efeito dos poderes dela ainda.

Pensei um pouco, analisando as possibilidades.

_ Hum... Agora não sei o que fazer...

_ Como assim? Une o Ash e a Gabee e pronto. Jinxx vai se dar bem depois.

_ Dar bem depois, tipo o que?

_ Tem Dani.

_ Ela não quer essas coisas.

_ E por que não?

_ Ela é o anjo da lógica. Então, não faz nenhuma diferença na vida dela ter ou não ter um amor.

_ Que vida inútil... Merda não?

_ Eu não sei... Mas queria que ela sentisse o que eu sinto.

_ Hum... Sei... Muito prazer ou dor?

_ Cala a boca! – ele me beijou. – Eii... – parou logo depois, rindo.

_ Amor... Não tem um certo movimento ali naquelas árvores? – virei um pouco a cabeça, era meio difícil observar as coisas de costas, ainda mais com meu cabelo voando na cara, mas consegui.

_ Estou vendo sim... O que será?

_ Não queira saber.

_ O que é? Fale!

_ Nick e Chris. – ele deu algumas gargalhadas e logo depois umas piruetas.

_ Não faz isso! Estou com medo de cair... – mas logo eu ri. Imaginando a cena.

_ Tá bem, mas eu nunca vou deixar você cair docinho. Você é meu mundo e minha alma, nunca deixarei nada acontecer á você.

Eu me soltei do pescoço dele. Deixei-o me segurar pela cintura e abri os braços. Eu ria, sentindo o vento pelo meu corpo, meus cabelos voando de um lado ao outro. Sim, eu estava segura com ele e me sentia livre.

_ Atenção linda passageira. Estamos pousando neste instante. Câmbio, desligo.

_ Sim senhor, capitão. Câmbio, desligo. – me segurei nele novamente e ele pousou suavemente perto da cabana. Eu ainda sorria. Olhei para dentro e vi que não tinha ninguém ali.

_ Ótimo. Estamos sozinhos.

_ Onde estão os outros?

_ Bem, em cima da montanha. Estou vendo as pontas das asas do paler... Ashley, lá em cima. – eu ri. Ele não conseguia mesmo gostar do Ash. - Nick e Chris, estão naquelas árvores, como vimos... Escuto alguns gemidos vindos dali também. – ele deu algumas risadas e eu também. – Enfim, vamos entrar. Precisamos conversar sobre o diário.

_ Sim, está bem.

Entramos e eu sentei nas folhas de bananeira e ele veio por trás de mim e sentou-se em volta do meu corpo, suas pernas de cada lado. Ele pegou o diário de suas asas e depois as guardou.

_ Odeio fazer isso, mas aqui está sem espaço pra elas... ARGH! Tínhamos que ter feito uma barraca maior. Tome, leia. – peguei o diário. Retirei o elástico em volta dele e abri-o.

_ Em voz alta?

_ Sim, adoro ouvir sua voz. Vamos, abra em qualquer página e leia.

A primeira página não tinha nada, somente o nome dele. “Andrew, O Destemido.” Fui para a página seguinte e comecei a ler.

“ 06 de Dezembro de 1014

Diário,

Ignoro as apresentações e as dedicatórias, pois não tenho paciência para tais idiotices. Tu és apenas um caderno e não há necessidade desses quesitos. E além disso, estou magoado, quebrado, afundado em lágrimas.

O que posso dizer é que te vejo como um refúgio, pois esses dias eu estava perdendo minhas memórias. Estava me esquecendo de onde eu vim e quem eu era. E tudo isso por que perdi meu grande amor. Minha Carolyn.

Ela se sacrificou pela maldita chave que tanto protegíamos. Aquela coisa que Deus deu a ela na tentativa de salvação para os anjos, mas o maldito Lúcifer descobriu que ela não servia só pra isso e veio atrás dela. E o responsável pelo exército era eu. Mas eu tinha perdido minha memória depois da queda e aquela estrela maldita se aproveitou disso e me influenciou. Aos pouco fui me recuperando e por fim, com um beijo dela, recuperei minha sanidade.

Unimos-nos com nossos amigos e lutamos até o último segundo. Mas infelizmente, que decidiu dar fim a isso e de uma maneira avassaladora foi Carolyn. Eu me culpo por não ter conseguido ajuda-la, eu podia ter matado aquelas bestas malditas e conseguido salvá-la! MAS NÃO EU SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUI! LOGO EU, O ANJO NEGRO!

E agora estou sofrendo profundamente com minha perda. É como se ela tivesse ido e levado minha alma junto. Não vejo motivos de minha existência continuar. Eu a perdi e não a terei de volta.

Quando ouvi seu grito de dor, virei-me para vê-la, mas a última coisa que vi foi ela brilhando por inteira e depois sumiu. Pra sempre. Eu fiquei louco e comecei a queimar tudo que estava a minha frente. Mas era tarde demais. Não havia nem um fio de cabelo dela de lembrança. Eu fiquei atordoado demais e comecei a berrar. As bestas caíram, mas a maldita Lavínia apareceu e deu-me um golpe na cabeça que desmaiei.

Quando acordei, Jake me contou que tinha me socorrido antes que a maldita fincasse sua lança em mim. O problema é que ela ficou com raiva e viu que Davi estava distraído, ocupado demais matando as bestas a sua volta e sofrendo pela perda de Carolyn. Ninguém podia ajudá-lo, pois estavam na mesma situação. Ela lançou a lança que perfurou bem em seu coração.

Foi uma verdadeira tragédia. Perdemos os dois que mais amávamos. Gabee o amava de outro jeito assim como eu amo Carolyn. Por isso, nós dois estamos mais desolados que a ilha de Galápagos. Como eu disse antes, não vejo motivos de viver, talvez, minha vingança.

Eu a amo tanto que mil estrelas poderiam cair, o universo poderia simplesmente parar de existir, eu poderia simplesmente parar de respirar, eu não deixaria de amá-la nem se Deus proibisse o amor. Eu a amo mais do que poderia gritar. Me vejo pensando que era eu no lugar dela, mas não sei se seria tão forte para controlar a chave. Estou morto. Ando apenas por obrigação. Não quero mais viver, mas preciso concluir minha vingança.

Por enquanto, eu irei dormir por tempo indeterminado. Talvez eu me recupere ou acorde pior. Te esconderei nas minhas asas e quando acordar, não terei problemas de furto. Ninguém pode lê-lo.

É isso. Estou triste demais para continuar com essas malditas palavras. Então, Adeus.

Até um dia talvez.

Andy”

Parei de ler, não conseguia mais enxergar nada. Minha visão estava turva pelas lágrimas que caiam. “Meu Pai, ele quase se matou... E eu nem estava morta... Oh céus...” Ele me abraçou fortemente, beijando meu pescoço de leve.

_ Não chore amor... São só palavras. Eu estou aqui e você também. Já passou...

_ Andy, por quanto tempo você dormiu?

_ 100 anos.

_ E acordou bem não é?

_ Um pouco... Mas nesses 100 anos de sono profundo, sempre tive os mesmo sonhos. Estão escritos ai também.

_ Diga-me. Não quero lê-lo de novo, não agora.

_ Bem, eu sonhei com imagem de você partindo. De sua luz, quando estava morrendo. Seus gritos eram de socorro e também de meu nome. Não sei como suportei, mas fiquei assim por esse tempo. Talvez eu estava tentando achar uma solução para tirar aquilo de mim ou uma maneira de como poderia ter te salvado. Eu não sei.

_ Meu Deus...- estava sem palavras. Não conseguia mais ler aquilo. Era desolador e triste demais. Fechei o diário e o coloquei na bolsinha. Joguei-a longe, do outro lado da cabana.

_ Ei! Não faça isso! Os outros podem tentar ver o que é e você sabe... Meu EU demônio pode feri-los.

_ Desculpe-me... – eu me deitei de lado. Tentava parar de chorar, mas não conseguia. Andy deitou do meu lado.

_ Shhhh... Vire-se. Olhe pra mim e acalme-se. – me virei e colei meu rosto no dele. – Não precisa continuar lendo. Eu só queria que soubesse o quanto és importante pra mim.

_ Não preciso ler coisas tristes pra saber disso Andy. E não, não quero lê-lo agora. Outro dia talvez.

_ Tudo bem... Agora durma. Já está anoitecendo e vamos partir de manhã. Temos que chegar no Egito, lembra? – ele sorriu.

_ Sim... – me aconcheguei ainda mais em seu corpo, deitando minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas de seu coração.

_ Está com frio?

_ Um pouco.

_ Ta bem.

Andy levantou-me, se sentando. Abriu as asas e deitou de novo. As asas formando uma espécie de colhão de penas. Entendi o que ele queria e me deitei sobre elas, colocando minha cabeça novamente em seu peito. Ele fechou-as sobre nós.

_ Eu te amo Andy.

_ Eu também te amo Carolyn.

Ele foi acariciando meus cabelos, passando suavemente sua mão em meus braços e eu dormi no calor de seu corpo.

...


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Notas finais do capítulo

Gostou? Quer mais? hahahahah
BVBjos, Jenny ;)