Lia Hunter, Uma Filha de Hades escrita por Passado Dramático Apagado


Capítulo 11
-Capture A Bandeira-


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!
Desculpem-me pela demora, mas em julho prometo postar mais.
Aproveitem!



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Nico não disse uma palavra enquanto saíamos da Casa Grande. Ele andava olhando para os pés, pensativo.

–Oque foi? -perguntei. Já no gramado em frente à Casa Grande.

–Nada -ele continuou olhando para baixo enquanto andava.

–Quem é Andy? -tentei fazer ele pensar em outra coisa.

–Hã? Uh... Filha de Nêmesis.

–Ah, claro -falei, como se fosse óbvio.

Fomos até o Anfiteatro, onde não tinha mais ninguém. Nos sentamos na arquibancada, quietos. Me perguntei no que Nico estaria pensando. Passamos longos minutos ali, contemplando o sol da tarde, cada vez mais alaranjado.
–Ei. Preciso falar uma coisa pra você -ele disse, interrompendo meus pensamentos.

–Oque? -falei, e minha voz saiu bem mais baixa do que eu queria.

–Quero que me prometa que não vai sair do Acampamento enquanto eu estiver fora.

–Acho difícil uma novata poder sair... -resmunguei.

–É sério -ele se apoiou em meus ombros, me olhando nos olhos -Por favor. Em qualquer hipótese, não saia. Se eu demorar a voltar, não vá me procurar. Certo?

–Nico...

–Por favor -os olhos de Nico tinham um brilho triste -Por favor...

–Tá, tudo bem.

–Obrigado -o brilho triste havia desaparecido, e ele sorriu, aliviado. -Vou arrumar minhas coisas -ele se levantou -Você vem?

–Não, obrigada. Quero ficar um pouco sozinha.

–O.k.. Te vejo depois.

–Tchau.

–Tchau.

...

De noite, quase na hora do jantar, Nico e Clarisse saíram do acampamento. Os dois usavam mochilas e suas espadas pendiam nas cinturas.

–Lia! -chamou a voz de Jhon, enquanto eu via as silhuetas de Nico e Clarisse desaparecerem na floresta -Vem! Capture a Bandeira hoje!

–T-tá... -ele correu para o Pavilhão e eu o segui, correndo também.


Chegando lá, sentei na mesa de Hades - sozinha - e vi que havia uma empolgação diferente do habitual. Depois de comermos, a trombeta soou e houve um silêncio momentâneo. O garoto de Zeus - Jason - entrou correndo pelo Pavilhão, trazendo um estandarte de seda de uns três metros de comprimento, era azul escuro, com um raio dourado no meio. Todos esplodiram em vivas. Logo depois, Bia e seus irmãos vieram com um outro estandarte, mas este era vermelho com uma lira dourada logo à frente de um sol laranja. Os aplausos continuaram. Depois da apresentação dos dois chalés, anunciaram as equipes.

–Tá -disse Bia -Os times são: Zeus, Afrodite, Hermes, Deméter, Ares, Hefesto, Tânatos e Nike contra Apolo, Hades -ela olhou para mim -, Atena, Poseidon, Hipnos, Nêmesis, Dionísio e Tique.

–Resumindo -Falou Jhon -Percy, Annabeth, Bia, Lia e eu estamos no mesmo time. Sorte a nossa.

–Heh. Verdade... -eu não via a hora de começar -E então, como é esse Capture a Bandeira?

–Campistas! - Quíron bateu com o casco o chão do Pavilhão. O eco fez todos se aquietarem -Essas são as regras: O riacho é o limite. E toda a floresta está valendo. Qualquer tipo de item mágico é permitido. As bandeiras não devem ter mais de dois guardas para protegê-la. Serei seu juiz e curandeiro durante o jogo. Os prisioneiros não poderão ser amordaçados ou amarrados, mas podem ser desarmados até o final da batalha. Não será permitido aleijar ou matar. Armem-se!


Ele apontou para as mesas e nelas brotaram todos os tipos de armamentos que quiséssemos. Bia me ajudou com a armadura. Eu tinha minha espada já em mãos e um pequeno escudo de ferro. Meu capacete tinha penachos vermelhos e os da outra equipe tinham penachos azuis. Cheguei logo ao lado de Jhon, que ajustava a própria armadura.

–E como vai ser? -perguntei -Vou pro ataque ou pra defesa?

–Annabeth não te disse onde você iria ficar?

–Não.

–Sem problemas. Só me dê cobertura. Fique atrás de mim e tenha cuidado com Jason, ele pega pesado. Vamos acabar com os azuis.

–Legal.


A trombeta soou de novo. Ouviram-se gritos e som de metal se chocando por todos os lados. Jhon, seus irmãos e Annabeth correram em direção do território inimigo. Corri, aos tropeços, logo atrás deles.

Jhon derrubava os azuis com facilidade. Um deles correu berrando em minha direção. Meu escudo me salvou de um golpe na cabeça e dei uma rasteira no garoto, ele caiu no chão e acertei seu capacete com o cabo da minha espada.

Continuei seguindo Jhon e os outros quando dei um encontrão com um dos azuis. Caímos na grama na mesma hora e vi quem era. Jason, o garoto de Zeus. Ele se levantou rapidamente e fiz o mesmo, nossas espadas se chocaram uma, duas. Cinco vezes. De repente ele bateu no meu capacete com a espada e o arrancou de minha cabeça. Avancei contra ele e consegui lhe cortar o peitoral. Um pequeno ferimento se manifestou ali, saindo um pouco de sangue. Jason cerrou os punhos e mini-raios faiscaram dali. Ele ergueu a espada e um pequeno relâmpago atravessou seu corpo, me atingindo logo em seguida. Caí com força para trás, me chocando com uma árvore. Não consegui pensar em nada além de querer acabar com Jason. Ele me irritava com seu jeito perfeitinho. Me levantei e pensei em soldados zumbis erguendo-se do chão. Logo em seguida, dois esqueletos armados com escudos e espadas saíram do chão. Indo na direção de Jason.

Ele ficou de guarda, quando os dois avançavam em sua direção. Ele cortou um deles ao meio, fazendo com que se despedaçasse. Mas este logo se reconstruiu. Jason pulou e começou a voar (pois é. VOAR!) uns dois metros do chão, fazendo os esqueletos ficarem atordoados. Peguei meu escudo pelas bordas e o joguei como um frisbee em Jason. O escudo acertou sua nuca e ele despencou no chão, tonto. Se Levantou com dificuldade e me encarou. Um trovão soou logo acima de nós dois.

–Eu vou acabar com você, Peter Pan. -falei e os esqueletos o cercaram pelos lados. Atacaram Jason sem prévio aviso e ele rodopiou, atingindo os dois com a espada. Os esqueletos começaram a se reconstruir. Avancei em Jason, e ele bloqueou, ataquei novamente e nossas espadas se chocaram mais e mais vezes.

Dei um chute em seu peito e ele caiu. Apoiei meus joelhos nele e apontei minha espada contra seu pescoço. Jhon e Annabeth apareceram de trás de um arbusto, Jhon correndo à toda velocidade com o estandarte de Zeus para nosso território, com campistas do time adversário logo atrás deles.

–Vocês dois, atrasem eles! -gritei para os esqueletos, ainda com a espada para Jason, eles assentiram e correram para ajudar meus amigos.


A trombeta tocou novamente. Pouco longe de onde eu estava, uma explosão de vivas veio do lado amigo. Tínhamos ganhado.

Saí de cima de Jason e corri para o território dos vermelhos. Os irmãos de Jhon o erguiam nos ombros. O estandarte ficou cinza escuro com uma espiral negra como as que se usam para hipnotizar as pessoas.

–Viva! -todos gritavam.

–Lia ajudou! Ela derrubou Jason! -vibrou Bia.

Todos olharam para mim com espanto.

–Jason? -Percy estava boquiaberto -Ela derrubou o Jason?

–Caramba... -um dos vermelhos me olhou -Impressionante.
Todos começaram a me elogiar e me dar tapinhas nas costas. A comemoração continuava.

–Bom trabalho, criança -Quíron pôs a mão no meu ombro -realmente, um ótimo trabalho.
Comemoramos a vitória no Anfiteatro, bebendo néctar e cantando canções de vitória. Agradecendo aos deuses e lhes queimando toda a comida que tínhamos.

Pensei em Nico. Que deveria estar nas ruas de Manhattan com Clarisse. Queria que ele estivesse ali comigo.


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Notas finais do capítulo

Oque acharam?
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