Daddy's Little Girl escrita por Yammy


Capítulo 3
Presentes


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa! Que bom que estão gostando do Sasuke como pai, gente! Vocês fizeram o enem? Foram bem? u_u
Caso não tenham percebido, pretendo escrever os capítulos à medida que a Sarada vai crescendo, então vai ser em ordem cronológica, né. Acho que deixa mais emocionante, como se fôssemos parentes dela (e eu me sinto assim, quase).
Capa nova! Gostaram? Minha amiga editou essa fanart maravilhosa que a Dymx, sempre linda, fez.
Sem mais delongas, vamos ao capítulo, que foi maior que os outros.



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Nunca tinha visto Sakura tão nervosa, a não ser no casamento. Ela sempre se esforçava ao máximo para que tudo saísse perfeitamente como o planejado e constantemente se desgastava com isso. Sua esposa corria de um lado para o outro da cozinha, arrumando lacinhos, conferindo brindes, checando a temperatura até mesmo dos sucos, tão compenetrada que nem percebera quando foi abraçada por trás.

– Você devia relaxar um pouco – sussurrou Sasuke em seu ouvido.

Ela virou, recuperada do susto e dos arrepios, e envolveu seus braços no pescoço do marido. Parecia que não se viam há anos.

– Que bom que conseguiu vir. Ela está com saudades. – encostou seus lábios nos dele delicadamente – E eu também.

Ele não poderia perder a festa de aniversário de sua filha. Tinha passado quase dois meses fora e não sabia como tinha agüentado ficar longe das duas. Enterrou o rosto no pescoço de Sakura e aspirou seu perfume floral. Começou a distribuir beijos que iam de seu queixo até seu ombro e apertou a cintura dela, puxando-a para mais perto... Até sentir alguém apertar sua perna.

– Papai! – olhou para baixo e via uma figurinha de joelhos que puxava insistentemente sua calça. Sakura, com o rosto corado, deu alguns tapas nas roupas para desamarrotá-las e deu um passo para trás, se afastando.

Sasuke se agachou e pegou sua filha no colo. Usava um vestido vermelho e branco com sapatilhas da mesma cor e seu cabelo tinha crescido um pouco.

Dois anos. Tinha passado tão rápido. Em breve, ela precisaria se comunicar com as pessoas e com o mundo lá fora e com os maiores perigos que uma menina linda e inocente poderia enfrentar: meninos. Só de pensar nisso, estremecia. Sabia que ela se daria bem em qualquer coisa que resolvesse fazer, porque com apenas um ano de vida conseguia falar quase perfeitamente e pegar nas coisas sem colocá-las na boca.

– Eu não poderia deixar de vir – ele disse, e depois acrescentou, com brilho nos olhos – Você cresceu.

Sakura se aproximou dos dois, enchendo a filha de beijos no rosto entre suas palavras.

– Vou terminar de arrumar as coisas. Vou deixar vocês sozinhos. – e depois, sussurrando no ouvido de Sasuke - a gente se resolve à noite.

Sarada tocou com dois dedos na testa da mãe e disse:

– Até mais, mamãe. Você fica linda com bolo na testa.

Sasuke sorriu ao ver a surpresa da esposa ao passar a mão na testa e receber de brinde uma porção de chantilly. Depois de colocar na boca, voltou para os preparativos, murmurando algo sobre velas e estalinhos.

– E agora – ele levantou a filha acima de sua cabeça e começou a ir em direção ao sofá – por que não me conta o que aconteceu enquanto eu estive fora?

E por uns bons minutos, ouviu Sarada falar sobre cada acontecimento dos seus dias, sempre com um sorriso de pequenos dentes no rosto. No fim de seus relatos, deu um salto e se pendurou no pescoço de Sasuke e ele a ajudou a sentar em seus ombros.

– Mas a verdade foi que senti sua falta. Mamãe gosta de Teletubbies.

– Assim não dá – brincou, divertido, enquanto a filha mexia nos seus cabelos.

– Assim não dá – concordou com um suspiro.

– É sempre bom ouvir palavras boas e gentis vindas de vocês – comentou Sakura, passando pela sala assim que a campainha tocou – Ok, Sarada, ta chegando a hora. Está pronta?

– Sim! Shannaroo!

E Sasuke pôs-se a rir. Por mais que ela fosse mais parecida com ele, ainda tinha muito da mãe. E isso queria dizer que muitos rapazes seriam socados ao longo de sua vida, logo, ele nem precisaria de muito esforço.

Ajudou a filha a descer do sofá e Sarada deu alguns pulos até o lado da mãe, que abria a porta, revelando Naruto, Hinata, Himawari e... Boruto.

O Hokage puxou Sarada e começou a fazer cócegas em sua barriga, fazendo-a lacrimejar de rir. Hinata cumprimentou Sakura e Sasuke, com Himawari agarrada em sua saia e seu filho entrou se jogando no sofá.

– Sai. Agora. – ordenou a pequena Uchiha, ainda descabelada pela sessão de cócegas. Seus olhos negros pareciam soltar fogo.

O clima ficou tenso por um momento e Boruto levantou e se dirigiu à Sakura.

– Tia, cadê a comida? – e foi carregado até a cozinha por uma ex-Haruno relutante e constrangida.

Respirando fundo para se acalmar, Sarada foi até Himawari e a puxou em direção a seus brinquedos no quarto, enquanto Hinata e Naruto se sentavam nas poltronas.

– Ahn, eles não parecem se dar... muito... bem, acho – murmurou Hinata, envergonhada – Sinto muito pelo Boruto, ele...

– É igualzinho a mim, né? – completou Naruto com um sorriso de orelha a orelha.

– Exatamente igual. – concordou Sasuke – Se ele se engraçar um pouco que seja com a Sadara, eu...

– Eles têm dois anos de idade, Sasuke, pelo amor de Deus! – interrompeu Sakura, com um cachorro quente na boca.

– Cadê a peste? – o Uchiha estreitou os olhos.

– No quarto, brincando com as meninas...

Não pôde terminar. Sasuke já estava no quarto. Não podia permitir qualquer contato que fosse entre o pequeno Lúcifer e seu anjinho. Não poderia nem imaginar as atrocidades que aquele Uzumaki poderia fazer com...

Sarada, que estava tacando blocos de Jenga na testa de Boruto, enquanto Himawari assistia tudo num canto assustada.

Essa menina era seu maior orgulho.

Aos poucos, mais convidados foram chegando. A festa foi um sucesso e Sarada ganhou muitos presentes. Pôde ver que sua cria se dava muito bem com as pessoas, o que era bom, tirando os papos sobre meninos que Ino tentava iniciar com ela.

Passou a tarde falando sobre aleatoridades com Shikadai e brincando com os outros, sempre mostrando classe e inteligência. Na hora do parabéns, ficou com vergonha a princípio e depois seu rosto de fez em uma expressão vitoriosa, sentindo que todos estavam ali apenas por sua causa. Sentia-se importante.

Quando todos foram embora, os três se jogaram exaustos no sofá. Sakura esticada com as pernas sobre as de Sasuke e Sadara no meio dos dois, massageando as têmporas com suas pequenas mãozinhas.

Sua mãe, como que para provocar o marido, resolveu acabar com o silêncio com um sorriso sacana.

– O que acha do Boruto, filha?

– Bocó. – essa resposta fez o interior de Sasuke encher de alegria e seus olhos brilharem.

Sakura fez um muxoxo, decepcionada, e jogou a cabeça para trás. Ficaram ali deitados por um tempo, até Sasuke se livrar delicadamente das pernas de sua esposa para não acordar Sarada, já adormecida e levá-la para o quarto.

Ela se enrolou como uma bolinha quando seu corpo foi de encontro com o colchão e levou um dedo à sua boca. Dormia serenamente e parecia que nada no mundo poderia abalá-la.

E Sasuke desejou silenciosamente que tudo continuasse assim por um longo tempo. Desejou também que tivesse mais tempo para as duas. Tanto Sarada, que parecia mais madura e fascinante a cada dia que passava, quanto Sakura, que o esperava na porta de seu quarto com uma blusa do Uchiha que ficava enorme nela rodando a calcinha em suas mãos.

O dia podia ter sido longo, mas a noite seria melhor ainda.


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