Doce Amargura escrita por BabyDoll


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hello People! o/
Eu sou a Tia Baby -Ou Tia Mah.- e agradeço desde já você que clicou na fic e está lendo a história ~já tem um lugar no meu core e.e.
Dedico o primeiro capítulo para a Tia Bia e a Tia Death, que são duas de minhas autoras prediletas e que me deram muito apoio para postar. Obrigada!
Espero que gostem do capítulo!
Ah! Não deixem de ler as notas finais, tenho um aviso importante para dar!
Tia Baby!o/



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— O que você acha de ter respeito com os mais velhos, Taylor?! — Gritou a velha de cabelos grisalhos. Suas mãos estavam tão rígidas na cintura que apertava sua gordura.

— Ah! — Resmungo — Que se foda o respeito! — Disse subindo na mesa da professora.

— Você está descontrolada, garota! — Dispara a velha —Já chega, não aguento mais você!

— E você acha que gosto de olhar pra sua cara o dia todo, velha chata? O que foi? Faz tempo que não rola nada entre você e o velho barrigudo que você chama de marido?! — Várias risadinhas abafadas preencheram a sala.

— Taylor, desça daí agora! — exige —Vamos já para a diretoria!
— “Taylor, desça daí agora! Vamos já para a diretoria!” — imito, embora não conseguisse copiar aquela cara horrorosa — Para de encher o saco velha chata!

— Taylor Moore, desça daí agora! — disse uma outra voz.


Todos que os presentes se calaram e olharam para a porta.

O diretor Everst estava na porta com o olhar reprovador de dar medo em qualquer um. Qualquer um menos em mim. Um sorriso travesso brotou nos meus lábios, desci da mesa e caminhei até ele.

— Claro, senhor Everst.

— Me acompanhe até a minha sala, senhorita Moore. Venha você também senhora Bexter. — A velha deu um sorriso diabólico quando passou por mim, maldita.

Fiquei parada olhando pra ela esperando que o chão se abrisse e engolisse aquela rolha de poço.

— Vamos senhorita Moore.

Observei a sala que estava até então calada observando a confusão, caminhei novamente até meu lugar e peguei a bolsa. Ao sair pela porta, olhei por cima do ombro e levantei uma mão, acenando.

— Até depois, amores!


Caminhei atrás da velha gorda e do professor aposentado e bonzinho que chamávamos de diretor pelos corredores do colégio até chagarmos em sua sala.
Me joguei numa cadeira assim que entrei na sala. O diretor sentou em sua cadeira, atrás da ampla mesa de madeira e a rolha de poço ficou ao seu lado de pé.
Para a minha surpresa, minha ficha já estava em cima de sua mesa. Cerrei o cenho, desconfiada.

— Taylor, ter aparecido na sua sala àquela hora não foi coincidência. Estava indo lá para chamar você.

— E por que quer estar na minha ilustre presença, querido diretor? Saiba que tem que entrar na fila, muitas pessoas também querem. — Debochei.

— A situação é séria senhorita Moore. Sua mãe está a caminho para podermos esclarecer o motivo da sua ilustre presença aqui. –A rolha de poço ralhou.

— Minha... Mãe? Por quê?!


— Taylor, já estou cansado das suas confusões. Pichação, ausências nas aulas, discussões com professores, suspenções, advertências... Enfim, convoquei sua mãe aqui para que ela assine a sua carta de expulsão.

— Ah... — Sabe quando sua ficha demora para cair? Então... — Pera... O que?! Como assim minha mãe está vindo pra cá para assinar minha carta de expulsão?!

— Digamos, querida, que você já aprontou demais nessa instituição. Vá procurar outra que aguente suas maluquices. De preferência, uma que os uniformes são brancos e usam sedativos quando os “alunos” ficam agitados. — A velha abaixou o tom de voz, só para que eu pudesse ouvi-la. — Sua mãe de fato não tem postura, olha como ela te criou! Se fosse minha filha...

— Escuta aqui cobra velha! — Me levantei, jogando a poltrona no chão. Podem falar de mim, qualquer coisa, me chamar de qualquer coisa, mas não minha mãe. — Nunca mais ouse falar, sequer pensar, algo ruim sobre minha mãe! Você não a conhece para falar que ela não tem postura! Como sou e o que faço não tem nada a ver com a criação que ela me deu, sua bruxa! O fato de falar verdades que ninguém fala na sua cara apenas significa que ela me deu educação suficiente pra ser sincera e não ser como você, que se faz de santa, mas não vê a hora de dar pro diretor!

— Taylor! Não desrespeite desse jeito sua professora! — Ri na cara dos dois, quanta hipocrisia!

— Minha professora?! Se vou ser expulsa de qualquer jeito, tenho mais é que gritar aos quatro cantos do mundo o que penso sobre ela. O que penso sobre todos!

— Taylor!

Calei-me imediatamente. Acho que minha mãe não chegou numa boa hora...

— Desculpe o atraso diretor. Tive que sair do restaurante ás pressas quando o senhor ligou e o movimento estava bom, então demorei. — Lançou-me um olhar que me fez recolher a cadeira e ficar calada, esperando minha sentença. Droga.

— Sem problemas senhora Moore, entendo perfeitamente. Mas, bem, vamos aos motivos para a senhora ter sido convocada. Sua filha vem há bastante tempo mostrando um comportamento inaceitável. Tentamos intervir, mandando-a até para a psicóloga da escola, mas não adiantou de nada. — Revirei os olhos, como se eu fosse doida e precisasse de psicólogos. — As suspenções dela estão esgotadas, a escola permite no máximo três e Taylor já tem cinco... Sinto muito por isso senhora Moore, mas sua filha será expulsa desse colégio. Convoquei a senhora aqui para assinar a carta de expulsão dela, para que Taylor seja formalmente expulsa. — Abaixei a cabeça, não tinha nem coragem de olhar para minha mãe.

— Senhora Moore, desculpe minha intromissão. — Ótimo! A rolha de poço vai me ferrar ainda mais! — Mas tenho que falar isso. Taylor não tem limites, hoje mesmo, ela só faltou me agredir na minha sala de aula! — Senti minha mãe me encarar, me encolhi ainda mais. — Espero que com essa expulsão a senhora dê um bom castigo a ela. — A velha olhou pra mim, sorridente. — Gosto muito de você querida, e por isso digo isso pra sua mãe. — Cínica!


— Bom, obrigada por tudo senhor diretor, peço desculpas por terem aguentado essa situação até agora. Onde posso assinar a carta de expulsão da Taylor? —Nenhum grito? Histeria? Nada?! Não, absolutamente nada. Pelo contrário, a voz de minha mãe saia tão baixa e calma que me dava calafrios.

— Taylor, devo pedir para que retire as coisas do seu armário.

Levantei sem dizer nada e saí da sala. Os corredores do colégio estavam vazios, todos estavam em suas respectivas aulas. Fui até meu armário e comecei a esvazia-lo, tirei todos os livros, cadernos e bugigangas que tinham lá dentro. Na porta do armário eu tinha pendurado uma foto dos meus amigos, Ken e Soph. Tiramos a foto na praça, pedimos para um sorveteiro tirar a foto. Soph estava sorrindo e com um sinal de paz na mão, Ken estava sorrindo forçadamente e eu estava jogada entre os dois, fazendo uma careta. Aquele foi um ótimo dia...

Minha visão foi ficando turva, e percebi que estava chorando, quando olhei para o espelho que estava pendurado encima da foto. Senti tanta raiva daquela velha maldita. Tenho certeza que ela envenenou o diretor até ficar de saco cheio e resolver me expulsar.
Arranquei a foto e o espelho do armário. Joguei tudo dentro da bolsa e fui até a minha sala.
Chutei a porta e entrei, todos ficaram em silêncio quando ouviram o barulho.
Ainda com lagrimas escorrendo pelo meu rosto, levantei a cabeça e sorri.
— Até a próxima. — Alarguei o sorriso. — Só queria avisa-los que não terão mais minha magnifica presença aqui na escola, nunca mais.

Sophia, em todo o seu 1,72 de altura, levantou e veio em minha direção.


— O que quer dizer com isso Taylor? — Seus olhos estavam marejados, iguais aos meus. Assenti. — Não, você não pode ter sido...


— Pois é, mas fui. É a vida né? — Dei uma risadinha baixa.


Sophia me abraçou apertado, deixando suas lagrimas escorrerem e molharem minha camisa. Empurrei-a.


— Ei. Pare de chorar, sabe que eu odeio esses seus melodramas! — Funguei. Rimos.


Respirei fundo, soltando o ar de uma vez e voltando a minha coragem e raiva inicial.

— Antes de sair, deixarei um presentinho pra vocês. Digam a rolha de poço que Taylor Moore fez isso!

Fui até a mesa da velha e mexi um sua maleta, achando as provas que ela nos passaria hoje, olhei para a turma e balancei os ombros, rasgando as provas e jogando-as pra cima, espalhando pedaços de papel por toda a sala.
Peguei um canetão vermelho e fui até a lousa, assinando-a:

“Com amor, da sua aluna predileta. Taylor Moore.”

Encarei a sala e dei uma piscadela para meus amigos, todos estavam tentando conter a alegria de não ter mais a prova da velha para fazer. Não perderia a oportunidade de ferrar um pouquinho a velha maldita, de jeito nenhum!
Ajeitei a bolsa no ombro e limpei a garganta, tentando esconder meu tom choroso.

— Vejo você depois. — Saí da sala, e fui para a secretaria esperar minha mãe.

Meus pais tinham um restaurante de comida japonesa, e geralmente nunca tinham muito tempo para ficar em casa, ou comigo. Não ligava muito, na verdade nem pensava muito nisso, não me fazia muito bem. O movimento do restaurante sempre era muito bom, praticamente lotado todos os dias, o que significava que eles não poderiam sair do restaurante para nada, e o que também significa que ter tirado minha mãe do restaurante para ela vir assinar uma carta que me expulsaria da Right Hill não foi uma das minhas melhores consequências para meus erros.

Estava sentada no banco da secretaria quando a rolha de poço parou na minha frente, levantei-me e ergui uma sobrancelha.

— Pirralha, não sabe o quanto estou feliz por ter conseguido te tirar dessa escola, disse que conseguiria, foi só questão de tempo. E com sorte, você não entrara em nenhuma escola da cidade! Assim, sua mãe terá que manda-la para um colégio interno!

Rangi os dentes.

— Cobra velha, se eu fosse você tiraria esse sorrisinho da cara, você não tem ideia do que aprontei pra você rolha de poço. — Ameaço, sorrindo maliciosamente.

— A velha entortou a boca marcada por um batom vermelho chamativo para baixo.

— Escute aqui pirralha, não podia falar antes porque estávamos na presença de outras pessoas, mas agora que estamos a sós... Vou falar algo a você. Você não passa de uma menina mimada que tem tudo o que quer e que é mal agradecida por isso, seus pais passam muito mais tempo no trabalho do que em casa porque tem desgosto de ver o que a filha se tornou! E quer saber mais? Sua mãe realmente não tem nenhuma postura...

Uma lagrima quase escapou do meu olho esquerdo, mas eu a segurei firmemente e respirei fundo, pronta para ter uma atitude civilizada.

Mas o meu conceito de civilização não tem nada a ver com civilidade que todos acham normal.


Dei um tapa tão forte no rosto da velha que tenho certeza que a estrutura de sua dentadura ficou abalada. Ela me olhou incrédula.

— Nunca mais fale da minha mãe, velha maldita. Você não passa de um monte de banha que ninguém quer e por isso quer despejar suas amarguras em outros, mas digo uma coisa, não em mim.

Dei as costas e sai da diretoria.

*


Fiquei batendo o pé ritmicamente no chão até minha mãe sair da diretoria, quando saiu, nem me olhou, passou direto. A segui até o estacionamento e entrei no carro, sem encará-la.
Estava morrendo de medo. Não, ela não faria nada, mas ela estava decepcionada, sabia disso, e isso era mil vezes pior.
Quando ela bateu a porta do carro e deu partida tentei conversar uma pouco:

— Mãe, olha... Eu sei que a senhora está brava comigo, mas...


— Taylor, deixe-me pensar no que irei fazer agora. Resolvemos isso mais tarde.

— Continuou olhando para frente. Virei meu rosto pra janela e fiquei quieta.

Ela estacionou o carro na frente da nossa casa e eu desci. Segundo ela, tinha que voltar imediatamente para o restaurante, então só tocaríamos no assunto quando ela chegasse.
Observei o carro se distanciando e quando dobrou a esquina comecei a lançar maldições até para a trigésima geração do papa. Remexi minha bolsa até achar as chaves de casa para abrir a porta.
Nossa casa não era chamativa, era simples na medida do possível. Morávamos em um bairro relativamente bom em Marselha, onde os vizinhos até te desejavam um bom dia, o que eu não retribuía, óbvio.

Subi as escadas e fui para o meu quarto. Joguei minha bolsa no chão e deitei na cama. A única coisa que conseguia pensar e que me atormentava era o que meus pais iriam falar.
Sempre fui de me meter em confusão, mas ser expulsa da escola já era de mais.

Demais até pra mim...


Que merda pensei quando fui mexer com aquela bruxa velha?!


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Notas finais do capítulo

Hello novamente people! o/ Espero que tenham gostado do capítulo e também espero que comentem bastante!~ficarei feliz e honrada.
Agora, meus esclarecimentos ás autoras. -e caso as leitoras da fic original também estejam lendo, vou dar uma esclarecida.- Bom, eu era muito fã de AGCCR (a garota dos a cabelos cor de rosa) e quando ela foi excluída do site eu praticamente pirei. Depois de alguns meses, eu ainda estava meio deprimida e resolvi fazer uma fic inspirada nela. Não foi algo que eu pensei em postar, mas com o tempo e o incentivo das pessoas, resolvi tentar. Gostaria de deixar claro que, caso as autoras originais estejam se sentindo injustiçadas, -mesmo eu dando os créditos á elas- peço que me mandem MP's para que cheguemos a um acordo, se não chegarmos, excluo a fic do site. Simples assim! ~não quero prejudicar as autoras originais, até porque se quisesse, não colocaria o crédito a elas.
Era esse o recado importante que tinha que dar people.
Até o próximo capítulo! o/ Kissos o3o
Tia Baby.



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