Viajar parecia um pesadelo aos olhos de Ellaria, mas Oberyn conseguiu lhe convencer com suas piadas carregadas de sarcasmo.

– Vamos, será divertido! É o casamento do Rei, veja quanta honra nos deram.

Ele era perfeito aos olhos dela.

Era de conhecimento de muitos em Dorne que Oberyn e ela gostavam de experimentar os prazeres da vida. Todos eles.

Ellaria se lembrava de como era ser só uma bastarda, ela sabia que Dorne respeitava seus bastardos, mas não era o suficiente para ela, não até ele chegar.

Com seus cabelos e olhos negros como a noite, seu sorriso venenoso e suas palavras ácidas, ele a tirou da escuridão e a apresentou ao mundo, o verdadeiro mundo.

Mas com o passar dos anos ele a fez pensar que talvez, só talvez, enquanto estiver com ele o mundo não é tão ruim assim.

Quando chegaram a Porto Real tudo começou, o bordel mais próximo foi seu ponto de parada, aproveitar os prazeres da vida era bom, mais com Oberyn ficava ainda melhor.

Até o rei morrer o anão ser acusado e ele ter a péssima ideia de representa-lo , ela sabia de seus ressentimento com os Lannister principalmente Tywin que mandou assassinar sua irmã, e como o adversário era a Montanha o que a matou, Oberyn tinha que faze-lo, era pura honra, amor e honra.

Ela ainda se lembrava das exatas palavras que havia dito a ele, ela se lembraria para sempre que depois de um longo beijo ela disse.

– Volte para mim! Não me deixe sozinha nesse mundo tão cruel.

Ele lutou, ele lutou tanto, ela queria que ele tivesse ganhado ela teria dado qualquer coisa para ele ter ganhado, mas os Deuses nem sempre são justos.

Ela sentiu que poderia morrer, ela sentiu cada pedaço do seu coração se partindo quando ele se foi, quando a Montanha o matou da forma mais horrível possível, e ela se lembra de como Cersei Lannister sorriu quando aquilo aconteceu.

Mas não importa para ela, não mais.

A vida continua, tão sem graça como antes e tão dolorosa como agora.

Mesmo os amantes podem se amar, e quando o amor é até a morte o sacrifício é ainda maior.