Doce Amargura escrita por BabyDoll


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hi people! o/
~Por favor, por favor não me matem! Desculpem pela demora, mas eu tenho uma desculpa por ter demorado tanto ;-;! Alguém aí já assistiu One Piece? Pois é guys, viciei de novo no anime e não conseguia parar vê-lo. Eu sei, eu sei! Completamente irresponsável! ;-; Gomen... Tentarei não fazer mais isso ;-;~
Mas enfim pessoas lindas! Feliz Natal e feliz Ano Novo atrasado!!!, espero que as festas tenham sido ótimas para todos vocês! xDD
Ai meu Deus guys! Vocês são uns fofos!!! Obrigada por acompanharem e favoritarem ~mas bem que os acompanhantes e os "favoritantes" poderiam comentar mais né? e.e hahauh~.
Ah! Esqueci de dizer uma coisa! Se vocês nunca leram ou ouviam falar de "Garota-Gelo", leiam, é uma fic incrível que minha amiga acabou de finalizar ontem! :') ~Katrina ;-; snif, snif~ Ok, já estou recuperada.
Aproveitem o capítulo sweets, fiz com amor pra vocês. Espero que gostem.~qualquer errinho me avisem e me desculpem!
Boa leitura! o/



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—Nath! –A loira gritou, em alivio.

O representante me tirou de cima da garota. Fechei a cara para ele e o emburrei assim que fiquei de pé.

—Ambre, você está bem? –O loiro se abaixou em direção á garota, que permanecia no chão.

Ambre... Era esse o nome do saco de batatas?

Franzi as sobrancelhas quando observei o garoto ajudando a loira a se levantar. Eles se pareciam bastante...

Quando a loira já estava de pé, o representante parecia imensamente preocupado com ela, olhava para a garota e procurava algum tipo de machucado, mas só achou a vermelhidão na bochecha direita, por conta do tapa.

—Mas é claro que não! –Ela gritou, os olhos lagrimejando. —Essa louca, ela... Ela... Eu estava apenas indo encontrar Li e Charlotte quando ela apareceu e me fez isso! –Apontou para a bochecha. —Se você não tivesse chegado eu não sei o que ela poderia ter feito.

Ambre abraçou Nathaniel, que a reconfortou afagando seus cabelos e a apertando forte contra o peito. O loiro estava com o queixo em cima da cabeça de Ambre, enquanto murmurava coisas como “Acalme-se, você está bem agora”, eu apenas olhava a cena incrédula.

O que acabou de acontecer aqui?!

Quando Ambre sorriu em minha direção eu me descontrolei. Aquela vadia acha que fazendo uma cena vai me ferrar?

—Você acha mesmo que fazendo uma cena vai me ferrar oxigenada? Ele não vai acreditar em você! –Gritei, já tentando partir pra cima dela de novo.

Mas quando estava prestes a agarrar aqueles cabelos oxigenados o representante me empurrou.

—Qual o seu problema?! –Me olhou feio. —Se no outro colégio você fazia isso é problema seu! Aqui você não engana ninguém!

Pisquei algumas vezes.

—Você não pode estar falando sério loirinho. Você realmente vai acreditar nesse teatrinho de quinta que essa oxigenada fez?! –Arqueei as sobrancelhas, esperando uma resposta coerente do garoto.

—Mas é claro que vou! Se me recordo, quando cheguei aqui, quem estava quase dando um soco no rosto da minha irmã foi você e não ela! Além do mais, você não me parece nenhum pouco ser a vitima aqui, já que quem está se debulhando em lágrimas é Ambre e não você.

Parei de ouvir quando ele disse irmã. Olhei para ela e depois para ele.

—Opa, opa! Quer dizer que você está defendendo ela só por que é sua irmã?

—Claro que não! –Nathaniel colocou a mão no rosto. —Eu sei perfeitamente o que vi e a quem culpar. Ela ser minha irmã não tem nada a ver com isso.

Ambre sorriu, como se dissesse “Segura essa!”. Fitei-a com ódio.

—E o que te faz pensar que o que você viu é verdade? Você só chegou na metade da discussão, não tem como provar nada contra mim! –Sorri.

—Mas é claro que tem! Olhe o estado do meu rosto, isso vai ficar roxo! –Ambre fez drama, apontando teatralmente para sua bochecha.

—Eu vou deixar sua cara inteira roxa se você não parar com esse teatro sua oxigenada! –Fui pra cima dela de novo, mas Nathaniel me segurou pela cintura e me afastou novamente.

—Chega Taylor! Pare de fazer seus jogos! –Exaltou-se.

—Vai se ferrar! Você prefere me culpar ao admitir que sua irmã é uma vadia! –subi ainda mais o tom.

Nathaniel apertou meus braços com força.

—Cala a boca!

O que está acontecendo aqui?!

Ah, ótimo! Tudo que eu precisava agora era da diretora!

Agora imaginem o quanto a imagem que a diretora viu era ridícula. E óbvio que, bem favorável para os outros dois.

Nathaniel largou-me de imediato.

—Acho que é nítido não é diretora? –A velhota passou os olhos por nós três e parou em Ambre.

—Taylor e Nathaniel, os dois já para a minha sala. Ambre vá para a enfermaria, precisa tratar desse machucado.

A velhota saiu na frente, enquanto eu e Nathaniel íamos para a diretoria, lado a lado. Olhei para ele séria.

—Saiba que, eu não vou ser a única a me ferrar loiro. –Sussurrei.

—E o que você pretende falar para me arrastar para o seu problema? –Antes que eu pudesse dizer sobre a cena no grêmio, ele continuou. —Se pensa em falar sobre o que viu no grêmio, já aviso que não vai adiantar de nada. Você é a novata problemática, eu sou o representante. Além do mais, não tem como provar nada.

Boquiabri a boca. Droga!

A minha única carta na manga tinha ido por água a baixo. Obvio que a diretora vai acreditar cegamente no loiro, já que ele está aqui há mais tempo.

Entramos na sala da diretora e nos sentamos lado a lado, de frente para ela.

—Então? Podem me dizer o que aconteceu? –A velhota ajeitou os óculos.

—Diretora, como minha irmã está muito assustada por culpa dessa garota, -Apontou para mim. —e está impossibilitada de fazer qualquer coisa nesse momento, eu serei o porta-voz de Ambre. Pelo que pude ver e pelo que Ambre me contou, Taylor começou tudo. Segundo minha irmã, essa garota agrediu-a sem motivos!

A velha olhou para mim. Apressei-me em dar alguma desculpa antes do veredito.

—Antes de qualquer decisão, já passou pela sua cabeça que ele só está dizendo isso porque ela é irmã dele? –Perguntei.

—Ah, claro! E eu também fiz o machucado no rosto de Ambre para te incriminar Taylor. Parabéns! –Nathaniel revirou os olhos.

—Bom, todas as provas estão contra você Senhorita Moore, já que Nathaniel é de minha inteira confiança. –Nathaniel sorriu, declarando vitória. —Porém, quero ouvir os dois lados da história.

O representante arregalou os olhos para a diretora, como se estivesse se perguntando o porquê de ela me deixar explicar alguma coisa. Suspirei aliviada por poder contar o meu lado.

—Bom, estava indo para a sala pegar algo que esqueci.

—Pegar o que? –Nathaniel questionou. Revirei os olhos.

—Não te interessa. Enfim, antes de chegar à sala, a oxigenada quis falar comigo. Nós discutimos um pouco, e então ela me deu um tapa. Eu apenas revidei.

—Porque é claro que é muito mais fácil você ter esquecido alguma coisa na sala, ter ido buscar sozinha enquanto não tinha ninguém por perto e Ambre começar a brigar com você, não? Além do mais, a única pessoa que tem machucados visíveis é ela, não você.

—É claro que é muito mais fácil. É a verdade!

—Você é muito boa em mentiras não é garota? Não esperava menos de uma garota como você!

—Espera, como assim “Não esperava menos de uma garota como você”?! Só porque eu realmente tenha feito várias coisas das quais não me arrependo não quer dizer que o que aconteceu e como Ambre disse é verdade!

—É a minha palavra contra a sua. –Nathaniel retrucou, olhando para a diretora.

A velha passou a mão pelos olhos e me olhou por alguns instantes.

—Taylor... Esse é o seu primeiro dia de aula aqui, não te conheço direito. A única coisa que sei sobre você é o que está escrito em sua ficha, e ela não é das melhores. Nathaniel já é aluno dessa escola há muito tempo, sem contar que é um representante, tendo sempre notas altas e um comportamento exemplar. Tenho confiança nas palavras dele. E se ele confirma a versão da irmã, não posso dar razão para você. Até porque... A versão de Ambre e Nathaniel me parece muito mais verdadeira que a sua.

Suspirei, descrente.

Como essa velha pode ser tão tapada?!

—Tudo bem. Quer acreditar no representante e na oxigenada, acredita! –Levantei-me. —Mas, saiba que esse aí faz coisas em baixo do seu nariz que você não faz ideia, e que se fizesse, indignaria você!

—Tem como provar? –Nathaniel sorriu venenosamente para mim. Maldito!

—Não. Mas eu vou. –Virei-me.

—Senhorita Moore, ainda tenho que falar com você. –Ótimo! Agora terei que receber uma bronca dessa velha. —O que fez foi muito grave. Terei que tomar alguma atitude.

Olhe para ela, com as sobrancelhas arqueadas.

—Faça-o então!

Shermansky suspirou.

—Detenção por hoje. –Sorri.

—Só isso?

—E terá também que pedir desculpas para a senhorita Ambre.

Era só o que me faltava! Ter que pedir desculpas para aquele saco de batatas!

—Ok.

Saí da diretoria batendo os pés com força.

Um pouco a frente da diretoria, o ruivo de mais cedo estava escorado na parede, com a cabeça levantada e os olhos fechados.

—Foi uma bela briga novata. Ou melhor, seria uma bela briga. –Disse, sorrindo.

—Passa o recado pra sua namorada ruivo! –Cheguei mais perto. —Ela pode ter me ferrado, mas eu vou dar o troco. Nela e naquele babaca do irmão dela.

O garoto riu pelo nariz.

—Namorada? Ambre aumentou bastante às coisas.

Apoiei o peso em uma perna só e cruzei os braços.

—Quer dizer que a oxigenada nem namora você e quer marcar território? –Ri.

O ruivo, acho que Castiel, olhou pra mim e estreitou os olhos, sorrindo de lado.

—Hum... Parece que sim. Por que, está interessada?

Pegou meu pulso e puxou-me para bem perto, deixando um espaço mínimo entre nossos corpos.

Sorri para ele, que imitou-me.

—Sinceramente? Nem um pouco. –Empurrei o garoto, mas antes que pudesse voltar a andar, ele me puxou novamente, e desta vez prendeu-me contra a parede, segurando meus dois pulsos.

Levantei a cabeça para olhar para ele, já que era bem mais alto que eu. Mantinha seu sorriso debochado.

—Por quê? Tem medo de se apaixonar? –Encurtou a distancia de nossos rostos.

Fiquei na ponta dos pés, chegando ainda mais perto. Os lábios quase roçando.

—Eu não me apaixono. Isso é perda de tempo. –Sussurrei. Olhando para seus olhos.

—Acredito... –Debochou. —E a novata quer algo mais divertido então?

Desceu a mão até minha cintura, apertando-a com força.

Sorrimos ao mesmo tempo.

—Não. –Sussurrei para ele, e o empurrei. —Pelo menos, não com você.

Saí andando pelo corredor, deixando o ruivo parado e com um meio sorriso no rosto.

*

Enquanto chegava perto de Rosa marchando e com a cara emburrada ela me olhava hesitante.

—Mas o que aconteceu com você?! Saiu por 20 minutos e volta desse jeito!

—Ambre. Foi o que aconteceu comigo.

Sentei no chão e observei Rosa se sentar ao meu lado, com as sobrancelhas arqueadas.

—O que ela fez?

—Aquela vadia simplesmente achou divertido me ferrar no primeiro dia. Mas não se preocupe, vai ter troco!

Olhei para Rosa, que me encarava esperando por detalhes realmente importantes. Bufei.

—Antes de pegar meu celular, a oxigenada apareceu e disse algo sobre não me envolver com o representante e com o namorado dela.

—Namorado? –Rosa uniu o cenho.

—“Namorado”, Castiel.

Rosa esbugalhou os olhos e começou a rir. Depois de ela ter secado uma lagrima que caiu eu continuei:

—Enfim, ela me deu um tapa e eu revidei. Só que o representante chegou na hora. Ela fez um teatrinho e a velhota caiu. –Bati minhas mãos nas pernas. —Como a velha pode ser tão tapada á ponto de acreditar?!

—Bom... Ela confia muito no Nathaniel, e ele é meio que fantoche da irmã. É de se esperar que tudo o que Ambre quer aconteça... Menos com Castiel, isso não funciona com ele, já que ele não da à mínima pros outros e odeia o representante.

—Nada disso importa muito. Tenho que provar uma coisa para aquela velhota agora.

—Uma coisa?

—É. Lembra que te falei algo que vi sobre o representante?

—Sim.

—Bom, Melody tem a ver com isso. Eles são muito mais do que colegas de Grêmio, quando não tem ninguém por perto, aproveitam para fazer outras coisas além do relatório de turma.

Lancei um olhar estreito para Rosa, junto com um sorrisinho. Esperei até que ela entendesse e tive certeza disso quando suas feições mudaram de duvida para certo espanto; com direito a boca entreaberta e olhos um pouco acusadores.

—No grêmio? –Perguntou-me. Assenti. —Não acredito nisso... Eles não tem vergonha não? Se bem que, sempre achei que a Melody fosse capaz de topar tudo pra ficar com ele.

—Pois é. Mas agora, o que importa é que eu tenho que dar um jeito de provar isso. Mas tem que ser de maneira discreta, as pessoas não podem saber disso. Pelo menos, não ainda.

*

Entrei na sala de aula junto com rosa, esperando o próximo professor enquanto conversava com ela á respeito das pessoas de lá. Ambre entrou na sala e me olhou com desprezo, virando o rosto e jogando o cabelo para o lado logo em seguida. Revirei os olhos.

—Deveria ter começado a briga mais rápido. Quem sabe se eu tivesse quebrado aquele nariz falso de Barbi dela, ela teria abaixado um pouco a bola.

Rosa riu pelo nariz. Paramos de conversar quando Shermansky entrou na sala junto com o representante.

—Todos estão aqui, não? –O loiro assentiu. —Alunos, acho que vocês já devem saber do ocorrido entre as senhoritas Moore e Rousseau. A senhorita Moore se excedeu bastante hoje e acabou tendo um atrito com Ambre, então, acho bem mais do que justo, que a senhorita Moore peça desculpas á senhorita Rousseau em público.

Revirei os olhos, não acredito nisso. Definitivamente.

As pessoas continuavam em silêncio, esperando por alguma reação minha. Olhei para o fundo da sala, o ruivo sorriu e indicou que eu fosse até a frente da sala, é como se ele dissesse que queria “ver o circo pegar fogo”.

Rosa virou-se para mim e eu pude quase ver o medo em seus olhos quando sorri para ela e fui até Ambre e a velhota.

Ambre mantinha seu sorriso vitorioso no rosto, me olhando “de cima”. Arqueei uma sobrancelha e olhei para a velha.

—Peça desculpas á ela senhorita Moore. –Estamos no primário ou coisa assim?

—Claro. –Voltei-me para Ambre e sorri. —Desculpe Ambre, por quase quebrar sua cara e esse seu nariz de Barbie falso e por encontrar seu irmão quase transando com alguém no grêmio. –Entortei a cabeça um pouquinho. —De verdade.

A oxigenada entreabriu a boca, totalmente atônita com as minhas “desculpas”.

Olhei para o representante e pisquei, ele continuava do mesmo jeito, só que estava um tanto quanto pálido.

—Senhorita Moore! Já conversamos sobre essas acusações, creio que já deveria ter parado de falar sobre elas. –Shermansky repreendeu-me, um pouco vermelha por elevar seu tom de voz.

—Eu sei disso. E eu disse que iria provar que não estou inventando. –Abanei as mãos, para que a velhota parasse de falar sobre o assunto.

Mas parece que Ambre não estava disposta a deixar barato o que eu tinha dito na frente de todos.

—Você chegou nesse colégio agora garota, não sabe no que esta se metendo. - Estreitou os olhos.

—Digo o mesmo pra você loira. Eu cheguei aqui agora, no entanto, quem não sabe no que está se metendo é você. –Sorri para ela, dando-lhe as costas.

Riu, uma risada com a voz forçada, para ficar ainda mais fina e irritante.

—Já tivemos essa conversa antes, e suas palavras não resultaram em nada a não ser numa detenção. Posso acabar com você num piscar de olhos ruiva.

Arqueei as sobrancelhas e sorri, virei-me para a oxigenada.

—Vou pagar pra ver loira. –Pisquei para ela.

—As duas parem com isso agora mesmo! –Shermansky berrou, olhava com reprovação para mim e para a oxigenada.

—Já fiz o que você me pediu. Então para de encher! —Soltei, antes mesmo de perceber.

—Senhorita Moore! Uma semana de detenção! –Rasgou a folha que estava segurando nas mãos enrugadas, de tanta raiva. Como se isso surtisse efeito em mim.

—Ótimo, ótimo. –Revirei os olhos. —Não é como se fosse grande coisa. –Murmurei voltando a me sentar.

Shermansky saiu da sala em passos firmes e com uma carranca de pouco amigos no rosto.

—Você é maluca? Mal saí de um problema e já se enfia em outro. –Rosa sussurrou. Sorri.

—É, talvez eu seja sim.

*

Estava sentada no canto de uma mesa respondendo as intermináveis mensagens que Sophia me mandara enquanto esperava não tão paciente assim Rosa e as outras garotas voltarem da cantina.

As meninas voltaram e se sentaram na mesa. Percebi que Melody e Bia não estavam, agradeci mentalmente por isso, mas mesmo assim, não deixei de perguntar por elas.

—Boa pergunta... Certamente Bia deve estar com Ambre. E Melody, bom... No grêmio talvez? –Rosa indagou.

Por que será que nada disso me surpreende?

—Taylor... Hm... Por que tem essa cisma com a Melody e a Bia? –A outra ruiva perguntou. Íris podia ter aquela carinha tímida e aquele jeito dela, mas não me enganava. Sorri para ela.

—Ora, não é só com elas que tenho essa cisma. É com você também. –Fechei a cara.

Íris se encolheu em seu lugar. Revirei os olhos.

—Você deve ser a tão falada novata! Taylor, não? –Uma garota, de cabelos curtos e olhos azuis quase negros perguntou, se enfiando no meio de Rosa e Kim para se sentar e apontar um gravador pequeno em minha direção.

Arqueei as sobrancelhas.

—Acho que sim. –Respondi. A garota sorriu, extremamente feliz.

—Ótimo! Eu sou Peggy, do jornal da escola. Você aprontou bastante desde que chegou aqui, hein? E olha que você chegou hoje! Mas enfim, é verdade o que estão falando por aí?

—Depende do que estão falando.

—Estão falando que a novata mal chegou na escola e já conseguiu uma briga com os dois Rousseau e também teve uma aproximação bastante intima com o bad boy do colégio; Castiel.

—Ah... –Nossa, as coisas se espalham rápido aqui. Sorri. —Bom, acredite no que quiser Peggy.

A morena arqueou as sobrancelhas.

—Mas o que posso publicar talvez não seja de seu agrado. Por isso seria melhor que você me contasse detalhes sobre tudo. –Tentou mais uma vez.

—Bom, posso correr esse risco. Afinal, eu realmente não me importo com o que acham de mim e também, não é como se eu tivesse transado com alguém na escola. –Pensei em acrescentar um “como certas pessoas”, mas deixei pra lá. —Só não me atrapalhe, ok?

A garota ficou séria. Recolheu seu gravador e se levantou.

—Ok, Taylor.

E saiu batendo os pés.

—Taylor, talvez você não devesse falar com Peggy assim. Ela distorce muito os fatos quando está com raiva de alguém, e acho que você a irritou um pouco. –Íris se intrometeu de novo.

Abri um sorriso sarcástico.

—Pareço preocupada com isso? Acho que não né?

*

Por mais que já estivesse extremamente acostumada com as horas exaustivas em que ficava de detenção, não acho que ficar detento no primeiro dia em um colégio novo seja algo que agrade as pessoas. Principalmente quando eu sou quem está de detenção no primeiro dia de aula em um maldito colégio.

Shermansky apenas se limitou em me chamar no final da última aula do dia e me dizer onde era a detenção e que o representante tapado iria me monitorar durante todo o tempo.

E agora, aqui estou eu, caminhando por um corredor qualquer do prédio e encarando a última porta do mesmo que tem uma plaquinha escrito “Detenção” em letras maiúsculas pendurada na porta. Abri a porta da sala e adentrei na mesma, notando o quão vazia ela estava.

Sentei-me em uma das últimas cadeiras e coloquei os fones de ouvindo, na tentativa de fazer as horas passarem mais rápido. É, não adiantou muito, já que depois de quinze minutos eu já estava batendo o pé incessantemente no chão.

Shermansky não disse que o loiro iria ficar aqui me “monitorando”?! Pelo menos assim, eu poderia ao menos me divertir um pouco enquanto o irritava. Mas ele tinha que não apareceu!

—Chega! –Levantei-me de supetão, tirando os fones de ouvido que já não tocavam nada há uns cinco minutos.

Joguei o celular e os fones dentro da bolsa e a pendurei no ombro direito.

Antes de chegar perto da porta ouvi algumas risadas finas e escandalosas um pouco longe, o que certamente é estranho, já que o colégio estava praticamente vazio. Reconheci uma delas, a da oxigenada.

Ignorei isso e continuei andando até a porta, assim que a abri e dei o primeiro passo para fora da sala, um ódio incontrolável me invadiu.

Meus olhos até lagrimejaram de tanta raiva que senti no momento em um liquido grosso e azul caiu sobre minha cabeça, me fazendo cair no chão na mesma hora. Depois que o último fio de tinta caiu sobre meus cabelos alaranjados, levei uma mão ao topo da minha cabeça sentindo-a molhada e um pouco grudenta.

O cheiro forte não escondia que era tinta de cabelo. Fechei os olhos. Aquela...

Um pedaço de papel dobrado caiu no chão ao meu lado, peguei-o e abri para ler o que estava escrito.

“Como disse antes, posso acabar com você num piscar de olhos. Da próxima vez, fica aí no chão onde é seu lugar ‘ruiva’!”

Não. Aquela oxigenada não fez isso! –Amassei o papel que ainda segurava em uma das mãos. Bati com força no chão.

Fechei os olhos novamente e suspirei, tentando me acalmar. O que não estava adiantando, porque sempre que tentava ficar calma me lembrava do que estava escrito; “Da próxima vez, fica aí no chão onde é seu lugar ruiva”. Argh! Eu, definitivamente, tentei não arrumar confusão, mas agora foi a gota d’água. Eu até iria pegar leve com ela, mas agora... Se é assim que ela quer brincar, assim vai ser!

—Agora é guerra! –Sibilei entredentes.


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Notas finais do capítulo

Olá novamente people! o/
E aí, o que acharam do capítulo? Hum... Só eu que delirei um pouquinho na parte do Castiel? ¬u¬ auhuahauhauhau
Comentem bastante e até o próximo capítulo sweets! Kissus! o3o
o/



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