Zahira e Cam escrita por Bia Medeiros


Capítulo 4
O baile de recepção




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"Você me chamou, meu pai?" Zahira estava parada na porta branca que dava para um suntuoso aposento.

A Sala de Lambert era coberta por gravuras de grandes histórias milenares. Ele era apaixonado por livros e por histórias reais que envolvessem deuses e suas loucuras perante aos mortais. Além das gravuras nas paredes, muitas estantes com livros se espalhavam pelo espaço, bem como grandes e confortáveis cadeiras. Zahira se lembrou que, quando era menor, gostava de sentar nas almofadas da sala particular do seu pai e dormir sentindo o cheiro de papel e tinta. Ela sorriu com a lembrança e sorriu ainda mais ao constatar que a sala de Lambert ainda possuía o mesmo cheiro.

Uma grande porta dava para um jardim particular limpo e com pequenas plantas, era possível ver de dentro da sala a fonte de água sagrada que jorrava incansavelmente do lado de fora, ladeada por dois pequenos pés violetas mistas -- uma planta típica da Ilha da Névoa Densa, delicada com pétalas mescladas entre roxas e brancas.

"Zahira!" Lambert levantou-se da cadeira que sentava a frente de uma mesa cheia de pergaminhos e livros, ele parecia estar escrevendo algo "Entre, filha querida, entre e sente-se em algum lugar confortável."

A jovem entrou e decidiu por sentar-se em uma poltrona exuberantemente azul que ficava de frente para a mesa onde seu pai trabalhava. Ele logo retomou a posição em que estava anteriormente.

"Por que eu sinto que todas as vezes que eu venho nessa sala é porque você precisa de algo, papai?" ela perguntou com um sorriso brincalhão no rosto, apesar de não estar mentindo.

O homem riu audivelmente. Diferente de Chilon, Lambert era uma criatura muito espalhafatosa e amigável. Seus olhos, porém, continham o mesmo tipo de nobreza que os do Grande Mestre e, quando necessário, podiam emanar o mesmo tipo de soberania. Zahira Xigmad se perguntava se seria um dia igual a eles, justos a todo custo, portanto, soberanos quando necessário impor a justiça.

"Não fale assim comigo, Zahira, parece que não te dou o devido valor." ele sorriu coçando sua barba cheia e ainda bem vermelha, o mesmo tom do cabelo da filha "No entanto, não posso discordar de sua percepção. De fato venho lhe pedindo muitos favores. Prometo que farei deste o último, irei recompensá-la de qualquer forma."

Zahira sorriu com o ar de culpa que seu pai carregava. Ele era um homem bom para com os filhos e com a esposa. Ela não havia conhecido a própria mãe, no entanto, a segunda esposa do seu pai havia dito que ele se manteve fiel aos votos de amor eterno pela mulher doente até que ela desfalecesse. De fato, Lambert havia se casado apenas quando encontrou um novo amor e, antes disso, pediu o consentimento de seus filhos. Um homem extremamente fiel a família.

"Meu pai, não precisa sofrer tanto ao pedir algo para mim. Estou aqui para ajudar ao senhor e ao Grande Mestre o quanto puder. Esta é minha missão, enquanto meus irmãos trabalham nos campos e pela casa."

"Você fala com grandeza, minha filha." o homem sorriu e se levantou "Eu compreendo que seu dever é outro, no entanto... Bom, só pude recorrer a você, no final de contas." ele pegou duas grandes caixas dentro de um armário com portas de madeira maciça e escura "Eu também irei compreender se você recusar a fazer o que eu e o que o seu avô te pediremos, mas isso seria de extrema importância para ambos e para a Ilha. Tome aqui."

Lambert passou as caixas para Zahira e ela abriu a primeira, a de cor verde profundo. Ela se deparou com três pares de espadas com punhos de flores douradas, essas, no entanto não eram espadas para batalha, não estavam afiadas para isso. Como que para confirmar suas suspeitas, a mulher abriu a segunda caixa, a de cor vermelha tão forte que doía os olhos. Era um vestido de dança verde esmeralda com pedrinhas brilhantes bordadas. O tecido era leve e era isso que proporcionava a magia da dança. Por dentro, o forro era das cores laranja e vermelho vivo, com a velocidade dos movimentos precisos da Dança de Fogo do Povo sem nome, a sensação que passava era que o dançarino que usasse este tipo de traje estava em chamas.

"Papai..." Zahira fechou as caixas colocando-as no chão aos seus pés "Você sabe que não é pra isso que estou me esforçando, mas para ajudar o vovô com os assuntos diplomáticos. Meu dever é apaziguar ambientes."

"Eu sei, minha querida... E eu já sabia que você rejeitaria a ideia no impulso. Mas, não poderia me ajudar com essa apenas? Você é a melhor dançarina da Ilha, a situação não exige algo menor do que isso."

"Qual é a ocasião?" ela cedeu, em partes.

"Você sabe, minha filha, que existe uma regra máxima no mundo mortal." Lambert recostou-se confortavelmente na sua grande poltrona "Essa máxima permite que de tempos em tempos, um ser mortal ascenda para o plano dos deuses. Nesse mesmo ciclo no astro, um mortal foi escolhido para sua promoção por ser sábio e justo, ou tendo o nível de justiça que um deus precisa ter para manter o seu próprio plano e o seu próprio povo."

Zahira inspirou profundamente, "Espero que Três Entidades e Lúcifer não criem um grande caso por causa disso."

"Aqueles dois são os deuses mais complexos que eu já conheci. Às vezes sinto falta dos polideuses, esses sim eram tranquilos... Dividiam seus adoradores por pedaço de terra, uma organização maravilhosa." Lambert sorria com a memória de tempos onde cada plano ficava organizado quase que instintivamente. Com alguma ajuda política, obviamente "Mas não é para falar disso que estamos aqui. É claro que Três Entidades e Lúcifer terão de ser convidados para a recepção do deus humano, esse é um outro problema, vou te contar um pouco mais sobre esse deus que os humanos chamam de Buda."

"O desperto, ótimo significado para um deus mortal. Qual o nome real do ascendido?"

"Siddhartha Gautama. Aparentemente ele foi o escolhido para ascender após duas tentativas falhas, este era o mais puro de todos os mortais. Aparentemente ele era um príncipe mortal que negou seus direitos de nascimento para seguir o cerne espiritual. Ele ascendeu para o plano dos deuses, pois conseguiu consolidar uma religião entre os mortais, uma religião apaziguadora, é exatamente do que estamos precisando nesse momento. O Grande Mestre acredita que ele é um ser mais justo que muitos outros mortais ascendidos, deseja realizar essa festa de recepção de forma impecável."

Zahira Xigmad sabia que seu avô tinha um grande interesse pelos mortais e suas histórias. Isso fazia com que ele sempre obtivesse uma curiosidade a mais quanto aos humanos ascendidos como deuses e a fundação de seus planos. Ela suspirou olhando novamente para as caixas no chão, aos seus pés.

"Tudo bem." disse "Se é de uma dança que precisamos, é melhor eu começar a ensaiar alguma coisa, não sei se terei a mesma desenvoltura que tinha há tantos anos atrás."

"Vá, minha filha. Você tem minha confiança."

A conselheira se levantou e, levando as caixas consigo, deixou Lambert com seus pergaminhos e livros em sua grande e arejada sala. Ela se sentia estranha, de fato não dançava fazia anos, por mais que amasse fazê-lo tinha outras prioridades. Aparentemente, aquela passou a ser a sua prioridade para o dia da recepção do deus humano.

A festa para Siddartha Gautama estava envolvendo todos os cidadãos da Ilha da Névoa Densa. Os agricultores ofereceram os alimentos que os cozinheiros transformaram em deliciosos e belos pratos, mensageiros foram enviados a todos os planos, incluindo os planos dos deuses menores ou dos mais esquecidos pelos mortais, com convites para os líderes e suas famílias. Chilon se preocupava com a decoração e a organização dos lugares, onde cada deus poderia sentar, ele costumava rir e dizer que se sentia como um professor que precisava ordenar os alunos para que não houvessem brigas desnecessárias. Até mesmo as crianças camponesas ajudaram recolhendo flores para enfeitar todo o lugar com cores e perfumes.

No final, tudo estava pronto e em perfeito estado. O grande salão de recepções estava ornado com orquídeas douradas e tulipas prateadas, em cada mesa havia uma placa com a indicação de quem pertencia. As Visionárias da Água Sagrada haviam confirmado que cerca de duzentos deuses compareceriam, mais seus próprios convidados, portanto as mesas eram longas e espaçosas. Chilon deixou a mesa de Três Entidades e Lúcifer em lados opostos da sala, fazendo o máximo possível para que eles não tivessem muito contato visual. Colocou até mesmo a mesa dos deuses egípcios no meio, já que eram criaturas bem altas e espalhafatosas. Os jardins estavam enfeitados com luzes e tecidos coloridos, dando o ar de simplicidade, mas sem deixar faltar nem um pouco a alegria e o extraordinário.

Zahira olhava para tudo aquilo com muita admiração, mesmo sendo uma Sem Nome ela sempre se impressionava com a organização e agilidade de seu povo, principalmente se o assunto era montar uma festa. Essa era a coisa que todos mais gostavam, festas, danças, música, tudo isso atraía profundamente e levantava o espírito dos cidadãos da Ilha.

Caminhando pelos jardins, sentindo a leve brisa e esperando que o primeiro convidado chegasse, Zahira suspirou olhando tudo a sua volta. Lembrou-se da conversa que havia tido com a Deusa Mãe naquele mesmo jardim e sentiu um fluxo de ansiedade. Alisou a capa longa que cobria a sua roupa de dança e voltou para dentro da casa, sem querer ser a primeira a ver todos os deuses que estavam para chegar.

Zahira Xigmad entrou em seu quarto e abriu a porta que levava para o jardim deixando a brisa entrar. Serviu-se de um pouco de hidromel, presente oferecido pelos antigos deuses nórdicos, mesmo sabendo que haveria muito vinho na festa. Sentia que precisava de um estímulo a mais para dançar na frente de tantas criaturas diferentes. Ela sentia-se segura, mas não o suficiente, uma boa bebida iria ajudá-la com certeza.

Sentou-se em sua poltrona felpuda que ficava na direção do jardim e observou como a cerejeira, quase sem flores, ainda tinha um porte elegante e imponente. Hoje ela precisaria ser tão elegante quanto uma cerejeira, mesmo que isso tomasse uma grande esforço dela mesma. Dançar na frente de estranhos era algo tão embaraçoso, porque ela se sentia completamente exposta, quase nua. Ela sabia que era capaz de colocar cada sentimento e cada fraqueza nos ensaiados passos e a perspectiva de que pessoas, que nem mesmo a conheciam, vissem tudo isso a mostra a enterrava em uma aflição instantânea.

Não foi muito tempo após o início do devaneio de Zahira que Kaolin bateu em sua porta informando que alguns convidados já haviam chegado e que Chilon requisitava a presença da neta. A conselheira levantou-se e, reunindo toda a coragem e o auto controle que possuía, caminhou solenemente para o grande salão de recepções.

As vozes podiam ser escutadas dos jardins e havia música tocando. Quando Zahira Xigmad entrou no local da festa, pôde perceber que quase todos os deuses que confirmaram a presença estavam ali, na realidade apenas um deus não havia chegado e este era Lúcifer. Ela pode ver, no entanto, que Três Entidades trouxera alguns anjos e a antiga moradora da Ilha da Névoa Densa, Sandala. A mesa dele estava abarrotada. Ao lado estavam todos os antigos deuses egípcios com suas cabeças de animais, ela tinha uma simpatia especial por esses deuses, mesmo estando quase extintos no mundo mortal. Eles eram misteriosos, mas, acima de tudo, extremamente belos.

Antigos deuses, novos deuses, e Zahira Xigmad arriscava em dizer que haviam deuses que ela nem mesmo conhecia. Muitos estavam ali naquela noite interagindo uns com os outros, mas ligados em seus próprios planos, de forma que o ambiente em volta deles era muito diferente.

Chilon estava sentado em uma grande mesa e ao seu lado esquerdo, o lugar para o convidado de honra, estava uma criatura de aparência completamente mortal. Zahira nunca havia visto um humano na vida dela, mas no momento que olhou para a criatura com feições delicadas com vestes simples e tão pequeno, ela não pode evitar o sentimento de afeição. Por isso todos os deuses amavam os mortais, além, é claro, de eles darem e tirarem a vida das criaturas espirituais -- mesmo sem esse conhecimento. Ela pode entender muito bem porque tantas guerras ocorriam entre os deuses para ganhar a atenção desses seres pequenos e extremamente poderosos.

O Grande Mestre sorriu e balançou a cabeça para a neta quando a viu parada na porta, indicando que sentasse ao lado de Lambert, que estava a direita de Chilon. A mulher caminhou cumprimentando silenciosamente as criaturas pelas quais passava. Sentando-se ao lado de seu pai, Zahira Xigmad prontamente se serviu de um pouco de vinho que estava a disposição em uma pequena jarra. Serviçais passeavam com os pratos oferecendo a quem quisesse comer, ela pegou, também, alguns pães doces.

"Está pronta, minha filha?" Lambert inclinou-se para ela "Você será a grande atração dessa noite."

"Ouvi falar dos seus dons de dança, Conselheira Zahira Xigmad." o deus humano também falou sorridente "Sou um grande apreciador da arte da dança, gostaria muito de ver o que você preparou para nós hoje."

Zahira deu um grande gole na sua taça de vinho e sorriu para Siddartha Gautama, "Espero não desapontá-lo, estou há tantos anos sem fazer isso..."

"Sinto que não irá me desapontar."

Chilon sorriu satisfeito e continuou comendo o pedaço de carne de coelho que estava em seu prato.

Neste momento a porta irrompeu-se para a chegada de um grande grupo. Lúcifer, aparentemente, havia trazido boa parte de sua família, incluindo sua esposa Lilith. O Grande Mestre arqueou as sobrancelhas e olhou para Três Entidades que não parecia ter se dado conta da chegada do grupo. Ou, pelo menos não por muito tempo.

"Grande Mestre!" o Rei dos Infernos falou em alto e bom som, calando todos os presentes no salão "Me apresente a esse novo deus que chegou... Ganhou uma festa tão grande e espirituosa. Estávamos precisando de uma festa assim, não é mesmo, querida?"

A mulher de Lúcifer, Lilith, era a representação do que uma mulher humana deveria ser. Zahira Xigmad sabia disso por causa da história de sua criação. Os cabelos dela eram da cor de avelãs e seu porte era, nada menos, do que de grande elegância e soberania. Não tinha asas, o que denunciava que Lúcifer não havia se casado com um anjo caído, como ele, mas com uma das três representações de humanos de Três Entidades. Ela vestia roupas douradas semi transparentes e estava absolutamente estonteante. Zahira nunca a havia conhecido, mas já tinha escutado diversas vezes que Lilith era a mulher mais bela de todos os planos e a que menos se submetia a opressão de qualquer tipo de deus. Uma criatura tão independente e poderosa quanto a Deusa Mãe.

"Eu poderia tomar uma taça de vinho agora, marido, diga o que quer dizer ao Grande Mestre Chilon e a este novo deus mortal e venha se sentar. Não me meta nas suas briguinhas de poder." ela sorriu sentando-se e sendo acompanhada pelos seus cinco filhos. Zahira Xigmad viu Cam Azai entre eles "Uma belíssima festa, Grande Mestre. Como sempre o Povo Sem Nome não perdeu a mão para um trabalho como este, mesmo depois de tanto tempo."

"Fico feliz que seja do seu agrado, Lilith." Chilon levantou-se com a feição divertida. Zahira podia sentir a ansiedade do avô e, imediatamente soube o motivo. Três Entidades odiava Lilith por ela não ter se submetido ao que ele chamava de obra prima, Adão -- mesmo que esse há muito tempo tenha se perdido no mundo mortal. Ela arriscou olhar para a criatura e ele não estava com a cara nada boa. Tentou ter acesso ao seu coração e mente e acalmar o que tiver que estivesse ali, mas foi impedida pela mão de seu avô no seu braço. Um gesto que significava 'deixa estar'.

"Lúcifer," Chilon permaneceu escondendo sua ansiedade "este é o novo deus ascendido graças aos humanos, conhecido por eles como Buda, Siddartha Gautama. Siddartha você já deve ter ouvido falar de Lúcifer, o anjo caído."

O deus humano limitou-se em abrir um simpático sorriso e fazer uma pequenas menção ao Rei do Inferno.

"Já que as devidas apresentações foram feitas, voltemos ao banquete. Sente-se, Lúcifer, espero que a comida esteja do seu agrado." Lambert falou, enquanto Chilon voltava a se sentar. Ele se levantou segurando uma taça um pouco acima de sua cabeça "Eu faço um brinde, ao mais novo morador de um plano, Siddartha Gautama. Seja bem vindo, meu caro."

O deus humano sorria e agradecia a todos os brindes e os desejos de boas vindas. Zahira Xigmad olhava ao seu redor com perplexidade, nunca havia visto tantas pessoas em sua vida, mesmo que já houvesse participado de pequenas festividades antes, esta era sua primeira grande reunião. Passou a mão nervosamente sob a capa que cobria sua roupa de dançarina, torcendo para que boa parte dos deuses já estivesse praticamente inerte ou bêbados o suficiente para não se lembrar do que presenciariam. Muitos dos deuses já estavam bêbados, de fato, alguns não tinham problema nenhum em agirem de tal forma. O vinho era algo que estava presente em todas as religiões, pois para os humanos, era visto como algo santo. Por muito tempo, ela foi o remédio para incontáveis doenças. Isso só queria dizer que os deuses eram verdadeiros... Apreciadores da bebida. Ela nunca poderia faltar.

Zahira deu uma boa olhada nas mesas a sua frente, deixando-se envolver pelo barulho das risadas, das vozes e da música -- longe e esquecida pela maioria dos convidados. Seu olhar recaiu sob a mesa de Lúcifer. Todos os presentes nela deveriam ser filhos do Rei do Inferno, as semelhanças eram inegáveis e todos estavam ricamente vestidos com tecidos nobres bordados em fios de prata ou ouro. Ela sempre ficava intrigada em como essas extravagâncias apeteciam a alguns deuses, mas devia admitir que os habitantes do plano infernal sabiam medir muito bem as roupas que vestiam.

Ela deixou seu olhar se perder e ele recaiu em alguém que a encarava. Cam Azai parecia extremamente interessado hoje, ela corou um pouco com a intensidade, mas manteve o olhar fixo no dele. Ele vestia uma túnica longa e simples de veludo com alguns detalhes em prata. Seus cabelos longos estavam ornados com duas tranças nas laterais da cabeça que se encontravam na parte de trás, deixando o rosto expressivo completamente a mostra e olhos caóticos mais penetrantes do que o normal. Zahira Xigmad quebrou a troca de olhares e bebeu um longo gole de vinho, tentando evitar mais olhares furtivos, mesmo sabendo que ele ainda olhava para ela.

Inspirou profundamente tentando saborear a comida em seu prato sem muito sucesso, por causa do nervosismo do que estava por vir. Foi quando Lambert tocou em sua mão e, ao virar-se para ele, ela encontrou o sorriso do pai e do avô.

"Está na hora, Zahira." Chilon disse simplesmente. Ela acalmou seu coração da melhor forma possível, bloqueou todas as possíveis sensações de terceiros e se levantou.


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Notas finais do capítulo

Yo, yooo!
Espero que tenham gostado desse capítulo. Estou dando o máximo de mim com a revisão e tudo mais, e peço desculpas (acho que de novo) pela falta de regularidade pra postagem. A faculdade roubou minha alma gente, isso não é dos deuses não hahahahahaha!
Enfim, comentem, favoritem, sejam lindos.
Beijos e queijos :3
—B



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