A Fisioterapeuta escrita por Anaísis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal espero que gostem dessa nova fanfic, vai ser ótimo conhecer novos rostos.
Heey pessoal das suas opiniões sobre a fanfic.
Espero que goste do meu jeito de escrever.
Nos vemos na próxima.



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When this began I had nothing to say

And I'd get lost in the nothingness inside of me

(I was confused)

Quando isso começou, eu não tinha nada a dizer

E eu fiquei perdido no nada dentro de mim

(eu estava confuso)

-Eles estão gritando lá dentro há meia hora! –a secretária intrometida cochichou com a outra que apenas revirou os olhos voltando a digitar furiosamente em seu computador.

-Jéssica, você poderia remarcar minha reunião com o doutor Cullen para daqui a meia hora? –eu pedi. O filhinho mimado do Doutor Carlisle estava em sua sala gritando atrapalhando todo o hospital.

-Sim doutora Swan, acredite Edward vem com muita frequência aqui, para causar problemas com Carlisle claro, mas o bastardo é um gato! –ela disse mordendo a tampa da caneta e dando um sorriso sacana.

-Senhorita Stanley, ficaria agradecida se parasse de fofocar e fizesse o que eu te pedi! –eu ralhei e ela voltou a digitar em seu computador. Eu trabalhava a uma semana do Elisabeth’s Memorial, o hospital com maior centro de reabilitação anexado do país, era uma realização da minha carreira, mas as secretarias fofoqueiras me irritavam profundamente.

Voltei para minha pequena sala, por ser uma fisioterapeuta novata, minha sala era pequena apertada e sem ventilação, mas Angela havia a tornado a mais aconchegante o possível, havia uma mesa de madeira, uma cadeira giratória velha e duas cadeiras do mesmo material da mesa para os pacientes, uma estante escura com meus livros de fisio e uma planta artificial, as paredes eram verdes claras (desbotadas na verdade). Peguei uma caixa com alguns instrumentos de estimulação para minha primeira consulta do dia. A caixa estava pesada, mas como o corredor da minha sala até o elevador era pequeno carreguei com esforço até lá.

Entrei na moderna cabine e digitei no painel de led azul o meu andar, quando a porta ia se fechando eu ouvi um estrondo de vidros quebrando e passos apresados, uma mão impediu que a porta fechasse.

O Deus grego que adentrou quase me deixou sem folego, segurei firme a caixa para que ela não caísse, ele tinha cabelos cor cobre desalinhados, era alto e forte, não do tipo anabolizantes, mas do tipo que perde algumas horas de qualidade numa academia, ele tinha barba por fazer e penetrantes olhos verdes, seu casaco de couro e óculos escuros pendurados na gola v da camisa azul gritavam “badboy”, mas o conto de fadas acabou assim que ele apertou o botão para o térreo, ele tirou do bolso um cigarro e um isqueiro e o acendeu no meio do elevador, fiz uma carranca, esse idiota não sabe os maus do cigarro?!

-Ei! Você não pode fumar... – quando eu comecei a reclamar o elevador deu um solavanco e apagou, eu dei um gritinho de histeria, o badboy ao meu lado gargalhou suavemente, as luzes florescentes voltaram e o painel se acendeu novamente, mas dessa vez era vermelho e tinha escrito “erro” no visor eu suspirei pesadamente e engasguei com a fumaça.

-Desculpe anjo, vou apagar meu cigarro. –ele disse e o fez, eu gemi pescado o celular do meu bolso, estava sem sinal, olhei as horas, eu tinha uma consulta marcada em dez minutos, e o problema não parecia que iria se resolver logo.

-Hey anjo, por que não se senta um pouco, esses elevadores velhos demoram em média quarenta minutos para voltarem a funcionar, acredite, eu conheço esse prédio senil. –ele disse e se sentou no chão do elevador, eu bufei e me neguei a sentar.

-Doçura eu tenho certeza que essa caixa cheia de papeis e bolinhas estranhas está pesada, por que não se senta e relaxa? –ele tinha um sorriso zombeteiro nos lábios.

-Eu não sou anjo e nem doçura, é doutora pra você, eu tenho cinco pacientes marcados para hoje e o primeiro começa daqui a dez minutos, me desculpe se meu pai não é milionário e eu não tenho tempo a perder! –eu citei amargamente, o sorriso desapareceu do seu rosto, mas depois voltou mais sacana ainda.

-Irritadinha, eu gosto disso anjo! –ele disse. Bufei e me sentei no chão do elevador, peguei alguns prontuários do fundo da minha caixa e comecei a revisar alguns casos que eu havia trazido comigo do antigo hospital onde eu trabalhava.

-Não quer conversar para matar o tempo? –ele perguntou, mas seu tom de voz deixava explicito algum duplo sentido perdido por mim.

-Não! –eu disse seca, ele gargalhou e pegou o mesmo cigarro de antes, eu fechei o prontuário e o olhei cerrando os olhos, ele me deu um sorriso torto.

-Okay, sobre o que quer falar? –eu perguntei irritada.

-Você é nova aqui não é?! Eu conheço todas as médicas bonitas daqui. –dessa vez o duplo sentido ficou bem entendido por mim, cruzei as pernas e revirei os olhos para ele.

-Eu trabalho aqui há uma semana, sou fisioterapeuta. –eu disse orgulhosa.

-Uau, mas com esses olhos você faria qualquer paraplégico andar. –ele disse e eu corei desviando o olhar, o elevador nunca pareceu tão apertado.

-Por que estava brigando com seu pai? –eu perguntei mudando de assunto, os olhos dele endureceram e ele apertou as mãos em punhos, mas deu um sorriso que não chegou aos olhos.

-Carlisle é complicado doutora, eu não quero passar minha vida trancado nesse hospital vivendo uma vida que eu não quero viver, minha felicidade está lá fora, no vento no rosto e na velocidade. –ele disse como se seu discurso fosse extremamente inspirador.

-Todos os dias chegam pelo menos três amantes da velocidade aqui, amputados, sem movimento do corpo e praticamente inválidos. –eu resmunguei e ele deu um sorriso quase afetuoso.

-Você é do tipo careta! –ele disse e eu fiz uma carranca para ele. –Não me leva a mau anjo. Mas você é toda certinha, acho isso legal, queria que alguém se preocupasse assim comigo... Não, eu gosto da liberdade, acho que perderia o sentido da vida. -ele comentou me fazendo ficar absurdamente irritada.

-Isso é egoísta, sua vida não termina porque você perde alguma coisa, você só tem que reconquista-la, não diga uma coisa dessas. –eu disse chocada.

-Ah, me desculpe, acho que foi realmente egoísta, sua profissão é legal? –ele perguntou mudando de assunto vendo minha irritação.

-É gratificante. –eu disse seca, ele suspirou, eu agarrei minhas anotações e ele pegou o cigarro e deu uma olhada em mim, que me concentrei em não olhar para ele, que suspirou guardando novamente o cigarro.

-Ei anjo, me desculpe! –ele sussurrou, eu olhei para ele, seus olhos verdes eram hipnóticos, me deixando mais sem ar do que a fumaça densa de seu cigarro. O elevador abriu, trazendo uma claridade que feriu meus olhos inicialmente, o velho zelador usava um típico macacão azul sorriu para mim, seus olhos aumentados em dez vezes pelos óculos que ele usava. Não era de se julgar que os elevadores parassem tanto.

-Ahh Edward, você sempre está dentro do elevador com uma das moças não é? Pelo menos dessa vez te encontrei com roupa. – zelador comentou fazendo Edward gargalhar e se levantar, eu me levantei irritada, então ele sabia disso tudo e eu não era a primeira a ser tão ludibriada dentro desse elevador, bufei ajeitando meu jaleco e me levantei, ele saiu e olhou para mim.

-Hey, posso saber seu nome? –ele perguntou, eu olhei friamente para ele e a porta do elevador fechou de novo.

Tentei organizar meus pensamentos e emoções para a primeira consulta. Mas um aperto no meu coração me incomodava, aquela parecia ser a ultima vez que eu veria esse Edward Cullen.

Eu não sabia o quão certa estava.


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Notas finais do capítulo

Heeey pessoal gostaram? O que acharam? Por favor, me digam, preciso saber se devo continuar.
Beijos.
AmayaCullen.