You Are Nasty escrita por Gabriela Alves


Capítulo 26
My minds telling me no But my body, my body's telling me yes


Notas iniciais do capítulo

Então kkkk, o título original desse capítulo é extremamente idiota, então eu mudei, não sei se as pessoas que estão comentando e lendo atualmente leram a primeira postagem, mas o título original do capítulo era "Problems? I eat problems at breakfast!" que é a última frase do capítulo
Espero que gostem, boa leitura!



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POV Percy

Depois que Annabeth entrou na sala eu não consegui me concentrar em mais nada, e ainda bem que o Sr. Blofis (sim, meu padrasto é meu professor) não percebeu que eu não estava prestando atenção nele, e se percebeu, preferiu não chamar minha atenção.

Eu passei a aula inteira olhando os lindos cabelos loiros encaracolados de Annabeth, eu queria tanto poder falar com ela e beijá-la novamente, mas não podia, principalmente depois daquele dia no cinema. Eu ainda tinha remorso por causa daquele dia.

Quando a aula acabou e o sinal tocou, eu não pude ver quando Annabeth e Thalia saíram de sala, elas foram muito rápidas, mas eu tentei não dar bola, eu não podia me dar o luxo de ficar pensando nela ou até mesmo olhando ela. Minha mente dizia que não, meu corpo me dizia que sim... Eu realmente estava perdido.

A aula de inglês era a segunda aula logo após o almoço, então esse horário era o último do dia, fui até a sala de Espanhol e sentei-me no meu lugar de costume, eu estava com os fones de ouvido e olhos fechados, então eu não via quem estava entrando na sala, mas senti alguém sentando ao meu lado, abri os olhos e olhei quem era. Fiquei surpreso ao vê-la.

– Silena. – falei surpreso. – Como vai?

– Eu vou bem. – ela falou sorrindo e eu olhei para o garoto ao seu lado. Ele era alto, moreno e extremamente musculoso e usava a jaqueta do time de futebol americano do colégio, aquele provavelmente era Charles Beckendorf. – Mas você parece que não está muito bem.

– Mais ou menos. – falei me sentando ereto na cadeira e olhando para eles.

– Fiquei sabendo que você e a Annabeth terminaram seu... relacionamento. – ela falou me olhando curiosa.

– Foi... Eu encontrei ela e Luke se beijando. – ela franziu o cenho. – O que foi?

– Estranho... Ela sempre odiou Luke... – ela começou a brincar com a caneta que estava na mão. – Mesmo na época em que ela ficava com todos os garotos do colégio ela nunca ficou com ele, e ele vivia dando em cima dela. – foi a minha vez de franzir o cenho.

– Como assim? – perguntei confuso e me inclinando para ela.

– Bem, pelo o que eu me lembro, os dois tiveram um caso, mas Annabeth disse que ele era possessivo demais e que ela não era mulher de um homem só. Era bem a cara dela para aquela época. Aí depois disso ela não queria mais saber dele e ele vivia dando em cima dela, ela sempre o evitou, fazendo o possível para que não tivesse que ficar com ele novamente.

– Estranho isso... – falei, mas então me lembrei de uma coisa. – Mas e esse ano quando eles se aproximaram?

– Bem, aquilo foi por causa de uma aposta ridícula que alguns caras do time de futebol fizeram com ele porque perceberam que ela estava andando sozinha, só que eles tinham que esperar até alguém resolver fazer uma festa. – Beckendorf respondeu por Silena, sua voz era extremamente grave e seu tom dava um pouco de medo.

– Faz sentido... – lembrei-me então da festa de Calipso em que Luke agarrou Annabeth e eu bati nele.

– Sabe Percy, eu vi você e Annabeth juntos algumas vezes aqui no colégio, e vocês dois pareciam muito felizes um com o outro. – Silena falou me olhando nos olhos. – Você não deveria a deixar ir embora assim...

– Sabe Percy, desde que você bateu no Luke na primeira semana de aula e depois na festa da Calipso, ele só te odeia, provavelmente ele arranjou alguém para descobrir onde vocês estariam nesse dia e quando você se afastou de Annabeth por um momento ele se aproveitou e agarrou ela. – Beckendorf disse. – Você em vez de ter terminado com a Annabeth, você deveria ter batido nele...

– Verdade, Luke adora se vingar dos outros usando seus pontos fracos. – Silena falou. – E ele provavelmente imaginou que o seu seria ela.

– Bem... Eu não tinha visto por esse lado... – falei coçando a cabeça.

O sinal bateu e a professora entrou em sala depois de um grupo de alunos.

– Sabe o que eu acho Percy? – Silena perguntou e eu balancei a cabeça. – Acho que você deveria procurá-la depois da aula e conversar com ela pra ver o que ela tem a dizer sobre o que aconteceu. – ela falou, piscou para mim e se virou para frente, para prestar atenção na professora.

Virei-me para frente e pensei no que Silena me falou. E até que fazia sentido, porque, pelo o que eu me lembrava, Annabeth não tinha fingido aquele súbito ataque do Luke no dia da festa.

Eu tentei prestar atenção no que a professora estava passando na aula, mas minha cabeça estava a mil pensando no que Silena tinha me falado e estava pensando também sobre aquele dia no shopping. Tinha que ter algo de errado no que tinha acontecido.

Então eu me lembrei de como Annabeth ficou naquele dia, de como as lágrimas caíram de seus olhos quando eu falei que eu tinha acabado nosso relacionamento, no desespero que eu vi em seus olhos. Então me lembrei do começo do ano, quando me contaram que toda vez que Annabeth terminava com um garoto não havia nada em seus olhos além do prazer de ter partido o coração de alguém e então me toquei de que aquela não era a mesma Annabeth que eu terminei meu “namoro”, a Annabeth que eu gostava e que gostava de mim era diferente, mesmo que ela tivesse mudado de uma hora para outra.

Quando o sinal bateu todos saíram de sala e eu fui em direção ao meu armário para guardar minhas coisas, mas antes de sair Silena segurou meu braço e falou:

– Faça a coisa certa Percy. – e depois saiu com Beckendorf.

– Pode ter certeza de que eu vou fazer a coisa certa. – sussurrei enquanto colocava minhas coisas dentro da mochila.

Guardei o que eu não precisava dentro do armário e peguei os livros e coisas que eu julguei necessário levar para casa e saí de dentro do colégio. Após sair fui me encontrar com meus amigos, mas estranhei não ter visto Thalia junto de Nico quando cheguei perto.

– Cadê a Thalia, Nico? – perguntei curioso enquanto colocava a mochila numa posição confortável para mim.

– Não sei. – ele falou simplesmente. – Não entendo o porquê que todo mundo acha que só porque eu sou o namorado dela eu tenho que saber para onde ela foi ou onde ela está! – ele falou levemente irritado.

– Calma cara! – falei rindo um pouco. – Eu só achei que você saberia por que vocês estão sempre juntos.

– Ok então, mas por que você quer saber onde ela está? – ele perguntou curioso.

– Nada, só achei estranho ela não estar aqui. – falei simplesmente.

– Verdade, não é muito comum não ver Thalia sem estar com você. – Leo falou enquanto passava o braço por cima dos ombros da Reyna.

– Bem, eu tenho que fazer um negócio importante, até mais. – falei acenando para eles e saindo de perto.

– Percy! Já falei para você parar de vender drogas no colégio!!! – Leo gritou e todos nós rimos.

– Cala a boca Elfo de Natal Latino!!! – gritei de volta e me afastei procurando por Annabeth.

Fiquei um tempo procurando por uma cabeleira loira até que eu vi ela e Thalia conversando de baixo de uma árvore que tinha em frente ao colégio. Dei uma volta relativamente longa até conseguir ficar atrás de Annabeth, que estava sentada em frente à Thalia, as duas estavam entretidas em sua conversa. Escondi-me atrás de uma árvore e fiquei olhando-as conversarem.

– E então? O que você vai fazer a respeito de Percy? – Thalia perguntou se escorando na árvore. – Você não pode ignorá-lo para sempre Annie.

– Eu sei Thals, mas enquanto eu não puder explicar-lhe o que aconteceu de verdade no shopping, eu não vou poder falar com ele como se nada tivesse acontecido... – Annabeth falou e deitou na grama. – E eu realmente não faço ideia de como conversar com ele... Ele não quer me ver nem pintada de ouro... – concluiu com o tom de voz triste.

– Sabe Annie, eu acho que não vai ser necessário você chegar nele para contar o que realmente aconteceu... – Thalia falou com a voz raivosa me encarando. “Como ela me viu?” pensei surpreso.

Annabeth sentou-se e olhou para Thalia, mas então percebeu que ela não olhava para ela e sim para mim, então eu saí de trás da árvore e me apoiei um pouco desajeitado na árvore. Eu corei já que Thalia estava com um olhar um tanto quanto feroz para mim. Annabeth virou-se, me viu e arregalou os olhos e então sussurrou algo que eu não pude ouvir porque estava distante.

– Bem, vou deixá-los sozinhos. – Thalia se levantou e pegou suas coisas, mas antes de ir embora ela foi até mim e sussurrou:

Espero que tenha vindo até aqui para resolver as coisas e não piorá-las! – ela estava um pouco nervosa. – Faça a coisa certa ou ela encontrará alguém melhor que você! – arregalei os olhos espantado. Eu definitivamente não queria que Annabeth gostasse de outro.

Então Thalia saiu e eu resolvi me aproximar de Annabeth.

– Oi. – falei enquanto me aproximava.

– Oi... – ela respondeu um pouco sem graça.

Então eu me sentei à sua frente e olhei-a profundamente. Ela era linda e era a garota que eu gostava, e eu estava deixando-a escapar entre os meus dedos. Suspirei derrotado.

– Se você quiser contar o quê aconteceu naquele dia... Bem, sou todo ouvidos... – falei ainda lhe olhando profundamente.

Ela mordeu o lábio sem saber o que falar e então olhou nos meus olhos.

– Eu já te contei o que aconteceu... – falou sem graça enquanto olhava para a grama.

– Você me contou muito rapidamente... Eu quero que você me conte o que realmente aconteceu Annie... – falei triste. Peguei seu queixo com dois dedos e então a fiz olhar para mim. – Me conta o que aconteceu depois que eu saí, por favor. – foi a minha vez de suplicar.

– Do começo então. – ela falou e se sentou um pouco mais perto. – Bem, depois que você saiu eu fiquei lendo as sinopses dos filmes em cartazes que tinham no panfleto e então Luke apareceu e me agarrou pela cintura e me beijou. – tudo que ela tinha falado até esse momento ela falou me olhando nos olhos, mas então abaixou a cabeça e olhou para a grama. – Eu tentei empurrá-lo, mas ele é bem mais forte que eu... – sua voz estava um pouco tremida. – Ai você chegou e a partir daí você já sabe o que aconteceu.

Assenti e olhei-a bem, ela estava com a cabeça abaixada, não me deixando ver seus olhos, então eu segurei seu rosto com minha mão e levantei-o com cuidado, seus olhos estavam lacrimejando. Cheguei perto dela e a abracei.

Eu acredito em você. – sussurrei em seu ouvido enquanto a abraçava e ela apertou mais o abraço.

Puxei-a para meu colo e olhei seu rosto, ela ainda estava chorando. Limpei suas lágrimas delicadamente e ela me olhou nos olhos.

– Você me perdoa? – perguntei acariciando sua bochecha. Ela abraçou meu pescoço sorrindo e encostou nossas testas.

– Se eu não te perdoasse, eu estaria jogando fora todo o tempo que eu levei para fazer com que você gostasse de mim. – eu olhei em seus olhos. – E tempo é algo que não se deve ser desperdiçado. – sorri para ela e ela sorriu mais ainda.

Segurei sua cintura e ela passou cada perna dela para cada lado do meu corpo e então nós nos beijamos. Eu senti meu cérebro derretendo ao beijá-la, mas até que a sensação não era ruim. Eu teria ficado ali o dia inteiro a beijando se nós não precisássemos de ar. Ela continuou com a testa colada na minha e ficou me dando alguns selinhos.

– Percy...? – me chamou quando parou de me dar selinhos.

– Ahn? – perguntei bobo. Não me culpem, eu sempre fiquei assim perto dela, sem souber o que responder direito. Ela soltou uma risadinha.

– Me promete uma coisa?

– O quê?

– Que se algo parecido ocorrer novamente, o que eu pretendo que não aconteça, você vai me ouvir antes de tomar uma atitude precipitada? – perguntou me olhando nos olhos.

– Prometo. – falei e lhe dei um selinho. – Juro pelo Estige. – lhe dei outro selinho. – E pelo amor que sinto por você. – ela riu um pouco e mordeu meu lábio.

– Bom saber que você é um bom namorado. – eu ri depois dessa.

– Eu sempre fui. Só que eu sou um bom namorado ao meu jeito. – falei e ela riu.

– E se ocorrer outro problema? – ela me perguntou ainda abraçando meu pescoço.

– E se tiver outro problema? – ela assentiu. – Bem, eu como problemas no café da manhã! – falei brincando e ela riu e me beijou.


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Notas finais do capítulo

É isso aí o capítulo, meio enroladinho e um pouco meloso, mas só para resolver as coisas kkk
Bem, qualquer pessoa com o mínimo de intelecto já deve estar percebendo que a história está chegando ao fim e que esta é a reta final.
Então, vão se preparando aí kkkk
Espero que tenham gostado, qualquer erro de português que vocês tenham percebido, por favor, me avisem aí nos comentários. Falem o que vocês gostaram no capítulo/história e até o próximo!
Beijos, Gabriela Alves



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