Narradora's POV

Creia-se que Bryan se levantou e gritou "amém!" por dentro, quando descobriu que sua fileira ia
vazia.
– Ostentação. - Disse ele, atacando-se na poltrona ao lado do corredor.
– Que inveja. - Maya disse, fechando a cara e se sentando na dela.
Maya, sem sorte desta vez, foi ao lado do corredor e no meio estava Percy e na janela, Amber.
– Ah, não. - Ela choramingou. - Agora sim serei uma vela completa!
– Vai mesmo. - Amber e Percy disseram em uníssono.
– Não comecem a discutir. - Matthew disse sentando-se na fileira de trás.
– Sim senhor. - Maya, Percy e Amber disseram e cruzando os braços com cara de tédio.

Audrey guardou sua mala de mão no bagageiro e observou ao redor. Uma moça sentou ao lado
de Matthew já que, provavelmente, aquela era sua fileira.
– Epa, epa. - Audrey a interrompeu antes da moça sentar-se. - Essa poltrona ai é minha.
A moça checou novamente o bilhete.
– Mas, aqui diz que...
Audrey arrancou o bilhete da mão dela e entregou o seu para ela.
– Não diz mais. - Ela abriu um sorriso - Agora sai!
A moça, confusa, se retirou.
– Você é doida. - Matthew ria.
– Sei disso. - Audrey disse, enquanto era puxada por Matthew, pela cintura, para sentar-se.

Mandy andava com os olhos fixados no bilhete e, algumas vezes, levantava o olhar procurando
sua fileira.
– Achei. - Ela disse, guardando o bilhete. - Maya ficarei ao seu lado.
– Pelo menos não ficarei sozinha. - Maya disse, olhando com desgosto Percy e Amber, que estavam
num momento carinhoso.
– Se eu não dormir a viagem inteira, te faço companhia.
Mandy sentou-se na poltrona ao lado do corredor e quando virou-se na direção da janela, deu de
cara com uma menina. Ela abriu uma expressão carinhosa para a garota, que retribuiu.
– Hum. Não sabia que crianças podiam viajar sozinhas. - Damon disse.
– Nem eu. - Kathe disse.

Os dois pegaram uma fileira aonde, na poltrona da janela, estava um garoto - que estava mais
para bad boy - .
– Não sou criança. - Ele disse, os fuzilando olhas sombrio.
– Quantos anos você tem, garoto? - Beta perguntou. Kathe entregou-lhe sua mala de mão e Damon
rapidamente a guardou e fixou o olhar no menino.
– 14. - Ele respondeu, sendo breve.
– Ainda é bem jovem. Com 14 anos eu já sabia atirar com um fuz... - Kathe começou mas, foi interrompida
por Damon que cobriu sua boca. Damon fez isso ao lembrar das regras que Caos dissera. E também
por não querer que achem que sua esposa é uma maluca que atira em coisas.
– Atirar com um fuzil? - O garoto perguntou, com expressão assustada mas, não perdendo o foco
de ser sombrio.
– É...atirar com fuzil no...no... GTA! - Damon exclamou, destampando a boca de Kathe e mandando
um olhar já explicando o porquê do ato.
– Isso, isso. - Kathe concordou, entendendo o olhar.
– Hum. - O garoto murmura.
Kathe e Damon sorriram e se sentaram. Damon ao lado do corredor e Kathe ficou no meio.
– E então... - Mandy começou, batendo as mãos na coxa - Como se chama?
A garota virou-se para ela.
– Me chamo Geovanna. - Ela estendeu a mão para cumprimenta-la - Prazer.
Mandy estendeu a sua e a cumprimentou.
– Prazer. Sou Mandy.
– Mais conhecida como Árvore de Natal. - Maya intrometeu-se. - Prazer Geovanna. Sou Maya.
– Mais conhecida como Furacão. - Mandy provocou.
Geovanna deu uma risada breve e apertou a mão de Maya.
– Prazer.
– Senhoras e senhores... - Começou a aeromoça, chamando a atenção de todos. - Por favor apertem os
cintos e deixem suas poltronas eretas, já vamos decolar. Voo 1215-7 com destino ao Rio de Janeiro, aeroporto
Santos Dumont.
Todos fizeram o que a aeromoça pediu.
– Olá senhora Serena. Como vai? Ah, eu estou bem senhora Waterblood. - Bryan conversava com seus
amigas imaginárias, que ocupavam as duas poltronas vazias.
O homem ao seu lado estranhou e o olhou com o canto dos olhos.
– Haha! Você é uma piada senhora Waterblood. - Bryan ria.
O homem chegou a uma conclusão que Bryan era maluco.
– Senhora Waterblood? Me lembrou da senhora Spider Frufru! - Choramingou Damon, com saudades
da aranha.
– Ah, não. Essa aranha chata de novo não. - Audrey disse, revirando os olhos.
– A SENHORA SPIDER FRUFRU NÃO É CHATA! - Exclamou Damon, ficando de joelhos em sua poltrona
e olhando Audrey.
– O.K Damon. O.k. - Ela disse, cruzando os braços.
Damon abafou uma risada forçada e se sentou.
[...]

O avião começou a andar.
– Muito bem... - Bryan começou.
A velocidade começou a aumentar.
– Simplesmente... - Continuou.
O avião desgrudou do chão.
– SEGURA NA MÃÃO DE DEUS E VAI! - Ele terminou, erguendo os braços no ar.
– Ele não deveria ter ficado sozinho. - Maya comentou com Mandy.
– Não mesmo.