Perseus: A guerra contra o Princípio escrita por Naylliw Freecs


Capítulo 10
O aviso do Vagabundo


Notas iniciais do capítulo

Hello amigos! ~desvia de lança, flecha e espada~ Bem, sei que demorei DEMAIS, para postar esse cap. E nem está tão grande, e mesmo estando em mês de férias eu deveria ter postado antes, mas não consegui pois tive um enorme bloqueio, além de que já faz uma semana que esse cap. Ta pronto e minha internet só voltou hoje, legal não é? Mas eu estou de volta u.u, Para quem acompanha Em busca do deus Esquecido ou O Assassino pessoal do Caos, eu vou estar postando seus finais brevemente ~já estava na hora~ e por fim eu viciei em steven universo, kkkk não me culpem e Boa Leitura, nós vemos nas notas finais



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POV Terceira Pessoa

Aura adentrou na enfermaria sem poder conter as lágrimas, as macas haviam sido atiradas de lado, em uma tentativa de obter mais espaço para socorrer Quione, a deusa estava deitada em uma maca no centro do local, inúmeros panos ensangüentados haviam sido utilizados para estancar o sangramento, sua pele estava mais pálida do que o normal, sem vida...

–Sua tola- sussurrou a deusa da brisa gelada acariciando o rosto da irmã vagarosamente- quando você acordar, eu vou lhe por em coma novamente, idiota!

–Aura, vou pedir que se deite naquela cama- o deus do sol surgiu de repente fazendo Aura estremecer com o susto, mas obedientemente se sentou na cama, procurando uma posição adequada, quando por fim se deitou

–Minha filha, volto a lhe perguntar, tens certeza que quer fazer isso? Não suportarei perdê-la, assim...- disse Bóreas, sendo interrompido pela própria filha

–Pai, minha decisão foi tomada, não mudarei de ideia

–Sendo assim, vou lhe pedir que se retire da sala, Deus do vento norte- ordenou Apólo, sua voz irradiava autoridade, e nem mesmo Boreas ousou contraria-lo

Apenas quando seu pai fechou as portas Aura percebeu como o local era escuro, a única luz que a mesma via, era aquela que era expelida da pele do deus. Apólo estalou os dedos e sua cama flutuou levemente até se encontrar com a maca de sua irmã, e então ele falou

–Aura, o procedimento não será fácil, se você tiver a mente fraca, será completamente destruída, por esse motivo não permiti que seu pai ficasse, minha magia torna impossível o som sair desse local, pois seus gritos podem ser tão tremendos que se for escutado por um mortal, o mesmo pode ir a loucura imediata, por isso, para aliviar a dor, pelo menos pelo tempo que eu recito o encantamento, você terá que focar em uma lembrança feliz, algo que seja o motivo da sua existência, algo que você ame. Quando tiver acabado o encantamento, você se encontrará em conflito com sua própria mente, um labirinto trazendo a tona seus piores medos e anseios, para achar a saída, você deve supera-los um por um, mas não se engane nem tudo o que parece bom é melhor, assim como nem tudo que parece ruim é o pior. Preparada, deusa da brisa gelada?

–Sim, deus do Sol, mas me prometa algo- sussurrou Aura de olhos fechados- não importa o quanto eu grite e implore, você não deve parar

–Não pararei...

–Jure! Jure em nome do rio Estige!

–Eu juro- falou o deus, e um trovão retumbou no céu, selando o seu juramento

Em questões de segundos o deus começou a cantar, entoou numa língua tão antiga quanto o grego, esquecida pela maioria dos deuses, entoou o encantamento proibido, logo, lágrimas de dor escorreram pelo rosto de Aura, a mesma mordeu os lábios, os fazendo sangrar, e somente quando não conseguiu mais gritou, um grito estridente de pura agonia, implorou para o deus parar, mas o mesmo estava preso ao seu juramento. A deusa se contorceu na cama e começou a levitar, os ferimentos de Quione, lentamente se fechavam, cicatrizando, assim como a cor logo voltava a seu rosto; Apólo por sua vez cantava cada vez mais freneticamente, seus olhos estavam totalmente dourados e sua voz saia triplicada, como se três deuses falassem ao mesmo tempo, e por fim ele parou, Aura caiu com um baque surdo sobre a cama, seus olhos fechados e seu rosto encharcado de lágrimas, já Quione parecia dez vezes melhor, seus ferimentos haviam sido curados, mas a mesma ainda estava em coma, tudo dependia de Aura, se a mesma não acordasse em um século... Tudo estaria perdido

–-x--

–Irmão- disse Poseidon adentrando na sala dos tronos, seus olhos verdes estavam sem brilho e opacos, sua pele bronzeada havia empalidecido e trajava a aparência de um senhor de 80 anos, seus olhos percorreram aquela sala, feita inteiramente de mármore e ouro, nenhuma abertura a não ser as portas atrás do pequeno corredor que o deus atravessava lentamente, mas o piso era como um espelho, e mostrava o mundo mortal abaixo de si. Atrás dos enormes tronos incríveis tapeçarias se prostravam majestosamente, mostrando os deuses na titanomaquia. Todas elas, mostravam Zeus como um herói, como se ele houvesse derrotado todos os inimigos e salvado a pele dos outros deuses

–Santa Réia- sussurrou Zeus- O que houve com você?

–Há algo de errado com o mar, posso sentir isso- disse o deus do mar, tomando uma longa pausa para respirar, como se fosse a coisa mais difícil do mundo- Algo o está envenenando a dias, como se sugasse sua vida, deixando apenas doença e morte. Os espíritos de meus domínios estão alvoroçados, ninfas, trintões, peixes... Centenas deles encontrados mortos ou incrivelmente doentes- sussurrou Poseidon, em seguida fincou o tridente no chão, numa tentativa de manter-se de pé, sua aparência tremulou, agora parecia que havia envelhecido mais 10 anos

–Sinto em lhe dizer irmão, mas o que você enfrenta, não é uma ameaça ao Olimpo- disse Zeus abrindo os braços, como se quisesse demonstrar toda sua glória- E se Olympus não for afetado, não posso fazer nada, é uma guerra do mar? Que o mar trave suas próprias batalhas!

Por um momento o velho deus tremeu, abaixo de si podia sentir o oceano em fúria, enormes ondas varriam as costas das cidades marítimas, terremotos abalaram toda a Grécia e por fim, tudo se acalmou, por culpa de Zeus, todos sentiram a fúria do mar

–Respeitarei sua decisão irmão, apenas porque você é meu rei- disse em audível som o deus do mar, e em seguida, com um sussurro pronunciou- por enquanto

Poseidon desapareceu em uma leve brisa oceânica, reapareceu em Atlântida, seu reino estava deplorável, a água ao seu redor estava imunda, TODA a água do mar estava sendo poluída lentamente, as criaturas que ainda se mantinham de pé estavam pálidas e doentias assim como o deus. Delphim, o deus dos golfinhos se aproximou de Poseidon o bombardeando com notícias

–Meus senhor! Mais de duzentos espíritos da natureza marinha mortos, quatrocentos doentes! Cem golfinhos e tubarões mortos e mais trezentos doentes! Toda a fauna marinha está sofrendo, hora as temperaturas estão elevadas demais outras baixas demais, nem mesmo os dólares de areia estão sendo capazes de eliminar as impurezas do mar!

Poseidon massageou as têmporas nervosamente, sua aparência parecia ter mudado novamente. O deus estava corcunda, o tridente apoiado em uma mão era o que lhe mantinha em pé, sua armadura havia sido substituída por uma simples túnica branca

–Senhor Poseidon? Você está bem?- berrou o homem-golfinho

–Eu reflito o estado de meu reino e meus súditos Delphim, e tanto meu reino quanto meus súditos estão a beira do colapso, os antigos espíritos e deuses marítimos estão agitados e não sei se poderei suportar uma guerra- suspirou o deus cansado

–E o que Zeus lhe disse quando foi pedir ajuda?

Por um momento o mar se agitou, e a terra tremeu, os olhos de Poseidon brilharam e o deus rugiu por alguns segundos antes que o cansaço lhe atingisse e o mesmo tombasse para frente, sua aparência tremulou mais uma vez quando o deus parecia ter mais de duzentos anos

–O maldito desgraçado deus dos céus, disse que não era um problema de Olympus e se o Olimpo não fosse afetado ele não tomaria posição, se era uma guerra do mar, que o mar travasse suas próprias batalhas!- Delphim soltou um guincho muito estranho meio de raiva, meio de medo pelo o que seu senhor havia chamado seu próprio irmão

–Poseidon!- a voz fina e fraca atingiu os ouvidos de Poseidon, o deus se virou lentamente vendo um velho se aproximar de si

–Nereu- sussurrou o deus do mar erguendo o tridente, o velho Nereu estava se aproximando lentamente, um típico vagabundo, era gordo, suas roupas eram velhas e sujas, tinham também inúmeros rasgões, uma barba branca tão grande que chegava em sua barriga, seus fios de cabelo pareciam um ninho de ratos e em sua boca faltavam alguns dentes, os que ainda se encontravam lá eram tortos e amarelados

–Deus do mar, vejo que a idade finalmente lhe atingiu, não me parece tão bem- falou o velho imundo rindo

–O que você deseja? Guerra!?

Os olhos azuis do velho Nereu escureceram e se tornaram tempestuosos e agitados, Delphim se pôs na frente de Poseidon, no momento parecia um híbrido, tinha um corpo humano, mas de seu traseiro saia uma calda de golfinho, tinha barbatana em suas costas e tinha a boca levemente alongada, vestia uma armadura grega completa e portava uma lança na mão esquerda

–Tempos sombrios se aproximam deus do mar, os antigos senhores do oceano permanecerão neutros, posso lhe garantir, mas ajuda dos seus não obterá, aliados no seu precioso Olimpo terá de encontrar, o orgulhoso Zeus está predestinado a cair se com as mesmas atitudes continuar, posso parecer um vagabundo, mas tenho grande sabedoria, ví e vejo todos os acontecimentos desde que vim ao mundo. Mas não se engane, não tenho dons, carrego comigo uma maldição- o velho de repente começou a mudar de forma, seus membros viraram nadadeiras e seu corpo se alongou, e logo, Delphim e Poseidon se prostravam a frente de uma orca e com um ultimo aviso Nereu se retirou- Por mais de um milênio irei desaparecer e então você mandará heróis em minha busca, se não me encontrar, terei sido capturado e o inimigo terá um grande aliado ao seu lado, se me encontrarem terão uma maldição de seu lado, mas também sobre si, escolha Poseidon, a escolha é sua filho de Cronos, a escolha é sua... Soberano do mar....


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Notas finais do capítulo

Bem, bem, a Zeusa atacou de novo, mereço alguns comentários? O prox. Sai amanhã se eu estiver inspirado e de bom humor, e se houverem comentários ;) então é só isso, até logo