Doce Amargura escrita por BabyDoll


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hello amoreeeeeeeeeees! *¬*
Já sei, estão com raiva de mim. Eu sei. ME DESCULPEM! ;_;
Bom gente, vocês já sabem que não vou parar a fic de jeito nenhum, então minhas demoras não significam que eu estou desistindo. Ook? =3
Esse capítulo está meio maldoso, o próximo estará ainda pior ¬u¬
Ah! Antes que eu esqueça, obrigada á todas as Onigiris que me ajudaram com idéias no capítulo! ~Vulgo LissaIsAPenguin, Dark Angel e principalmente a Fawn, que me ajudou muito no diálogo da Agatha com a Tay. Elas tem fics também gente, deem uma olhada



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Fiquei lá, parada por uns dois minutos raciocinando a merda que eu tinha feito e o tamanho da probabilidade de eu me ferrar.

Depois desse pequeno tempo, voltei a mim quando meu celular bipou algumas vezes, avisando que eu tinha recebido uma nova mensagem.

Rosa me enviara uma mensagem perguntando onde eu estava e o porquê de não ter chegado na sala de música até agora, já que ela estava me esperando há quinze minutos.

Bloqueei novamente o celular e fui em direção ás escadas, a fim de sair daquele terraço e encontrar Rosalya o mais rápido possível.

Quando voltei ao corredor dos clubes, Rosalya estava batendo o pé direito freneticamente no chão. Quando me viu, veio em minha direção e agarrou meu punho, me arrastando pelo corredor, até virar á esquerda e parando na única porta daquela parte.

—Aqui é a sala de música. A representante desse clube provavelmente vai te apresentar e fazer o blábláblá de boas-vindas Taylor. –antes mesmo de eu abrir a boca, Rosa levantou o dedo indicador, mostrando que não tinha terminado. —Depois você vai me explicar por que estava no terraço, porque agora eu estou atrasada para minha aula de costura.

E ela saiu apressada pelo corredor, sem me dar nenhuma chance de perguntar ou reclamar de algo.

Respirei fundo e virei-me para a porta, batendo nela três vezes. Íris abriu a porta e sorriu para mim assim que me viu. Deu um passo para o lado, me dando passagem para entrar.

—Taylor! É uma agradável surpresa saber que você escolheu o clube de música! Não tinha ideia que você gostava ou tocava alguma coisa, mas mesmo assim, fico contente! –no tom de voz falso dela, pude perceber que a ironia estava lá. Mas acredito que só eu tenha notado.

Ignorei-a e prestei atenção na sala. Era um tanto quanto pequena e com poucas janelas, mas mesmo assim, era agradável. O cômodo tinha várias cadeiras e também vários instrumentos, alguns pendurados na parede, outros no chão, que estava quase invisível pelo tanto de fios que tinham naquele lugar.

Cinco pessoas estavam sentadas em uma roda no chão. Dois garotos tinham um violão, um garoto com um chocalho e as outras duas garotas estavam sem nenhum instrumento, o que me faz pensar que estavam cantando, ou fazendo o coro, isso antes de eu interromper.

Eles estavam conversando entre si, mas logo me perceberam e cessaram a conversa, enquanto olhavam para mim. Íris chegou perto e colocou a mão em meu ombro, e eu juro que quis quebrar seus dedos naquele momento.

—Galera, essa aqui é a novata. Sejam gentis com ela, já que esse é o primeiro dia dela no clube.

Olhei para eles e depois para a mão de Íris, tirando-a do meu ombro.

—A novata tem nome, amor. –pisquei para ela. —E é Taylor.

Um silencio um tanto quanto desconfortável se instalou no cômodo, mas logo foi dissipado quando uma das garota que estava sentada se levantou e veio até mim, com um grande sorriso.

—Você já ficou conhecida aqui no colégio, sabia? Dar uns tapas na Ambre e sair quase ilesa é algo bem inusitado. –riu um pouco, sendo acompanhada pela outra garota. —A propósito, chamo-me Jenna.

Olhei para ela por um segundo. Jenna parecia ser alguém legal, tinha o cabelo mechado por várias cores e usava um alargador em forma de asa.

—Inusitado... Bem, Jenna, você ainda não viu nada. Vai por mim. –dei uma piscadela.

Jenna franziu o cenho, mas logo sorriu e virou-se para as outras pessoas.

—Bem, esses são Josh, Mike, Lara e Luke. –apontou respectivamente para um garoto loiro com um violão; um de óculos meio Geek que segurava o chocalho; uma menina morena com cabelo cacheado e um garoto de cabelos escuros caindo nos olhos, com um piercing no freio superior, que foi percebido quando ele sorriu. —Faltou gente hoje, uns estão suspensos e outros nem deram as caras, como Castiel. Mas mesmo assim, você pode fazer sua iniciação hoje.

Iniciação?

—Iniciação? –perguntei.

—É gatinha. Nós não fazemos testes, porque, como a diretora nos “orientou”, isso seria uma forma de classificar os que tem algum talento, ridicularizando os que não tem. –Luke revirou os olhos.

—Vulgo Ambre. –a garota de cabelos cacheados tossiu enquanto falava isso, como se fosse uma desculpa.

Ri pelo nariz.

—Entendi... Bom, o que eu tenho que fazer nessa iniciação?

—Basicamente, o que você quiser. Pode tanto cantar, quanto tocar alguma coisa. A escolha é sua. –o Geek falou.

—Hum... Certo. Mas preciso de um violão.

—Aqui gatinha. –Luke se levantou e me estendeu seu violão. Agradeci com um aceno de cabeça.

Encostei-me na banqueta mais próxima e toquei alguns acordes, pensando no que poderia cantar.

Oh, misty eye of the mountain below
Keep careful watch of my brothers' souls
And should the sky be filled with fire and smoke
Keep watching over Durin's sons…

Puxei o ar e continuei, escutando nada mais que minha voz e os sons que saiam do violão.

—Já está bom. –abri os olhos. Íris tinha interrompido.

Todos olharam para ela, que deu um sorriso amarelo.

—Ãhn... Ela já está aprovada. E também, Nathaniel está te esperando do lado de fora. –revirei os olhos. De novo esse representante chato?

—Tudo bem, já estou indo.

Levantei-me da banqueta e entreguei o violão para Luke. Despedi-me deles e segui para a porta, abrindo-a e dando de cara com o loiro.

—Você deveria estar na detenção Taylor. Vai me arranjar problemas se não for para lá imediatamente.

—Own, que bonitinho. Cumprindo as regras representante? –sorri e bati em seu ombro. — Mas... Você esqueceu que você mesmo me mandou aqui?

—Eu não te mandei vir aqui. Você deveria estar na sala de detenção!

—Aí que você se engana, meu caro. Eu disse que você me mandou aqui, então você me mandou. Não se esqueça do nosso trato. –continuei andando, enquanto ele parou no lugar e me fitou com raiva.

—Você é uma megera, realmente.

Olhei para ele e depois sorri, lhe dando uma piscadela.

—Eu sei disso querido. E realmente não me importo.

**

O sol já estava se pondo quando eu finalmente consegui sair daquele inferno de detenção. E eu aposto a dentadura da minha tia Terry que não tinha mais ninguém na escola além de mim, a diretora e o loiro metido a representante.

Bom, se eu tivesse uma tia Terry, eu teria que roubar sua dentadura. Sempre fui péssima em apostar.

Castiel estava largado na escadaria, lendo algo em uma caderneta enquanto fumava um cigarro. Eu nem mesmo tinha me aproximado quando ele apagou o cigarro no degrau abaixo do que ele estava e fechou a caderneta, sentando-se endireitado e me encarando.

—Que surpresa te encontrar aqui há essa hora. –ri pela sua indagação.

—Eu estou suspensa, você deveria saber.

—Hum... Não, na verdade. Não gosto de prestar atenção em qualquer um. –deu uma piscadela e se levantou, vindo em minha direção. —Precisamos conversar sobre o que você quer que eu faça.

—Não achei que você ia ser tão bonzinho e prestativo Castiel. Me surpreendeu! - fiz um biquinho e apertei sua bochecha, fingindo surpresa.

Ele sorriu. De um jeito... Hum... Perverso de mais?

—Ah, eu sei. Só quero que você veja que eu estou contribuindo para a sua felicidade. Então, quando você começar a sua parte do acordo, espero que também seja boazinha e prestativa amor. –e ele me imitou, apertando minha bochecha e fazendo o mesmo biquinho que eu fiz.

Sabe, começo a odiar Castiel com um pouco mais de intensidade agora.

—Vamos! Precisamos conversar.

Revirei os olhos, seguindo o ruivo para fora do colégio e indo para uma cafeteria que ficava no final da rua.

Quando nós passamos pela porta de vidro, um sininho tocou e a moça loira que estava de cara amarrada no balcão olhou para a porta e sorriu, ajeitando os peitos. Revirei os olhos quando Castiel simplesmente andou até ela e lhe deu um beijo no canto da boca.

—Qual é Taylor? Não fica brava não. Vai me ter por um dia inteiro, então deixe as outras aproveitarem um pouco. –depois do seu comentário no mínimo babaca, fui para o fundo da cafeteria e me sentei em uma mesa com sofás de acolchoado verde.

Tudo na cafeteria era meio rústico com um toque de anos 70 e casinha de boneca. Tinha um balcão enorme de madeira imitando uma árvore cortada ao meio, com várias estufas de Donuts, rosquinhas e salgados. Atrás, uma grande janela que dava para a cozinha do estabelecimento. Tudo de ferro e bem organizado, onde uma velha de aparência fofa gritava com os outros cozinheiros para andarem mais rápido e não deixarem os clientes esperando.

Castiel jogou suas coisas no banco a minha frente e se sentou nele, encarando-me.

Ele ia abrir a boca, quando a garota que ele acabou de flertar descaradamente, se é que posso chamar aquilo de flertar, se aproximou e sorriu para ele, colocando os cotovelos apoiados na mesa o olhando como se pudesse tirar suas roupas ali mesmo.

Pelo amor de Zeus! Faça-me o favor!

—O que você vai querer, querido? Algo doce? –sua voz era tão melosa que até me deu náuseas.

Castiel olhou a loira nos olhos e desceu até seu decote “acidentalmente” exposto.

—Depende... Você está no cardápio? –a loira riu.

—Bom, não. Mas eu posso estar sexta á noite.

Pigarreei.

—Ãhn, da pra vocês pararem com isso? Já está me dando ânsia de vômito. –a loira virou-se para mim e me olhou com uma expressão desdenhosa.

—E o que você quer? –finalmente endireitou-se e pegou a caderneta de sua cintura, esperando o pedido para escrever.

—Quero um Frappé de Blueberry e um pretzel de chocolate.

—Um “por favor” seria bem vindo, querida. –deu aquele sorrisinho falso.

—Ah, que tal um foda-se? É muito mais o meu estilo amor. –sorri sem mostrar os dentes para ela.

A garota olhou para mim por tempo de mais, como se estivesse pensando em qual seria a melhor forma de me matar, e depois voltou seu olhar para Castiel, sorrindo em seguida.

—Faça seu pedido agora querido.

—Só um café. –a loira anotou o pedido do ruivo e saiu rebolando até o balcão, deixando o pedido ali e indo atender outros clientes.

Quando voltei minha atenção ao ruivo, ele me fitava.

—O que é? –arqueei as sobrancelhas.

—Precisava ser tão mal educada com aquela moça?

Eu abri a boca para responder, mas depois fechei e dei risada.

—Castiel, posso não te conhecer, mas sei que você não da á mínima para como ela e qualquer outra garota é tratada. Ela só vai ser o seu lanchinho de sexta á noite, quer realmente que eu acredite que você se importa em como eu a trato?

—Tem razão. Eu realmente não me importo. –Castiel riu também, olhando para a bunda da garota que estava atendendo duas mulheres.

Dessa vez, quem veio trazer nossos pedidos foi uma garçonete mais velha. Ela tinha olhos azuis e rugas em volta deles. Depositou os pedidos na mesa e saiu, desejando bom apetite.

Suguei o canudo do meu Frappé, sentindo aquele gosto gelado e gostoso.

—Vamos ao que interessa. Eu quero me vingar da chatinha da Ambre, e já tenho ideia de como você vai ajudar.

Castiel roubou um pedaço do meu pretzel e assentiu, para que eu continuasse.

—Se fazer isso de novo, vai perder a mão. Enfim, eu não quero só que ela me veja com você e que acredite. Não. Eu quero que todo o colégio veja.

—Hum... Então você quer algo do tipo pra valer, para não fazer só ela acreditar, e sim todos? –assenti. —Nossa, como você é má. –o sarcasmo em sua voz era palpável.

—Pensei em fazer isso no intervalo. Mas preciso que você, bem, mantenha Ambre ocupada para que tudo dê certo.

—Ocupada... Como?

—Você me entendeu. Quero que suma com ela pelas três primeiras aulas, você sabe. E depois, quero que diga a ela que tem uma surpresa no intervalo.

—Sei exatamente o que fazer quanto a isso. Continua.

—Quando ela estiver no refeitório, onde todos ficam, você vai chegar e vai vir falar comigo. Quero que você... –parei, eu não sabia mais o que dizer.

—Posso me declarar para você. –arregalei os olhos. —Quer dizer, Ambre é o tipo de garota que sonha com príncipes, e sonha que vai ser pedida em namoro na frente de todos e com uma canção. Posso fazer isso, vai ser divertido.

Estreitei os olhos.

—Vejo que você é tão mau quanto eu. –Castiel riu demasiado e depois bebericou seu café.

—Vou escrever uma música para você, para parecer mais real. Mando uma mensagem com a música até amanhã de manhã.

Escrever uma música...? Isso está ficando melhor do que eu esperava.

Coloquei os cotovelos na mesa e apoiei minha cabeça nas mãos, olhando nos olhos dele.

—Parece-me bom. Porém... –suspirei. –Não quero só isso. Quero que magoe de verdade, só isso não vai bastar. Preciso pensar em mais alguma coisa.

—Taylor? –olhei para ele.

—Hum?

—Eu vou transar com ela.

Sabe quando seu estômago da uma fisgada? Pois é, foi isso que eu senti quando ele terminou aquela frase. O ar se esvaiu dos meus pulmões de uma só vez e eu precisei de alguns segundos para entender.

—Isso...

Bem, mas o que me importava? Não seria comigo.

Sorri.

—Vai ser perfeito.

**

Quando finalmente cheguei em casa, dei de cara com Agatha. Ela estava com um pijama de oncinha cor de rosa e estava sentado no sofá, tomando alguma coisa em sua xícara de ursinhos. Tive que me segurar para não rir daquilo.

Assim que minha tia me viu, deixou sua xicara de lado e tentou um sorriso.

—Que bom que chegou querida! Eu realmente gostaria de falar com você. –ela não parecia muito animada, e seu costumeiro ar alegre não estava tão presente assim.

Caminhei até o sofá e me sentei, do lado dela.

—Pois bem, diga.

—Bom... Você ainda não falou com sua mãe e... –Agatha não parava de tamborilar os dedos no assento vago entre nós.

—E...? –Agatha era o tipo de pessoa que tentava escolher muito bem as palavras quando se tratava de algo, hum, sério, digamos assim.

Voltou seus olhos rosa pela lente de contato para mim.

—Ela me ligou de novo. –suspirou. —Ela não para de perguntar sobre como você está, se está bem e se você se meteu em confusão. E eu não sei mais o que dizer, não quero ficar mentindo pra minha irmã, Taylor.

—Você me disse que não contaria. O quanto sua palavra vale Agatha? –arqueei as sobrancelhas e esperei por sua resposta pacientemente. —Acho que nada.

Levantei-me do sofá e continuei seguindo para o meu quarto, quando ela me chamou de novo. Me virei, esperando que ela dissesse de uma vez.

Ela parecia indecisa por um instante, mas logo começou a falar:

—Sua mãe me pediu para manter você longe de problemas e em segurança. Não posso ficar mentindo para ela. Mas sustentarei o que disse, não vou contar nada. Alice também não é a pessoa mais amável do mundo comigo.

Agatha esperou que eu me sentasse de novo para continuar.

—Sua mãe é mais velha que eu, mas isso você já sabe. Acho que por isso ela achava que tinha o direito de implicar comigo e mandar em mim. Eu realmente tentava não ligar quando ela implicava com meu jeito “excêntrico”, como ela mesma diz, de ser. Mas era sufocante ter que aguentar todo dia ela reclamando de tudo que eu fazia, mesmo não tendo defeito, ela sempre arrumava algum, enquanto tudo que eu fazia era cumprir ordens e tentar agrada-la. E era horrível conviver com ela, por mais que eu a ame. –Agatha deu um sorriso triste, receoso. —Um dia, ela me fez algo que me fez perder a cabeça. Não me recordo do que aconteceu para ter ficado tão brava, e isso mostra que era um motivo bem irrelevante.

Minha tia fungou.

—Depois daquele dia, tomei a decisão de deixar a casa dela e vir para o apartamento dos nossos falecidos pais. Alice surtou, disse que nunca me perdoaria se eu não voltasse imediatamente, e bem, eu não voltei. Então ela simplesmente finge que eu não existo desde então. Ela sempre foi assim, se as pessoas não fazem do jeito dela, ela as risca de sua vida. –Agatha respirou fundo, como se contar aquilo fosse doloroso. E de certa forma era. —Apesar desse comportamento egoísta da sua mãe, eu me ofereci para cuidar de você sem pensar duas vezes quando ela ligou, isso me fez pensar que, se ela visse que estou cuidando bem da sua filha, ela voltaria a ser próxima de mim, mesmo que ainda não tenha notado nenhuma mudança em seus telefonemas frios perguntando sobre você.

Algumas lágrimas escorreram pelo rosto de Agatha, que as secou rapidamente.

—Desculpe. –e então abriu um sorriso amarelo e tentou voltar a sua costumeira animação. —Então querida, o que quer para o jantar?

—Sabe Agatha, perdi a fome. –levantei-me do sofá como se tivesse recebido um soco. Estava completamente desnorteada.

Inacreditável! Alice era realmente surpreendente! Sempre querendo tudo de acordo com suas instruções e, quando algo saía como o planejado, ela riscava essas pessoas da vida dela. Como fez com Agatha, e como está fazendo comigo.

—E respondendo, Agatha, eu falo com a Alice. –Minha tia sorriu e eu vi seus olhos se iluminarem. —Mas não agora, falo quando ela ligar de novo. Eu realmente vou querer falar umas verdades para minha mãe.

—Querida, o que você...?

Levantei as mãos.

—Esquece isso agora Agatha. Tenho problemas maiores do que ouvir você agora. –e minha tia excêntrica apenas riu, voltando sua atenção para seu chá, que agora estava frio.

Tranquei a porta do quarto e joguei minha bolsa na cama, pegando o celular e vendo se tinha alguma mensagem do ruivo. Nada.

Mas... Outro contato me ajudaria enquanto isso.

“Rosa! Preciso de um favor, pode me ajudar?

Taylor, 21:39”

Esperei a resposta que não demorou muito, e depois de contar o que eu estava fazendo no terraço para Rosa, tive a certeza que aquela seria a melhor vingança que eu poderia fazer quando ela confirmou sua parte no plano.

Deixei o aparelho em cima da escrivaninha e fui para o banheiro. Precisava de um banho depois desse dia!

**

Lá para meia noite, Castiel ainda não tinha dado nenhuma resposta e eu já estava começando a achar que ele estava desistindo.

Disquei o número do ruivo e deixei o celular em cima do balcão da cozinha, chamando no viva voz, enquanto procurava algo para comer da geladeira.

No quinto toque, ele atendeu:

É bom você ter um ótimo motivo para me ligar agora, projeto de smurf.

Peguei uma maçã na geladeira e fechei a porta dela, apoiando meus braços no balcão e dando uma mordida na fruta.

—Muito engraçado querido. Quero saber com está a música e ajustar uma coisinha na minha vingança.

Ajustar algo? Como o quê?

—Você só precisa sumir com a Ambre depois da primeira aula. Vou fazer algo antes, para que tudo fique ainda melhor, mas aí você entra de novo. Quero que você sugira a Ambre para ela usar aquele vestido que você adora que ela use amanhã.

Esperei por uma resposta, mas só ouvi os risos dele do outro lado. Revirei os olhos.

Tudo bem, pedirei isso á ela. É só isso?

—Não, eu quero saber como está à música.

Tchau Taylor.

Achei que ele estava brincando, mas quando ouvi o tu-tu-tu do telefone, soube que teria que me conformar, até que ele quisesse me mandar.

Inferno!

Fui para o banheiro assim que terminei de comer a maçã. Deixei o celular apoiado no gabinete enquanto prendia meu cabelo num rabo de cavalo e preparava a escova de dente.

Comecei a escovação enquanto olhava para o espelho, fazendo movimentos circulares, e vez ou outra trocando a escova de posição, para que limpasse todos os dentes. Quando fui repetir o processo mais uma vez me celular indicou que eu tinha recebido uma mensagem.

Peguei o aparelho sem muito interesse e deixei a escova apoiada na minha boca, enquanto abria o novo recado.

“I can’t tell what really is

I can just say what it feels like

And now there is a steel knife

In my trachea.

You are hypnotizing me

Stuck my attention in a way that…

Saying this doesn’t change the fact that I came here to make me

Iook like fool

Doped by love

Drunk of my own poison

It’s like I’ve been smelling paint

And the more I suffer, the more I adore it

I choke myself and

She ressurects me

She fucking hate me when I

understand her

But, well, what does it matter?

I’m here to tell that you look amazing

And in this days, you’re leaving

my word upside down

Nobody shakes my feelings like that girl

But, well, you shook it, and it lets

me fucking crazy!

Fucking all of my sense…

But your temperament is as bad as mine

You are like me

But when it becomes to love

You’re even worse than me

But, well, what does it matter? I’m

here to tell that…

I can’t take you off my head, and I

want you to me when I need.

Espero que não se apaixone de verdade amor.

Castiel; 0:47 a.m.”.

Revirei os olhos naquele momento, mas a única coisa que podia pensar era “Uau!”. Castiel quase me convenceu que estava apaixonado por mim com aquela música.

“Não se preocupe, sou imune á isso querido.

Taylor; 0:53 a.m.”.

Deixei o celular em cima do pequeno balcão e voltei a escovar os dentes.

**

Logo de manhã cedo, recebi uma mensagem do ruivo, dizendo que Ambre iria com o “vestido favorito” dele. Quase dei pulos de alegria quando cheguei ao ginásio com Rosa na primeira aula e me deparei com a loira quase que brilhando de tanta felicidade.

Ambre estava bem arrumada, com os cabelos ainda soltos e o vestido que Castiel pediu para ela usar, sem contar a maquiagem bem feita. Era um vestido florido com o fundo azul, de alcinhas e um tanto quanto curto.

Quando a garota me se virou e me viu ali, fez questão de sorrir e depois olhar para Castiel, mordendo o lábio inferior. O ruivo a olhou por um bom tempo, demorando o olhar malicioso no vestido e depois subiu para seu rosto, piscando o olho e voltando a falar com um garoto que estava do seu lado na arquibancada.

Castiel atuava bem. Muito bem.

Rosalya tocou meu ombro quando um homem loiro e musculoso entrou no ginásio. Provavelmente o professor de educação física.

—Este é o Boris, nosso professor. Ele é legal quando quer, mas não seja muito você perto dele Taylor.

Olhei para ela por um instante e sorri, arqueando as sobrancelhas.

—Você sabe... Não prometo nada.

Boris, já sabendo quem eu era, apenas se apresentou e pediu que eu fosse trocar de roupa no vestiário, como todas as outras meninas.

Segurei o braço de Rosa antes de entrarmos no vestiário.

—Você trouxe o que eu pedi, não?

—Claro que sim. Vou dar um jeito de ficar ainda mais no vestiário e afrouxar a costura do vestido da nossa querida colega. –Rosalya sorriu enquanto terminava a frase e entrava comigo.

Ele me disse para usar o vestido favorito dele. Falou que tem uma surpresa para mim! –entrei no vestiário com Rosa a tempo de ouvir a frase de Ambre. Olhei para Rosalya e não pude segurar o riso.

Ambre estava perto dos bancos, terminando de vestir uma regata, enquanto Charlote, Li e Bia estavam sentadas ouvindo atenciosamente a loira.

—Ah, Taylor! Que bom que chegou. –Ambre guardou suas coisas no seu armário e o trancou, ficando com a chave na mão. —Eu te disse querida, Castiel é meu. Não importa o que você faça, ele sempre vai preferir a mim.

Peguei a chave que estava no armário mais próximo de mim e o destranquei.

—Ótimo Ambre, faça bom proveito. –a loira olhou bem para mim e depois sorriu.

—Pode apostar que eu farei.

Enquanto ela e suas seguidoras saiam do vestiário, ela fez questão de esbarrar em mim, fazendo nossas chaves caírem no chão.

Até Ambre estava facilitando para que eu me vingasse dela!

Fechei os olhos e bufei, enquanto abaixava e pegava a minha chave. Li abaixou-se e pegou a de Ambre.

—Vá pro inferno loira de merda!

Em resposta, apenas ouvi sua risada fora do vestiário.

—Você está bem Taylor? –Rosalya perguntou. Sorri para ela, erguendo a chave do armário de Ambre.

—Não acredito nisso! –Rosalya riu, incrédula. Pedi que ela fizesse silêncio, já que ainda tinham muitas garotas no lugar e elas poderiam perceber.

Comecei a substituir minhas roupas que estava usando pelas roupas de ginástica enquanto explicava para Rosa que tinha trocado as chaves quando Ambre esbarrou em mim

Quando terminei de amarrar meu cabelo, entreguei a chave do armário da loira para Rosalya.

—Espero que faça um bom trabalho com as costuras Rosa. –pisquei para ela.

—Farei. Pode apostar.

**

Na terceira aula, Castiel e Ambre ainda não tinham dado as caras, o que indicava que o plano estava saindo de acordo com o planejado.

Quando a professora encerrou aquela maldita aula de química e o sinal tocou, recebi uma mensagem do ruivo no mesmo instante.

“Vá para o refeitório, sua presa já está indo para lá. Estou indo pegar o violão e esperando você me dizer quando ela estará lá.

Castiel; 11:31 a.m.”

Mostrei a mensagem para Rosa, que sorriu e chamou Kim. A terceira parte do plano.

A morena olhou para a mensagem e sorriu.

—Guria, isso vai ser épico! Vou adorar ajudar você a detonar aquela patricinha. -sorri em resposta. Realmente, vai ser épico.

Nós três, as únicas restantes na sala, saímos em direção ao refeitório.

Por alguma razão, parece que os Deuses concordaram em me ajudar e quase toda escola estava naquele mesmo ambiente. Quando passei pela porta dupla, percebi Ambre e suas amigas sentadas numa mesa, onde todas riam e sorriam muito. Especialmente Ambre.

Violett e Íris estavam sentadas numa mesa posicionada exatamente no meio do refeitório, esperando por nós. Kim instruiu Violett a pegar aquela mesa hoje, por um motivo especial.

Sentei-me na mesa com Rosa e Kim, enquanto já começava a digitar uma mensagem para Castiel, dizendo que já estava no meu posto e que Ambre também estava ali.

Alguns minutos depois recebi uma mensagem dele dizendo que já estava chegando.

Kim tinha ido pegar algo para comer, e trouxera-me uma lata de refrigerante. Abri a lata e a levantei, fazendo um brinde com as demais na mesa.

—Isso vai ser demais, merece ser comemorado com um brinde! –Sorri, bebendo um gole, enquanto Rosa e Kim me acompanhavam, bebendo o refrigerante delas.

—O que vai acontecer Taylor? –Íris perguntou, confusa.

—Não se preocupe, apenas observe o show. –sorri.

Estava sentada na cabeceira da mesa, de costas para a porta, mas eu senti quando a porta se abriu e Castiel entrou. O silêncio naquele momento foi quase sufocante. Olhei sobre o ombro, a tempo de ver Ambre se levantar e sorrir para Castiel, que a olhou por um tempo demorado.

—Tenho uma coisa importante para dizer e quero que todos sejam testemunhas desse momento. Quero falar algo muito especial para uma garota muito especial. –Ambre tinha um sorriso no rosto que quase não cabia.

E então, o ruivo voltou sua atenção para mim.

—Taylor.

O sorriso da oxigenada se desfez quando Castiel ajeitou o violão e veio em minha direção, sorrindo como se estivesse apaixonado.

Virei-me no mesmo instante, ficando de pé, enquanto ele se ajoelhava começava os primeiro acordes do violão.

O show vai começar!


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Notas finais do capítulo

Galera, é isso! Espero que tenham gostado do capítulo! =3
Juro que tentarei escrever o próximo o mais rápido possível. E sobre a música que o Castiel canta, eu que a escrevi, sendo que tem duas partes da música Love The Way You Lie- Eminem ft. Rihanna, e foi traduzida para o Inglês pela Dark Angel. SOFIA SUA LINDA!
Comentem bastante amores! Até o próximo capítulo!
Beijão!



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