Lia Hunter, Uma Filha de Hades escrita por Passado Dramático Apagado


Capítulo 23
-O Filho de Poseidon Me Chama pra Sair-


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, genteeeeee

Tdo com vcs?

Eu estou ótima.

Mais um capítulooo

Aproveitem! ;)



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Eu sei que pode até ter sido infantil, mas não vou ficar aguentando Nico me encher o saco por causa de um garoto. Não vou mesmo!

Depois de me jogar na minha cama e ficar encarando o teto por umas boas horas, decidi que iria dar uma volta por aí. No meu estilo.
Usei a viagem das sombras para um lugar mais escuro possível. Um lugar que provavelmente ninguém iria. Nem que isso representasse ter que sair dos limites do acampamento.
Parei numa parte escura da floresta. As árvores tapavam a luz do sol, mas não estava tudo escuro. Alguns feixes de luz irregulares iluminavam a grama particularmente grande ao meus pés. Nenhum sinal de monstro até ali.

–Axius –chamei –Apareça.

Meu pégaso esqueleto submergiu do chão, fazendo mais barulho do que eu esperava. Ele estava ainda com o mesmo arreio e sela velha e esfarrapada que eu tinha conseguido para ele na primeira vez que nos vimos.

E aí –cumprimentou, olhando o lugar –Achei que nunca mais me chamaria.

–Desculpa. É que eu não sabia como te apresentar para os meus amigos. Mas você vai conhecê-los hoje.

Legal –ele se abaixou para que eu montasse nele e logo estávamos voando por cima das árvores, vendo o miúdo acampamento do alto. Quando começamos a descer, Axius parou bruscamente, e eu quase caí de seu lombo.

–Ah meu Hades! –exclamei, depois de ficar pendurada na cela esfarrapada. Subi em segurança e me recuperei do possível ataque de pânico que eu teria em alguns momentos –Quer me matar, criatura?! O que houve?

Não sei... é algum tipo de barreira. Uma barreira mágica. Não dá pra passar.

–Mas você é meu amigo... não um monstro.

Só que a barreira não sabe disso, né... –falou, sarcástico.

–Droga... –resmunguei, pensando no que fazer –Serj, pode me ajudar? –pedi,sussurrando.

Você tem de habilitar a passagem do pégaso na barreira –falou.- É só falar com ela.

–Então tá, né... –dei de ombros. Esquisitice já é hábito pra mim agora –Hã... eu habilito a entrada do pégaso Axius no acampamento meio-sangue.

Você tem que falar seu nome,jovem ama –disse Serj.

–Eu, Lia Hunter. Habilito a entrada do pégaso Axius no acampamento –falei, sem paciência.

...

Depois de estarmos seguros (dentro da barreira), galopamos pelo pequeno bosque até o acampamento.E desviando de árvores e sátiros e assustando algumas ninfas,conseguimos chegar até a Casa Grande.
O pessoal levou um baita susto ao verem Axius (que, vamos combinar, não é a beleza em forma de pégaso). Mas eu expliquei tudo para Quíron e para o Sr De tudo ficou bem. Apesar de alguns campistas se afastarem o máximo possível dele.

–E quando eu acho que já vi de tudo... –disse Nico, com aquele humor contagiante que dá vontade de escutar Lana Del Rey deitado no chão em posição fetal –você vem e me aparece com isso –apontou Axius de cima a baixo.

Tô vendo que esse é o Sr Simpatia... –comentou Axius.

–Vai se acostumando –sussurrei, rindo baixinho.

–Não que se importem, mas eu também sou filho de Hades, consigo escutar você, cavalinho anoréxico. E minha audição é muito boa, Lia. Irmãzinha querida.

Ui, ele é filho de Hades –riu, provocando Nico.

–É, filho de Hades, o deus dos mortos. E... bem, não sei se você é meio lerdo. Mas você é uma coisa morta.

Ah, sério?! –o pégaso se exaltou, fingindo surpresa –Pensava que era problema genético... eu quase nunca como, sabe...

Nico apenas bufou e voltou para seu treinamento. Logo Andy, Erick Jhon e Ray chegaram.

–Quando Mark falou eu não acreditei –Andy pôs as mãos na boca –Mas... ai, Nêmesis. Isso é tão... tão... Argh, nem sei qual adjetivo usar. É surreal, Lia. Como ele se chama?

–Axius –respondi, dando tapinhas nas vértebras do meu pégaso.

–Posso pegar nele? –perguntou Erick, já aproximando a mão da cabeça de Axius.

–Claro, à vontade –dei de ombros, descendo de seu lombo –Oi, Ray...

–Ah. Oi... oi, Lia. Hã... pégaso maneiro. Muito legal mesmo.

–Ah, obrigada –fiquei sem jeito –E então... o que está achando do acampamento?

–É incrível –sorriu, com aqueles olhos verdes de fazer parar o coração -O chalé três é incrível. Percy é incrível.Tudo aqui é incrível. E você... hã...

–É... –de repente o chão ficou bem interessante para mim –Espera. Chalé três? Como assim? Você foi determinado?

–Ah, você não soube, não é? –ele passou a mão pela nuca, e suas orelhas começaram a corar –Eu... sou filho de Poseidon. Eu tava no lago e... acabei caindo na água num acidente e eu conseguia respirar lá embaixo. Não foi como Percy... ele disse que estava em batalha quando foi reclamado e apareceu um tridente na cabeça dele, sei lá. Comigo não foi nada do tipo: Uou! Seu pai controla dois terços do planeta! Ou: Nossa! Você é filho do dono de tudo que é água no mundo! Eu simplesmente caí na água, saí. Disse que consegui respirar lá dentro como um retardado e todos disseram que eu era filho de Poseidon. Outro dia normal na vida estranha de Raymond Morgan.

Todos começamos a rir. E logo descobri que sim, senhoras e senhores: eu, Lia Hunter, estava ficando afim do novato.

...

–E então... –disse ele, depois que todos voltaram pro treinamento –Você vai fazer alguma coisa? Tipo, agora?

–N-não... –com certeza eu deveria estar mais vermelha que um rubi –Porque?

–Se você quiser... bom... –ele olhava para todos os lados, nervoso –Só talvez, você quisesse dar uma caminhada pela beirada do lago?

–Espera. Você está me chamando pra sair? Sair com você?

–Hum... é –pareceu mais constrangido ainda –Se não quiser, tudo bem...

–Hã... tá. Que horas?

–Às cinco tá bom pra você? –perguntou.

–É... ótimo. Então nos encontramos no lago, né?

–Eu venho buscar você –avisou.

–Ah... tá bom. Ótimo. Cinco horas, então.


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Notas finais do capítulo

*0*

Sinto um climinha aí...

O que acharam?

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