Still Not Over escrita por Akemihime


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo resolvi abusar do papai Shikamaru, que uniu forças com o papai Naruto e o pequeno Boruto. ♥

Boa leitura.



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O bebê chorava na maior altura e ele já perdera a conta de quanto tempo havia se passado desde que aquilo começara.

Shikamaru estava completamente desesperado e pela primeira vez na vida não sabia o que fazer.

Por que Temari inventou de sair de casa e o deixar sozinho com Shikadai? Ah sim, porque ele, gênio, havia a convencido a fazer isso. Fazia muito tempo que ela não saía para nada, e Sakura, carregando uma enorme barriga, veio até a casa dos Nara pessoalmente para convidar a loira para seu chá de bebê. Ela deixara bem claro que fazia questão de ter Temari presente. Temari, não Shikamaru. Aquela seria uma reunião totalmente voltada para as mulheres, homens não estavam permitidos.

Não que ele fizesse questão de ir, e Temari apesar de não parecer muito convencida com a ideia de deixar Shikadai sozinho pela primeira vez com o marido, Shikamaru lhe garantiu que tudo sairia perfeitamente bem, e que ela deveria ir para se divertir um pouco.

Ah como ele estava arrependido agora.

O filho estivera dormindo até poucos minutos depois de Temari sair, e Shikamaru estava esperançoso de que fosse assim durante todo o resto da noite, até sua esposa retornar. Doce ilusão.

Logo que Shikadai acordou, começou a chorar desesperadamente, a plenos pulmões.

E Shikamaru não sabia mais o que fazer para ele parar de chorar. Ele pegou o bebê no colo e verificou sua fralda, que para a alegria do Nara, estava limpa. Não que ele não soubesse trocar uma fralda suja, pois Temari deixou bem claro desde o começo que não iria facilitar para o marido, afinal segundo Temari, os dois fizeram o filho e não era ela que ficaria encarregada de sempre trocar as fraldas.

Mas o problema não era aquele. E pelo visto Shikadai não tinha fome também, pois Shikamaru aqueceu o leite materno que Temari havia deixado na mamadeira e tentou dá-lo ao seu filho, porém ele foi firme em recusar a beber.

— E Temari ainda diz que você se parece comigo... — Shikamaru murmurou, enquanto balançava Shikadai em seu colo, tentando ver se conseguia acalmá-lo. —Isso agora com certeza é o lado problemático de sua mãe aflorando em você.

Ele suspirou, já sentindo a cabeça latejar. Aquele choro parecia que não ia ter fim.

Shikamaru estava começando a levar a sério a possibilidade de ir até sua mãe, Yoshino, para ver se ela poderia ajudá-lo. Ele estava firme em não ir encher sua velha com problemas desse tipo, ela já não estava na idade de aturar choro de criança, afinal. Mas honestamente, Shikamaru não estava vendo mais opção para resolver aquela situação.

E enquanto pensava nisso, ouviu alguém bater à porta de sua casa.

Só faltava ser algum vizinho incomodado com o choro, indo perguntar se ele estava matando seu filho.

Mas quem encontrou do outro lado da porta era apenas Naruto, com uma cara não muito boa, segurando uma bolsa e um bebê de cabelos claros em seus braços.

— Naruto? O que foi?

— A Temari está por aí? — O Uzumaki perguntou em voz alta por conta do choro de Shikadai, deixando Shikamaru confuso.

— Não, ela foi ao chá de bebê da Sakura. — Shikamaru respondeu, dando espaço para o amigo adentrar a sua casa.

— Ah, é mesmo... — Naruto bufou, se sentando com Boruto, parecendo desapontado.

— Qual o problema?

— Eu preciso de ajuda para trocar a fralda dele. — Respondeu o outro, evitando olhar para Shikamaru, constrangido. Só aí Shikamaru reparou no mau cheiro que vinha de Boruto e sua fralda suja.

Se o Nara não estivesse com seu filho literalmente berrando em seu ouvido naquele momento, certamente estaria rindo da situação de Naruto.

Pelo visto não era só ele que estava passando aperto sem sua mulher em casa.

— Bem, sinto muito, mas estou com problemas maiores agora para poder parar e te ajudar. — Shikamaru finalmente respondeu para o Uzumaki, voltando sua atenção para Shikadai, balançando-o em seus braços para ver se parava de chorar. Sem sucesso.

— Ah cara... — Naruto exclamou, fechando os olhos. — nós somos péssimos pais.

— Diga por si só, pelo menos eu sei trocar uma fralda.

Um silêncio se abateu entre eles, sendo cortado somente pelo choro forte do bebê. Naruto olhava para Boruto, fazendo uma careta e pensando no que poderia fazer para tirar aquela fralda suja.

— Você poderia ao menos me dizer o que fazer para trocar isso... — Falou para Shikamaru, que estava de pé, ainda balançando Shikadai.

— Problemático demais. Só me ajude a fazê-lo calar a boca e depois resolvemos esse assunto.

— Bem, ele deve estar com a fralda suja também... ou com fome. — Naruto deu de ombros. Ele podia não saber trocar uma fralda, mas o básico sabia somente de olhar para sua esposa cuidando de Boruto.

— Não, já verifiquei, não é nada disso.

— Então devem ser gases... Hinata-chan diz que bebê tem muito isso.

Shikamaru parou de andar de um lado para o outro, olhando surpreso para Naruto. Como não havia pensado naquilo antes? Quer dizer... só podia ser aquilo! Já havia tentado de tudo para fazer Shikadai parar de chorar e nada havia adiantado, então ele só podia estar com dores.

Agora a questão era: o que fazer? Temari não havia lhe dito como agir naquela situação, ou seja, ele continuava no escuro.

— Certo... deve ser isso. — Shikamaru disse, olhando para o filho. — Mas o que eu faço?

— Sei lá, experimente levantar ele um pouco e dar uns tapinhas nas suas costas. — Naruto falou, se levantando e indo até o amigo, com Boruto em seu colo.

Honestamente, Shikamaru estava surpreso. Nunca pensou que logo o amigo mais idiota que ele tinha, iria ajudá-lo em uma situação como aquela.

Mas pelo visto um QI avantajado não contava em nada quando o assunto era tentar ser pai.

Shikamaru fez o que Naruto lhe instruiu, erguendo um pouco Shikadai, apoiando a cabeça do filho em sua clavícula, enquanto com a mão livre, dava leves tapinhas nas costas dele.

Não demorou muito para ele perceber que Shikadai ia aos poucos se acalmando, o choro diminuindo lentamente.

— Naruto, como você...?

— Ah eu vi Hinata-chan fazendo isso uma vez... pareceu funcionar. — Naruto deu de ombros, sorridente.

Isso explicava bastante.

Shikamaru contemplou o silêncio que se instalou no ambiente finalmente livre do choro de bebê. Parecia até um milagre.

Naruto coçou a garganta, olhando para o amigo.

— Será que pode me ajudar agora?

O Nara concordou com a cabeça, levando Shikadai, agora adormecido, até seu berço em seu quarto.

— Eu não vou trocar a fralda por você, só vou te ensinar. — Ele deixou bem claro para o loiro, que apenas sorriu em troca, se aproximando com Boruto e a bolsa aonde continha fraldas limpas que havia trago de sua casa.

Não era algo tão difícil quanto realmente parecia a primeira vista pra Naruto. E com Shikamaru lhe dando as instruções do que fazer, pareceu algo bem simples realmente.

— E agora é só fechar essas laterais da fralda nele, mas não deixe muito apertado.

— Certo. — Naruto dizia, seguindo passo a passo do que era lhe dito. — Pronto?

— Sim, é só isso. E vê se joga essa fralda suja no lixo, se Temari chegar e encontrar isso aqui, ela vai me matar.

Depois de tudo feito, os dois se sentaram no sofá da casa do Nara, completamente aliviados. Naruto ainda estava com o filho nos braços, mas este agora parecia prestes a dormir a qualquer momento.

— Eu nunca pensei que fosse tão problemático assim. — Shikamaru suspirou, cansado.

— É, mas quer saber? Nós conseguimos! — Naruto esboçou um enorme sorriso, parecendo satisfeito. — E somos bons!

Shikamaru não pode deixar de sorrir um pouco, vendo a animação do amigo. Ele sempre almejou ter uma família, mas nunca se imaginou de fato exercendo o papel de pai... sempre lhe pareceu complicado demais.

Ele ergueu o olhar para Naruto, vendo o loiro olhar de maneira carinhosa para Bolt. Shikamaru não precisava nem se questionar se também agia daquela forma com seu filho... ele tinha certeza de que sim. É, no fim tudo valia a pena. Todo aquele trabalho envolvendo choros e fraldas sujas... tudo aquilo era pequeno e simples demais perto do sentimento de ser pai.

E agora os dois homens sabiam muito bem como era aquilo.

Shikamaru despertou de seus devaneios quando ouviu a porta de sua casa se abrir, e logo Temari surgir em frente aos dois.

— Ah você está aqui. — Ela olhou para Naruto. — É melhor voltar para sua casa, Hinata está a sua procura.

O Uzumaki se levantou rapidamente, tomando cuidado para não acordar Bolt, e se despediu de maneira curta de Shikamaru e Temari, indo embora direto para onde sua esposa o esperava.

Temari suspirou, olhando para o marido.

— E então, foi bom lá? — Ele perguntou, se aproximando da loira.

— Foi bem chato, se quer saber. Ino e Karui ficaram se alfinetando o tempo inteiro, até Sakura se meter e, bem... não foi exatamente agradável. — Respondeu, dando de ombros. — E como foi aqui? Correu tudo bem?

— Claro, sem problemas, eu te disse. — Shikamaru decidiu omitir a parte em que tinha ficado desesperado com o filho aos prantos. No fim tinha dado tudo certo, não tinha?

Temari o olhou um pouco desconfiada, mas decidiu não discutir. Nada parecia fora de ordem afinal, Shikadai estava dormindo e pelo visto continuaria assim por um bom tempo.

— Bem, quem diria que alguém tão preguiçoso como você seria um bom pai, hein Nara? — Ela sorriu, colocando seus braços ao redor de Shikamaru.

— Isso foi um elogio?

— Encare como quiser. E não se acostume muito.

Shikamaru sorriu, puxando-a pela cintura e beijando-lhe os lábios.

Desde que tiveram Shikadai, o tempo deles a sós era extremamente curto, visto que o filho estava toda hora os ocupando com alguma coisa. E era por isso que ambos aprenderam a aproveitar muito bem todo o curto período de paz que podiam ter... como naquela hora, por exemplo.

Até Shikadai acordar chorando, eles tinham somente um ao outro... e era hora de matar a saudade e curtir o momento juntos. Sem fazer muito barulho, é claro.


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Notas finais do capítulo

Minha experiência de irmã mais velha é tão útil nessas horas :'D IAHSOAUHSIHAS

Logo eu volto com mais histórias. Se quiserem deixar alguma sugestão, será bem vinda também (mas o foco tem que ser na família Nara).

Beijos e até a próxima.