Doce Amargura escrita por BabyDoll


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hello peole! o//
~LEIAM ESSA BUDEGA!
Olha, desculpem-me! ;-; Sei que demorei muito pra postar! A ideia era postar antes das aulas, mas eu não consegui terminar o capítulo a tempo. Quase não tenho tempo para escrever amores, mas saibam que, antes de tudo, não importa quanto tempo eu demore pra postar, eu vou terminar Doce Amargura. Prometo!
Enfim, segundo aviso: Se vocês notarem, eu abaixei a classificação da história pra +16. Queria deixar claro que eu não tenho ideia de como se escreve um hentai e nem quero escreve-lo agora. O máximo que teremos narrado será hum... Provocações. Como até agora eu não recebi nenhuma notificação, vou continuar deixando em +16.
Acho que era só isso que tinha que dizer á vocês amores!
Boa leitura, e espero que gostem do capítulo. Ele foi mais uma introdução, mas... uahuhauhauh
Boa leitura! o//



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—Agora é guerra!

Abri os olhos, o corredor continuava vazio. Ambre já deveria ter ido embora há tempos.

Meu corpo tremia de tanta raiva que, se alguém aparecesse, poderia achar facilmente que eu estava tendo um ataque epilético. Sentia espasmos percorrendo toda a minha pele como descargas elétricas de puro ódio.

Levantei com um pouco de dificuldade, tanto pela tremedeira que se alastrava por todo o meu corpo, quanto pela tinta escorregadia e grossa que estava por praticamente todo ele.

Ouvi uma risada nasalada, masculina.

Uma raiva insana, mais até do que a que sentia há alguns instantes atrás, corroeu minha alma.

—Tá rindo de quê?! –Berrei para o ruivo, que estava encostado no corrimão da escadaria. Ele levantou minimamente a cabeça, para olhar para mim.

—De você, novata. –Lançou-me um sorriso debochado e saiu andando.

—Filho da... –Até pensei em continuar minha frase, mas tinha que resolver algo mais importante, tipo o meu estado físico, já que o mental estava mais para: “Chega perto e morre!”.

Passei as mãos no rosto e nos braços, tentando inutilmente tirar aquele excesso de tinta que estava sobre mim.

Precisava urgentemente de um lugar para me lavar.

O banheiro feminino não seria o suficiente, então precisei me deslocar até o ginásio e procurar o vestiário.

Durante todo o percurso notei que a escola estava vazia, não encontrei nem mesmo aquele loiro maldito. De certa forma isso me deixou contente, não gostaria de achar ninguém que fizesse piadinhas pelo meu estado.

Quando abri a porta do ginásio reparei que estava deserto por lá também. Observei o lugar por um tempo.

As luzes estavam apagadas e a única coisa que o iluminava era a luz do sol que entrava pela janela. Perto da sexta de basquete direita, tinham duas portas. Cada uma com uma plaquinha. “deposito” e “vestiário”.

Empurrei a porta do vestiário sem pensar duas vezes, lá dentro também estava parcialmente escuro. Achei o interruptor do lado da porta e o acendi.

As lâmpadas se acenderam uma por vez, iluminando o corredor de pequenos boxes. Tinha um banco no meio do corredor, e logo atrás dele uma parede de armários, do outro lado deveria haver mais boxes. Depositado no banco, uma pilha de toalhas brancas.

Pego uma, torcendo para que aquilo tenha sido devidamente higienizado.

Vou para o fundo do corredor, onde há alguns armários. Um deles está aberto. O abro para tentar achar roupas limpas, mas o máximo que acho é uma camisa vermelha de uma banda de rock e um maço de cigarros. Inferno.

Mas pelo menos já é alguma coisa. Pego a camisa.

Tiro os tênis e os deixo embaixo do banco. Entro no Box mais próximo e tiro minhas roupas, empilhando todas na parede que faz divisa com o outro Box, com cuidado para não deixar cair. Ligo o chuveiro e um jato de água fria caí certeiramente sobre mim. Xingo até o inferno.

Os arrepios são constantes, mas depois de alguns minutos me acostumo com a temperatura e consigo parar de arfar.

Do lado do chuveiro, uma caixinha de plástico presa na parede. Tem uma etiqueta nela, escrito “sabonete liquido”. Eu não usaria, mas levando em consideração que eu não tenho nada para lavar o cabelo pra tentar tirar a tinta e também estou com o cabelo azul, isso é considerado quase que um presente dos céus.

Pego um pouco do liquido branco nas mãos e passo sobre meus cabelos esfregando com força para tentar tirar aquela coisa.

A espuma do sabonete, que normalmente é branquinha, fica azulada conforme a tiro do cabelo. Isso me alivia, pode estar saindo.

Esfrego também meus braços e pernas com força, para tirar aquele azul da minha pele. Para apenas quando meu corpo começa a ficar vermelho e começa a coçar.

Quando finalmente desligo o chuveiro, pego uma toalha e enrolo meu corpo. Com cuidado, saio do Box e coloco a pilha de roupas no banco. Pego mais uma toalha e seco meu cabelo.

As pontas do meu cabelo ainda estão azuladas. Talvez só tenha desbotado um pouco, o que me leva a pensar que meu cabelo continua azul.

Vou matar aquela desgraçada.

Olho para minhas roupas. Estão deploráveis. Minha calça tem manchas azuis por todos os cantos, igual minha blusa. As únicas peças que se salvaram foram as intimas.

As coloco e pego a camisa masculina vermelha. Ela é bem grande para mim, o que é ótimo, já que eu não tenho calças no momento.

Tiro o cabelo de dentro da camiseta e vou até o outro lado da parede de armários, onde tem mais boxes e uma pia extensa, com varias torneiras. Em cima, um espelho. Paro assim que olho minha imagem.

Estou descalça, tremendo de frio, com uma blusa que vai até metade das minhas coxas e até meu cotovelo. Mas o que mais me preocupa é meu cabelo. Ele está azul e tem pequenas partes laranja. Parece que fui atingida por balas de paintball.

Ignoro isso e volto para onde estava, pego minha blusa e a viro do avesso, fazendo um tipo de “trouxa” para colocar as outras peças dentro. Coloco meu tênis lá dentro também, eles estão completamente cheios de tinta.

Saio do vestiário olhando pros lados, para ter certeza que não tem ninguém. Atravesso o ginásio e logo estou no prédio da escola; no corredor principal.

Achados e perdidos.

É o que passa pela minha cabeça. Preciso acha-lo e pegar alguma roupa decente, não poderia andar desse jeito por aí.

Para a minha falta de sorte, quando estou perto da escadaria, o ruivo aparece de novo. Meu corpo treme de raiva e constrangimento. Talvez até um pouco de frio.

Ele me analisa e sorri, zombeteiro.

—O que faz aqui... Desse jeito? –Reviro os olhos.

—Não sei. Eu gosto de andar por aí com o cabelo molhado e só com uma blusa masculina. É legal, deveria experimentar. –Zombo.

Ele ignora o que digo. Maldito.

—Só com uma blusa masculina... –Estreita os olhos e alarga o sorriso. —Aliás, sabia que essa blusa é minha?

Fico descrente. Isso não está acontecendo, só pode ser piada.

—Olha, eu deveria te obrigar a tirar minha blusa e me devolver. Mas eu sou uma boa pessoa, então vou deixar você ficar com ela.

—Mesmo? –Me sinto idiota por perguntar, eu deveria ter xingado ele e voltado a procurar o achados e perdidos.

Ele sorri.

—Não. –Fecha a cara. Desgraçado.

—Não vou tirar a blusa. –Falo.

—Ela não é sua. Você não quer que eu a pegue á força, não é? –Se escora na parede.

Num momento de raiva levo as mãos á barra da blusa e a levanto um pouco, mas logo a lucidez volta e mostro o dedo médio para ele, enquanto saio andando á procura dos achados e perdidos.

O estranho... É que tenho a impressão de ter ouvido um flash...

*

Depois de algumas voltas eu finalmente acho a droga dos achados e perdidos. A sala é pequena e esta abarrotada de pilhas enormes de roupas.

Começo a procurar.

O incrível é que, no meio de tantas pilhas de roupas, todas as peças são masculinas, e as femininas que encontro, são inacreditavelmente pequenas demais para mim.

Quando já estava quase desistindo de procurar e mandar tudo á merda, indo pra casa só com uma camiseta, eu encontrei, ali, em baixo de uma meia preta, um short feminino de ginastica.

Suspirei ao constatar que o short também era exageradamente curto, mas pelo menos ele parecia servir. Desvencilhei-me de algumas pilhas de roupas e vesti o short.

Pra mim já chega, não vou ficar nesse inferno esperando o loiro maldito aparecer! Ele deve ter ido embora e me deixado aqui igual uma idiota ou...

Ou ele deve estar ocupado no grêmio...

Sabe, talvez seja a hora perfeita para dar o troco.

Lembrei que meu celular estava na sala de detenção e que eu precisaria dele caso quisesse fotografar qualquer coisa. Saí do achados e perdidos e voltei para a sala de detenção.

A poça de tinta ainda estava no chão e estava praticamente seca. Passei com cuidado para não escorregar sobre ela e empurrei a porta da sala para entrar.

Nem tanto para a minha sorte assim, o representante estava parado á alguns metros de distancia da porta, provavelmente me esperando.

—Resolveu aparecer? –Virou-se pra mim, reparando nas roupas que usava. —O que aconteceu com as suas roupas?-Depois subiu mais um pouco, finalmente me encarando. —E com o seu cabelo?!

—Nada que seja da sua conta, mas presumo que você seja inteligente o bastante para perceber que meu cabelo e aquela poça azul ali no chão tenham algo relacionado.

O loiro revirou os olhos.

—Suas desculpa não me interessam. Só vim para libera-la do castigo, ele já acabou.

Levantei as mãos, comemorando.

—Ótimo!

Andei mais do que rapidamente até onde minha bolsa estava e a peguei, saindo da sala o mais rápido possível.

—Até logo, babaca.

Talvez um precisasse de mais tempo para conseguir tirar uma foto e fazer alguma coisa contra o representante. Quem sabe daqui a uma semana...

Ainda tentando sair da escola, passei por um corredor onde tinha a sala do jornal da escola. Sabe quando, nos desenhos animados, os personagens tem uma ótima ideia e uma lâmpada acende em cima da cabeça dele? Então, foi praticamente isso que aconteceu comigo quando eu olhei para aquela porta e tive uma ideia brilhante.

Olhei para os lados, para certifica-me que não havia ninguém por perto para presenciar o que eu iria fazer. Toquei a maçaneta e girei-a, com todo o cuidado e silencio possível, a porta se abriu devagar e sem quase emitir nenhum ruído. Quando finalmente entrei na sala e constatei que estava completamente vazia, observei o local.

Varias mesas estavam emparelhadas umas diante das outras, todas completamente abarrotadas de papeis, provavelmente matérias. Andei pela sala, até chegar em um armário de ferro, desses que geralmente contem arquivos, abri a primeira gaveta do armário e vi varias pastas amarelas. Todas com datas e com o titulo da noticia.

Várias matérias sobre as pessoas do colégio, brigas e até mesmo sobre Ambre estavam naquela gaveta. Peguei uma das pastas que continha o titulo “Ambre”, várias matérias sobre a loira e sobre suas “crueldades” estavam naquela pasta. Revirei os olhos e guardei de volta no lugar.

Uma mesa que estava perto do armário, continha uma câmera. Pequena, mas ainda sim daria para o que eu iria usar. Não pensei duas vezes antes de pega-la e ver se estava carregada.

Estava mexendo na câmera, tentando saber como colocaria o zoom e saber qual a duração dela, quando ouvi vozes chegando perto da porta. Arregalei os olhos, pensando na possibilidade de ser descoberta, quando vi Peggy na frente da porta, pronta para entrar.

Agarrei a câmera ainda mais e me escondi atrás de uma mesa, para que a morena não me visse. Me encolhi embaixo da mesa e prendi a respiração quando a porta se abriu.

Isso com certeza vai dar uma ótima matéria. Já até imagino a cara dos alunos quando lerem, principalmente a cara dos dois! –Riu.

Peggy, como você... Ãhn... Pretende encarar o que os dois vão dizer? Você sabe que talvez eles não encarem de uma forma muito boa.

Um garoto falava com Peggy, talvez um aluno que também fizesse parte do jornal da escola, mas eu não tinha o visto antes.

Ah, isso não importa! Primeiro a matéria, depois eu me resolvo com os dois Harry. Agora... Onde está a minha câmera portátil? Pensei tê-la deixado aqui.

Me encolhia mais á medida que Peggy chegava perto da mesa que eu estava, fechei os olhos e virei o rosto ainda mais para a madeira do móvel, esperando que ela realmente não me percebesse ali.

Os passos pararam próximos de mim, provavelmente do outro lado da mesa. E então ela se inclinou, para procurar a câmera.

Abri os olhos por um momento, uma pasta amarela estava jogada no chão ao meu lado. Uma caligrafia bem feita, escrita em canetão vermelho marcava a pasta com o titulo “Castiel e Debrah (Matéria proibida)”. Franzi o cenho e peguei a pasta com cuidado, abrindo-a e pegando uma folha com a manchete.

Antes de ler a noticia, tinha uma nota na folha: “Matéria proibida por Castiel”.

Aquilo atiçou ainda mais minha curiosidade. Comecei a ler a matéria:

É meus queridos, parece que nosso Bad Boy e sua namorada finalmente terminaram! E sabem por quê? Bem, nosso Bad Boy é corno! E levou o chifre pelo seu melhor amigo, o nem tão certinho assim, Nathaniel!..”

O que...?

A matéria continuava, e eu até teria lido mais, se não fosse à voz do suposto Harry me trazendo de volta para a realidade:

Vamos logo Peggy, sua câmera não está aqui. Talvez você tenha deixado em casa e nem percebeu.

E então a mesa rangeu, como se algo estivesse em cima dela, olhei para a parede e vi a sombra de Peggy se aproximando mais. Ela estava em cima da mesa.

É... Tem razão. Vamos.

E então a porta foi fechada e um silencio se instalou na sala. Contei três segundos antes de suspirar e respirar aliviada. Saí debaixo da mesa, deixando a matéria sobre o ruivo lá.

Coloquei a câmera na minha bolsa e fui em direção á porta, precisava sair de lá o mais rápido possível, antes que Peggy resolvesse voltar.

Agora era apenas questão de ir até o grêmio e esconder minha surpresinha para Nathaniel.

*

O representante não estava no grêmio, o que me dava à oportunidade perfeita de procurar um lugar para esconder a câmera e sair sem ser vista. Teria que fazer isso rápido, ele poderia voltar logo.

Encostei a porta do grêmio e olhei em volta.

Papeladas e mais papeladas. Armários e mesas abarrotadas delas. Se eu escondesse a câmera em alguma delas, ele poderia descobrir, então precisaria de um lugar pouco provável que ninguém procuraria.

Olhei atentamente a sala. Um vaso de tulipas artificiais estava depositado perto da janela, vários quadros com avisos, até horários das aulas pendurados na parede e uma escultura meio abstrata, mas ainda sim que se parecia com um elefante, estava depositada em uma mesa ao lado da porta. Aquela localização pegava o ambiente inteiro. Seria perfeito.

Cheguei mais perto da escultura e a analisei. Ela tinha uma base escura, para manter o animal do mesmo jeito, provavelmente colada á ele. Quase não dava para ver se eu colocasse a câmera entre as patas traseiras, seria muito azar alguém decidir inspecionar a escultura, então, ali seria o local perfeito para colocar a câmera da Peggy, já que ela não era grande.

Ajeitei a câmera entre as patas da escultura e me certifiquei de que estava ligada. Não importava o que gravasse, teria que conseguir algo para usar contra Nathaniel.

Dei uma última olhada na escultura antes de sair do grêmio, e logo em seguida da escola.

Enquanto atravessava os enormes portões de Sweet Amoris, a única coisa na qual podia pensar era que minha vingança finalmente tinha começado.

E que a próxima da lista seria a loira oxigenada.


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Notas finais do capítulo

E aí galera! O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado, de coração! Comentem bastante amores, quero ficar feliz hauuahuah :')
Ah! E falando em ficar feliz, quero agradecer vocês por estarem favoritando e acompanhando. Gostei muito de saber que durante um mês visitaram muito e mais pessoinhas lindas favoritaram/acompanharam a fic! Estou muito contente, obrigada mesmo suas lindas!
Ei, se quiserem me mandar MP's, podem mandar, não mordo =3
Até a próxima leitores queridos. Tchau! o3o
o//



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