P.O.V. Lily Luna

Não, Lily, ele é seu primo, coloque isso na cabeça! Mas ele é tão fofo, tão carinhoso, tão lindo e inteligente! Sim, ele pode ser tudo isso, mas ainda é seu primo, e isso é incesto! Dane-se, ele é tão... Tudo! Eu sei, mas não deixa de ser incesto!

Eu estava no “meu quarto”, pela vigésima vez só nesse dia, tentando afastar ele da minha mente, mas, pouco tempo depois, o garoto voltava a invadir meus pensamentos.

Era oito da noite, e véspera de natal, e todos os Weasley estavam reunidos na Toca, o que só piorava a minha situação, já que ele ficava passando por mim o tempo inteiro, onde quer que eu estivesse. Só no meu quarto eu tinha “privacidade”, mas como eu dividia o quarto com Domi e Rose, a ideia de privacidade ficava um pouco difícil. Mas no nosso quarto pelo menos ele não entra... Ou não. Ouvi batidas na porta e fui abri-la.

– Oi – ele disse, tímido.

– Oi, entra! - eu disse, brigando com os meus pensamentos um pouco . . . pervertidos demais. Ele entrou.

– Lily, tá todo mundo lá embaixo, me mandaram vir aqui ver se você está bem, e sua mãe meio que gritou que se você não estiver lá embaixo em meia hora ela jura que vai te deixar de castigo pelo resto da vida – ele disse, rindo, ri também.

– Entendi o recado, obrigada – ele assentiu, como se dissesse “de nada”, mas não saiu.

– Então... - eu falei, meio constrangida.

– Lily, há muito tempo eu venho querendo te dizer isso, eu . . . eu gosto de você! - ele disse e eu sorri. Eu não acredito, ele também gosta de mim!

– Eu também tenho uma coisa pra te dizer, Hugo – ele levantou uma sobrancelha, constrangido – Eu também gosto de você, mas é incesto, Hugo, ninguém nunca vai aceitar.

– Eu sei – ele falou, e sem dar nenhum sinal, me beijou, e foi o beijo mais intenso da minha vida, eu mergulhei em uma mistura de sensações nunca sentidas antes, e um frio na barriga me invadia.

– Então estamos juntos? - perguntei, quando nos separamos.

– Acho que sim – sorri.

– Vem, vamos descer – falei, o puxando pela mão.

E nós descemos, chegando lá, todos nos viraram para nós, e ficaram nos olhando, foi aí que eu percebi que não tínhamos soltado nossas mãos, soltamos rapidamente.

– Aleluia! - tio George gritou, e foi acompanhado por todos na sala, exceto o meu pai, que encarou Hugo com um olhar assustador.

– Ron, sei que ele é seu filho, mas se ele machucar a minha princesa... - ele disse, deixando a frase morrer, sem tirar os olhos de Hugo.

– Hugo nunca faria isso, não é? - tio Ron perguntou, olhando para Hugo com um olhar divertido e uma sobrancelha levantada.

– Nunca – ele falou, e eu o beijei novamente, mas nós logo fomos separados pelo meu pai, que se meteu entre nós dois e falou que era hora da ceia.

Parece que ninguém ali se preocupava com o incesto afinal, só o meu pai, mas isso é ciúme de pai. Normal! Não tem nada a ver com incesto!