Vizinha Bronzeada escrita por AD Gomes


Capítulo 1
Vizinha Bronzeada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/561737/chapter/1

Eram três garotos malucos que, vira e mexe, aprontavam “alguma”. Espinho, Torrada e Cometa. Foi assim que os apelidaram. O porquê não importa. O que importa é que nessa moda de tecnologia, o pai de um deles teve a brilhante ideia de dar ao filho um celular touch screen.

E o que o peste fez? Foi chamar os amigos pra tirar foto da vizinha pelada.

A garota tinha voltado recentemente de Salinópolis e devia estar como o seu corpo bronzeado, com aquela nítida marca de biquíni na pele.

O plano era simples. O banheiro da garota ficava nos fundos da casa, que era colado com os fundos da casa de Espinho. Separados apenas por um muro baixo. Às 11h00, a garota tomava banho para ir à faculdade. Eles teriam que prender com fita crepe o celular na ponta de um cabo de vassoura. Depois programar pra que a foto fosse batida em 10 segundos, levantar o aparelho pelo cabo de vassoura até alcançar o balancim e bater a foto.

Espinho tinha o celular, Torrada, a fita crepe e Cometa, o cabo de vassoura... Que coisa cacofônica!

Na segunda-feira, às 11 horas, colaram os ouvidos no muro pra ouvir o que acontecia na casa de trás. Queimaram as orelhas porque o sol esquentara demais o muro. Mas logo depois ouviram a porta do banheiro batendo e souberam que era hora de agir.

Fizeram todo o esquema da fita com o cabo de vassoura e saltaram o muro, descalços, porque as sandálias fariam barulho quando caíssem do outro lado.

Torrada vigiava a porta que dava para a cozinha, Cometa vigiava o corredor que dava pra rua e Espinho esperava ouvir o barulho do chuveiro para, então, bater a foto.

Torrada reclamava que o chão de cimento torrava seus pés. E não era pra menos, com aquele sol de 11 horas. Os pés dos três meninos estavam ardendo sobre o cimento quente, por isso decidiram bater logo a foto e dar o fora.

Saltaram o muro de volta para o quintal de Espinho e foram conferir o que tinham conseguido.

— Mas ela não tá tomando banho! — disse, Cometa.

— É claro que não! Tu ouviu, por acaso, o barulho do chuveiro? — retrucou, Torrada.

— Ela tá urinando! — observou, Espinho.

— Isso não é meio nojento? — questionou, Cometa.

— Que nojento que nada! Nem dá pra ver o jato! — garantiu, Torrada

— Mas dá pra ver a marquinha do biquíni — observou novamente, Espinho.

— Cadê a marquinha? Deixa eu ver!

—Espera aí, eu também quero ver!

— Eu quero ficar com essa foto pra mim!

— Mas como, se ela tá dentro do aparelho?

— A gente pode ligar ele no computador da minha irmã e imprimir uma cópia pra cada um.

— Beleza! Então vamos fazer isso.

E, assim, os três moleques montaram em suas bicicletas e correram para a casa de Cometa.

FIM

(mas continua)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esta história termina aqui, mas se quiser saber os problemas que aquela foto trouxe aos três garotos, Leia "Pit Girl Encapuzada".



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vizinha Bronzeada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.