Lia Hunter, Uma Filha de Hades escrita por Passado Dramático Apagado


Capítulo 9
-A Filha do Mundo Inferior -


Notas iniciais do capítulo

Oooi povo que lê minha fic!

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Quando chegou a noite, fomos para o pavilhão.

Jantamos e tivemos a escalada na pedra de lava, Consegui segundo lugar, e não me queimei, por sorte.

–Ei, olhem só pra novata punk. Se achando... -Falou Richard, um garoto do Chalé de Ares assim que eu desci da pedra.

–Ei... Cala a boca... -Falei, sem paciência.

–Oque você disse? -Gritou ele.

–Não tá escutando?! Eu mandei você calar essa sua maldita boca! - Gritei irritada.

Ele levantou a mão pra me dar um tapa. Mas algo segurou a mão dele, parecia um braço, mas só tinha ossos, quando vi o resto do corpo, era um esqueleto vestindo uns farrapos que pareciam ser de um uniforme de um guerreiro grego, na outra mão dele, estava uma lança.

–Não toques na filha de meu senhor. -Disse o esqueleto.

–Oque é isso? -Berrou Richard.

–Se tocares na Jovem Ama, vais enfrentar a fúria de Hades!

Richard ficou paralisado. Todos em volta estavam olhando para mim. O esqueleto empurrou Richard no chão, se virou para mim e depois se ajoelhou.


Quíron e Senhor D vieram e pararam ao meu lado.

–Está determinada -anunciou Quíron.

–E-eu não sei oque aconteceu...

–Vou dizer oque aconteceu -Disse Senhor D apontando para algo acima da minha cabeça. -, olhe.

Havia um Elmo negro flutuante sob a minha cabeça, em forma de holograma. Todos à minha volta começaram a se ajoelhar então Quíron disse:

–Hades, Senhor dos Mortos, Governador dos Subterrâneos da Terra. Salve, Lia Hunter, Filha do Deus do Mundo Inferior.

Hades... todo esse tempo... eu era filha de Hades.


Nico chegou empurrando os campistas para ver oque estava acontecendo, quando viu o esqueleto ajoelhado diante de mim, o queixo dele caiu.

–Eu não... Meus deuses.

–Jovem Mestre! -Disse o esqueleto para Nico. -Graças aos deuses o senhor está bem!

–Hã? Ah, sim... -Falou Nico. -Diga a meu pai que lhe mandei lembranças.

–Sim, senhor. -Respondeu ele. -jovem ama?

O esqueleto se virou para mim, estava esperando que eu lhe mandasse voltar para o Submundo, eu acho.

–P-pode ir... -Falei, meio atordoada.

Ele assentiu e começou a ser engolido pelo chão, e desapareceu em segundos.

–Lia... -Disse Nico –você...

–É... Irmão -Sorri para ele.

Ele sorriu também, e era ótimo vê-lo sorrir.

–Certo, pirralhada! Todos para seus chalés! Nunca viram ninguém ser reclamado? -reclamava Senhor D.

Eu segui Nico para meu novo Chalé, o Chalé 13.

–Eu nem acredito que terei companhia no meu Chalé! Vou ter uma irmã de novo!

–Você tinha uma irmã? –Perguntei.

–Sim... Ela virou uma Caçadora de Ártemis...

–Então você ainda tem uma...

–E ela morreu em uma missão... -Falou Nico, meio triste.

–Ah... Sinto muito, Nico.

–Tudo bem... -ele suspirou -vamos, maninha.

...


O Chalé era Completamente escuro, Com pedras vindas do Mundo Inferior. Obsidianas, pelo oque Nico disse.

–E então? -Ele perguntou. -Oque acha do Chalé de Hades?

–Perfeito. -Falei. -Como uma casa assombrada.

–Então você gostou?

–Eu adorei, é tipo os daqueles de filme de terror, só que melhor e feito apenas pra nós.

–Ainda bem que gostou. Olha, ali do lado esquerdo, é a minha cama e aquela do lado direito é a sua.

–Ótimo. E oque fazemos agora?

–Dormir? -Debochou ele.

–Que sem graça.-Falei.

Fui até a minha cama, me enrolei no lençol e fechei os olhos.

–Lia... -Sussurrou Nico.

–Fala. -Disse eu, com os olhos fechados.

–Tá com sono?

–Mais ou menos, por que?

–Eu não tô, só o fato de você estar aqui me deixa muito animado, não consigo dormir.

–Ah, mas a gente não pode fazer nada, iam nos expulsar.

–Mas assim eu vou ficar a noite acordado.

–Mas tem alguma coisa que nós podemos fazer aqui dentro?



Ele não respondeu, ficou alguns segundos calado e falou:

–Tem sim.

–Oque vamos fazer? -Eu disse, arrancando o lençol de cima de mim.

–Bom... Não vai ser exatamente aqui. -Ele sorriu, como uma criança travessa prestes a aprontar. -E espero que você goste de neve.

–Você tá me dando medo... Mas, espera aí. Você disse "neve"?!

Ele riu, e depois fez uma cara de: "Eu vou fazer uma coisa que você não tem ideia".

Fui até o Vestiário e coloquei uma blusa preta sem mangas, com um crânio estampado nela. Calças Jeans um pouco rasgadas e minhas botas de couro preto. Coloquei meu canivete no bolso da frente, por segurança.

–Vamos? -Perguntei, agitada.

–Você não vai assim, né? -Nico me olhou como se eu fosse uma louca. Ele vestia seu casaco de aviador e colocou calças jeans (um tanto folgadas, se quiser saber minha opinião) -Toma aqui, tá fazendo um frio de matar lá fora.


Ele me emprestou um casaco de cor escura, nele havia um zíper, mas o deixei aberto, pois pensei que não seria tão frio assim lá fora.

–Pronta? -Perguntou ele.

–Vamos logo! -Me exaltei.

Ele riu novamente e fez um gesto para eu segurar sua mão. Eu a segurei, e de repente vi apenas a escuridão em volta, eu me sentia viajando tão rápido, que pensei que fosse um sonho.


Juro que se Nico não estivesse segurando minha mão, eu iria surtar e entrar em pânico -não que eu tenha medo do escuro, mas me sentia quase flutuando no vácuo, como se apenas existisse o escuro, e nada mais além daquilo - Não sentia o chão aos meus pés, como se eu estivesse fora de órbita. Oque me ligava à realidade naquele momento, era Nico.

...


De repente, estávamos em um beco escuro, onde nevava intensamente, logo à frente, na rua, alguns carros e poucas pessoas andavam, todas agasalhadas.

–Aqui é Veneza, Lia. -Nico sorriu orgulhoso -minha Terra Natal.

–Você nasceu aqui? -Olhei em volta.

–É... -Ele suspirou, vi que ele se sentia muito bem ali.


Quando notei que a neve caía mais intensamente, fechei o zíper do meu casaco e coloquei o capuz.

–Eu te avisei... -Riu Nico, enquanto eu esfregava uma mão na outra.

–Nossa... Meus dedos estão congelando... DO QUE DIABOS VOCÊ TÁ RINDO?! EU tô congelando!! -Gritei, vendo ele gargalhando, enquanto eu virava um "PicoLia" (Tá. Piada horrível, foi mal) -PARA DE RIR, NICO!! ME TIRA DESSE FREEZER E VAMOS PRA UM LUGAR QUENTE!! Deve ter alguma loja com aquecedor, e... DÁ PRA PARAR DE RIR??!!

–Desculpa. - ele colocou a mão na boca, segurando o riso - Vem, vamos logo...


Nico me puxou pelo braço até uma lanchonete. Quando entramos nela, para o meu alívio, tinham aquecedores. Tirei o capuz e sentamos em uma mesa.

Logo, um garçom nos atendeu, e começou a falar em outro idioma:

–Hanno già scelto cosa chiederanno?

"Hã???", Foi oque me veio a cabeça. Quando foi a vez de Nico falar aquele mesmo idioma:

–Sí. Vogliamo Due cioccolate calde, -ele parou, olhou para mim, e eu me toquei.

–Vou querer cookies.

–E una dozzina di biscotti. -Nico acrescentou.


O garçom afirmou com a cabeça e perguntou:

–Qualunque altra cosa?


Nico fez que não com a cabeça e o Garçom foi até o balcão da lanchonete.

–Você fala Italiano? -Perguntei.

–Pois é... -Disse ele, indiferente - Tive que me aguentar pra não rir da cara que você fez quando ele nos perguntou oque pediríamos.


Dei um empurrão de leve em Nico e ele sorriu. E, toda vez que ele sorria, eu me sentia muito feliz.

–Pedi uma dúzia de cookies e dois chocolates quentes. -Ele disse.

–Hmmm.... Ei, me ensina aquele negócio que você fez.

–Falar italiano? -ele inclinou a cabeça, com um gesto de pergunta.

–Não... - revirei os olhos -Aquilo. O que você fez pra virmos pra cá.

–Ah... Viagem das sombras.

–Isso.

–É só pensar no lugar que você quer ir e se misturar nas sombras - ele disse, encolhendo os ombros.

–Você fala como se fosse tão fácil quanto andar de bicicleta. -cruzei os braços.

–Bicicletas não viajam na velocidade das sombras -ele também cruzou os braços, me imitando.


Quando nosso pedido chegou, tomamos nosso chocolate quente e comemos os biscoitos. Depois, Nico pagou o garçom e fomos até o mesmo beco em que estávamos antes. Nico nos levou até o Chalé 13 de novo.

Nico bocejou, tirou o casaco de aviador e se jogou em sua cama.

–Boa noite, Lia.

–Boa noite, Nico. -falei, trocando de roupa no vestiário, depois indo para a cama.


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Notas finais do capítulo

Oque acharam de Nico ter levado a Lia pra Veneza?

Comentem!

Bjs!



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