Still Not Over escrita por Akemihime


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhh a fanfic recebeu recomendação da Valentina, MUITO OBRIGADA, eu faltei sair pulando pela casa quando vi UAIOHSOIUHASUIH omg, já tem duas recomendações a história, vou chorar :'D muito obrigada mesmo, eu amei! ♥

Esse capítulo é dedicado a você Valentina, e a uma leitora, a leaozinha que está fazendo aniversário amanhã. Feliz aniversário gatinha, tudo de bom pra você! *-*

E sobre esse capítulo, bem... quem tem avó viva sabe que na casa delas tá liberado tudo! Você não ganha sermão e ainda é mimado a vontade! Com Nara Yoshino a coisa não é diferente...



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Dizem que em casa de avó pode-se fazer de tudo. É considerado, para os netos, o refúgio dos pais. O lugar onde seus pais não precisam mostrar fotos de você bebê e o deixar constrangido, o lugar onde eles passam vergonha, ao contrário dos filhos, que são fortemente paparicados.

E por mais que Nara Yoshino fosse uma mulher de pulso firme (especialmente com Shikamaru), e considerada a maior problemática na vida do garoto (depois de sua adorada esposa, claro), quando o assunto era Shikadai, ela não era uma exceção às regras das avós.

E isso se tornava claro cada vez que o neto ia passar o dia em sua casa.

Shikadai havia espalhado praticamente todas as peças do jogo de shogi pelo chão da sala de estar. O tabuleiro estava esquecido, deixado de lado depois das inúmeras tentativas do pequeno de achar alguma utilidade interessante para a peça maior do jogo.

Yoshino nem se deu ao trabalho de ensiná-lo a jogar, o menino era novo demais para isso, e ela tinha certeza que Shikamaru já estava tentando fazê-lo entender como shogi funcionava de qualquer forma, visto que assim que Shikadai pisou em sua casa e viu o tabuleiro montado em perfeito estado em um canto, foi direto em direção a ele.

Shikamaru fez menção de impedi-lo, afinal aquele tabuleiro e aquelas peças pertenciam ao seu pai, mas Yoshino apenas sorriu, atendendo ao pedido do neto, pegando o jogo e entregando ao pequeno.

Era besteira deixar as peças do jogo paradas e guardadas somente porque pertenceu ao seu marido que falecera. Yoshino não tinha intenção nenhuma de montar um museu em casa com relíquias de Shikaku, além do mais, sabia que ele nunca se importaria com aquilo.

Então, depois de Shikamaru deixar claro que se houvesse qualquer tipo de emergência era só procurá-lo, ele se despediu dos dois e foi trabalhar ao lado do Hokage. Já Temari havia voltado a trabalhar naquela semana mesmo, depois de finalmente vencer a discussão com o marido de que já estava farta de ficar em casa sem fazer nada. A intenção de Temari não era partir em missões arriscadas, mas ela era uma kunoichi, não se permitiria ficar parada para sempre. E com isso, assim que voltou à ativa, já foi designada a uma missão para Suna. Ela continuaria a ser uma espécie de embaixadora, trabalhando nas questões burocráticas que envolviam a aliança entre as duas vilas, algo similar ao que fazia no passado quando morava no País do Vento.

Yoshino sorriu para o neto, assim que ficaram a sós. Ela se sentou no sofá próximo ao pequeno, que parecia concentrado em brincar com o shogi no chão. Seu olhar estava atento a Shikadai, para o caso dele tentar levar alguma peça à boca, mas pelo visto não precisaria se preocupar.

— Você é realmente um Nara. — Ela disse para Shikadai. — Se ChouChou estivesse aqui, já deveria estar colocando metade dessas peças na boca. — Yoshino não duvidava daquilo. Chouji quando era pequeno e foi em sua casa para brincar com Shikamaru, e fez a mesma coisa quando seu filho foi lhe mostrar o jogo.

— Esse jogo era do vovô? — Shikadai perguntou de forma inocente e curiosa, sua voz embolando em algumas partes. Ele havia começado a falar recentemente, mas já era notável como estava aprendendo rápido.

Yoshino esboçou um sorriso para o neto.

— Sim, mas você pode brincar com ele sempre que vier aqui, querido.

Shikadai pareceu aceitar aquilo, ficando em silêncio por alguns instantes.

— Por que papai sempre fala que o vovô era velho?

— Ele o chamava assim sempre. — Ela respondeu, lembrando-se das várias vezes que Shikamaru chegava em casa chamando por seu “velho” pai. — Mas ele fazia apenas para provocar seu avô.

— Hn... que problemático. — Shikadai falou, dando de ombros, e voltando a brincar.

Yoshino não pode deixar de achar graça daquilo. Ela se perguntou como Temari reagiu quando seu filho falou aquela palavra pela primeira vez. Certamente não deve ter agradado em nada a nora, que descontaria tudo em Shikamaru, o culpado pelo pequeno ter aprendido esse tipo de coisa.

Bem, o que poderia dizer? Shikadai era um Nara, e pelo visto havia puxado muito não só de Shikamaru, como do próprio avô também.

§

Quando Shikamaru finalmente foi dispensado do trabalho, já era noite. Ele e Naruto se despediram e enquanto o Uzumaki tomava o caminho para casa, o Nara foi direto para onde sua mãe morava. Precisava buscar Shikadai ainda.

Porém, assim que chegou à casa de Yoshino, ficou um tanto surpreso com o local.

Shikamaru olhou todas aquelas peças de shogi espalhadas pelo chão, juntamente com farelos de salgadinhos e uma mancha de suco. O culpado disso tudo estava sentado de forma comportada no sofá, a expressão em sua face dizia que ele iria pegar no sono a qualquer instante.

— O que aconteceu aqui?

— Ah nada demais, apenas nos divertimos muito, não é Shikadai? — O pequeno balançou a cabeça, concordando, e logo depois dando um longo bocejo. Ele parecia cansado.

Shikamaru ainda não parecia muito satisfeito com aquela situação. Não era sua intenção dar muito trabalho a sua mãe, afinal de contas. Shikadai não sabia, mas teve uma enorme sorte por Temari estar ausente viajando naquele dia.

O Nara mais velho suspirou, olhando para as pequenas pecinhas do jogo espalhadas por todo o lugar.

— É melhor arrumar isso rápido, essas peças podem machucar.

— Você já se machucou com peças de shogi, Shikamaru? — Yoshino franziu o cenho. — O que diabos arrumou para isso?

Ela segurou o riso quando viu a face do filho imediatamente adquirir uma coloração avermelhada. De repente Yoshino compreendeu muito bem o que Shikamaru queria dizer antigamente quando saía de casa e alegava que iria jogar shogi com Temari.

Para a sorte do Nara, ela não insistiu em sua pergunta. E logo os dois trataram de arrumar tudo, para logo depois Shikamaru pegar o filho em seus braços (ele estava ficando cada vez mais pesado, por sinal).

A essa altura, Shikadai já dormia tranquilamente.

— Fique tranquilo que ele já jantou. Embora não tenha aproveitado muito da comida, já que comeu um pacote de salgadinhos mais cedo.

— Tsc... você mima demais ele. — Shikamaru rolou os olhos. — Não sei o que é mais assustador, seu lado problemático ou esse aí.

— Querido, continue falando e logo verá meu lado problemático em ação.

— Boa noite, mãe.

Ela sorriu, vendo Shikamaru se despedir rapidamente. Era bom saber que ele ainda a temia.

Yoshino poderia ter perdido seu marido na Quarta Grande Guerra. Mas ela havia ganhado uma nora e um neto. Aquela mulher viu seu filho se apaixonar e se casar, viu sua família crescer. E era neles que ela se apoiava todos os dias. Yoshino sabia que enquanto estivesse com Shikamaru, Temari e Shikadai, ela nunca se sentiria sozinha.


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Notas finais do capítulo

Fiz Shikadai um pouquinho mais velho aqui. Uns quatro anos, talvez hmm. Ele já está falando mais e já está andando, apesar de ser bem pequeno ainda ♥