Doce Amargura escrita por BabyDoll


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amoreeeeeeees!! Pois é! Apareço no último dia do ano, pra vocês começarem 2016 felizes! UHAUAHUAHUA ♥
♥ Meu deus! Senti tanta saudade de vocês, pelo amor! ;___;
Olha, preciso falar muito sério com vocês. Peço-lhes desculpas, porque sei que o que eu fiz, desaparecer por tanto tempo não se faz. Mas peço que me entendam.
estava muito atarefada na escola, com muitas provas, trabalhos, lições e... Enfim! Um milhão de coisas. A falta de inspiração foi um empecilho também. Mas a pior parte, é que aconteceram problemas muito pessoais nesses meses entre a minha família. Então, eu realmente não tinha ânimo para escrever, com tudo o que estava acontecendo e que ainda está acontecendo. Mas enfim! Escrevi esse capítulo com muito amor e carinho para vocês, meus amores!
Espero que me desculpem meus anjos, mas também deixo claro que meus problemas não passaram, estão cada vez piores, e se eu não postar tão cedo, é por isso. Tenham calma comigo, por favor. Mas o aviso é claro! Não desistirei dessa fic nunca. Leve o tempo que levar.
Era esse o meu recado, anjos! Espero que gostem do capítulo e tenham uma ótima leitura!!! ♥ :''''''')



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—Taylor. –caminhei em sua direção, enquanto passava praticamente por cima do meu orgulho. Onde já se viu! Fazer declarações para alguém na frente de tantas pessoas assim?

Mas valeria á pena. Ah se valeria!

As duas semanas que ela prometeu seriam, no mínimo, interessantes.

O rosto de Ambre olhando aquilo não tinha preço. Quando Taylor se virou, com o rosto mais surpreso e maravilhado que podia fazer, me segurei para não rir e acabar com aquilo ali mesmo.

A garota atuava bem, devo admitir.

**

Taylor terminou de comer e saiu do estabelecimento, deixando-me lá enquanto ia para algum outro lugar que eu realmente não me importava.

Essa garota... De certa forma é diferente. Tem algo nela que me intriga...

Enquanto estava devaneando sobre Taylor, percebi alguém vindo em minha direção, a garçonete de mais cedo. E quando finalmente a loira chegou á minha mesa, debruçou-se sobre ela e mordeu o lábio.

—Então, querido, quer mais alguma coisa? –piscou os olhos de maneira demorada, como se não estivesse com pressa. E tenho certeza que não estava.

Sorri para a loira, olhando nem tão discretamente assim para seu decote propositalmente exposto.

—Bom, daqui, mais nada. Mas quero outra coisa, será que pode me dar o que eu quero? –A malícia em minha voz foi muito bem vinda para a garota.

—Vejo que não quer esperar até sexta á noite, não é? –de repente, ela se endireitou e ajeitou a saia, retirando as coisas da mesa e sorrindo maliciosamente. Olhou para o relógio que estava na parede oposta, e depois voltou os olhos para mim. —Meu turno acaba daqui a cinco minutos, se puder esperar...

Levantei-me e peguei a carteira no bolso traseiro, pegando a quantidade de dinheiro necessária para pagar o que foi consumido.

Sorri para a garota e pisquei, saindo da cafeteria e caminhando pela rua que estava um tanto quanto vazia.

Fui para um beco que tinha do lado da cafeteria, com a porta dos fundos do comércio, e esperei ali, enquanto acendia um cigarro.

Assoprei a fumaça para o céu, enquanto pensava em como diabos faria com a declaração que Taylor pedira. Por que diabos essa garota queria fazer esse tipo de coisa contra a irmã do representante? Mas isso não é problema meu.

Não me interesso por suas razões. Só quero a minha recompensa no final disso tudo.

A porta do estabelecimento se abriu, me chamando atenção quando a garota saiu dali, com uma calça jeans apertada e uma blusa curta. Sorri para ela, enquanto jogava o cigarro no chão e a empurrava contra a parede.

Enquanto descia os beijos até seu pescoço, a garota me contou em meio aos arquejos que seu nome era Lauren. Como se eu me importasse!

As coisas já estavam bem quentes. Com o passar dos beijos, ela estava suspensa do chão, com as pernas entrelaçadas na minha cintura e as costas apoiadas na parede. Minha mão já estava dentro da sua blusa e seu sutiã já desabotoado.

Quando a mão dela desceu até a barra da minha calça e abriu o botão, meu celular tocou, assustando-nos.

—Relaxa, daqui a pouco esse infeliz desiste. –sussurrei em seu ouvindo quando percebi que ela pararia o que estava fazendo.

E o celular parou. Porém, começou a tocar de novo.

Suspirei, escondendo meu rosto em seu pescoço e a colocando no chão. Lauren soltou um muxoxo quando peguei o telefone e atendi.

—Olha, quem quer que seja o filho da puta, eu espero que tenha um bom motivo, porque eu estava muito ocupado!

Ah Castiel, pra que tanta raiva? Não seja tão mal educado comigo.

Minha raiva era quase palpável ao ouvir a voz de Lysandre.

—Por que diabos me ligou? Eu estou ocupado, Lysandre.

Esperei alguns segundos até ouvir um suspiro do outro lado da linha e logo depois uma sequencia de “tsc, tsc, tsc”.

Peço-lhe desculpas, meu caro amigo. Mas preciso que você deixe a dama que está te acompanhando agora, e venha para seu apartamento. Estarei lá em alguns minutos e você também tem que estar lá. Consegui escrever a música para o nosso próximo show. Quero lhe mostrar.

Quem diria! Lysandre finalmente terminou a música que o fez ser suspenso por alguns dias da escola! É uma pena que seja uma música romântica, pelo que dissera antes.

Mas isso não interessa agora. Nosso show é bem mais importante do que a loira atrás de mim. Eu posso encontra-la qualquer dia, mas um show não.

—Estarei aí logo, logo.

Antes de alguma resposta de Lysandre, guardei o celular no bolso da jaqueta e me virei para a garota, batendo as mãos nas minhas pernas e inclinando a cabeça para o lado, com um sorrisinho amarelo.

—Então, querida... Sinto muito, mas nossa diversão terá que acontecer outra hora! É uma pena, de fato, mas tenho que ir. Acredite, me sinto realmente muito mal por isso! –pisquei para ela, virando as costas e saindo do beco, enquanto caminhava até minha moto ao som de seus protestos.

**

Estava de olhos fechados quando o barulho irritante do elevador me avisou que eu tinha acabado de chegar a meu andar. Caminhei pelo corredor enquanto balançava as chaves de um lado para o outro.

Parado na soleira da minha porta, um garoto alto e de roupas pretas estava sentado no chão. Os cotovelos apoiados nas pernas e a cabeça sendo sustentada pela mão direita. Tinha uma cara entediada, mesmo que estivesse de olhos fechados. Sua cabeleira platinada era inconfundível, ah! Aquele era Lysandre!

Curvei-me um pouco e estralei os dedos na frente de seu rosto. Lysandre pareceu se assustar, e por uns segundos um misto de surpresa e indignação passou pelos seus olhos, mas logo deu lugar a um sorriso, enquanto levantava-se e dava leve batidas em suas roupas, para tirar o pó inexistente que podia ter caído sobre elas pelo tempo que permanecera sentado ali.

—Você demorou muito. Estou aqui faz 20 minutos, Castiel.

—Ah, para de reclamar! Eu estava ocupado e vim! Já não é suficiente? Deveria ficar contente que eu apareci.

Abri a porta e entrei primeiro. Lysandre sempre achou de péssimo gosto esse hábito. Mas a casa é minha, então!

Atirei a jaqueta na poltrona mais perto e fui para a cozinha, pegar duas garrafas de cerveja.

—E então, como está a música? –perguntei, enquanto observava a geladeira até achar a cerveja.

—Ao meu ponto de vista, está ótima! Muito profunda e tenho certeza que irão gostar! –sua voz era entusiasmada, como sempre.

—Tenho razão em dizer que a música vai ser broxante para mim?

Apareci na sala, deixando uma garrafa na mesa, em frente á Lysandre, e me sentando no braço do sofá, encarando-o.

Não demorou muito para que Dragon saísse de onde quer que estava e latir, indicando que estava extremamente feliz por não estar mais sozinho. Fiz carinho em sua cabeça, enquanto esperava minha resposta.

—Não. Você não tem razão Castiel. Tenho certeza que gostará da música.

Arqueei uma sobrancelha, intrigado. Lysandre escrevendo uma música romântica que eu vou gostar? Só pode ser brincadeira!

—Duvido disso. Vamos lá, mostre-me a música e eu julgarei!

O albino revirou os olhos e pegou seu bloco de notas, pigarreando para começar a cantar.

I can't tell you what it really is

I can only tell you what it feels like

And right now there's a steel knife

In my windpipe

I can't breathe, but I still fight

While I can fight

As long as the wrong feels right

It's like I'm in flight...

Ouvi com atenção. E a cada palavra dita percebi que era exatamente o que eu estava precisando. Só precisava ser reescrita para parecer com o que Taylor queria.

Bati palmas.

—Lysandre! Você acabou de me ajudar! –fitei meu amigo, e vi que não compreendia nada, então tratei de explicar. —Escuta, eu concordei em ajudar a novata com uma coisinha que ela pediu. Fizemos um acordo. E ela precisa que eu faça uma declaração pra ela. E essa música aí, vai me ajudar! Só precisamos modifica-la um pouco para parecer real.

—Espera aí! Você fez um acordo com a novata, para você declarar-se para ela? Por que alguém quereria isso?

Deitei no sofá, dando um gole em minha cerveja.

—Ela quer se vingar da Ambre. E qual a melhor maneira de fazer isso, senão partindo o coraçãozinho dela? –ri. —Taylor, a novata, me propôs coisas bem interessantes. Vai ser legal ajuda-la. Afinal, o que tenho que fazer, além da declaração boba, é transar com a loira. Que tipo de acordo pode ser melhor? Terei que dormir com a Ambre e uma hora depois quebrar o coração dela! Sem contar que depois, terei Taylor por duas semanas á minha disposição. Isso parece-me ótimo!

Lysandre sacudiu a cabeça de um lado para o outro, negando a ideia.

—Castiel! Qual é?! Percebe o que está fazendo? Está ajudando essa garota a magoar outra, e ainda está tirando total proveito disso. Isso é horrível de sua parte!

Ah... Como sempre, Lysandre tinha que me dar lição de moral!

—Olha, não estou pedindo par fazer parte do acordo. Estou pedindo para me ajudar a reescrever essa música, não para concordar comigo.

—Sem chances Castiel!

É claro que ele iria falar isso!

—Por favor Lysandre. Não tem que concordar, só peço a música. Para de ver tudo como um problema enorme! O problema é das duas. –suspirei. —E então?

—Eu tenho certeza que me arrependerei disso depois... Certeza absoluta! –o albino esfregou os olhos, como se estivesse cansado. —Está bem Castiel. Ajudo-te a reescrever a música.

**

Algumas horas depois, tínhamos finalmente terminado a música. E posso dizer que, até eu acreditaria que estou apaixonado pela novata de cabelo azul.

Lysandre tinha saído a pouco, aconselhando-me para não fazer nada que magoasse alguém. Mas não é como se eu me importasse de verdade.

Estava escorado na varanda, com um cigarro entre os dedos. Taylor me intrigava... Por que fazer isso com Ambre? Ela não se vinga como as outras garotas, ela não quer fazer algo superficial. Ela quer abrir um buraco que vai demorar á fechar. A questão é... Até que ponto ela iria por essa vingança?

Tirei o celular do bolso e mandei uma mensagem para Taylor, com a música. No final, ainda fiz questão de dizer para não se apaixonar.

Alguns minutos depois, o celular vibrou, avisando que recebi uma mensagem da novata.

Ri com sua resposta. Afinal, era imune ao amor?

Ótimo... Assim era bem mais divertido.

Acabei o cigarro e entrei, indo para o meu quarto e deixando o celular na cama. Tirei minhas roupas e peguei a toalha que estava jogada na cadeira do quarto.

Enquanto ligava o chuveiro, já dentro do Box, pensava em como faria Ambre entrar no nosso jogo. Ela era muito fácil de ser enganada, afinal, quando se está apaixonado, quem não é iludido? Eu sei bem disso.

Meus pensamentos foram fugindo para lugares distantes, e quando dei por mim, pensava no que aconteceu no passado. Não repetirei esse erro nunca mais. Definitivamente não.

Desliguei o chuveiro e enrolei a toalha na cintura.

Chegando ao quarto, a primeira coisa que fiz foi pegar o celular e discar o número de Ambre. Não demorou muito para que ela atendesse.

Castiel... Que surpresa deliciosa! Do que precisa, meu querido?

Sua voz era manhosa como sempre. E, como sempre, repleta de malicia. Pobre Ambre... Tornou sua queda tão mais fácil...

—Sabe... Estava com saudades de você. Queria saber se amanhã a gente poderia conversar um pouco. Isso me deixaria muito feliz. Tenho uma surpresa para você.

Claro que sim Cast! É claro que podemos “conversar” um pouco amanhã. Esperarei ansiosamente.

—Eu também. Obrigado Ambre, garanto que nos divertiremos muito! –ri, sendo acompanhado por ela. —Ah! Antes que desligue, gostaria de pedir que você usasse aquele vestido azul claro que eu adoro. Sabe?

A loira riu do outro lado.

Claro que usarei. Tudo para te fazer contente.

—Ótimo...

Desliguei o celular, sem esperar sua resposta. Ai, ai... Não sei como Ambre pode se achar tão esperta.

—Ambre, Ambre... Aproveite o que eu vou fazer amanhã com você, porque depois...

Ri sozinho, imaginando o que Taylor está aprontando.

**

Logo de manhã, mandei uma mensagem para Taylor, informando-a sobre o vestido que ela pedira que Ambre usasse.

Estava no pátio externo, encostado em uma arvore, quando a loira apareceu sorridente e muito bem arrumada.

—Castiel, estava me esperando?

Como se ilude... Meu deus!

Guardei o celular no bolso e agarrei-a pela cintura, a trazendo para perto de mim e beijando seu pescoço.

Taylor estava passando com Rosalya á alguns metros, e olhou para nós. Pisquei para a azulada, que parou e bateu palmas, sem emitir sons.

—Vamos para nossa primeira aula Ambre. Sua surpresa será depois!

A loira seguiu-me sem discordar. Ao chegar no ginásio, separei-me dela e fui para o vestiário, trocar de roupa.

**

Com o término da nossa primeira aula, enquanto os alunos iam para o vestiário, segurei Ambre pelo braço e sussurrei em seu ouvido que me esperasse quando todos saíssem.

E como disse, ela estava lá quando todos já tinham ido para a sala de aula. Sorri para ela, enquanto esperava vir até mim. Saímos do ginásio e entramos no prédio da escola. Os corredores estavam vazios, e as únicas coisas a serem ouvidas eram as vozes dos professores de cada sala. Chegando no final do corredor, na escadaria, tirei as chaves do porão do bolso e Ambre sorriu maliciosamente para mim.

Abri a porta e entramos. Antes mesmo de terminar de fechar a porta, Ambre já estava grudada em mim. Suas mãos passeavam pelo meu cabelo e desciam para a barra da blusa, começando a tira-la.

Virei-me para a loira e pousei uma mão em sua nuca, trazendo seu rosto para mais perto do meu. Beijei seu pescoço e fui descendo os beijos até sua clavícula, parando naquele local.

A garota olhou para mim imediatamente, não conseguindo esconder sua raiva, mas logo desfez a carranca quando segurei seu pulso, levando-a para a escada, para chegar realmente no porão.

O lugar era espaçoso e não tinha muita coisa, as caixas estavam empilhadas perto das paredes e o sofá velho que tinha lá estava no meio do porão, perto do palanque, onde alguns instrumentos para o ensaio da nossa banda estavam. As luzes não estavam acesas, mas as pequenas janelas iluminavam o suficiente para que conseguíssemos enxergar.

Ambre tirou minha camisa enquanto fazia uma trilha de beijos que ia da minha orelha direita até meu peito. A loira sorriu quando toquei a barra de seu vestido e o puxei com força. E foi aí que eu quase estraguei o plano da novata.

Sabia que o vestido estava com a costura afrouxada, mas perdi o ar quando ele fez um barulho meio estranho, como se estivesse rasgando.

Parei imediatamente o que estava fazendo e olhei para Ambre, engolindo em seco. A garota só balançou a cabeça em forma negativa e começou a tirar o vestido com cuidado, até passar pela sua cabeça e cair no chão. Observei os movimentos dela fiquei aliviado por perceber que ela não tinha estranhado nada, e que nada acontecera com a peça.

Sua roupa intima era vermelha e rendada, e enquanto desabotoava o sutiã, caminhava em minha direção, empurrando-me no sofá.

—Sei que está com pressa, meu querido. Mas tem que tomar cuidado, aquele vestido é delicado. –colocou suas mãos nos meus cabelos e mordiscou minha orelha. —E eu também sou.

Apertei sua cintura e sorri de volta.

Ah, Ambre... Isso vai ser muito interessante quando acabar.

**

Já se passava das onze horas da manhã, e Ambre estava enroscada no meu braço, com os olhos fechados. Beijei seu pescoço e sua respiração acelerou-se novamente. A loira abriu seus olhos e sorriu.

—Quer mais? –perguntou, em tom de malícia.

Sorri para ela, enquanto deslizava os dedos pela alça de seu sutiã.

—Eu até queria, mas já perdemos duas aulas. Seu irmão deve estar procurando por nós. Por isso, levanta e se veste, tem que ir!

Ambre me olhou por alguns segundos com os olhos brilhando, depois os revirou e levantou-se, pegando o vestido do chão e ajeitando-se dentro dele. Colocou os sapatos e mexeu no cabelo, pegando a bolsa que estava jogada no chão.

—Tem razão. Até daqui a pouco, querido!

Antes que ela pudesse sair, agarrei seu braço e a puxei de volta, fazendo-a se chocar contra mim.

—Ei, não esquece. Tenho uma surpresa pra você! Daqui a pouco você vai saber. Me espera no refeitório, tudo bem?

—Com certeza!

Seu sorriso quase não cabia no rosto, de tão largo que era. Quando tive certeza que ela fechou a porta, peguei o celular que estava no bolso da calça, e mandei uma mensagem para Taylor.

Coloquei minha camisa e agarrei o violão guardado no porão.

Enquanto andava pelo corredor, notei que todos estavam no refeitório, pois não ouvia-se outros passos além dos meus. Digitei mais uma mensagem para a novata, enquanto chegava á porta do local.

Suspirei. Não por medo ou ansiedade, mas só por... Achar aquilo tão cruel e ao mesmo tempo hilário demais. Seria muito bom ser uma espécie de “pivô”.

E além do mais... Eu só estou ganhando com isso. Afinal, todas as minhas partes me agradam, menos a da declaração inútil. Mas bem, tudo exige um pequeno sacrifício de todas as partes para ser bom.

É assim que o show continua.

Abri as portas do refeitório com força, causando um barulho um tanto quanto ruidoso de mais, o que fez chamar a atenção de todos ali. Passei os olhos pelo local e avistei Taylor sentada bem no meio do salão, de costas para mim.

Ambre se levantou e sorriu, seus olhos tinham o mesmo brilho dos olhos de uma criança quando ganha um brinquedo. Virei-me para Ambre e sorri, por tempo de mais.

—Tenho uma coisa importante para dizer e quero que todos sejam testemunhas desse momento. Quero falar algo especial para uma garota muito especial.

Observei mais um pouco a multidão de olhos curiosos. Em meio a todos eles, os olhos verdes de Ambre brilhavam mais, exibindo uma certeza sobre algo que não existia.

Ri por dentro. Aquilo seria épico!

Girei o corpo e olhei para frente, no momento exato em que vi Ambre piscar incrédula.

—Taylor. –caminhei em sua direção, enquanto passava praticamente por cima do meu orgulho. Onde já se viu, fazer declarações para alguém na frente de tantas pessoas assim?

Mas valeria á pena. Ah se valeria!

As duas semanas que ela prometeu seriam, no mínimo, interessantes.

O rosto de Ambre olhando aquilo não tinha preço. Quando Taylor se virou, com o rosto mais surpreso e maravilhado que podia fazer, me segurei para não rir e acabar com aquilo ali mesmo.

A garota atuava bem, devo admitir.

—Taylor... Bom, sei que é cedo para isso, mas eu sou impulsivo e todos sabem disso. –indiquei as pessoas ao redor com a mão, sorrindo de lado.

Ajoelhei-me no chão e apoiei o violão no joelho, começando os primeiros acordes. A azulada colocou as mãos na boca e seus olhos encheram de lágrimas, como se estivesse emocionada de verdade. Mas no fundo de seu olhar, eu reconhecia o brilho de maldade que estava ali, afinal, era o mesmo que estava no meu.

I can’t tell what really is

I can just say what it feels like

And now there is a steel knife

In my trachea.

You are hypnotizing me

Stuck my attention in a way that…

Saying this doesn’t change the fact that I came here to make me

Iook like fool

Doped by love

Drunk of my own poison

It’s like I’ve been smelling paint

And the more I suffer, the more I adore it

I choke myself and

She ressurects me

She fucking hate me when I

understand her

But, well, what does it matter?

I’m here to tell that you look amazing

And in this days, you’re leaving

my word upside down

Nobody shakes my feelings like that girl

But, well, you shook it, and it lets

me fucking crazy!

Fucking all of my sense…

But your temperament is as bad as mine

You are like me

But when it becomes to love

You’re even worse than me

But, well, what does it matter? I’m

here to tell that…

I can’t take you off my head, and I

want you to me when I need.

À medida que fui acabando a música, Kim saiu da mesa discretamente e percebi que ela foi até a porta do refeitório, perto de onde Ambre estava.

As lágrimas de Taylor e o jeito que sorria, tão emocionada, pareciam extremamente reais. E com essa mesma encenação, quanto toquei a última nota e levantei meu rosto, sorrindo para a novata, ela se levantou e se aproximou. Deixei o instrumento no chão e levantei-me, bem na hora de envolver a garota com meus braços.

Pov. Taylor.

O lugar continuava quieto, sem emitir nenhum som, prestando atenção no teatro perfeito que eles assistiam. Minha visão estava totalmente embaçada, e eu não enxergava droga nenhuma por conta das lágrimas que forcei a saírem. Mas valia a pena. Tudo valeria a pena para o gran finale!

Abracei o ruivo e cheguei perto do seu ouvido, sussurrando um “ótimo trabalho”, e recebendo como resposta uma risada rouca e um abraço ainda mais forte.

Sorri para o garoto á minha frente e fiquei na ponta dos pés, esticando-me ao máximo e tocando seus lábios com os meus.

Um beijo lento, carinhoso... Apaixonado.

E foi aí que a coisa realmente ficou boa!

Um grito de pura indignação ecoou pelo refeitório, tomando todas as atenções que até àquela hora estavam focadas no “mais novo casal”.

Os olhos verdes e antes bem delineados de Ambre agora estavam borrados pelas lágrimas que escorriam incessantemente. A garota tremia de tanta raiva e frustração.

—Você... –apontou para mim, enquanto respirava fundo. —Você é uma vadia que chegou nesse inferno não faz nem uma semana e está ficando com o meu Castiel?! Eu vou ensinar você a se por no seu lugar, sua desgraçada!

Observei Ambre dando os primeiros passos em minha direção, mas antes que chegasse na metade do caminho, Kim, sutilmente, esbarrou sem querer na loira, prendendo sem querer uma de suas pulseiras no vestido do saco de batatas.

Ambre puxou com força o vestido, mas com isso, as costuras já fracas do mesmo não aguentaram e rasgaram-se, deixando o tecido cair em seus pés e deixando a loira seminua.

As risadas começaram a surgir junto com os milhares de “clics!” que as câmeras dos celulares faziam.

Sorri satisfeita com minha pequena vingança quando a garota abaixou-se e pegou os panos que antes eram um vestido e saiu correndo tentando esconder o corpo.

Apoiei-me em Castiel e sorri para ele.

—Sabe... Não sei o que vai estar na primeira página do jornal da Peggy amanhã... Nosso romancezinho ou a vergonha alheia de Ambre.

Dei um selinho no garoto e segurei em sua mão, conduzindo-o para fora do refeitório e entrando na primeira sala que encontrei.

—Bom! Agora podemos conversar! –soltei sua mão.

Castiel pegou meu pulso e fez sinal de negação, me levando para fora da sala e indo para a escadaria no final do corredor.

Tirou uma chave do bolso e destrancou a maçaneta, deixando-me entrar primeiro para trancar a porta.

Desci as pequenas escadas que tinham no lugar e acendi o interruptor, era o porão da escola. Um lugar cheio de caixas e enorme.

Sentei-me num caixote de madeira que estava ali, como se fosse um banco de verdade. Castiel jogou-se no sofá e apoiou sua cabeça com as mãos, sorrindo para o teto.

—Como você é cruel novata... Já não bastava o estrago que causei dentro dela. –ri com ele, não entendendo todo o sentido daquilo, mas ele logo fez questão de esclarecer. —E eu estou falando de dois estragos. Um sentimental e um físico, se pode me entender.

Revirei os olhos e cruzei os braços.

—Meu Deus! Já tinha me dito que ficaria com ela, mas não quero saber dos detalhes! Isso é nojento!

Castiel riu pelo nariz e sentou-se no sofá, me encarando.

—Ah, qual é! Nojento? Você fala como se nunca tivesse feito isso, até parece que é virgem! –o ruivo riu, como se aquilo tivesse graça.

Ri de um modo forçado, tentando esconder que fiquei incomodada com sua piada sem graça.

Castiel pareceu perceber, pois parou de rir e me encarou, estreitando os olhos. Para que ele não pudesse perguntar nada, bati as mãos nas coxas e levantei, suspirando.

—Bom, então, foi isso! Sua parte no acordo foi cumprida! E não espere que eu diga “obrigada”, porque isso não vai acontecer.

Virei de costas e comecei a andar, mas o ruivo segurou meu pulso e me trouxe para trás com cuidado, fazendo-me chocar levemente com seu peito.

—Calma aí! Está tentando fugir, novata? –sussurrou em meu ouvido, fazendo com que uma sensação ruim crescesse dentro de mim. —Não se esqueça de que agora quem precisa cumprir sua parte do acordo é você.

Beijou meu ombro, causando-me arrepios desconfortáveis.

—Eu sei disso. –minha voz saiu irritantemente fraca, demonstrando um medo que não passou despercebido por ele.

—Bom, amanhã começamos, está bem? –sua voz saiu inocente, como quando o Lobo Mau engana a avó da Chapeuzinho. Outro beijo, dessa vez, mais perto do pescoço, com direito a suas mãos me circundando pela cintura. Estremeci.

—Ótimo. Quero acabar com isso o mais rápido possível!

Tirei suas mãos de perto de mim, e virei-me para encara-lo. Ele sorriu, tocando meu queixo e dando um beijo no canto dos meus lábios.

—Acabar logo? Mas aí não tem graça alguma. Relaxa novata, você vai gostar.

O ruivo fechou os olhos por alguns segundo e depois sorriu, com um semblante maldoso.

—Mas lembre-se: essas duas semanas você é minha propriedade, então, acho bom ser muito atenciosa ao que eu pedir. –tocou a ponta do meu nariz com o dedo indicador e riu.

Minha cabeça não processava direito o que ele tinha acabado de dizer, então, só consegui acenar positivamente, enquanto engolia a droga do meu orgulho.

É, o preço parecia caro de mais agora... Duas semanas sendo “propriedade” de Castiel. Mas não poderia reclamar agora, minha vingança tinha saído como o planejado!

Não pode ser tão ruim assim fazer uns favores para ele por alguns dias... Pode?


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Notas finais do capítulo

E aí amores? Gostaram do capítulo?? Espero que sim
Fiz com muito amor para vocês
Bom, agora a "trama" começa. É só um palpite... Mas acho que a nossa querida Taylor vai sofrer por duas semanas... O que vocês acham? auhauhaua
Beijocas amoreees! Fiquem com deus e FELIZ ANO NOVO MEUS ANJOS!!