Os herdeiros. escrita por Tia Bibs


Capítulo 8
Capítulo 8 - Fase 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como estão? Fez uma semana e eu não postei aqui, mas não foi por falta de criatividade. Eu estou acumulando capítulos, eu já tenho três prontos, mas não posso postá-los direto. Motivo? Acabei de ler um Spoiler (não confirmado) de um personagem que eu iria introduzir na fanfic. Sabe aqueles que o Sasuke iria procurar? Então! Todo mundo acertou quem eram até porque estava na cara. Mas esse spoiler me fez parar de escrever a fanfic. Até porque tem uma ligação direta com a fanfic e eu não posso escrever uma coisa e no final, o The Last mostrar outra. Então o capítulo nove vai sair alguns dias ( um ou dois, dependendo de quando eu verei o filme) depois do lançamento de The Last, que será no dia seis de dezembro. Porque se o que eu li for verdadeiro, eu terei que reescrever o capítulo nove e o dez, mudando o rumo das coisas. Quem sabe se durante esse tempo eu não poste algo relacionado a Himawari? Posso adiantar o capítulo dela na fanfic. Estou em semanas de provas, ou seja, é hora de se agarrar nos cadernos!
Capa nova na fanfic, eu realmente sou péssima do photoshop mas é melhor do que aquela capa antiga. Boa leitura

Se divirtam e até:

" - A-ah - Boruto gaguejou, encantado com o que via. - É a garota dos meus sonhos...

— O quê? Idiota, você nem conhece ela e já vai se apaixonando? - Sarada gritou com ele. Lee Jr apenas riu.

— Não - Boruto olhou para Sarada e depois olhou para a moça. - Ela é a garota dos meus sonhos... Eu sonhei com ela."

O mesmo esquema: Se tiver um erro que eu não vi, me avisem *u*



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Eram oito e quarenta da manhã. Boruto se despedia de seus pais, com uma simples mochila nas costas, e ia em direção ao campo de treinamento cinco. Era um campo novo e ficava alguns metros fora da vila. O loiro coçou os olhos e seguiu em direção à saída da vila. Estava exausto. Uma noite mal dormida era a explicação.

Havia se lembrado do dia anterior, quando Sarada e ele haviam chegado e enfrentado Naruto e Sasuke com expressões nada boas. Explicaram tudo e o resto do dia foi normal.

Bolt suspirou pesadamente e continuou seu caminho até o campo. Ele queria estar pulando de felicidade, pois era hoje seu teste, mas ele estava receoso e com medo. Medo de machucar alguém.

Alguém gritou seu nome, o tirando dos seus pensamentos. Ele virou o rosto e viu que era Lee Jr. Acenou para o amigo e parou de andar, à espera que ele o alcançasse.

– Bom dia! - Lee Jr abriu um sorrisão e deu um pequeno soco no ombro de Bolt, que apenas sorriu amarelo. - Está animado para hoje? Soube que você teve alguns problemas esses dois dias. Espero que esteja melhor.

– Estou sim - Bolt sorriu ao ver que o companheiro estava preocupado. Então eles seguiram juntos até o campo. Avistaram Sarada e o sensei, Konohamaru, perto de uma árvore.

– Estão atrasados - Sarada reclamou e Boruto apenas se limitou a olhá-la por alguns segundos. - Vamos começar?

– Ótimo - Konohamaru sorriu e logo se desencostou da árvore. Bateu palmas e começou a explicar. - É bem simples: vocês terão que achar um pergaminho no meio dessa floresta e trazê-lo para mim. Se fizerem a escolha certa, vocês passarão no teste. Vocês têm duas horas. Podem começar.

Os três gennins se entreolharam e logo depois começaram a correr em direção à floresta. Sarada e Lee Jr iam à frente, pulando de galho em galho, enquanto Boruto ia mais atrás, visualizando o local. A floresta era densa e tinha árvores altas, fazendo com que a iluminação terrestre fosse quase nula. Algo havia se mexido em um arbusto em baixo, fazendo os três pararem. Sarada atiçou seus ouvidos.

– Grrr….

– É apenas um gato. - Sarada concluiu e voltou a caminhar. Lee Jr começou a segui-la.

Boruto franziu o cenho e tentou observar melhor. Sua visão estava se atiçando mais ainda. Estava tudo calmo e viu que era realmente um gato. Ouviu Lee Jr o chamar de longe e começou a se adiantar.

O barulho dos pássaros eram tranquilizadores e os ruídos da floresta não pareciam tão ameaçadores. Boruto desceu das árvores e resolveu ir a pé. Sua visão estava aguçada e queria aproveitá-la melhor. Seus pés faziam barulho por tocarem nos galhos quebrados e folhas secas. Ele havia ficado para trás.

Sarada parou diante de uma enorme caverna e olhou para Lee Jr. Ele deu nos ombros, confuso, e se virou para olhar Boruto. Mas o companheiro não estava lá.

– Onde está o Boruto? - Lee Jr tentou olhar para o chão, mas estava bastante escuro. Sarada fez uma cara feia e resmungou algo. - Devemos esperá-lo?

– Tudo bem. Só espero que ele não tenha feito nenhuma besteira. - Ela cruzou os braços e encostou-se no tronco da árvore. Lee Jr se sentou em um galho mais firme.

Boruto pegou uma kunai e espremeu os olhos, tomando mais foco na escuridão. Arregalou os mesmo ao ver linhas de chakra espalhadas por toda a floresta. Pisou em uma poça e se abaixou, tentando ver seu reflexo. Não havia ativado o Byakugan, mas conseguia sentir, quase, a mesma sensação de estar ativado. Concentrou seu chakra e passou para kunai. Levantou o braço e o fez descer com toda a força, cortando a linha de chakra. Logo começou a ver as linhas sendo desfeitas e deu um passo para trás. Logo ouviu um barulho de algo se soltando e sentiu alguma presença atrás dele. Virou-se e viu milhares de shurikens vindo em sua direção e fantoches o cercando pelos lados.

– Droga, não devia ter feito isso. - Dizia enquanto acertava as shurikens que vinham em sua direção. Virou o rosto e viu que um dos fantoches iria o acertar, olhou para o outro e viu que eles estavam em sincronia. Posicionou-se e separou bem as pernas. Dando um impulso para cima, pulando, fazendo os dois fantoches se chocarem embaixo. Enquanto a gravidade o fazia descer, ele se apoiou na cabeça dos dois fantoches que iam caindo, e desceu para o chão. Tropeçando em alguma coisa, quase caiu e começou a correr. Viu que mais fantoches o seguiam e começou a ficar mais desesperado. Pegou kunais com papéis explosivos e lançou contra eles. Fechou os olhos quando viu o barulho, e a força da explosão fez ele cair para frente. Levantou-se em um pulo, seguindo mais adentro da floresta, tirando os galhos e arbustos de seu caminho. Ouviu mais um barulho de algo se quebrando e então ele parou para observar. Girou seu corpo e via sombras se mexendo. Resolveu não esperar o ataque e começou a correr. Viu Sarada e Lee Jr logo à diante.

– Que droga, Bolt, idiota! O que você fez? - Sarada desceu da árvore. Boruto estava ofegante e não parou para falar.

– C-corre! - Boruto escorregou e acabou caindo em uma armadilha. Sarada cortou a corda, antes que levasse o Uzumaki para dentro de uma jaula feita de madeira. A Uchiha girou o corpo e acertou um fantoche com a kunai. Boruto balançou a cabeça, estava meio zonzo e se levantou.

– Cuidado! - Sarada gritou para Boruto, enquanto socava um fantoche, fazendo ele se despedaçar. Boruto se virou, surpreso e tentou defender o ataque.

Lee Jr apareceu dando um chute no fantoche que ia atacá-lo, o fazendo cair no chão, imóvel. Boruto abriu um sorriso.

– Isso foi incrível, não vi quando você se aproximou! - Boruto exclamou.

– A força da juventude é sempre algo bom! - Lee Jr empurrou Boruto para um canto e desviou das kunais, que agora eram lançadas. Sarada procurou a fonte dos ataques, mas não conseguia achar nada. Boruto correu em direção a um novo fantoche que apareceu despercebido. Concentrou o chakra em uma de suas mãos.

Sarada avistou outro fantoche pulando pelas árvores, atrás deles, e lançou uma Kunai explosiva. O boneco havia desviado e agora vinha em sua direção, para atacá-la.

Lee Jr se posicionou no meio de ambos os companheiros, pronto para enfrentar o mais novo oponente: outro fantoche com cara de rato aparecera e estava vindo em sua direção.

– Um… - Boruto começou a contar.

– Dois… - Lee Jr continuou, começando a correr em direção ao fantoche.

– Três! - Sarada começou a fazer os selos com as mãos.

– Hakke Hasangeki - Boruto começou a correr na direção do fantoche, desviava das jogadas dele. Logo sua mão, com uma grande quantidade de chakra concentrada nela, tocou no tronco de madeira do fantoche. O impacto impulsionou a liberação de uma enorme quantidade de chakra, fazendo parecer uma rajada. As mãos de Boruto iam, aos poucos, perdendo o tato do inimigo, vendo que o fantoche estava se quebrando.

Lee Jr corria com uma rapidez incrível. Pisou em uma rocha um pouco grande, do tamanho de uma mochila, e isso o deu impulso. Ele esticou uma perna. Chutou no meio do tronco do fantoche, abrindo um enorme buraco. Pisou com o outro pé no corpo que ia caindo, tentando colocar equilíbrio em seu corpo, lançando-se para trás.

– Dainamikku Entorii... Hehehe - Ele coçou a bochecha enquanto via o corpo do fantoche cair no chão.

Sarada encarava o fantoche á sua frente com uma expressão tão séria que Boruto achou que a mesma ia nocauteá-lo só com o olhar. Lee Jr se pôs ao lado de Boruto e observou o que a Uchiha ia fazer.

Três metros e Sarada sibilou.

– Katon: Goukakyuu no Jutsu - Sarada encheu o peito de ar e depois, quando liberou, a enorme bola de fogo foi avistada. Foram apenas dois segundos para a mesma atingir o fantoche, que se contorcia, tentando se livrar do fogo. Desistindo, o boneco caiu no chão, em chamas.

– Isso foi muito… - Boruto começou a dizer, mas Lee Jr concluiu a fazer.

– Incrível! Sarada-chan você é incrível! - Lee Jr pulava de um canto para o outro. Sarada deu um sorrisinho e ajeitou seus óculos.

– Vamos pegar o pergaminho! Perdemos muito tempo aqui! - Boruto só faltou gritar. – Afinal, onde está esse pergaminho?

– Encontramos uma caverna ali na frente. Deve ser lá que se encontra. - Sarada comentou.

...

A entrada da caverna era escura, parecendo um vão preto e sombrio. Boruto engoliu o seco e se pôs a caminhar na frente dos outros dois companheiros. Sua cabeça estava latejando.

– Não devíamos iluminar a entrada? – Perguntou Lee Jr.

– Deve ter alguma armadilha pronta para ser disparada. – Boruto disse.

– Vai ser realmente disparada se nós não conseguirmos ver o que está na nossa frente! - Sarada contrapôs

– Eu consigo ver tudo – Boruto brincou. Não estava conseguindo ver nada. Tentou aguçar sua visão e acabou conseguindo. Mas dessa vez, resolveu provocar. – Vocês não?
Ninguém respondeu.

– Eu vou pegar o pergaminho – Boruto pegou algumas pedras no chão. – Fiquem aqui me dando cobertura. Eu já volto.

– Exibido. – Sarada resmungou e Boruto tacou uma pedra perto do pé dela, a fazendo pular de susto. Ele começou a rir. – Não tem graça!

Boruto não respondeu e começou a procurar o pergaminho. Um grito subiu pela garganta do loiro, mas ele não ousou em soltá-lo. Havia um enorme urso adormecido diante dele, três pergaminhos, ele não sabia qual pegar.

– Pessoal – Boruto disse de uma forma baixa, mas de modo que seus companheiros ouvissem. – Qual pergaminho eu escolho? O da esquerda, do meio ou o da direita?

– O da direita! – Lee Jr e Sarada disseram juntos.

Boruto estava adorando ver coisas que não conseguiria a olho nu. Jogou as pedras perto das patas do urso.

...

Eles voltavam para a clareira, quando Lee Jr perguntou sobre o pergaminho.

– Aqui. – Boruto jogou para ele. – Se esse for o pergaminho errado, eu vou odiá-los para sempre.

– Sempre colocam o foco no centro. O pergaminho da esquerda é esquecido por causa do foco do central e o da direita é sempre o correto. – Sarada concluiu. – Estamos certos.

Konohamaru estava sentado debaixo de uma árvore. Dormindo. Boruto gritou, fazendo o sensei se levantar, em um pulo, aéreo. Sarada pegou o pergaminho das mãos de Lee Jr e lançou para seu sensei.

Konohamaru olhou para um pequeno relógio que estava ali e depois olhou para o pergaminho. Ele sorriu, encarando seus alunos.

– Muito bom – Konohamaru olhou novamente para o pergaminho. – Vocês conseguiram pegar o pergaminho antes das duas horas. E sem nenhum arranhão.

Boruto abriu um sorriso e fez um High Five com Lee Jr. Sarada apenas assentiu, dando um sorriso leve. Boruto colocou o braço envolta do pescoço dela e a puxou para um abraço. Sarada tentou se soltar. Estava corada e não gostava de quando Boruto a abraçava dessa forma. Ela se sentia estranha. Acabou desistindo e o abraçou pela cintura.

– Mas esse não é o pergaminho certo.

– O quê?! – Todos gritaram. Boruto e Sarada acabaram se separando, indignados. Lee Jr se ajoelhou no chão e começou a se lamentar. Sarada estava com os braços cruzados e com uma expressão derrotada. Bolt colocou a mão nos bolsos do casaco e começou a rir, fazendo seus companheiros os olharem de cara feia.

– Eu disse que se fosse o pergaminho errado, eu iria odiá-los. – Bolt começou a gargalhar. Sarada e Lee Jr se entreolharam. – Sensei, qual era o pergaminho certo?

– O que se encontrava no meio. – Konohamaru olhou para Boruto.

– É que alguém aqui me disse que o foco que davam no central não era justo e que o certo era o da direita – Boruto olhou para Sarada de relance. A mesma virou o rosto, emburrada. Boruto balançou a cabeça, rindo, e tirou um pergaminho do bolso do seu casaco, entregando para Konohamaru. Era o pergaminho certo. – Acho que é esse, não é?

– Exatamente – Konohamaru riu. – Como conseguiu pegar os dois? O peso retirado do segundo pergaminho iria ativar uma armadilha...

– Coloquei um peso em cima. Pedras. – Boruto coçou a cabeça sorrindo.

– Bem... Isso foi bastante inteligente. – Konohamaru sorriu. – Parabéns, vocês passaram.

– YATA! – Boruto vibrou. Lee Jr se levantou e começou a comemorar junto com Boruto. Sarada respirou aliviada e se sentou no chão. – Somos oficialmente, gennins! Sensei, quando será o exame chunnin?

– E-ei Boruto, vai com calma, moleque! – Konohamaru deu um cascudo nele. – Você mal se tornou um genin! Além disso, vocês irão fazer uma série de missões para ver se estão qualificados. Se estiverem, eu os indicarei para o exame.

– Tá – Boruto massageava a cabeça. – Vamos para casa agora? Quando será nossa primeira missão? Vamos exterminar alguns ninjas malvados que querem atacar a vila?

– Não. – Konohamaru revirou os olhos. – As missões serão dadas pelo Hokage.

...

Sarada andava tranquilamente pela vila, indo em direção a sua casa. Estava cansada e seus olhos ardiam. Os óculos estavam irritando sua vista. Tirou os mesmos enquanto subia as escadas para entrar em casa. Abriu a porta e avisou que havia chegado. Viu seu pai ajeitando uma bolsa de lado e colocando um manto por cima do corpo. Ela estranhou.

– Bem-vinda de volta, Sarada. – Seu pai lançou um sorriso e a mesma fez um bico mimado. Seu pai iria viajar novamente. Ele a chamou. Sarada se aproximou dele e ele tocou em sua testa, dando um tipo de peteleco, como de costume. – Volto em breve, prometo.

– Da última vez você ficou bastante tempo.

– No máximo duas semanas, eu prometo. - Sasuke abraçou a filha.

– Consegui... Sou uma gennin completa. – Disse Sarada baixinho. Sasuke abriu um enorme sorriso e se sentou no degrau que ligava a sala com a porta. Sarada continuou em pé. Sasuke apontou para o degrau, como um pedido para ela se sentar ao seu lado. Ela hesitou alguns instantes, mas se sentou.

– Me conte como foi... Só espero que quando eu voltar, você não tenha se tornado Hokage. – Sasuke brincou fazendo Sarada rir. – Você está crescendo filha. Isso é meio complicado.

– Por quê?

– Isso significa que vai existir garotos interessados em você... E eu realmente tenho que ficar atento. – Sasuke olhou para Sarada. A menina colocou as mãos para tampar o rosto. Ela estava envergonhada. – Eu terei que assustar alguns deles...

– Tudo bem, papai! Vamos falar de como eu me tornei uma gennin, certo? Foi assim...

...

Bolt estava deitado no sofá e observava Himawari ler algum pergaminho qualquer. Sua mãe havia feito um enorme banquete para comemorar o grande passo de Boruto no mundo ninja. Hinata havia ficado tão contente que abraçou Boruto por umas três horas e beijava suas bochechas. Amava quando sua mãe fazia isso, mas ela o apertava demais. Resolveram almoçar. E ele adorava dizer, sua mãe cozinhava muito bem!

Estava com a barriga cheia e não conseguia respirar direito por causa do excesso de comida. Himawari se sentou em cima da perna dele. Ele reclamou.

–Nii-chan, você acha que eu serei uma ninja tão boa quanto você? – Himawari ajeitou o cabelo. Boruto arqueou uma sobrancelha e se ajeitou no sofá.

– É claro que vai! Você é tão boa quanto eu... Para falar a verdade, ás vezes, você é melhor do que eu. – Bolt abriu um sorriso que passava toda a confiança que sentia para a irmã.

Himawari sorriu de uma forma encantadora que Boruto teve que abraçá-la. Fazia algum tempo que ele não ficava tão perto de sua irmã. Ele sentia falta disso.

– Você quer brincar? Podemos jogar qualquer jogo! – Boruto disse animado. Himawari ficou pensativa por alguns segundos, mas depois o puxou pela mão.

...

– Seja uma boa menina e cuide de sua mãe – Sasuke beijou a testa de Sarada e se despediu, indo em direção a saída da vila.

Sarada observava o pai indo embora. Ela devia está acostuma com essas partidas repentinas dele, mas ela se sentia triste toda vez que ele ia embora. Suspirou pesadamente e seguiu seu caminho em direção a floricultura dos Yamanaka. Sua mãe com certeza estava lá. Por um momento, decidiu voltar para casa e se enterrar diante os livros, seria muito mais prazeroso, mas quando percebeu já estava diante a floricultura. Sua mãe gritava alguma coisa aleatória e Ino rebatia. Sarada olhava para os lados, tentando ver se alguém estava escutando o que elas estavam gritando. Respirou fundo e entrou no estabelecimento. A cena era cômica: Inojin desesperado no meio de Sakura e Ino que gritavam uma com a outra. Sarada apenas parou na porta e as duas pararam de gritar. Inojin suspirou aliviado.

– E qual seria o motivo para toda essa gritaria? – Sarada quis saber. Sua mãe parecia um pouco envergonhada e Ino apenas deu uma risada sem graça.

– O mesmo motivo de sempre – Foi Inojin que respondeu e Sarada assentiu. Rivalidade boba entre ambas as mães.

– E como você está, Sarada-chan? – Ino veio ao encontro de Sarada e a abraçou, fazendo-a ficar sem ar por alguns instantes. – És tão fofinha. Nem parece ser filha da testuda!

– Ei! Sua porca! – Sakura gritou, puxando a filha para si. Ino puxou Sarada para abraçá-la novamente. – Devolve minha filha!

– Inojin, por que não leva a Sarada para passear? Vocês são bem amiguinhos não? Vocês formam um casal tão fofinho. – Ino puxou Inojin para o lado de Sarada e empurrou os dois para a saída da floricultura. – Se divirtam. – Gritou.

Ambos se entreolharam e deram nos ombros. Começaram uma conversa de como suas mães eram loucas e paranoicas. Ás vezes, Inojin fazia uma piada e Sarada ria sem vergonha. O que era estranho, pois ela não gostava de se sentir tão aberta. Sarada contou como foi o teste de confirmação e Inojin ouvia tudo sem dizer uma palavra.

– Esse Boruto, sempre tão imprevisível. – Inojin comentou. – Porém, foi esperto.

– Sim, mas isso demonstrou que ele tem uma falta de confiança na equipe. – Sarada explicou, fazendo uma cara emburrada e Inojin mostrou um sorriso compreensivo.

– É só falar nele que ele aparece... Olha só – Inojin apontou com a cabeça e Sarada virou para olhar. Boruto corria no meio das pessoas, com um olhar preocupante e perdido. Ele parava e olhava em becos, vielas, dentro de centros comerciais, embaixo de mesas, dentro de caixas e potes grandes. Ele coçou a cabeça, parecendo está irritado. – Boruto, o que está procurando?

– Minha irmã – Ele se aproximou dos colegas e olhou para os dois – Estão em um encontro?

– Você perdeu sua irmã? – Sarada perguntou, alarmada. Preferindo ignorar a pergunta de Boruto. Ele deu nos ombros e assentiu. – Que tipo de irmão é você?

– Eu não a perdi, tá legal? - Boruto bufou. – Eu só não consigo achá-la.

– Mudaram o nome de “perdido” agora? – Sarada retrucou. E olhou para os lados.

–Você quer ajuda para procurá-la? – Inojin se ofereceu. Boruto fez uma careta em direção aos dois.

– Não, eu consigo achá-la sozinho. – Ele colocou as mãos atrás da cabeça e olhou para os amigos de rabo de olho. – Além disso, eu não quero atrapalhar o encontro do casal. Até mais!

Boruto se afastou antes de os colegas pudessem dizer algo.

– Ele me parecia... Irritado?- Inojin deu um sorriso provocante. – Você não acha?

–Eu realmente não sei o que se passa na cabecinha desse menino. – Sarada deu nos ombros. Ajeitou seus óculos e puxou Inojin pela gola da camisa. – Entretanto, vamos fazer o que ele sugeriu. Vamos a um encontro. Vem!

...

– Droga, Himawari! Onde você se meteu? – Boruto esbravejava. – Você realmente é boa no esconde-esconde. - Ele parou e passou a mão no rosto, tirando os vestígios de suor. Decidiu pedir a ajuda de seu pai. Afinal, se não encontrasse Himawari ele teria sérios problemas.

Logo Boruto se viu diante a porta da sala de seu pai. Bateu três vezes na porta antes de ver Shikamaru abri-la.

– Olha só quem apareceu aqui. – Shikamaru deu um meio sorriso e Boruto o cumprimentou. Naruto levantou o olhar da tela do computador e olhou para Boruto, abrindo um sorriso.

– Papai, eu perdi a Himawari. – Boruto foi direto ao ponto. Pegou a gola da camisa do seu pai e o balançou. – Não consigo achá-la!

– Calma! – Naruto tirou as mãos do filho da gola de sua camisa e o acalmou. – Certo, você procurou em todos os lugares que ela gosta de ir?

– Sim. – Boruto ficou em frente à mesa de seu pai. – Na floricultura, nos jardins, na pracinha, nos campos e até debaixo da cama! - Boruto cruzou os braços, irritado. – Ela é muito boa em se esconder.

Bolt ouviu uma risada baixa e Naruto se inclinou para frente, colocando os dedos na frente dos lábios.

– Ouviu isso? – Boruto olhava para os lados procurando o som.

– O quê? - Naruto se fez de desentendido. Himawari começou a gargalhar. – Ah, Himawari! Você está ai.

Himawari estava escondida no vão debaixo da mesa de Naruto. Ela ia se levantar, mas bateu a cabeça no suporte fino. Ela gritou de dor e Naruto a puxou, esfregando a cabeça dela.

– Oh – Naruto beijou a cabeça dela. Ele estava nervoso. Boruto começou a rir. – Cuidado, girassol.

– Isso vai fazer um galo. – Himawari reclamou. Shikamaru colocou a mão no rosto e Boruto riu mais ainda. – Pare de rir, Bolt.

Naruto chamou Bolt para perto dele e falou baixinho:

– Parabéns pelo teste, campeão. – Naruto fez uma cara de magoado. – Você nem falou para o seu velho que havia conseguido passar.

– Desculpe, pai... Eu esqueci. – Boruto riu e tentou sair dos braços do pai. Naruto o abraçava com tanta força que ele estava ficando sufocado.


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