Still Not Over escrita por Akemihime


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez vamos voltar com os tios Gaara e Kankuro, mas agora em Suna...



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Gaara abriu a porta de sua sala, adentrando o cômodo com Baki logo atrás de si. Ambos estavam tão engajados em uma conversa sobre a expansão de uma arena para realizar o exame chunnin... que demoraram a notar que havia algo estranho naquela sala.

Assim que se deram conta da presença de uma terceira pessoa no local, eles se viraram em direção à mesa do Kage, ficando surpresos com a cena que viram.

Bem ali, na enorme cadeira de Gaara, seu sobrinho dormia serenamente, sentado com a cabeça curvada para o lado. Em sua cabeça, por sinal, havia o enorme chapéu azul do Kazekage que, meio caído, escondia metade da face do pequenino.

— Esse é o filho da Temari? — Baki perguntou, esboçando um sorriso ao olhar a cena.

— Sim. Ela me disse que iria trazê-lo para conhecer Suna. — O ruivo respondeu, se aproximando de Shikadai e pegando-o com cuidado em seus braços. O sobrinho se remexeu, se ajeitando no colo de Gaara, mas continuou dormindo.

— Pelo visto ele puxou bastante aquele shinobi de Konoha. — Comentou o outro, ainda sorrindo observando seu antigo aluno lidar de forma tão cuidadosa e carinhosa com o pequeno. Não era sempre que Baki via esse tipo de coisa.

Gaara sorriu de leve, olhando para Shikadai em seus braços. O pequeno Nara já não era tão pequeno assim, agora com quatro anos, era complicado segurá-lo nos braços como sempre fizera antes.

— Vou levá-lo até Temari, ela deve estar procurando por ele. — Disse, se encaminhando até a porta. — Outro dia continuamos a nossa conversa.

Baki já ia responder quando outra voz foi mais rápida que ele.

— Tio Gaara? — Eles olharam para Shikadai, que dizia de forma sonolenta, coçando um dos olhos com a mão. — Fiquei te esperando... você demorou. — Ele bocejou.

— Me desculpe, eu estava em uma reunião. — Gaara respondeu, achando graça de o menino ter o esperado durante todo aquele tempo em sua sala. — Amanhã brincaremos, está tarde. Vou levá-lo para sua mãe.

Shikadai balançou a cabeça, como que concordando com o tio, e logo depois tornou a fechar os olhos verdes, pegando no sono facilmente.

§

No dia seguinte, Shikadai estava completamente acordado, e enquanto sua mãe ia resolver alguns assuntos pendentes com seu tio Gaara, ele decidiu sair para explorar um pouco a Vila Oculta da Areia.

Temari havia voltado a ir em missões, e agora tratava exclusivamente de qualquer assunto relacionado a aliança de Konoha e Suna. No fim, não existia pessoa mais qualificada do que ela para aquele cargo.

Porém, com isso, a kunoichi direto tinha que se locomover entre uma vila e outra, e foi em uma dessas vezes que ela conseguiu permissão do Hokage para finalmente levar seu filho para conhecer sua terra natal.

Infelizmente Shikamaru não pode ir junto, visto que trabalhava como conselheiro do Hokage, mas Temari prometera ao marido que não ficaria por muito tempo. Dois ou três dias, no máximo, o suficiente para resolver os assuntos diplomáticos e levar o filho para conhecer os melhores lugares de Suna.

“Só tem areia aqui...” Shikadai pensou, enquanto andava sem um rumo certo. “Ao menos as nuvens são bonitas...”. Seu pai certamente iria gostar de estar ali com ele.

— Ei, você não é daqui, é?

Ele despertou de seus devaneios, se virando e vendo um garoto do dobro do seu tamanho (e provavelmente o dobro da sua idade também) perguntar de uma forma não muito amigável.

— Moro em Konoha. — Shikadai respondeu, embora tenha se lembrado da mãe falando que ele também tinha sangue de Suna. Ele não entendeu muito aquilo, mas só sabia que a vida toda tinha morado em Konoha, com seu pai e sua mãe.

O menino a sua frente começou a rir de forma debochada, sendo acompanhado por outros garotos que pareciam ser seus amigos e que também tinham o mesmo tamanho dele.

— Então parece que precisamos te ensinar como é viver em Suna...

Shikadai suspirou, mas não sentiu medo exatamente, o que seria provavelmente a primeira reação de uma criança da idade dele. Ele apenas estava pensando em como aquilo era chato e em como realmente não queria arrumar confusão.

Ele não havia feito nada, por que aqueles garotos simplesmente não o deixavam em paz?

Mas apesar disso, sabia que iria apanhar, por mais que lutasse... eles estavam em maior número.

O pequenino suspirou novamente, buscando a calma e pensando em sair correndo a qualquer momento.

Pelo menos iria prolongar a surra.

Porém antes que Shikadai pudesse fazer qualquer coisa, ele sentiu uma sombra enorme cobrir seu corpo, enquanto os meninos à sua frente paravam com as provocações e olhavam assustados para a pessoa que surgira logo atrás do Nara. Este por sua vez nem se limitou a olhar para trás, já sabia quem era. E obviamente já sabia o que viria a seguir.

Ele que antes estava emburrado, agora ousou esboçar um pequeno sorriso. Vitória.

— Então... por acaso vocês estão provocando meu sobrinho? — A maquiagem roxa, agora pintada de forma diferente proporcionava à Kankuro uma face mais agressiva... mais assustadora. Incluindo isso à roupa preta e o capuz escondendo seus cabelos, ele realmente se tornava alguém intimidante.

Shikadai, ao ouvir a voz do tio, reprimiu um riso. Kankuro ainda fizera questão de engrossar a voz, e agora o Nara podia jurar que os meninos à sua frente estavam a ponto de mijar nas calças.

Quem era o idiota agora?

— Não! N-não é nada disso!

— Nós nunca faríamos isso!

Os garotos começaram a responder de forma nervosa, gaguejando e tropeçando nas palavras, o que deixou a situação ainda mais hilária.

— É melhor tratarem bem o Shikadai. — Kankuro continuou, com a voz sombria. — Ou vou transformar todos vocês em marionetes humanas...

E aquele foi o ápice do medo dos pequenos, que começaram a gritar (e alguns até a chorar) enquanto corriam aos tropeços para longe dos dois.

Kankuro imediatamente desfez a expressão assustadora, abrindo um enorme sorriso.

— Não se preocupe, garoto! Seu tio preferido sempre vai estar aqui para te salvar!

— Mas eu não pedi ajuda. — Shikadai cruzou os braços, fazendo uma cara emburrada. — Eu posso resolver meus problemas sozinho, tio Kankuro.

O tio sorriu, pegando o pequeno pelos braços (mesmo sob os protestos dele) e colocando-o sentado em seus ombros, segurando-o pelas pernas para não cair.

— Você é igualzinho aos seus pais mesmo! — Exclamou, enquanto andava com Shikadai por sobre a sua cabeça.

— Problemático. — E foi tudo o que o pequeno Nara respondeu, fazendo Kankuro dar uma risada como se dissesse “viu? Exatamente o que estou falando!”.

Ao longe Temari observava seu irmão e Shikadai caminharem, enquanto conversava com Gaara.

— Hn Gaara... Por que o Kankuro mudou a maquiagem do rosto dele?

— Não faço ideia.

— Está mais ridícula e assustadora do que antes.

Gaara não disse nada, mas era obrigado a concordar com a irmã dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Amanhã respondo os comentários de todos vocês ♥

E provavelmente eu devo voltar com alguma atualização antes do natal, fazer um especial de natal com a família Nara! :3