Still Not Over escrita por Akemihime


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, antes de tudo, quero só falar uma coisa: SHIKATEMA É CANON YEAAAAAAHHHHHHH

Sério, todo mundo que shippa ShikaTema deve estar morto feat enterrado com esse final de Naruto. Eu apaixonei de uma forma pelo Shikadai que nem consigo expressar. É tipo como se meus bebês tivessem feito bebês, sabe? HAUAHUAHU to apaixonada.

Sem mais delongas, boa leitura~~



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Shikamaru já enfrentara muitas situações difíceis em sua vida, mas nunca se viu tão assustado quanto naquele momento.

Talvez assustado não seja a melhor palavra, visto que ele estava era realmente em choque.

Ele havia se sentado, sentindo o corpo sem força para se manter em pé. Seus olhos estavam fixos na parede branca a sua frente.

O Nara já estivera tantas vezes antes no hospital, visitando outras pessoas, mas daquela vez era completamente diferente.

Ele podia ouvir Chouji sentado ao seu lado, dando-lhe tapinhas no ombro e dizendo para ter calma e que tudo ficaria bem.

Mas tudo o que Shikamaru era capaz de murmurar era apenas um:

— Meu filho está nascendo... meu filho...

Sua voz e a voz de Chouji eram abafadas várias vezes pelos gritos estridentes de Temari que estava no quarto perto dali, já em trabalho de parto.

— Tirem logo isso de mim! — Ela berrava em plenos pulmões, adicionando algumas palavras nada femininas logo depois.

Shikamaru podia sentir a dor dela por entre sua voz, sua mulher estava sofrendo... e ele estava ali, apavorado o suficiente para nem conseguir se manter de pé.

Abaixou a cabeça, suspirando, enquanto ouvia o som de passos se aproximando.

— Shikamaru, o que está fazendo aqui e não lá dentro? —A voz familiar e problemática de sua mãe, Yoshino, invadiu o ambiente.

O Nara ergueu a cabeça, apenas para vê-la em pé a sua frente, com os braços cruzados e batendo o pé no chão.

— Meu filho... — Ele disse novamente. Seu filho estava nascendo ali perto, dentro de pouco tempo ele seria pai. Ele...

— Sim, seu filho está nascendo e você está aqui se comportando como um idiota enquanto sua esposa está sofrendo sozinha naquele quarto!

Ouviu a risada abafada de Chouji ao seu lado, que cobria os lábios com as mãos, se divertindo com a situação. E ele se dizia seu amigo...

— Ande logo, tire essa cara de idiota e vá até lá ficar com a Temari-san! — Yoshino disse (ou ordenou) para o filho novamente, puxando-o pelo braço e colocando-o de pé.

Shikamaru se arrastou com dificuldade para a porta onde os gritos de Temari ficaram ainda mais altos. Ele queria sair correndo, mas sabia que não seria possível. E nem o certo a se fazer também.

Era problemático, mas sua mãe estava certa afinal.

Ele suspirou fundo, reunindo forças e adentrou o quarto. Não conseguiu ver direito Temari deitada na cama por conta do número de pessoas em volta dela, mas viu Ino indo ao seu encontro e lhe obrigando a colocar uma vestimenta mais adequada para acompanhar o parto.

Depois de devidamente vestido, a Yamanaka lhe deu um sinal para se aproximar e Shikamaru, apesar de sentir as pernas trêmulas, foi até sua esposa.

Se ele já estava em pânico do lado de fora da sala, ouvindo os berros de Temari, ali, ao lado dela, estava completamente apavorado. Ainda mais ao ver o estado em que ela se encontrava. Aquela kunoichi poderosa e destemida havia sumido, no lugar dela estava uma mulher completamente descabelada e com a face vermelha e suada, parecendo extremamente exausta.

Shikamaru lutava para manter uma aparência forte diante de Temari, queria lhe passar conforto e dizer que estava ali ao lado dela... mesmo que sua face estivesse muito pálida e seu estômago parecesse que queria salta para fora a qualquer momento. E foi com esse pensamento que ele teve a não tão brilhante ideia de segurar a mão de Temari.

O Nara mordeu os lábios com força, segurando um grito que certamente viria junto com o de sua esposa, quando ela fazia força, sentindo dor e praticamente esmagada sua mão no processo.

Ainda bem que já estava no hospital, pois certamente precisaria engessar aquilo ali depois.

Mas mesmo assim conseguiu segurar o impulso de reclamar por conta da dor. Sabia que aquilo não seria ideal, vendo que Temari estava sentindo muito mais dor do que ele. Uma mão quebrada não era nada em vista do que ela estava passando.

Shikamaru, com os olhos marejados por conta da dor, ouvia Ino, que era a médica responsável pelo parto de sua esposa, dar instruções à ela para fazer força para o bebê sair.

— Eu não consigo! — Temari exclamava, encostando sua cabeça no travesseiro. Lágrimas saíam de seus olhos e Shikamaru tinha certeza que aquela cena nunca sairia de sua cabeça... ele nunca vira sua esposa sofrendo dessa forma, chegando ao ponto de querer desistir.

Ele sabia que poderia morrer por isso, mas precisava falar alguma coisa.

— Você é a pessoa mais problemática e assustadora que conheço, realmente vai desistir? — O olhar que recebeu de Temari e também de Ino o fez se encolher ao lado da cama. Shikamaru não era bom naquilo, ele sabia.

— Vamos Temari-san, você consegue, só mais um pouco! — Ino exclamou, fazendo a atenção de Temari se voltar para ela.

A loira respirou profundamente e Shikamaru tornou a dar sua mão para ela segurar. Ele fechou os olhos prevendo a dor que viria, mas não deixou aquilo afastar sua mão da dela, era a única coisa que podia fazer afinal.

E então ela gritou.

Gritou alto o suficiente para que o protesto de dor que Shikamaru deixou escapulir de seus lábios passasse completamente despercebido.

Mas imediatamente tudo aquilo foi esquecido quando o choro de um bebê invadiu o ambiente.

Shikamaru sentiu Temari ao seu lado relaxar, aliviada por tudo ter acabado. Mas seus olhos já não estavam em sua mulher, e sim no pequeno bebê que estava nas mãos de Ino. Até mesmo a Yamanaka estava emocionada, enquanto junto com os demais enfermeiros, tratava de limpar e dar os primeiros cuidados ao filho de seu companheiro de time.

Depois de tudo ter sido feito, Ino se aproximo deles, entregando o bebê enrolado em uma manta para Temari. Ele já havia parado de chorar e aparentemente dormia, com os olhos bem fechados, o pouco cabelo que tinha era escuro, puxando o lado Nara da família.

— Qual o nome dele? — Ino perguntou.

— Shikadai. — Temari respondeu sorrindo, sem tirar os olhos do bebê em seu colo. — Nara Shikadai.

Ino sorriu, observando o casal que olhava admirado para o filho.

— Vou dar a vocês alguns minutos a sós. — Ela disse, se dirigindo à porta. — Mas só alguns minutos, você precisa descansar, Temari-san.

Nenhum dos dois se importou em responder, ouvindo Ino sair e o silêncio logo invadir o ambiente.

— Sua mão... — Temari disse, depois de um tempo, quando Shikamaru ergueu a mão para acariciar o bebê.

Ele olhou para a mão, que era justamente a que sua esposa havia gentilmente esmagado na hora do parto. Estava vermelha e começando a inchar.

— Não é nada demais. — Shikamaru disse, dando de ombros. Ainda sentia a dor, mas tinha outras coisas mais interessantes para se preocupar no momento, como olhar para o pequeno bebê nos braços de sua esposa.

— Fui eu que fiz isso?

— Bem, foi. Mas isso não importa.

— Uau. — Ela não havia se dado conta de que apertara a mão de Shikamaru tão forte daquele jeito. Em outra situação poderia ser divertido, mas não no momento, o marido havia ido até ali para lhe confortar e em troca Temari simplesmente destruíra a mão dele. — Você deveria ir olhar isso. Estamos no hospital sabe, peça para alguém cuidar disso, não precisa ficar sentindo dor.

— Tsc, já disse que isso não importa, pode deixar de ser problemática por um minuto? — Shikamaru respondeu, suspirando. — Já disse que estou bem.

Temari pensou em retrucar, mas depois de olhar para o Nara ao seu lado e notar que ele esboçava um sorriso leve enquanto não conseguia tirar os olhos de Shikadai, ela achou melhor deixar aquilo de lado por hora.

— Ele se parece com você. — Ela disse depois de um tempo em silêncio em que ambos voltaram a admirar o bebê. — E pelo visto também é um preguiçoso.

Shikamaru sorriu.

— Espere até abrir os olhos. Aposto que ele tem os mesmos olhos que você. — Falou, pensando no filho com olhos naquele tom de verde escuro tal qual sua esposa tinha. — E não se engane, ele pode ser bem problemático ainda.

— Eu te amo. — Aquelas palavras o pegaram um pouco de surpresa e Shikamaru ergueu seus olhos para Temari, encontrando a loira o fitando com um pequeno sorriso nos lábios. Ela não era de dizer aquele tipo de frase o tempo todo, mas aquela era uma ocasião especial, além de se sentir um tanto emotiva com o filho nos braços.

— Eu também te amo. — Ele respondeu, tomando os lábios de Temari em um beijo curto e leve. Se separaram rapidamente, voltando a atenção para Shikadai.

Talvez eles estivessem agindo muito como pais babões naquele momento, sem conseguir tirar os olhos do pequeno Nara. Ambos estavam encantados o suficiente por finalmente terem um filho, por finalmente serem pais. Agora eram uma família completa. E nada poderia estragar a felicidade que sentiam naquele momento.


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