Os herdeiros. escrita por Tia Bibs


Capítulo 10
Capítulo 10 - Fase 2


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tenho tanta coisa para falar para vocês que eu nem sei por onde começar....

Eu vi algumas cenas de the last, alguns áudios e alguns spoilers que eu to morrendo. Eu preciso ver esse filme. Eu vi a última cena completa e caraca: EU TE AMO KISHIMOTO. Não sei se vocês prestaram atenção e nem se vocês viram essa cena mas era exatamente como eu imaginava! Se vocês prestarem atenção, no capítulo que eu escrevi que Sarada e Boruto queriam lutar, eu acabei descrevendo a sala/varanda... Se vocês lerem direitinho, é igualzinha a do filme e eu to rindo muito.

Kishimoto deu uma entrevista dizendo que Boruto e Himawari não tem o byakugan ( porque ele esqueceu de desenhar) e Naruhina no futuro terão mais um filho( ou filha) e esse sim terá o byakugan... Ai eu percebi e pensei" Sabe, esse negócio do chakra das bijuus que eu inventei até que daria uma boa resposta para o terceiro filho de Naruhina ter Byakugan" e mais uma vez eu quero dizer que eu amo Kishimoto e ele me deu bastante ideia. Sobre o terceiro filho ( ou filha) de Naruhina: Vai aparecer aqui sim e se reclamar eu faço a Sakura ter um filho também.

Boruto/Sarada/Naruto/Sasuke terão um filme ano que vem!

Pude perceber que Himawari é, pelo menos, um ou dois anos mais nova que Boruto, até porque ela não sabe falar direito. Ela fala "Tuu-chan" ao invés de "Tou", além disso ela cai no chão haeua, tadinha.

Descobri o nome da filha do Asuma também!

Ok, está muito cheio, vamos para o capítulo.

Eu passei olho pelo capítulo, mas com certeza deve ter erros! To postando pelo celular, pessoal ( Sim, isso é possível!)!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/561634/chapter/10


Meses se passaram após o teste de gennin. O mundo estava em paz há muito tempo, então não havia tantas missões difíceis para serem feitas. O que de certa forma irritava o time três. Sarada estava passando por uma briga interna. Seu pai prometera que voltava em duas semanas, mas passaram-se meses e ele não deu notícias. Boruto estava cada vez mais enciumado em relação à Sarada e Inojin. Ele alegava que ela não dava atenção mais para ele. Porém, Sarada estava mais preocupada com o exame Chunnin. Bolt havia completado 12 anos dois meses antes de Sarada. Hoje era o aniversário da Uchiha e o time três resolveu comemorar em um restaurante. Entretanto, Boruto não apareceu.O que deixou Sarada bastante chateada. A menina já era calada e sem a companhia de Boruto não falava nada. Inojin havia aparecido no restaurante, juntamente com Shikadai e ChouChou e resolveram sentar todos juntos.
– Espero que você tenha dinheiro para pagar a parte da comida da ChouChou – Inojin disse em tom baixo, arrancando um olhar de ChouChou. Ele deu um sorriso sínico que foi retrucado com um gesto obsceno. Depois se virou para Sarada e mexeu nos bolsos da calça. Tirando uma pequena caixa vermelha. – Eu, particularmente, daria outra coisa, mas minha mãe ficou pegando no meu pé, então eu resolvi lhe dar isso mesmo. Sinto muito.
Sarada abriu a caixinha e era uma presilha de prata com umas pedras brilhantes. A mesma abriu um grande sorriso e abraçou seu presente. Inojin pareceu aliviado e coçou a cabeça. Logo todos começaram a comer.
– Onde está Boruto? – Inojin perguntou. ChouChou ia responder, mas resolveu continuar comendo.
– Não vamos falar nele, tudo bem? – Sarada disse de forma séria. Estava com raiva de Boruto, com raiva de seu pai. Com raiva de quase todo mundo.

Boruto estava deitado na cima cama encarando o teto do quarto.Era meio-dia. Estava com sono e muito entediado. Seu pai pediu para que esperasse Sasuke. Ele teria alguns assuntos para tratar com Bolt. Boruto estava de pijamas e não fez questão de tocar de roupas. Hinata apareceu em seu quarto e se deitou ao lado do filho. Himawari estava no seu quarto vendo algum desenho na televisão. Fazia alguns dias que a irmã mais nova havia se tornado uma gennin.No início, Boruto ficou um pouco com inveja da irmã. Ela era alguns anos mais nova que ele e já o alcançara. Mas ele estava orgulhoso. Hinata acariciava os cabelos rebeldes do filho. Boruto olhou para ela e viu a mãe dar um sorriso em sua direção.
– Mamãe, quando o tio Sasuke vai chegar? Estou vegetando aqui. – Boruto abraçou seu sapo de pelúcia. Ele não admitia para ninguém que ainda dormia com uma pelúcia. Mas para sua mãe não havia problema.
– Daqui a pouco. – Disse Hinata. Ouviram um barulho no andar de baixo e ela riu. – Acho que eles chegaram.
...
Estava tarde e todos decidiram ir para casa. Haviam ficado a tarde toda no restaurante e logo perceberam que já estava escurecendo. O dia estava dando seu lugar para a noite. Lee Jr estava tentando levar Sarada para casa, mas Inojin apenas pegou na mão da Uchiha e a puxou. Sarada estava um pouco nervosa com a aproximação de Inojin. Afinal, estava segurando a mão dele. Ajeitou seus óculos e abriu um sorriso quando o loirinho a olhou. Eles começaram a conversar e o nervosismo de Sarada ia diminuindo. Ela se esqueceu de tudo que a fez ficar chateada naquela noite. Inojin estava fazendo um ótimo trabalho em animá-la. Ele não era idiota como Bolt ou insano como Lee. Era tinha o título de filho perfeito. Não é à toa que ele tem o título de “filhinho da mamãe”. Inojin parou e pegou uma rosa de um jardim em frente a uma casa. Entregou para Sarada.
– Obrigada – Ela encarou as pétalas da flor e a cheirou. Curiosa resolveu perguntar o motivo de o amigo ter dado uma rosa para ela. – Por que me deu esta flor?
– Você me pareceu chateada – Ele deu nos ombros. Sarada assentiu. – Acho que a rosa uma flor bonita. Entretanto, muito discreta. Lembra-me você. Bonita, mas se tem que tomar cuidado com os espinhos.
Sarada observava Inojin, apertou sua flor com força e machucou a mão. Um espinho. Inojin soltou a mão que estava entrelaçada com a dela e pegou a que ela havia machucado. Limpou o sangue e tirou os espinhos com as pequenas unhas, entregando a flor novamente.
– Viu só? – Ele sorriu.
Sarada seguiu o caminho com Inojin ao seu lado. Viraram a rua até chegar à principal. Sarada congelou e apertou a flor novamente – que se tivesse com os espinhos, machucaria a mão dela inteira -, Inojin olhou para onde a amiga olhava.
Boruto e Sasuke estavam indo em direção a uma casa velha de Konoha. Boruto estava com uma expressão seria, porém tediosa. Sarada se despediu de Inojin e resolveu seguir os dois. Naruto apareceu logo depois, com isso, Sarada se escondeu sob um arbusto de uma casa. Os três entraram. Sarada resolveu não se aproximar, qualquer movimento brusco a deduraria. Logo depois Boruto saiu. Ele continuava com a mesma expressão. Naruto apareceu logo em seguida.
– Você tem certeza disso, pai? – Boruto olhou para pai. Naruto deu um sorriso e assentiu, afagando o cabelo do filho. Boruto apenas encarou o chão por alguns instantes. – Eu estarei pronto para o Exame Chunnin?
– Sim. Você quer ver seus amigos antes de ir? – Naruto observou o filho. Bolt deu nos ombros e depois negou com a cabeça.
– Não. – Bolt disse de forma rápida. – Não quero ver ninguém até eu conseguir me tornar mais forte. E também, eu não irei para longe. Só irei treinar... Quando eu passar na terceira fase do exame, talvez, eu apareça.
Ele está treinando para o Exame Chunnin? Pensou Sarada. Logo Naruto voltou para dentro da pequena casa e Boruto encarou o arbusto onde Sarada estava escondida.
– Feliz aniversário. – Ele colocou as mãos nos bolsos da calça e abaixou o olhar. – Desculpe por não ter ido a sua festa. – Ele puxou o ar. – Nos vemos em breve, Sara-chan.
Bolt começou a andar e Naruto apareceu e o seguiu. Sarada estava surpresa e se perguntava como Boruto conseguiu vê-la. Desistindo, ela saiu de trás do arbusto no mesmo instante em que Sasuke saiu da casa. Sarada parou para observá-lo e depois virou o rosto, andando sozinha.
– Essa é a sua filha, Sasuke? – Uma voz feminina apareceu. – Muito bonita.
Sarada parou de andar e virou em direção à voz, observava a mulher ruiva em sua frente. Depois olhou para seu pai e deu nos ombros.
– Obrigada. – Sarada disse de forma séria e seguiu seu caminho, emburrada.
Sasuke deu as informações do lugar onde Karin e Suigetsu iriam ficar em Konoha. Logo o casal foi para o local e Sasuke seguiu a filha.
– Senhorita emburrada, tem como esperar?
– Não. – Sarada gritou. Sasuke revirou os olhos.
Sarada estava vermelha de raiva e trombou em seu pai, que aparecera em sua frente. Sasuke a pegou pela cintura e a levou para casa. Sarada simplesmente cruzou os braços e deixou ser levada. Chegando à porta, ela entrou sem dizer nada, assustando a mãe.
– Sasuke-kun, você voltou! – Dizia Sakura com uma voz feliz. A mesma se levantou do sofá e fechou um livro de medicina que estava lendo. Sarada acenou para mãe e ia andando em direção ao seu quarto. Sasuke pediu para que ela parasse. Mas ela não parou.
– Eu estou mandando você parar, Uchiha Sarada. – Disse Sasuke com uma voz repleta de arrogância. – Não está escutando o seu pai?
Sarada se virou e encarou o pai. Sasuke havia ficado irritado com a rebeldia da filha. Tirou a mochila e a capa que sempre usava, logo depois tirou a espada e jogou do sofá. Abriu os braços e deu um sorriso irônico.
– Poderia dizer qual é o problema? Nem ao menos falou comigo. – Ele abaixou os braços. – Te fiz alguma coisa, Sarada?
Sarada fungou e segurou as lágrimas. Sakura deu um passo para frente, mas Sasuke pôs a mão na frente antes que ela pudesse andar.
– Você me fez uma promessa! Você prometeu que ia voltar em duas semanas. Duas semanas, droga! – Sarada fechou os olhos e quando os abriu, as lágrimas apontavam e queriam descer sobre seu rosto. – Em vez disso, você ficou meses fora! MESES!
Sasuke ouviu tudo que Sarada falava pacientemente e depois respirou fundo. Tentava organizar as ideias para uma resposta que não seja tão rude.
– Sakura – O Uchiha se virou para a mulher, que o olhava de forma séria. Ela estava ao ponto de repreender a filha por falar de forma tão rude com o pai. – Poderia, por favor, nos deixar a sós?
Sakura assentiu e saiu da sala, deixando Sarada e Sasuke se encarando. Sasuke apontou para o sofá e Sarada hesitou alguns minutos antes de se sentar. Sasuke se sentou na frente dela e balançou as mãos como se dissesse “Agora pode falar”.
– Quando vai me treinar? Pai, eu quero ser uma ninja tão forte quando você, a mamãe e os seus amigos. – Sarada cruzou os braços e olhou para o chão. – Toda vez que eu torço para isso acontecer, o Uchiha Sasuke sai em viagem para parar a dor e destruição que causou no mundo. Isso não tem fim? Pai, eu tenho doze anos! - Sarada voltou a falar do jeito normal. – E o senhor está há muito tempo preso nessa destruição. – Ela levantou o olhar para visualizar o pai, mas logo abaixou. – Além disso, por que ajuda o Boruto mais do que eu?
– Eu parei de rodar o mundo há muito tempo, Sarada – Sasuke olhou para seu braço que fora reconstruído – Tenho pequenas missões para o Hokage e ele me pediu para ajudá-lo com o Boruto. Entenda isso, eu devo isso a ele. – Sasuke se ajeitou e continuou. – Além disso, você parece não querer minha ajuda. Afinal, sempre me surpreende com algum jutsu novo... Qual é dessa vez? Ativou o Sharingan? – Sasuke ficou emburrado. Sarada abriu um sorriso.
– Sim... – Disse baixinho.
– Aqui está o seu presente de aniversário – Sasuke se levantou e entregou um envelope para ela, beijou sua testa e ia saindo do cômodo, mas parou e se virou lentamente – O que você disse?
–... Sim? – Sarada o olhou e Sasuke se engasgou com a própria saliva. Pegou Sarada pelos braços e a colocou de frente para ele. A chacoalhou três vezes. – Ai, para!
– Como... Você? O Sharigan é desperto pelo ódio... Você...? – Sarada se desviou os braços do pai e agarrou o presente, dando dos ombros.Resolveu mentir.
– Talvez eu estivesse muito triste por meu pai não estar ao meu lado... – Ela arrebitou o nariz para cima e saiu em direção ao seu quarto. – Obrigada pelo presente, Sasuke. E eu estou brincando.
Sarada trancou-se no quarto e se jogou na cama, tirando seus óculos e os colocando em cima da mesa de cabeceira. Seu celular tocou, mas ela resolveu ignorar. Encarava o teto, que agora não era tão embaçado e fechou os olhos, tendo um flashback.

Um mês. Fazia um mês e seu pai não voltou de viagem. Ela estava treinando após fazer uma missão estúpida de resgatar um gato fujão. Cada soco que ela dava nas árvores e em suportes de pancadas ela sentia mais raiva. Estava treinando durante seis horas seguidas, sem descanso. Não podia parar, pois não se sentia confiante em fazer nada.
– Promessas são quebradas. – Sarada jogou uma kunai com papel explosivo em um boneco de feno que estava preso em uma árvore. Acertou diretamente no alvo. O boneco caiu no chão em chamas. Sarada se sentou debaixo de uma árvore e descansava.
–Te procurei por toda parte, Sara-chan. – Boruto deu um sorriso amarelo e se sentou ao lado dela, olhando para um ponto qualquer no lugar. Era uma pequena área de treinamento que ficava aos arredores de Konoha. Sarada não respondeu. Boruto também não fez questão de falar nada. A voz dele estava totalmente diferente e ele parecia febril. Ele estava resfriado.
– Cai fora, Bolt. – Sarada fechou os olhos e apoiou a cabeça na árvore. Boruto tossiu. – Não quero pegar um resfriado.
– Vim te fazer companhia e é assim que me trata? - Boruto fez uma voz trêmula e entupida, fazendo Sarada querer rir. - Vi que você estava irritada com algo e resolvi consolá-la mas você me recebe com um monte de pedras na mão. Credo. – Boruto tossiu novamente, se levantando e dando nos ombros. – É por causa de seu pai?
A vontade de rir de Sarada desapareceu quando Boruto fez a pergunta, a mesma abriu os olhos e o lançou uma cara feia que Boruto resolveu ignorar.
– Os pais são assim, por exemplo, o meu pai vive falando que vai fazer uma coisa e depois ele esquece e eu tenho que fazer sozinho... – Boruto começou a tagarelar e Sarada parecia irritada. Ela se levantou e pegou o amigo pela gola do casaco.
– Não fale como se entendesse. Seu pai está a todo o momento disposto a estar com você, Bolt! – Ela o empurrou. Bolt parou de falar e a encarou. – Meu pai vive saindo e voltando e não se preocupa nem em mandar uma merda de uma mensagem dizendo “ Estou vivo, não se preocupe. Como estão?” Você tem sorte! Sorte! Mesmo que ás vezes você não mereça!
– O quê? – Boruto puxou o casaco para baixo, ajeitando, e olhou indignado para Sarada. – O que você está falando? Está ouvindo isso?
– Você é um completo mimado, Boruto. Qualquer birra e seu pai está lá para acalmá-lo. Não vê que isso não é necessário? Você não é mais criança, aprenda a se virar sozinho. Seu pai sempre fez isso e olhe como ele é! Um grande ninja! Você é um mal acostumado. – Sarada soltou tudo que estava preso em sua garganta. Pela primeira vez, Boruto não rebateu e apenas a observou. Ficou alguns minutos calado e abaixou o olhar.
– Já que estamos nos dando conselhos. – Boruto procurou o olhar de Sarada e quando o encontrou, fixou o olhar nele. – Tenho um para você: Aprenda a dizer o que sente! O jeito que você se fecha o faz pensar que não tem nenhum problema em sair e viajar. Se você abrisse a sua linda boquinha para dizer à ele que não gosta de quando ele vai embora, ele entenderia isso e ficaria. Talvez esse seja o jeito dele de te proteger, verificando se o mundo está bom para sua filha sair. Mas você é uma chata.
Quando Boruto terminou de falar, Sarada o deu um soco no estômago. O mesmo se inclinou um pouco, mas não revidou. Colocou a mão na barriga e deu um leve gemido e espirrou. Seu nariz saiu um pouco se sangue, devido o resfriado, e ele olhou para Sarada e deu nos ombros. Sarada estava quase chorando em sua frente. Boruto se virou e foi embora.
– Idiota. – Sarada gritou. Com raiva, tacou seus óculos no chão e se sentou, abraçando seus pernas. Chorou como nunca havia chorado em sua vida. Raras eram as vezes que ela chorava. Apenas, quando criança, chorava por algum machucado ou algo quebrado.
Odiava admitir que Boruto tinha razão. Ela se sentia idiota e burra por nunca ter tentado fazer isso. Mas toda vez que olhava para seu pai e via aquele homem sério e forte, pensou que ele a rejeitaria e a desprezaria por ser tão fraca e estivesse sempre ligada ao seu emocional e querer sua atenção sabendo que ele tinha seus deveres e era bastante ocupado.
Continuou seu treinamento. Cada soco que dava, sentia o cheiro do sangue entrar pelas suas narinas. Ignorando qualquer dor, como sempre, ela continuava a bater.
Depois de algumas horas chorando, ela resolveu parar e limpou as lágrimas. Levantou-se e foi embora, deixando os equipamentos ali mesmo. Na metade do caminho, começara a chover.
– Você vai pegar um resfriado se ficar na chuva... – Boruto apareceu com um guarda-chuva amarelo aberto. Abriu um sorriso e fez um som estranho com o nariz. Sarada o encarou enquanto sentia as gotas fortes da chuva caírem. Boruto desfez o sorriso rapidamente, sua boca abriu em um “O” e seus olhos se arregalaram. – Sarada... Você... Está toda ferrada... Ele riu.
Sarada olhou para uma poça que havia se formado no chão. Boruto se aproximou dela e a envolveu com uma toalha, colocando o guarda-chuva para protegê-la e ele deu um pequeno espirro e entregou os óculos para ela. Ela sorriu em agradecimento, pois não havia percebido que esquecera o mesmo no chão. A lente dele estava quebrada.
– Mas que droga... – Boruto resmungou. Ambos começaram a andar. Ele espirrou três vezes seguidas.
– Desculpe pelo soco. – Sarada olhou para ele.
– Desculpe pelo o espirro. – Ambos começaram a rir. E Bolt espirrou mais uma vez. – Droga.

– Oi, Sara-chan. – Boruto disse, sentado na janela do quarto de Sarada. – Por que não atende o celular?
Sarada se sentou rapidamente na cama e procurou seus óculos. Depois de colocá-los, ela olhou para o amigo. Boruto estava com um casaco e com o capuz tampando a quase a metade de seu rosto. Ele abriu um sorriso.
– Como entrou aqui?
– Pela janela, é claro. – Ele deu nos ombros e tirou uns fios de seu cabelo dos olhos. Logo mexeu em uma sacola que carregava e procurou por algo. Era um embrulho médio e ele jogou para ela. – Mais uma vez, feliz aniversário. Não é o melhor presente, mas é engraçado.
Sarada abriu o presente de Boruto e viu que era um porta-retratos que dava para colocar cinco fotos. Ela arqueou as sobrancelhas, não entendendo e depois outro pacotinho caiu sobre seus pés. Ela pegou e era uma foto do time três. Ela sorriu.
– As outras fotos você vai colocando depois, por enquanto você vai ter apenas duas. – Boruto disse, tirando o capuz da cabeça e entrando no quarto. Sentou-se no chão e apoiou as costas na parede.
– Duas? – Sarada procurou a outra foto e não encontrou. Bolt olhou para o presente de Sasuke e depois olhou para sarada, dando um sorriso. Sarada abriu o presente do pai.
Era uma foto de Sasuke e Sarada. Ela não se lembrara dessa foto, pois ela praticamente deveria ter uns nove meses de vida. Ela estava com uma blusa azul totalmente manchada de uma papa alaranjada enquanto sorria com seus poucos dentes. Seu cabelo estava arrepiado e com um laço mal colocado. Sasuke estava atrás dela e sorria da mesma forma, um sorriso radiante e feliz. O rosto dele estava quase todo sujo de comida para bebê e ele apertava as bochechas dela.
Sarada olhava para a foto com lágrimas nos olhos. Boruto achou melhor ir embora e começou a sair pela janela. Sarada tentou fazê-lo ficar no quarto, mas Boruto não deu ouvidos e apenas acenou para ela. Sarada colocou as fotos no porta-retratos e saiu do quarto, a procura de seu pai. Sasuke estava com os cabelos molhados e saía do banheiro no mesmo momento em que Sarada o abraçou. Ele quase tropeçou no tapete e olhou para baixo, confuso.

– Desculpe. - Sarada apertou os braços em volta de seu pai. - Desculpe, papai.

Sasuke abriu um sorriso de lado e se inclinou para frente, beijando a cabeça da filha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu li o spoiler onde a Karin morria em the last, mas como não foi confirmado eu não a tirei da fanfic e mesmo se fosse, Karin estaria na minha fanfic u-u.