Doce Amargura escrita por BabyDoll


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hi people! o/
Estou aparecendo cada vez com mais frequência né? ~Isso é bom, não? Auahuahuah! Bom, esse capítulo está realmente mais agitado. As coisas não vão ficar tão monótonas por um bom tempo. ~Assim espero e.e~
Gostaria de agradecer a leitora Lups, que está comentando em todos os capítulo! ~Sua fofa!!! Me abraça!!!~ E também a Bia, que tem me ajudado bastante! ~Amo vocês duas, suas lindas!!!
PS.: Bom, fiquei sabendo que a fic A Garota dos Cabelos Cor de Rosa foi excluída pela autora, mas quero que ~tanto autoras quanto leitoras dela~ saibam que aprecio muito a história e tenho o dever de dizer, sempre que posso, que minha fic é inspirada nela. O que me leva a dizer também, que hoje vocês perceberão uma forte influência da fic original nesse capítulo.
Boa leitura! o/



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Assim que tranquei a porta do apartamento e me virei, Agatha estava lá. Dei uns passos para traz, pelo susto. Ela já não vestia aquela roupa de fada, agora estava mais confortável. Com um pijama rosa e pantufas que tinham cupckes nas pontas. Eu disse mais confortável, não menos ridícula.

Estava sentada na sala, assistindo televisão e comendo, o que eu acho que deveria ser sorvete.

—Querida, você chegou! —Agatha disse, enquanto enfiava outra colher de sorvete na boca. Sentou em cima de suas pernas. —Como foi o passeio? Viu muitos gatinhos?

Revirei os olhos. Ela parecia uma adolescente histérica. Daquelas que eu amo surrar.

—Não Agatha, eu só vi pessoas idiotas e os únicos garotos que eu vi se resumiam em um protótipo de emo e outro que parecia não estar no mesmo século que nós. Mas isso não é realmente da sua conta. —Ela olhou para a minha mão e logo depois para a sacola.

—O que você tem aí querida? Alguma roupa, perfume...? —Ela se levantou e colocou a tigela de sorvete na mesinha de centro, vindo até mim com os olhinhos azuis curiosos dela. Que por sinal eram da mesma cor que os meus.

Inferno. Tenho semelhanças com ela.

—São cordas de guitarra. Ao contrario das garotas “normais”, —Fiz aspas com as mãos. —eu tenho mais o que fazer do que ficar comprando perfumes. Tenho um cérebro que tem talento, então decidi usa-lo tocando guitarra e cantando.

Tirei a embalagem das cordas da sacola e mostrei para ela, indo para o corredor.

—Não fale desse jeito querida, parece que você não gosta das pessoas a sua volta.

Olhei para ela e sorri.

—Ótimo. Porque eu realmente não gosto.

E segui para meu quarto.

Ainda não tinha visto se haviam mensagens ou ligações, mas deixaria para mais tarde. Agora precisava de um banho e de tocar alguma coisa urgentemente.

*

Quando eu já estava limpa e com a meu blusão de antes, resolvi trocar as cordas da guitarra e tocar um pouco.

Depois de ajustar as cordas, toquei por bastante tempo, só parei quando vi a tela do meu celular piscando.

Peguei-o e o desbloqueei, vendo um número em cima do envelopinho de mensagens. 25 mensagens. Dez de Sophia, dez de Kentin e cinco da minha mãe.

Por que não estou surpresa do menor número ser o dela?

Li primeiro as mensagens de Sophia, eram coisas como: “Taylor, você chegou bem aí? Espero que sim...”, “Tay, estava pensando, será que a Lety vai continuar enchendo agora que você saiu?” ou “Taylor, me conte como é a cidade! Tem muitos gatos?”. A última mensagem me foi enviada umas cinco vezes.

Sophia e essa sua mania de achar que eu vou olhar para um bando de desconhecidos e achar o “Amor da minha vida”, como se eu acreditasse nessa baboseira pra começo de conversa...

Kentin escrevia coisas um pouco mais coerentes: “Taylor, espero que a cidade não seja muito desconfortável para você, tente se acostumar logo e não arrume encrencas.”, e “É sério Taylor, se sua mãe tiver que assinar mais uma expulsão sua você irá para um colégio interno! Tome muito cuidado!”.

E as mensagens de minha mãe eram as mesmas, das cinco vezes. “Filha, preciso falar com você. Ligue assim que puder.”

Falo com você depois, estou ocupada agora.

Taylor; 01:57 a.m.”

Mandei apenas para os meus amigos, não mandei nada para Alice.

Não queria falar com ela agora, e se dependesse de mim, não falaria por um bom tempo.

Guardei a guitarra de volta na proteção e me deitei na cama, já estava começando a ficar com sono.

Sem contar que amanhã não seria um dia agradável, já que um monte de adolescentes alienados ficariam perguntando “disfarçadamente e discretamente” quem é “a novata ruivinha ali”.

A última pessoa que falou isso para mim foi uma garota da quinta série, éramos da mesma sala. Empurrei-a da escada. Ela ficou hospitalizada por três dias, quebrou a perna.

Ajeitei-me na cama e me cobri até o topo da cabeça.

*

Já repararam como o despertador parece absurdamente irritante e inconveniente quando você realmente não quer sair da cama?

Praguejei enquanto tirava apenas o braço para fora da cama e pegava meu celular, levando ele para baixo da coberta e abrindo os olhos lentamente para me acostumar com a luz do visor.

6:40 a.m.

Soltei um grunhido e bloqueei o celular, voltando a fechar os olhos. Ferre-se o que eu tinha que fazer!

Mas quando o sono estava chegando de novo Agatha entrou no quarto com todo aquele bom humor que eu odeio.

Ela simplesmente arrancou a coberta da cama e sorriu animadíssima.

—Bom dia querida! —Eu, com todo o meu mau humor matinal, apenas me limitei a pegar um dos travesseiros e cobrir meu rosto, enquanto me encolhia por causa do frio.

—Mau dia. Agora sai e me deixa dormir em paz.

Agatha poderia ter feito isso não? Mas não fez. Ao invés disso, sentou-se do meu lado na cama e começou a acariciar meus cabelos.

—Vamos querida, acorde. Você precisa se arrumar para o seu primeiro dia.

—Agatha. —Chamei—a, enquanto tirava o travesseiro do rosto.

—Hum?

—Vai pro inferno!

Ela deu uma risada, como se achasse que eu estava brincando, e se levantou.

—Vamos Taylor, vai se atrasar. —Deu leves batidinhas na minha perna e então saiu do quarto.

Fiquei uns cinco segundos do mesmo jeito.

—Inferno!

Levantei-me sonolentamente e fui me arrastando até minha mala, que estava aberta e jogada no canto do quarto. Procurei minha calça jeans preta e enquanto a vestia tentava achar alguma blusa. Acabei pegando uma regata que estava jogada perto do guarda-roupa e meus all stars.

Achei minha bolsa em uma das malas e fui para o banheiro, dar um jeito no que era pra ser meu cabelo e escovar os dentes.

Querida, pode vir aqui, por favor?

Terminei de prender meus fios em um coque e fui até a cozinha, onde muito provavelmente minha tia estaria.

Agatha estava sentada no balcão enquanto tomava alguma coisa na sua xícara cor de rosa. Estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo baixo e usava um vestido rosa. Junto com seus saltos rosa e sua bolsa extraordinariamente cor de rosa.

Acho que ela deve ter algum tipo de distúrbio.

—O que é?

—Não poderei leva-la á escola querida, mas você já sabe onde é, não? —Assenti, e ela continuou. —Quando chegar lá, por favor, vá até a diretora, ela quer te conhecer.

—Tanto faz. —Peguei uma maçã e dei uma mordida.

Agatha pulou do balcão e me deu um beijo no rosto.

—Preciso ir querida. Não demore muito ou chegará atrasada.

Ela foi até a porta do apartamento e pegou suas chaves no aparador. Quando já estava abrindo a porta lembrou-se de algo e se virou para mim.

—Ah, Taylor. Por favor, não se meta em confusões. —Sorriu e então saiu do apartamento.

Joguei o talo da minha maçã no lixo e peguei a bolsa, indo para a porta. Sorri.

—Não prometo nada.

*

Sabe, a escola não parecia a pior parte da coisa depois que a vi com seus alunos.

Muitos adolescentes passavam com seus grupinhos de um lado para o outro, vez ou outra me encarando e falando alguma coisa uns para os outros. E eu, com toda a minha simpatia, apenas mostrava-lhes meu dedo médio.

Vaguei pelos corredores daquela escola por uns dez minutos, estava quase desistindo de encontrar a diretoria e voltar para casa quando alguém cutucou meu ombro. Virei-me, com uma carranca na cara.

—Senhorita Moore. —Encarei a velha na minha frente.

Era uma senhora baixinha e velha que mais parecia uma múmia. Seus cabelos grisalhos estavam presos em um coque bem alto e alguns fios estavam escapando dele; também usava um óculos que era sustentado por seu pequeno nariz enrugado. Ela estava sorrindo pra mim, e sua boca coberta por um batom rosa me causou náuseas.

Fiz minha melhor cara de anjo.

—Sim?

—Sou a diretora Shermansky. Poderia acompanhar-me até a minha sala, por favor?

—Por quê? Não consegue andar sozinha? —Disparei, sem ao menos perceber. Arqueei as sobrancelhas e sorri. —Já vou avisando que eu literalmente não sou boa samaritana.

A velhota me fuzilou com os olhos por um momento.

—Senhorita Moore, não seja inconveniente. Apenas me siga sem emitir um único ruído. —Revirei os olhos e segui a velhota até sua sala.

Quando ela abriu a porta e me deu passagem para entrar eu fiquei um tempo tentando assimilar que droga era aquela.

Já não bastava minha tia ser obcecada pela cor rosa, a diretora também era. Sua sala tinha uma quantidade impressionante de coisas não úteis e rosas. Sem contar que tinham vários porta-retratos com fotos de um cachorro espalhadas pelo cômodo.

A velha se sentou em sua cadeira e apontou a cadeira á sua frente, para que eu também me sentasse. Fiz o que ela pediu.

Shermansky pegou uma pasta que estava em cima de uma pilha pequena de papéis e a abriu, tirando de lá um papel, o que deveria ser, acho eu, minha ficha.

—Vamos lá senhorita, —Olhou no papel. —Taylor Moore. Você tem uma longa ficha de detenções, castigos, suspenções e também várias anotações negativas por responder professores, pichar o patrimônio público da escola e até... Invadir a casa de uma professora depois de ter sido expulsa do colégio?

Não pude deixar de sorrir quando ela disse aquilo. Qual é? Mesmo depois de tudo, foi divertido. A desgraça já está feita, tenho mais é que rir dela!

—O que me rendeu uma passagem só de ida pra cá. —Murmurei.

—O que disse senhorita?

—O que você ouviu. —Recostei-me na cadeira, encarando a velhota com deboche.

Então quer dizer que a novata é encrenqueira? —Uma pessoa, que até então não estava participando da conversa, resolveu se intrometer.

Sua voz tinha o mesmo tom debochado que a minha, o que me fez revirar os olhos.

—Senhor Castiel, não se meta no que não é da sua conta. Quando terminar de falar com ela, conversaremos sobre o que ocorreu. —A velhota voltou-se para mim. —Senhorita Moore, espero que o que aconteceu em seus antigos colégios não se repita aqui. —Assenti. —Antes de ir para a aula, vá até o grêmio, precisa pegar seus materiais e seu horário. Bem vinda a Sweet Amoris.

—Valeu. —Levantei-me e peguei minha mochila do chão.

Virei-me para sair da sala, e antes de chegar à porta, encontrei um garoto de cabelos vermelhos sentado num dos bancos da sala.

—É, bem vinda a Sweet Amoris novata. —Sorriu.

Ignorei-o e saí da diretoria.

A alguns metros da sala da diretora, encontrei o grêmio.

Como eu realmente não tinha nenhuma educação apenas entrei.

Bom, pelo menos dessa vez deveria ter batido. A cena que presenciei não foi algo de meu grado. Um garoto loiro estava com a camisa social totalmente desabotoada e estava beijando uma garota de cabelos castanhos, enquanto mantinha a mão embaixo de sua blusa, em seu seio direito. Decidi interromper os dois quando a garota soltou um gemido e o loiro a sentou em uma mesa encostada na parede.

Pigarreei, forçando-os a olharem para mim. Sorri quando os olhos deles se arregalaram.

—Interrompi algo? —Usei o tom mais cínico possível.

O loiro tirou instantaneamente a mão do seio da garota e tratou de começar a abotoar a sua camisa. Enquanto isso a garota tentava arrumar os cabelos.

—Não... Melody e eu só estávamos... Hum... —Ele olhou para a garota, em busca de respostas. Mas ela apenas saiu da sala o mais rápido que pôde.

—Me poupe dos detalhes. —Levantei um pouco as mãos, para que ele parasse.

Ele terminou de abotoar a camisa e arrumou os cabelos, se recompondo.

—Então... O que deseja?

—A velhota mandou-me vir aqui, pegar algumas coisas.

—Ah claro... A novata.

O loiro foi até um armário de ferro e pegou algumas apostilas. Depois foi até a mesa e na primeira gaveta pegou um papel e uma chave. Entregou-me tudo.

—Aí estão seus materiais, a senha do seu armário e os seus horários.

Assenti e dei meia volta.

—Se é só isso, já estou indo. —Fui até a porta.

—Espera! —Olhei para o loiro. —Por favor, não fale para ninguém sobre o que você viu aqui. —Ele parecia aflito, o que quase me comoveu. Eu disse quase.

—Pensarei no seu caso. —Ri. —Mas da próxima vez, ao menos tranque a porta.

Andei pelos corredores até encontrar meu armário. Depois de colocar lá dentro todas as apostilas que eu não usaria, fechei-o e fiquei escorada nele.

Algumas pessoas ainda passavam de um lado para o outro, indo para as salas.

Uma garota, que estava do outro lado do corredor percebeu-me ali e veio em minha direção, sorrindo.

A garota era bonita, com olhos dourados e uma longa cabeleira branca. Talvez descolorida. Usava um vestido branco e botas compridas e negras.

—Aluna nova? —Perguntou.

Assenti. A garota sorriu mais.

—Sou Rosalya, mas pode chamar-me de Rosa.

—Taylor.

A albina olhou para as apostilas que eu carregava.

—Sala 2B?

—Sim. A mesma que você pelo visto, não?

Ela assentiu e começou a se afastar.

—Vamos, o professor já deve estar chegando.

Segui Rosa até a sala. A maioria das pessoas já estavam lá dentro, conversando.

Rosa foi até a fileira da janela e sentou-se no quinto lugar, indicando que me sentasse atrás dela.

Assim que o fiz, um homem entrou na sala e todos ficaram quietos.

O homem era alto, cabelos e olhos castanhos. Aparentava estar muito cansado.

—Esse é o professor de história. —Rosa sussurrou pra mim. —Faraize.

—Ele parece cansado. —Comentei. —Vai ser fácil, fácil de enganar. —Rimos.

—Bom dia alunos. Hoje, antes de começar a aula, a diretora Shermansky avisou-me que recebemos uma nova aluna. Por favor, senhorita, venha até aqui e se apresente.

—Não, obrigada. —Disse.

Faraize me encarou por um momento. Assim como toda a sala.

—O que? —Disse, por fim.

—Não. Não estou a fim de me apresentar.

Faraize coçou a cabeça e murmurou algo como “Bem que disseram que seria difícil”.

—Por favor, senhorita, se apresente.

Bufei.

Levantei-me e andei até o professor. Encarei as pessoas e elas me encararam de volta.

—Sou Taylor Moore, tenho dezesseis anos e não quero ser amiga de vocês. —Sorri. —Estou me esquecendo de algo? Ah, sim! Fui expulsa da minha antiga escola e depois invadi a casa da professora que me expulsou.

Olhei para Faraize, que hesitou um pouco.

Quer dizer que o nível da escola baixou tanto que agora até pessoas que invadem casas podem se matricular?

Uma garota loira, sentada no meio da sala, disse. Suas amigas riram. Sorri para ela.

—Exatamente oxigenada. —A garota parou de rir e me fitou. —Aproposito, tranque bem as portas, posso te fazer uma visita qualquer dia desses. —Pisquei para ela, que ficou descrente.

Voltei para o meu lugar e me sentei.

Faraize, depois de alguns segundos ainda parado no mesmo lugar, pigarreou e começou a falar sobre algo relacionado ao Egito.

Depois de algum tempo escrevendo o que Faraize passava, eu desisti e comecei a olhar para a janela, não tinha nada de especial lá, mas estava muito mais interessante do que a aula.

Alguém bateu na porta e Faraize parou de escrever, esperando até que a porta se abrisse.

O mesmo loiro do grêmio surgiu na porta. Parecia meio encabulado por aparecer ali naquela hora.

—Desculpe o atraso professor... Tive que resolver uns problemas no grêmio. —O loiro disse.

Arqueei as sobrancelhas e olhei bem para o garoto. Ele passava os olhos nervosamente pela sala, como se estivesse procurando alguém.

Dei risada. Mas não uma discreta, eu literalmente gargalhei e joguei a cabeça pra trás. Chamei a atenção do loiro.

—Algum problema senhorita Moore? —Faraize olhou para mim por cima dos óculos redondos.

Fitei o representante. Ele parecia que explodiria a qualquer momento, estava totalmente vermelho.

—Não sei... —Arqueei as sobrancelhas e sorri. —Acho que não. Certo? —Perguntei ao loiro.

—Certo. Será que... Hãn... Eu posso entrar Faraize? —O loiro desviou o olhar e perguntou ao professor.

—Entre Nathaniel.

Ah... Quer dizer que o nome do “Senhor certinho” – Nem tão certinho assim- é Nathaniel?

Enquanto Faraize voltava a escrever e eu voltava a encarar a janela, Rosa cutucou minha mão.

Olhei para ela.

—O que foi isso que acabou de acontecer? —Perguntou-me.

—Bom, depende do seu ponto de vista. —Rosa uniu as sobrancelhas. —Bom, no meu ponto de vista, isso fui eu destilando meu veneno silenciosamente para o representante.

—E o outro?

—Certamente, o representante deve ter entendido como uma forma de aviso.

Rosa pareceu pensar por um instante, mas não achou respostas.

—Digamos apenas, Rosa, que o representante estava ocupado quando fui no grêmio. —Sorri.

Sobre o que as moças estão falando? —A voz de Faraize interrompeu a conversa. Olhei para ele.

—Sobre como eu invadi a casa da minha antiga professora. Sabe, eu não me dava muito bem com ela porque ela vivia chamando minha atenção. —Sorri angelicalmente.

Faraize suspirou.

*

Quando o sinal tocou, eu apenas continuei no mesmo lugar, olhando para a janela e pensando no inferno que tinha me metido e também no que eu poderia fazer para me divertir um pouco nesse lugar.

—Tay? —Rosa chamou-me. —Vamos, a aula é vaga. A professora não pode vir.

Sorri, pelo menos uma boa noticia!

Levantei-me e fui com rosa. Ela guiava-me pelos corredores até o pátio, onde, certamente, todos da nossa classe estavam.

—Vou te apresentar algumas de minhas amigas. —Rosa sorriu. Ela parecia extremamente contente. Sorri de volta.

Rosa foi uma das poucas pessoas em que eu confiei tão rápido. Acho que a segunda, já que a primeira foi Sophia.

Acompanhei Rosa até um banco, onde várias garotas estavam conversando.

—Meninas. —Rosa chamou a atenção delas, que imediatamente pararam de falar e prestaram atenção. Ao total, eram umas cinco garotas. —Quero que conheçam Taylor.

Era meio ridículo Rosa me apresentar desse jeito, já que elas eram da mesma sala que a gente, mas mesmo assim não falei nada.

—Oh, olá Taylor. —Uma garota ruiva, com o cabelo um pouco mais escuro que o meu, cumprimentou-me. —Me chamo Iris. Essas são Kim, Violett, Bia e...

Apontou, respectivamente, para uma morena alta de olhos verdes, uma garota baixinha de cabelos violetas, uma loirinha de vestido rosa e para a garota de hoje mais cedo.

Sorri para elas, antes que Iris falasse o nome da última garota.

—Melody. —Fitei-a. Ela apertava as mãos com força e desviava o olhar do meu. —Conheci-a mais cedo, no grêmio. —Sorri para a garota ruiva.

—Sério? Melody não nos disse que já conhecia você. —A garota loira murmurou, enquanto olhava para Melody.

—Bom, ela estava muito ocupada ajudando o representante. —A garota olhou para mim, como se pedisse para que eu ficasse quieta. —Enfim, é ótimo conhecer as demais. —Olhei para Kim e Violett sorridentemente. —Ao menos, algumas das...

Digamos que, bem, sinceridade de mais era algo que eu tinha.

Melody, Iris e Bia me olharam um tanto quanto sem graça. Bem, foda-se!

Rosa, percebendo o que acontecia, me puxou para longe, com a desculpa de me apresentar para mais algumas pessoas.

Quando já estávamos consideravelmente longe, rosa finalmente parou.

—Por que não gostou delas? Pelo menos, não da Melody, Iris e Bia? —Perguntou.

—Não sei... Ao certo. Melody me parece a típica garota que quer ser o exemplo, mas que no fundo, quando ninguém está olhando, vira um demônio de saias. Bia não me parece confiável, é como se só estivesse ali para descobrir algo. E bem... Iris, não sei o que pensar exatamente sobre ela. Mas tem algo de muito estranho nela.

Rosa me fitou todo o tempo. Depois, sorriu. Um sorriso presunçoso.

—Sabia que tinha feito a escolha certa falando com você! —Disse-me. —Suas primeiras impressões estão um tanto quanto certas. Bia é quase como uma espiã, só está com a gente quando algo acontece, de resto, vive com Ambre. Mas não falo nada porque ela é amiga de Melody e Iris. Melody é outra, descreveu-a exatamente como ela é. Finge-se de boa moça para os outros, mas já a vi diversas vezes se insinuando para Nathaniel. —Só se insinuando? Pensei. —Mas Iris... Nunca pensei em nada sobre ela, de fato... Nunca demonstrou nada. Mas suas impressões estão certas Taylor. Gostei disso.

—Eu também gosto disso em mim. Raramente me engano com algo do tipo. —Sorri. O celular de Rosa tocou e ela olhou para mim sem graça. —Pode atender, vou pegar meu celular na sala, o esqueci mesmo.

Ela assentiu e atendeu o telefone, enquanto me afastava.

Andei calmamente para o interior da escola. Já estava chegando na sala quando passei por uma garota loira, essa, diferente de Bia, tinha os cabelos mais longos e mais claros. A garota do comentário. Continuei andando, mas a garota agarrou meu braço.

—Ei, novata!

Preciso dizer que a voz dela me irritou profundamente? Era tão fina e enjoada que me dava nos nervos! Sem contar que ela segurava meu braço com força, o que com certeza deixaria marcas, graças á suas unhas postiças. Virei-me.

—O que é? —Perguntei, grossa.

—Escuta aqui, Taylor, não é? —Arqueou as sobrancelhas. —Bem, que seja! Vou deixar bem claro uma coisa. Você não vai se aproximar, falar, sequer pensar, em meu irmã, Nathaniel e em meu namorado, Castiel. Estamos entendidas?

Entreabri a boca. O que?!

—Como? —Perguntei.

A loira revirou os olhos.

—Vou explicar de uma maneira mais fácil para que você possa entender. Eu sou a popular da escola, você é a novata metida á marginal. Eu sou de um mundo diferente do seu. Eu sou a Nobreza, você a escória. Portanto, não se aproxime do que me pertence. Ou pagará as consequências. Entendeu? —Pisquei algumas vezes.

Ela soltou meu braço, limpando a mão na calça jeans, como se eu tivesse uma doença. Sorri para ela.

—Ah... Entendi!

—Ótimo! —Ela sorriu, se virando.

—Você tem medo de concorrência.

A loira parou imediatamente de andar. Virou-se.

—O que disse?

—Que você tem medo de concorrência. Afinal, se eu fosse a escória como você disse, não se incomodaria de descer do pedestal para falar isso pessoalmente para mim. Não é mesmo?

—Ora sua vadia...Escute aqui!

Ok, agora eu estou realmente sem paciência.

—Não, escuta aqui você! —Aproximei-me dela. —Eu já fiz coisas muito piores com garotas como você que se você soubesse, arrepiariam até esses seus cabelos oxigenados aí. —Apontei para seu cabelo. —Então, fica quietinha e não se mete no meu caminho. Lembre-se querida, acidentes acontecem.

A garota vacilou por alguns instantes, mas logo voltou á pose inicial.

—Você não pode fazer nada contra mim! Já eu, posso ferrar você num piscar de olhos! —Sorri para ela.

—Mal posso esperar para isso acontecer! —Sorri para ela e me virei, pretendendo voltar para a sala e pegar meu celular. Já estava irritada o suficiente, e eu realmente não podia me envolver em confusões.

Mas parece-me que a garota não entendeu. Já que assim que me virei ela agarrou meu braço de novo, com mais brutalidade e estalou um tapa em meu rosto.

A loira tinha um sorriso triunfante e o olhar presunçoso no rosto. Como se a batalha já estivesse ganha. Ah... Se depender de mim...

A expressão da garota murchou imediatamente quando eu abri um sorriso tão largo e triunfante quanto o dela, só que o meu era banhado de uma maldade que ela não conhecia.

Estralei a língua.

—Agora você vai aprender o que é brigar de verdade garota mimada!

Devolvi o tapa que ela me deu, só que, muito mais forte. A oxigenada pareceu horrorizada com aquilo e, assim que levou a mão ao rosto após o tapa, não perdi tempo e a derrubei. Ficando em cima dela com uma perna em cada lado de sua cintura.

A loira estava assustada, os olhos estavam incrédulos, não paravam no lugar. Sempre focando meus olhos, um de cada vez. Sorri, era assim que eu gostava que as pessoas ficassem.

—Olha, eu juro que tentei cumprir minha promessa sobre não arrumar confusões, mas... Eu não estava em um dia muito bom e você estava por perto numa hora errada. —Sorri sadicamente. —É isso, lugar errado e hora errada.

Serrei meus punhos. Com a mão esquerda segurei a gola da blusa da oxigenada, que mais parecia um saco de batatas. E com a mão direita... Ah! Eu a levantei, levando-a na altura do meu rosto, para ter um espaço suficiente para um belo soco no rosto da loira.

Quando meu punho finalmente desceu, em direção ao rosto da garota para acerta-la em cheio, alguém me impediu, segurando meu braço com força.

Quem foi o desgraçado que fez isso?!

—Você não vai fazer isso Taylor! —Suspirei, com raiva.

—Ah não é? E quem é que vai me impedir? —Perguntei.

—Eu.

—E quem é você para fazer isso? —Virei-me, encarando o garoto que segurava meu braço.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo people!!! O que acharam do capítulo? Bom, ruim... Ótimo? Comentem, please! ~Mesmo que forem críticas, aceito comentários e criticas construtivas igualmente!
Só eu que tenho uma raiva mortal da Ambre? Aahuahauh, acho que não né? 'u'
Mas enfim! Quem será o garoto que impediu nossa protagonista de dar uma boa surra em Ambre? Hein, hein? Aahuahuahuah!
Bom, se tiver alguns errinhos, falem! Ainda estou sem minha querida beta ;-;.
Até o próximo capítulos peoples, tentarei posta-lo rápido, mas ainda nem comecei a escreve-lo. ~foge/ auahauhauh
Kissus! o/



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