Still Not Over escrita por Akemihime


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Shikadai ainda não foi capaz de esquecer certas coisas...



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A casa dos Nara estava cheia naquele dia. Não somente Gaara e Kankuro haviam decidido ir visitar o sobrinho, como também Ino e Chouji aproveitaram a oportunidade para reunirem toda a família. Embora a verdade seja que Ino havia se convidado na maior cara de pau, como sempre fazia, e convenceu Chouji a ir também com a desculpa de que teriam comida.

Ela não tinha a mínima intenção de rever Gaara e Kankuro, com quem nunca havia conversado direito antes. Sua intenção estava claramente voltada para outra coisa: Shikadai.

A Yamanaka só tinha Shikadai e ChouChou como sobrinhos, mas enquanto a filha de Chouji a considerava a melhor tia do mundo, estava claro que o pequeno Nara estava sendo duramente influenciado pelos Sabaku. Kankuro estava conquistando aquele pirralho, e Ino não poderia permitir uma coisa dessas!

Porém ela não contava que Shikadai nem ao menos iria passar a tarde na casa dos Nara. Kurenai havia chamado o menino para passar o dia com ela e a pequena Mirai, que mesmo sendo mais velha que Shikadai, tinha um enorme carinho por ele.

O garoto estava com uma cara amassada, como de quem havia acabado de acordar, quando Ino, Sai, Inojin acompanhados da família de Chouji chegaram ao local. Típico Nara.

— Ah Shikadai, você vai abandonar sua tia aqui sozinha? — Shikadai olhou para Ino e depois se virou para sua mãe, puxando a barra do vestido de Temari, chamando-a para levá-lo logo à casa da amiga e ignorando por completo a Yamanaka.

Aquilo não passou despercebido por Kankuro que sorriu debochado.

Assim que Shikamaru adentrou na sala, cumprimentando a todos – ele havia passado a manhã com Naruto no escritório do Hokage, ajudando-o como sempre fazia – Shikadai foi logo recepcioná-lo, esquecendo por um instante da mãe, que parecia distraída conversando algo com Gaara.

Shikadai, no entanto não abraçou Shikamaru como de costume, parando em pé em frente a ele e olhando sério para o pai, que franziu o cenho não entendendo a postura de seu filho.

— Você não vai machucar a mamãe de novo, não é?

— Como é? — Ele perguntou, sem entender.

De repente todos no local ficaram em silêncio, olhando de forma curiosa para o pequeno Nara. Todos, exceto Temari, que já suava frio, temendo o que o filho falaria.

— Igual naquela noite em que acordei com ela gemendo — disse como se fosse algo óbvio — Otou-san, você não deveria fazer isso.

E o silêncio continuou a dominar toda a sala de estar da casa. Shikadai olhava para o pai que agora estava claramente vermelho de vergonha.

Temari não estava em uma situação muito melhor, exceto talvez que agora ela olhava para Shikadai como se quisesse matá-lo. Isso fez o filho dar alguns passos para o lado em direção ao seu tio Gaara que estava perto de si. Shikadai não estava entendendo o que havia de errado em dizer aquilo.

— Vocês estão destruindo essa criança! — Kankuro foi o primeiro a se pronunciar, indignado, enquanto Ino finalmente gargalhava de forma descontrolada.

— Eu sempre imaginei que a Temari-san fosse bater no Shikamaru-kun, não o contrário. — Sai disse com a mão no queixo de forma pensativa. Isso até Ino cochichar algo em seu ouvido e ele adquirir uma coloração avermelhada em sua face. — Ah, entendi.

— Shikamaru, Temari. — Gaara falou de forma séria, mas não como sempre fazia. O tom de repreensão estava claro dessa vez. Os dois olharam para ele com certo receio, especialmente Shikamaru. — Vocês deveriam ter vergonha.

— Se o Shikadai se tornar um pervertido, a culpa é toda de vocês! — Kankuro continuava a falar de modo exagerado, o que fez Temari revirar os olhos.

Chouji deu uns tapinhas nas costas de Shikamaru e piscou para ele, o que o deixou ainda mais constrangido.

— Tsc... não foi bem assim. — Ele bem que tentou se explicar, mas agora até mesmo Karui se juntou a Ino nas risadas e olhares maliciosos que lançavam para o moreno e Temari. Não adiantava falar nada.

— Como assim? — Shikadai perguntou, se sentindo perdido. Ele não estava entendendo nada.

— Eu explico! — Ino se adiantou, se ajoelhando em frente ao sobrinho, ficando da altura dele.

— Ino! — E isso foi Temari chamando a Yamanaka de uma maneira não muito amigável. Estava clara a ameaça em seu tom de voz. Era bom Ino ter cuidado com suas próximas palavras.

Mas a loira balançou a mão para Temari, como se pedindo para a mesma ficar quieta e deixá-la falar.

— Shikamaru não estava machucando sua mãe. Eles estavam apenas... ér... — Ela pensou por alguns segundos — brincando!

— Mas ela parecia estar com dor...

Ino mordeu os lábios reprimindo a vontade de rir.

— Isso é loucura! — Temari interrompeu assim que a Yamanaka abriu a boca para dizer mais alguma coisa que provavelmente só pioraria a situação. — Shikadai, esqueça isso e vamos logo, a Mirai-chan está te esperando para brincar.

Ela segurou a mão do filho, puxando-o para a porta de casa. Ele lançou um último olhar confuso para Ino que voltara a rir descontroladamente.

— Ei Shikadai, quando você chegar nós vamos brincar bastante! Vou te ensinar a fazer uma marionete e...

— Veremos. — Temari interrompeu Kankuro, olhando feio para o irmão. Ao contrário dela, Shikadai sorriu para o tio ao ver a empolgação dele.

— Ei, vocês não vão fazer nada! Quando ele chegar, vai passar um tempo com a tia Ino aqui! — Ino exclamou, parando de rir e falando de forma contrariada para Kankuro. — Estou com saudades do meu sobrinho.

— Ah, por favor! Você mora na mesma vila que ele, como pode estar com saudades?!

Temari não ouviu o restante da discussão, se afastando de casa junto com o filho ao seu lado. Ela tinha pena de Shikamaru que ficara lá para aturar aquele bando de loucos.

— Shikadai. Você nunca mais vai dizer aquelas coisas novamente para ninguém, ouviu bem? — Falou para o pequeno ao seu lado. Os olhos verdes e curiosos dele se encontraram com os dela, parecendo não muito satisfeito com aquilo.

— Por quê?

— Porque ninguém precisa saber do que acontece comigo e com seu pai quando estamos sozinhos, só por isso.

— Mas ele não machucou você, machucou?

— O que? É claro que não, garoto! — Exclamou, nervosa. — Seu pai nunca faria algo assim, nós só estávamos brincando. — Odiou usar a desculpa que Ino havia dado, mas não conseguiu pensar em nada melhor.

Shikadai olhou mais uma vez para a mãe, como se duvidasse um pouco de suas palavras, mas por fim decidiu não contestar. Achou melhor desistir aquilo, afinal seus pais eram realmente muito...

— Problemáticos.


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Notas finais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo HAUAHAUHAUA aliás, escrevi ele em menos de uma hora, acho que é um milagre (?). E é claro que vai ter continuação, até porque... a Ino não está nada satisfeita com esses tios de Suna influenciando seu sobrinho.